RECORDES INVERSOS - BRASIL NA CONTRAMÃO DO PROGRESSO

editado September 2017 em Religião é veneno
Maior computador da América Latina pode ser desligado no RJ por falta de dinheiro, diz LNCCSupercomputador em Petrópolis processa mais de 100 pesquisas envolvendo doenças como Zika, Alzheimer e Câncer.
santos-dumont-g1.jpgO supercomputador processa dados importantes de pesquisas de todo o país (Foto: LNCC| Divulgação)
Omaior computador da América Latina, o supercomputador Santos Dumont, que fica em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, pode ser desligado por falta de dinheiro a partir de outubro, segundo informou o diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Augusto Gadelha. A máquina processa mais de 100 pesquisas envolvendo doenças como Zika, Alzheimer e Câncer.De acordo com o diretor, o Governo Federal cortou 44% do orçamento da instituição por causa da crise financeira. Gadelha revela que o LNCC deveria receber R$ 16 milhões neste ano, mas com o corte de dinheiro vai receber apenas R$ 9 milhões. Ele disse ainda que só os gastos para manter o supercomputador são de R$ 6 milhões ao ano. 
6117778.jpgMaior computador da América Latina, em Petrópolis, RJ, corre o risco de parar de funcionarAinda sobre os gastos, Gadelha explicou que a conta de luz do LNCC custa R$ 400 mil por mês. Desse valor R$ 280 mil corresponde a utilização do supercomputador e os outros R$ 120 mil ao restante da estrutura do laboratório.Inaugurado em janeiro de 2016, o equipamento custou R$ 60 milhões ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O responsável pelo LNCC explicou que é como se 10 mil notebooks de última geração estivessem ligados ao mesmo tempo. A máquina processa dados de pesquisas importantes de todo país e é usado 24 horas por dia. Atualmente, ele processa cerca de 100 pesquisas envolvendo doenças como Zika, Alzheimer e Câncer.
Atualmente, 350 pessoas trabalham para a instituição, sendo 75 pesquisadores e professores, 110 alunos, 100 terceirizados, além de prestadores de serviços, estagiários e bolsistas.Por meio de nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) disse que reconhece o papel da pesquisa e do investimento em ciência e tecnologia para o desenvolvimento do país e acrescentou que trabalha pela recuperação do orçamento total de R$ 16,144 milhões previstos para o LNCC esse ano.O órgão disse ainda que está dando prioridade a seus institutos (16 unidades de pesquisa e as seis organizações sociais) e que acompanha criteriosamente as atividades dos institutos de pesquisa de maneira a evitar que impactos significativos venham a ser observados. 
http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/maior-computador-da-america-latina-pode-ser-desligado-no-rj-por-falta-de-dinheiro-diz-lncc.ghtml

 
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Comentários

  • Saudações Percival

    Sim. É verdade...  Nesse caso específico. Não sei bem... Não tenho como avaliar o volume dos registros que o professor tinha...  Dá para sentir o desespero dele na foto...

    Um HD externo (armazenamento físico) para deixar uma parte da pesquisa em segurança... Sem nem mesmo levar para outro lugar...
    Transferir dados em fragmentos de dados... Via e-mail... Dropbox...
    Mas é muito complicado  opinar sobre o que aconteceu com ele...


    [fraternos]
     
  • editado September 2017
    Saudações

    Ciência brasileira entra em crise com perda de recursosREPORTAGEM ESPECIAL _ CRISE NA CIÊNCIA (Parte 1 de 2): Cortes orçamentários, contingenciamentos e perda de receitas do FNDCT forçam agências de fomento a cancelar editais e adiar o pagamento de projetos.]

    Herton Escobar
    30 Agosto 2015 | 07h00
    suzana.jpgA neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da UFRJ, é uma entre milhares de cientistas brasileiros impactados pela crise. Foto: Fabio Motta/EstadãoA crise econômica está batendo com força à porta da ciência brasileira. Não bastassem os  justes fiscais, que reduziram o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em 25%, e do Ministério da Educação (MEC) em 9%, o setor sofre desde 2014 com a perda de royalties do petróleo e com o saque de recursos destinados à pesquisa científica para o pagamento de bolsas do Ciência sem Fronteiras. Sem dinheiro em caixa, agências de fomento federais estão cancelando editais e atrasando o pagamento de milhares de projetos já aprovados no ano passado.O cenário é o “pior dos últimos 20 anos”, segundo a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, que desde 2013 vinha alertando o governo sobre a crise eminente.O que mudou? A principal fonte de recursos para pesquisa no País é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), um grande portfolio de fundos setoriais, dentre os quais o do petróleo (CT-Petro) costumava ser o maior de todos. A partir de 2014, pelas novas regras de distribuição de royalties do setor, os recursos da exploração do pré-sal que antes alimentavam o FNDCT passaram a fluir para outra conta, do Fundo Social, que não é dedicado à ciência. Com isso, o valor arrecadado pelo CT-Petro despencou de R$ 1,4 bilhão em 2013 para R$ 140 milhões em 2014 – e não deve chegar a R$ 30 milhões neste ano. 

    http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/ciencia-brasileira-entra-em-crise-com-perda-de-recursos/

    A matéria na integra está no endereço acima...

    [fraternos]
     
  • Por aí vocês podem ver o quanto custa uma pesquisa e o Mulla queria dar incentivos à zempresas nacionais para elas investirem em pesquisas e melhorar a sua eficiência.... Com a grana que ganharam, advinhem no que elas investiram...
  • editado September 2017
    Saudações Botânico

    Pois é... E com isso ...

    Em 2012 estavámos em 46º lugar no IMD Foundation Board (World Competitiveness Yearbook).
    http://www.senado.gov.br/NOTICIAS/JORNAL/EMDISCUSSAO/inovacao/inovacao-tecnologica-no-mundo-brasil.aspx

    Agora em 2016 estamos batendo outra marca.. rs

    O Brasil caiu para o 57º 
    https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=372395


    [fraternos]
  • E vai cair mais ainda enquanto não vier um segundo descollorido de melo a dizer que já nos cansamos das carroças montadas por aqui e então não vai mais ter restrição de importações. Afinal a quem queremos enganar? Desde quando produzimos por nós mesmos coisas de tecnologia de ponta? Sei lá se é lenda ou não, mas diz a lenda que o Fernando Henrique o Garboso teria arquitetado com o Banco Mundial um esquema de "desenvolvimento" segundo as condições reais do Brasil. Assim coisas que seriam de interesse local apenas, como combate a dengue, febre amarela ou verminoses e coisas típicas de países atrasados, as universidades e centros de pesquisa brasileiros estariam AUTORIZADOS (é esse mesmo o termo) a fazer pesquisas nessas áreas. Porém, coisas de tecnologia de ponta, altamente rentáveis (coisas da EMBRAPA por exemplo?), que pudessem concorrer com as multinacionais, neste caso o Brasil seria PROIBIDO (é esse o termo) de fazê-las. Coisas assim, o Brasil teria de comprar pronto e pagar os royaties. Seríamos então o país avestruz, aquela tal ave primitiva, grande e forte, cuja espécie já vive há milhões de anos, mas é burra como um grande gênio intelectual esquerdista.
    Sim, o Brasil poderia desenvolver tecnologia, mas temos de acabar com esse preconceito de que indústrias não podem financiar e direcionar pesquisas nas nossas universidades e o zempresários têm de se sentir PRESSIONADOS a melhorar seu produto ou vai pras cucuiais. Agora com o governo metendo o bedelho no assunto com seus grandes tecnocratas que não sabem a differença entre gesso e ricota porque ambos são brancos...
  • editado September 2017
    O Brasil precisa investir mais em pesquisa e desenvolvimento.

    Se não fosse o investimento nessas áreas, o Brasil jamais teria o, deixa eu ver... hum... a caxirola do Carlinhos Brow.
  • Precisamos enviar mais gente para estudar fora pois os nossos professores são um bando de cuzoes. Trazer professor de fora para dar aula, nem pensar. É muito mais barato.
  • editado September 2017
    Saudações Botânico
    Botânico disse: Desde quando produzimos por nós mesmos coisas de tecnologia de ponta?

    Farei uma colocação sobre um nicho do mercado na produção de medicamentos...

    Cronologia dos avanços...  Segundo dados de 2006.

    " Existem, aproximadamente, quatrocentas empresas farmacêuticas no Brasil. Dessas, vinte multinacionais dominam cerca de 80% do mercado, enquanto as 380 empresas de capital nacional são responsáveis por, aproximadamente, 20% do faturamento total. Dentre as empresas nacionais, destaca-se a Aché, que se mantém entre as dez maiores do setor.   http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n11/12.pdf

    Ainda em 2006...

    " Cabe salientar que o parque industrial brasileiro de medicamentos é bastante desenvolvido com relação à capacidade de fabricação de produtos finais. Ao mesmo tempo em que se constata esse desenvolvimento na produção, evidencia-se forte dependência da importação de farmacoquímicos.
    O desmantelamento de parte significativa do complexo industrial de química fina do Brasil promoveu o aumento da dependência da importação de matérias-primas pela indústria farmacêutica. http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n11/12.pdf

    Então.. De 2006 para cá, como é que ocorre a inovação em alguns setores de insumos farmacêutico no Brasil... 

    Algumas industras naconais fazem a aquisição de outros parques industrais, para assim adquiriu  a tecnologia no preparo de antibióticos. Como foi com a Aché anteriormente citada como destaque de industria naconal farmacêutica.

    "A nova fábrica também abre ao Aché possibilidades de explorar a produção de novas formulações, combinações e novos regimes posológicos para esta classe terapêutica, resultando em melhoria de eficácia e maior comodidade para os pacientes”, diz Stephani Saverio, diretor de inovação do Aché"

    http://www.ache.com.br/imprensa/noticias/apos-aquisicao-ache-laboratorios-se-prepara-para-iniciar-producao-na-fabrica-de-londrina/
    Botânico disse: Fernando Henrique o Garboso teria arquitetado com o Banco Mundial um esquema de "desenvolvimento" segundo as condições reais do Brasil.

    hahahaha
    Então.. Na época do Garboso...  rs

    Em saúde pública houve a criação dos genéricos, e a distribuição gratuita de medicamentos contra a AIDS.
    o Governo dele foi de 1995 a 2002.
    De lá para cá... Questões como a importação (quase tudo produzido no Brasil) das matérias-primas para a produção dos farmacoquímicos, isso é um assunto complicado no Brasil.
    Botânico disse: Coisas assim, o Brasil teria de comprar pronto e pagar os royaties.

    O problema já está cronificado...  Pirataria de nosso bioma. E isso não é novidade, os portuguêses extraíram tanto Pau-Brasil, que quase extinguiu a árvore em noss solo.
    Eu mesma tenho um relicário de Pau-Brasil... Belíssima a cor da madeira.

    Então...

    Para vc ter uma ideia do que falo sobre pirataria de nosso Bioma...
    Estive envolvida com a pesquisa de um planta da caatinga. A doutora especialista no Brasil nesta planta, me confidenciou que, estrangeiros estavam vindo ao Brasil e patenteando determinadas plantas com moléculas específicas, que só existem nos biomas brasileiros...  E com isso nosso País perde concessões em pesquisa com essas moléculas específicas... 

    Essa planta que eu pesquisava...  Tem uma mólecula que neutraliza determinados mecanismos de processos inflamatórios... Há na mesma linha uma especialista farmacêutica na Argentina que trabalha com primas dessa planta...  Elas existem aqui tbm e são perfeitamente ambientadas...
    Para vc ter uma ideia da potencia toxicológica da tal plantinha...rs
    Eu toquei nela sem luvas, fiz um esfregaço das folhas entre meus dedos...  Estava tentando associar um cheiro característico com uma outra planta sedativa que eu conheço...rs
    O tempo de intoxicação foi rápido... Baixei no hospital no dia seguinte.  Crise renal... rs
    Botânico disse: O Brasil poderia desenvolver tecnologia, mas temos de acabar com esse preconceito de que indústrias não podem financiar e direcionar pesquisas nas nossas universidades

    O Brasil possui material intelectual humano riquíssimo...
    Eu conheço vários. Nosso problema atual é a cronificação da corrupção que se instalou em nosso meio político...

    A crise está tão feiaaaaaaaaa....

    Outro dia escutei de uma especialista em genética  num laboratório super equipado... Que se eu quisesse fazer pesquisa com microRNAs (Estava desenvolvendo um pré-projeto de pesquisa)... 
    Teria de financiar do meu bolso os kits, pois o orgão gestor do financiamento cortou todas as verbas....rs

    hahahahahaha
    Pobre de mim...rs     Estou adaptando a pesquisa aos tempos de crise ...rs
    Método indireto...rsrsrsrsrs

    Pois é botânico.  A coisa está feia... 


    [fraternos]

     
  • editado September 2017
    Saudações Encosto
    Encosto disse: Precisamos enviar mais gente para estudar fora pois os nossos professores são um bando de cuzoes. Trazer professor de fora para dar aula, nem pensar. É muito mais barato.

    Depende da área tecnológica. Mas, acho que na média, principalmente aqui no RJ as Instituições de ensino estão meio devagar...

    Estudei em uma Universidade onde o pessoal de Tecnologia da Informação vivia trazendo professores doutores de vários países, fazim Congressos, etc... Formaram um grupo de pesauisa na Universidade, a Microsoft e outras do segmento iam investir por lá...

    O que aconteceu depois de um tempo... Por causa de uma politicagem institucional. O Diretor de investimento e avanços tecnológicos foi demitido, e a Universidade voltou a idade da pedra...rs

    Logo em seguida... 

    Extinguiram o curso de Engenharia da computação... Se não me engano... Poucas Universidades disponibilizam esse curso...


    [fraternos]

     
  • editado September 2017
    Saudações 

    Ainda sobre Medicamentos e Saúde Pública...

    "Atual sistema de acesso a medicamentos fracassou", diz Jorge Bermudez

    bermudez1.jpg

    André Costa (CCS). Foto: Divulgação.

    Em setembro, foi divulgado o relatório final do Painel de Alto Nível da ONU sobre o Acesso a Medicamentos. Formado por quinze especialistas de várias partes do mundo, o grupo foi convocado em novembro de 2015 pelo então Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, com o objetivo de propor soluções e medidas para melhorar o acesso a medicamentos.

    O acesso da população mundial a medicamentos sofre restrições exorbitantes: a cada três pessoas, uma não dispõe dos medicamentos essenciais de que precisa. Cerca de 5,5 bilhões de pessoas não têm acesso a analgésicos, sofrendo ou morrendo de dor.
    Pacientes que precisam de tratamento para hepatite C na maioria dos países passam pela mesma situação, não recebendo tratamentos indispensáveis a suas vidas. O problema da falta de acesso afeta países pobres e ricos, sendo causado, principalmente, pelos crescentes custos das tecnologias de saúde e pela falta de novas ferramentas para solucionar recentes ameaças, como o ebola, zika e a resistência antimicrobiana.
    A principal conclusão do relatório foi que a solução para este problema envolve um trabalho conjunto entre governos e indústria, desvinculando o custo de pesquisa e desenvolvimento do valor final dos produtos.Um dos dois integrantes brasileiros do painel, o Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Jorge Bermudez, conversou com o Fiocruz Internacional sobre o tema.

    P: O conhecimento científico passou por avanços significativos nas últimas décadas, com as possibilidades de tratamento se tornando muito mais numerosas do que há algumas décadas. Medicamentos de novas gerações tratam pacientes cujos prognósticos seriam fatais há alguns anos. E, ainda assim, centenas de milhões de pessoas que precisam de tratamentos efetivos e capazes de salvar vidas perecem por não falta de acesso. Por que isso acontece?

    Bermudez: O primeiro motivo para isto é o atual regime de propriedade intelectual de medicamentos. A proteção  patentária gera um monopólio de vários anos e, com isso, a indústria impõe o preço que quer no produto, sem que tenhamos competição. O exemplo dos antirretrovirais, neste caso é muito claro. Quando começamos a ter produção genéricas desses remédios na Índia, o preço caiu de dez mil para trezentos dólares. Se você tem competição no mercado, consegue ter preços mais acessíveis. E a indústria de genéricos, quando obtém uma escala maior, consegue abaixar ainda mais seus preços. Um dos problemas, assim, é o regime de propriedade intelectual e de proteção patentária.Outro ponto importante é a relação entre o custo e o preço. É preciso diferenciar o que é custo e o que é preço. Claro que temos investimento em pesquisa, pelo qual a indústria deve receber o retorno. Mas o exemplo da hepatite C é um exemplo muito claro de algo em que não houve o investimento em pesquisa. A Gilead (companhia farmacêutica) simplesmente comprou uma empresa farmacêutica com todo o seu portfólio de produtos e pôs estes produtos a 84 mil dólares por tratamento. Isso porque compraram a outra empresa por 12 ou 13 bilhões de dólares. Quer dizer, o preço do tratamento de hepatite não se deve a custos de investimento em pesquisa, mas sim porque precisam recuperar o que investiram para comprar a companhia. 

    PQuais são as recomendações mais importantes do relatório?

    Bermudez: O mais importante, em primeiro lugar, é que o relatório tem um foco muito central em direitos humanos. A polarização entre inovação e acesso foi muito trabalhada pelo painel. Não adianta ter um produto se, assim como acontece com todos os produtos para câncer lançados nos últimos três anos, ele custa mais de 100 mil dólares por tratamento. Isso quebra sistemas de saúde, a pessoa não pode pagar, o sistema não pode bancar. Não podemos ter inovação, se não tivermos o acesso do outro lado.E também a ênfase para que para que não haja pressões a países que utilizarem flexibilidades dos acordos Trips, criando licenças compulsórias. É o caso recente de Vietnã e Colômbia: os governos destes países declararam que um medicamento é prioritário e que não podem bancar o preço que está exigido pela indústria, e com isso autoriza que haja produção a preço menor, pagando royalties a quem inventou o medicamento. O Brasil só se valeu do mecanismo uma vez, no caso da Aids. O antirretroviral consumia praticamente metade do orçamento: com a licença compulsória, conseguiu reduzir 10 ou 15 vezes o preço do medicamento. Isso feito também com outros produtosOutra questão importante é o chamado delinkage: a desvinculação entre o investimento em pesquisa e o custo do preço do medicamento. 

    PE de um ponto de vista político, qual é o significado do relatório?

    Bermudez: É muito  importante que o relatório tenha ido ao Secretário-Geral das Nações Unidas, quer dizer, que tenha saído da Organização Mundial de Saúde (OMS). A cúpula das Nações Unidas hoje está debatendo acesso a medicamentos. Isto acontece, também, porque o acesso a medicamentos hoje não é mais um problema só de países pobres: Eua, Reino Unido, França e Alemanha dizem que não conseguem bancar determinados medicamentos para hepatite e câncer. Isso também está colocado pelo Secretário-Geral, que afirmou que o acesso é hoje um problema que atinge mundo inteiro. 

    PA indústria alega que desvincular o preço dos medicamentos dos custos de pesquisa e desenvolvimento levaria à ausência de investimento sobre a saúde. O senhor e outros, por outro lado, defendem revisão nas atuais leis de propriedade intelectual. Qual deve ser o papel dos governos, neste novo regime?

    Bermudez: Uma das questões mais enfáticas do relatório é justamente à relacionada à governança: quais devem ser as normas, para mudanças deste tipo. Uma das recomendações claras que mais têm aparecido desde a publicação é que os governos precisam assumir um papel fundamental. Não podem pegar este relatório e arquivá-lo: precisam ver quais são os seus papéis, assim como a indústria precisa ver qual é o papel dela. A sociedade civil sempre cumpriu seu papel,que é o de pressionar, mas quem tem realmente força para promover mudanças são governos. Muitas das pesquisas já são financiadas por governos. Nos EUA, o maior financiador de pesquisas é o governo, o NIH, assim como as universidades. Então estas pesquisas que as universidades ou os órgãos públicos promovem não deveriam gerar patentes para a indústria que recebe estas pesquisas e produz medicamentos.

    PE como a indústria pode ser remunerada por seus investimentos em pesquisa?

    Bermudez: Deveria haver um fundo que remunere a pesquisa, mas também a audite, porque boa parte dela tem custos ligados a publicidade. O que gira em torno do mercado farmacêutico permite tranquilamente constituir um fundo.
    Temos um mercado que gira em torno de um trilhão de dólares. Desses recursos, a maioria provém de investimentos de governo, como no Brasil, onde é o governo quem banca a maioria dos investimentos porque é o SUS que garante a saúde de direito de todos. De alguma maneira, é preciso realizar uma convenção mundial que determine a criação desse fundo, como foi feito com o tabaco há alguns anos. Este fundo deve remunerar a indústria por fazer investimento em pesquisa, e não com que a indústria tenha que ser remunerada pelos custos do medicamento. Este fundo deve ser gerido pelas Nações Unidas ou pela OMS ou outra agência internacional, e deve auditar o que a indústria diz que investiu em pesquisa, e que a remunere de acordo com isso. Estes custos, no entanto, não devem ser passados ao preço dos medicamentos.

    P: Isto leva a outro ponto do relatório, que é a maior necessidade de transparência na indústria.

    Bermudez: Há uma necessidade de transparência em tudo: em custos de ensaios clínicos, nos resultados desses ensaios... Hoje a indústria publica o que ela quer. Ela financia os ensaios clínicos, que são necessários para a ida ao mercado, e só divulga o que quer.  Precisamos saber quais são os custos associados a ensaios clínicos, quanto paga ao pesquisador, quanto paga à universidade que participa, etc.  Recentemente, o senado americano inclusive fez toda uma investigação e chegou à conclusão de que o lançamento dos produtos de hepatite c levou em consideração tudo, menos as pessoas que precisam do medicamento. Concluiu-se que houve um lucro excessivo e que não justificava  critério com o qual se fixou o preço do medicamento.  

    P: Desde sua publicação, o relatório foi chamado de marco. O governo da Colômbia, por exemplo, manifestou-se de forma extremamente positiva à publicação. Por outro lado, o Departamento de Estado americano questionou o texto, assim como a indústria, que fez crítica parecida. Ongs, por sua vez, falaram o contrário, que é um relatório tímido. Como o senhor vê estas reações?

    Bermudez: Primeiro acho que foi um avanço. Conseguimos levar ao mais alto nível das Nações Unidas um assunto que é próprio à OMS. Conseguimos deixar coisas claras, que governos não podem se omitir, que países ricos não podem pressionar países pobres para fixar acordos mais restritivos que o acordo Trips permite, se avançou em transparência e governança, que a ONU precisa voltar a discutir o assunto em 2018. Quando se fala que foi tímido, é um pouco como nosso comentário que eu e outros colegas fizemos em adendo ao relatório: ele a avançou muito, mas temos sensação de que poderia ter ido além. Porque o que está presente aqui já apareceu também em outros relatórios, embora talvez com menos ênfase. Aqui ficou muito enfatizada esta necessidade de que impedir que haja pressões, ameaças e retaliações de medidas do governo. Ficou muito clara a necessidade de que se respeite a soberania de cada país de colocar suas prioridades e de definir suas normas.
    Mas realmente, se queremos assegurar acesso no mundo inteiro, teríamos que considerar se o atual sistema falhou ou não. E acho que, do ponto de vista de assegurar o acesso, ele falhou.
    É um sistema falido, que não está respondendo a quem precisa.
    Ele responde a quem desenvolveu um medicamento novo e tem uma proteção patentária. Temos que rever esse sistema porque já se viu que ele não facilita nem assegura acesso, apenas assegura remuneração. Se, como disse o secretário-geral Ban Ki-Moon citando a Agenda 2030, não queremos deixar ninguém para trás, temos que ser ousados.
    Faltou ousadia de colocar algumas questões, que não precisam ser implementadas de imediato, mas cuja adoção precisa ser pensada. Questões que precisam ser colocadas já, como a necessidade de retirar a proteção patentária, para se entender com que normas, de que maneira se faz isso no futuro.

    https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/atual-sistema-de-acesso-medicamentos-fracassou-diz-jorge-bermudez

    [fraternos]
  • Bermudez: O primeiro motivo para isto é o atual regime de propriedade intelectual de medicamentos. A proteção  patentária gera um monopólio de vários anos e, com isso, a indústria impõe o preço que quer no produto, sem que tenhamos competição. O exemplo dos antirretrovirais, neste caso é muito claro. Quando começamos a ter produção genéricas desses remédios na Índia, o preço caiu de dez mil para trezentos dólares. Se você tem competição no mercado, consegue ter preços mais acessíveis.

    É ou não é uma maravilha o LIVRE MERCADO?

    Se funciona com remedios, deve funcionar com gasolina, energia eletrica, água, etc, etc.
  •  Recentemente, o senado americano inclusive fez toda uma investigação e chegou à conclusão de que o lançamento dos produtos de hepatite c levou em consideração tudo, menos as pessoas que precisam do medicamento. Concluiu-se que houve um lucro excessivo e que não justificava  critério com o qual se fixou o preço do medicamento.  
     

    A justificativa para o preço elevado deve passar pelos seguintes fatores: Remedios caros são comprados pelos governos, que são pessimos administradores. Se até merenda escolar é ultra-mega-superfaturada, imagina oq se pode fazer com remedios?

    Outro fator são as patentes, asseguradas pelos governos. 

    A saida para isso é o LIVRE MERCADO.
  • Saudações Encosto

    Encosto disse: É ou não é uma maravilha o LIVRE MERCADO?

    Se funciona com remedios, deve funcionar com gasolina, energia eletrica, água, etc, etc.

    É verdade...
    Mas, ainda existe desconfiança do público com relação aos medicamentos genéricos, que vieram para tentar esse mecanismo.  

    Agora, sobre privatizações de serviços monopolizados...  É isso mesmo.
    Encosto disse: A justificativa para o preço elevado deve passar pelos seguintes fatores: Remedios caros são comprados pelos governos, que são pessimos administradores. Se até merenda escolar é ultra-mega-superfaturada, imagina oq se pode fazer com remedios?

    Outro fator são as patentes, asseguradas pelos governos. 

    A saida para isso é o LIVRE MERCADO.

    Pois é... O Bermudez fala da dficuldade de trabalhar com medicamento em laboratórios públicos...
    Embora a Farmanguinhos produza bastante coisa e não somente vacinas da Febre Amarela.

    A proposta é uma saúde pública eficaz e tentar minimizar as doenças negligenciadas.
    Atender ao SUS é atender a saúde pública no seu maior contingente humano..
    Pessoas pobres que não tenham condições de acesso tanto a consultas como a medicamentos..
    Puxa, O SUS é um dos sistemas de saúde mais bem estruturados do mundo.
    E o que vemos... Pouca coisa está funcionando últimamente.
    Muito entrave, muita burrocracia, muito desvio de verbas.


    [Fraternos]

     
  • Vou dizer uma coisa. Pensamos muito em "tecnologia de ponta", mas vamos ter de comer muito arroz com feijão para um dia termos mais disso em nossas mãos. Cá comigo temos tantas outras coisas que, mesmo sem ser o suprassumo de tecnologia de ponta, até por sua simplicidade poderiam um muito melhorar as condições de vida  de muito brasileiro.
    Um exemplo simples: brasileiro da roça caga no mato, ou caga num barraco sobre um buraco ou de outro jeito qualquer, mas o final é que acaba poluindo os riachos à sua volta e dessiminando doenças. Já há tecnologia que consiste numa sucessão de caixas dáguas (de plástico mesmo), por onde a merda passa, decompõe-se, os patogênicos, devido ao tempo de retenção perdem a viabilidade e morrem... E o produto final pode ser usado como adubo. Água servida de banho, pia, tanque, etc, também podem passar por um processo semelhante. Com falta de água, muita gente aprendeu a economizar e a economizar tão bem que houve prefeitura que foi trocar hidrometro achando que estavam com defeito... E o que falei pro campo, vale para as cidades também. Quem sabe eu ainda faça isso na minha o dia que tiver dinheiro (não adianta me sequestrar: sou professor).

    E o mais importante é dar um jeito nessa educação piadista que tempos. Se isso for feito, 50% dos nossos problemas já ficarão resolvidos. E veremos como resolver os 50% faltantes com mais facilidade.
  • Saudações a todos

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     =1emGanhadores=1em do Nobel enviam=1em carta=1em a Michel Temer=1em com preocupações=1em com cortes=1em na ciênciaGrupo de 23 ganhadores do prêmio diz que cortes podem comprometer o futuro do país. 'Impossível acomodar um corte de mais de 50%', escreveram.
    Um grupo de 23 ganhadores do prêmio Nobel enviou uma carta ao presidente Michel Temer com preocupações relacionadas aos cortes no orçamento em ciência e tecnologia no Brasil. Na carta, o grupo cita que os cortes podem comprometer o futuro do país e que grupos de pesquisa brasileiros renomados internacionalmente podem ser afetados.A carta foi enviada ao presidente brasileiro na sexta-feira (29), às vésperas do Nobel. Nesta segunda-feira (2), o prêmio laureou três cientistas americanos por suas descobertas relacionadas ao relógio biológico. Na terça (3), serão anunciados o Nobel de Física; na quarta (4), o de Química; na sexta (6), o Nobel da Paz. 
    "Eu assinei a carta. Não espero uma resposta pessoal, nem acredito que precise de uma. Só espero que o governo brasileiro repense o assunto", disse ao G1 Venki Ramakrishnan, biólogo que ganhou o Nobel de Química em 2009 por seus estudos com a estrutura de ribossomos.
     Neste ano, a pasta de Ciência e Tecnologia brasileira sofreu um corte de 44% em seu orçamento (de R$ 5,8 bilhões em 2016, para R$ 3,2 bilhões em 2017). O ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab disse, no entanto, que alguns projetos tiveram a verba preservada -- como foi o caso do Sirius, o acelerador de partículas brasileiro.Na carta enviada ao presidente Michel Temer, contudo, os laureados do Nobel citaram que cortes dessa ordem são difíceis de "acomodar".Após citar que um corte de mais 15.5% é esperado para 2018, os laureados do Nobel alertaram também para o impacto da tesoura no futuro de jovens cientistas no Brasil. 
    "Esses cortes vão danificar o país por muitos anos, com o desmantelamento de grupos de pesquisa renomados e um exôdo de cérebros que vai afetar os melhores jovens cientistas", diz o texto da carta, enviada na sexta-feira (29).
     O texto cita ainda que, enquanto em outros países, a crise econômica levou a cortes da ordem da ordem de 5% a 10%, "um corte de um nível de mais de 50% é impossível de acomodar, e vai comprometer seriamente o futuro do país."Por fim, os cientistas finalizam: "Sabemos que a situação econômica no Brasil está muito difícil, mas insistimos que considere sua decisão antes que seja tarde demais."Assinam a carta:Ganhadores do Nobel de Medicina e FisiologiaHarold Varmus (1989)Jules Hoffmann (2011)Tim Hunt (2001)Torsten Wiesel (1981)Ganhadores do Nobel de QuímicaMartin Chalfie (2008)Johann Deisenhofer (1988)Robert Huber (1988)Ada Yonath (2009)Dan Shechtmann (2011)Venkatraman Ramakrishman (2009)Jean-Marie Lehn (1987)Yuan T. Lee (1986)Ganhadores do Nobel de FísicaAlbert Fert (2007)David Gross (2004)Serge Haroche (2012)Claude Cohen-Tanooudji (1997)Andre Geim (2010)Robert B. Laughlin (1998)Frederic Duncan M. Haldane (2016)Klaus von Klitzing (1985)Arthur McDonald (2015)Takaaki Kajita (2015)Jerome Friedman (1990)
    [Fraternos]
  • Saudações Botânico

    Vou dizer uma coisa. Pensamos muito em "tecnologia de ponta", mas vamos ter de comer muito arroz com feijão para um dia termos mais disso em nossas mãos.

    Botânico, existe muita gente boa por aí.

    Um exemplo foi o que aconteceu com César Lattes..."Durante muito tempo, a modéstia de Lattes impediu que ele requisitasse o direito ao prêmio, mas em uma entrevista para o Jornal da Unicamp, em 2001, ele soltou o verbo: “Sabe por que eu não ganhei o prêmio Nobel? Em Chacaltaya, quando descobrimos o méson-pi, se publicou: Lattes, Occhialini e Powell. E o Powell, malandro, pegou o prêmio Nobel pra ele. Occhialini e eu entramos pelo cano. Ele era mais conhecido, tinha o trabalho da produção de pósitrons em 1933. Depois fui para a Universidade da Califórnia, onde foi inaugurado o sincrociclotron em 1946. Já era 1948 e estava produzindo mésons desde que entrou em funcionamento em 1946, tinha energia mais que suficiente. Então, detectamos, Eugene Garden e eu, o méson artificial, alimentando a presunção de retirar do empirismo todas as pesquisas que se relacionassem com a libertação da energia nuclear. Sabe por que não nos deram o Nobel? Garden estava com beriliose, por ter trabalhado na bomba atômica durante a Guerra, e o berílio tira a elasticidade dos pulmões. Morreu pouco depois e não se dá o prêmio Nobel para morto. Me tungaram duas vezes“.
     https://nupesc.wordpress.com/2015/06/06/cesar-lattes-fala-sobre-o-premio-nobel/


    [Fraternos]
  • ​​​​
    Botânico, concordo com vc no quesito ...  Necessidades básicas.
    Cá comigo temos tantas outras coisas que, mesmo sem ser o suprassumo de tecnologia de ponta, até por sua simplicidade poderiam um muito melhorar as condições de vida  de muito brasileiro.

    Outro dia estava assistindo a um programa rural... Os pequenos produtores estão com dificuldade do que eles chamam de outorga do uso da água dos rios..

    Apenas 2 de 600 produtores rurais têm outorga de água, a=1emgricultores=1em familiares=1em relatam dificuldade=1em em ter outorga=1em ou certificado de uso insignificante.

    PUBLICADO EM 09/03/15 - 03h00
    Por: Ludmila PizarroO Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) não tem conhecimento amplo sobre a utilização dos recursos hídricos pelos produtores rurais do Estado, pois muitos ainda não têm outorga da água utilizada nem o certificado de uso insignificante do recurso. Na região metropolitana de Belo Horizonte, entre cerca de 600 pequenos produtores rurais, apenas dois estão com a situação regularizada junto ao Instituto em relação ao uso da água. A maioria irriga suas terras sem outorga ou certificado, mesmo constando no cadastrados no instituto. Segundo dados do Igam, o cadastro tem 360.543 usurários de recursos hídricos no Estado, entre eles os produtores rurais. Porém, apenas 33.153 têm outorga de uso e 108.694 possuem o certificado de uso insignificante, ou seja, cerca de 39% do total.
     http://www.otempo.com.br/capa/economia/apenas-2-de-600-produtores-rurais-têm-outorga-de-água-1.1005776
    A água de reúso da chuva seria uma opção...  Como fazem em algumas regiões do Nordeste para captar a água para beber, limpeza da casa, etc.

    Existem pesquisas que estão tentando o processamento para acelerar a questão de reúso da água.

    A Fapesp está incentivando projeto... Nesse é para reúso do esgoto urbano. Ou mesmo minimizar a poluição dos rios...
     
    Uma das técnicas que os pesquisadores estão tentando é pelo método da oxidação avançada. Pela peroxidação assistida por radiação ultravioleta, esses processos oxidativos tem mecanismos para gerar radicais de hidroxila com alto potencial de oxidação, que degradam compostos que passaram pelo tratamento biológico sem sofrer alteração. Por princípio esse mecanismo visa a inativação de patôgenicos, onde a ação química de desinfetantes como cloro e ozônio não conseguem.


    " Sabemos da dificuldade do reúso da água do esgoto sanitário é que nenhum tratamento remove totalmente os microrganismos, restando sempre contaminantes como protozoários, vermes e bactérias. Os patógenos são altamente resistentes e conseguem suportar um grande estresse ambiental: se regarmos um jardim com água contaminada por ovos de helmintos, por exemplo, esses microrganismos permanecerão viáveis por até dois anos, podendo entrar em contato com o ser humano.” Portal Unicamp.

    http://www.unicamp.br/unicamp/ju/624/pesquisa-avalia-eficiencia-de-processo-de-tratamento-de-agua

    Mesmo assim, é importante pesquisas nessa área. O campo está precisando de tecnologia para reverter o problema do estresse hidrico que cada vez mais está ficando comum...

    [Fraternos]
  • editado October 2017
    Exatamente, minha cara, mas sacomé: temos lá uma grande bancada do boi e do agronegócio que decidem se salvam o Temer ou se votam o que ele quer e daí exigem leis que acabem com reservas indígenas e/ou ambientais, anistia a todos os errados nessa área, inclusive aos assassinos, etc e tal e aí como fica a briga?
    Uma sugestão que penso em postar no site do Bolsonaro e do Partido Novo, é fazer propaganda nas páginas deles dos eventuais parlamentares que demonstraram ser boa gente (como aquele que, para grande ira dos colegas, rejeitou carro oficial, verbas disso e daquilo, auxílios tais e quais e disse que vai ficar só com seu salário e eventualmente alguma coisa para um ou outro acessor.
    Como o Temer, sem desrespeito às mulheres de coragem (as tais de grelo duro), Temer não é macho mesmo e caso fosse, nada poderia fazer, pois não era o vice decorativo que era divulgado e sim um safado metido nas falcatruas que agora estamos vendo. Com um Congresso desses, nada se pode fazer. Imaginem se ele batesse o pé e dissesse que todos os altos funxionários iam receber no máximo 33 mil. O que excesse isso, seria confiscado pois a lei diz que ninguém pode ganhar mais do que isso. Ia ser um quebra pau e tanto, mas quanto ele ganharia em popularidade se não estivesse mais sujo que pau de galinheiro em outras coisas?
  • editado October 2017
    Silvana
    Existem, aproximadamente, quatrocentas empresas farmacêuticas no Brasil. Dessas, vinte multinacionais dominam cerca de 80% do mercado, enquanto as 380 empresas de capital nacional são responsáveis por, aproximadamente, 20% do faturamento total. Dentre as empresas nacionais, destaca-se a Aché, que se mantém entre as dez maiores do setor.   http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n11/12.pdf
     

    a meu ver existe uma mafia de laboratórios , de fato uma industria excitando o hipocondrismo consumista, existem mais farmacias do que padarias e pizzarias.
    umas parecem supermercado, com muitas "ofertas" voce recebe até uma cestinha para poder sair aproveitando as promoções , para gripes, dores de cabeça, emagrecimento, memória, ossos......vitaminas,, rejuvenecimento....etc
    Alguns medicos são recrutados por representantes dos laboratório a sairem prescrevendo seus produtos, se percebem um melhor nivel do paciente sempre indicam o medicamento mais caro, alias é dificil conseguir encontrar algum medicamento de baixo custo!
    assim é lógico que paira a duvida quanto a honestidade de tais laboratórios e tambem dos profissionais que vivem das "doenças alheias", quanto a eficacia de tais medicamentos.
    por exemplo o cancer assim como a maioria das doenças gravissimas movimentam bilhões em lucros para os laboratórios, onde a necessidade impõe preços pela "hora da morte" aos enfermos!
    sei não se seria interessante para os que exploram essas doenças, por fim  a elas!
    por exemplo a carie dental!
    Quanto a zica foi noticiado que brasileiros associados a americanos ja descobriram a cura e estão prestes a lançar vacina, e se não me engano ha tambem uma cura genetica para o cancer!

     
  • A proposta é uma saúde pública eficaz e tentar minimizar as doenças negligenciadas.
    Atender ao SUS é atender a saúde pública no seu maior contingente humano..

    Fui no google agora e encontrei o seguinte: R$120.000.000.000,00 investidos em saude em 2017.

    Isso é muito ou pouco dinheiro?

    Eu acredito que seja MUITO DINHEIRO. 

    Todo mundo reclama que precisamos de mais recursos para a saude mas será que alguem já estudou o desperdicio que ocorre dentro de um hospital?

    Esse artigo fala um pouco do atraso de uma administração hospitalar com relação a industria

    http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/621.pdf

    Imagine uma maquina simples de raio x, por exemplo.  Eu já fiz percebi o tempo que a maquina não faz absolutamente nada. Se cronometrarem durante 1 hora, perceberão que, no lugar de 4 ou 5 raios x, seria possível fazer 20, apenas reavaliando as atividades dos técnicos, enfermeiros, atendentes, etc.
  • editado October 2017
    existem mais farmacias do que padarias e pizzarias.
    É impressionante mesmo!
    Em outros lugares pra achar uma farmácia só pedindo endereço na portaria do hotel ou lobrigando na INTERNET. Cá se caminha alguns passos aleatoriamente e já tropeça n'alguma farmácia!
  • Botânico disse: Exatamente, minha cara, mas sacomé: temos lá uma grande bancada do boi e do agronegócio que decidem se salvam o Temer ou se votam o que ele quer e daí exigem leis que acabem com resersas indígenas e/ou ambientais, anistia a todos os errados nessa área, inclusive aos assassinos, etc e tal e aí como fica a briga?
    Uma sugestão que penso em postar no site do Bolsonaro e do Partido Novo, é fazer propaganda nas páginas deles dos eventuais parlamentares que demonstraram ser boa gente (como aquele que, para grande ira dos colegas, rejeitou carro oficial, verbas disso e daquilo, auxílios tais e quais e disse que vai ficar só com seu salário e eventualmente alguma coisa para um ou outro acessor.
    Como o Temer, sem desrespeito às mulheres de coragem (as tais de grelo duro), Temer não é macho mesmo e caso fosse, nada poderia fazer, pois não era o vice decorativo que era divulgado e sim um safado metido nas falcatruas que agora estamos vendo. Com um Congresso desses, nada se pode fazer. Imaginem se ele batesse o pé e dissesse que todos os altos funxionários iam receber no máximo 33 mil. O que excesse isso, seria confiscado pois a lei diz que ninguém pode ganhar mais do que isso. Ia ser um quebra pau e tanto, mas quanto ele ganharia em popularidade se não estivesse mais sujo que pau de galinheiro em outras coisas?

    devemos nos ater a discursos dos politicamente corretos em ritimo de releição , é comum ver esses caras de pau criticando as mas obras dos "outros"  quando na verdade elas fizeram parte do seus desgovernos.
    Seria um projeção dos seus  maus caratismo politicos!
    recetemente vi um discruso inflamado da senadora Gleisi hofman, acusando o senado de ser um governo de empresario governado para empresarios, de estarem massacrando os trabalhadores com leis escravagistas!
    hora considerando  a reforma para aposentar com 80 anos, coibindo processo contra empresarios, aumento do imposto de renda.............. os menos avisados podem até dar credito a senadora e achar que ela é uma "boa moça", mas quem não sabe que foi o partido e governo dela PT que saqueou o pais, causou demprego e inflação e crise  finaceira? 
     
  • editado October 2017
    Gorducho escreveu: »
    existem mais farmacias do que padarias e pizzarias.
    É impressionante mesmo!
    Em outros lugares pra achar uma farmácia só pedindo endereço na portaria do hotel ou lobrigando na INTERNET. Cá se caminha alguns passos aleatoriamente e já tropeça n'alguma farmácia!

    Melhor do que tu ficar fodido sem poder ter onde comprar remédio. E farmácias não se limitam a vender somente remédios. Imagina você sem poder comprar remédio pra febre do seu filho? Saúde é algo essencial.
  • editado October 2017
    Não me consta que (say) os alemães tenham "pior" saúde pelo fato de quase não se encontar farmácias caminhando à toa (sem ter endereço prévio).
    Mas é só uma constatação a partir do comentário do Sr. Criaturo.
    Sem maiores "juízos": só o pasmo mesmo.
  • editado October 2017
    Gorducho escreveu: »
    Não me consta que (say) os alemães tenham "pior" saúde pelo fato de quase não se encontar farmácias caminhando à toa (sem ter endereço prévio).
    Mas é só uma constatação a partir do comentário do Sr. Criaturo.
    Sem maiores "juízos": só o pasmo mesmo.


    Não falo de qualidade e sim de acessibilidade a um recurso necessário, ok? Toda a farmácia tem um endereço que eu saiba. Não é algo intinerante como feiras.


  • editado October 2017
    Sr. Criaturo falou – dando-se desconto pruma possível figura de linguagem: não vá interpretar ao pé-da-letra e fazer uma planilha Excel com todas farmácias, pizzarias e padarias daí do Rio, certogrey_question.png–
    existem mais farmacias do que padarias e pizzarias.
    E eu simplesmente concordei.
    Foi só isso...
  • Gorducho escreveu: »
    Sr. Criaturo falou – dando-se desconto pruma possível figura de linguagem: não vá interpretar ao pé-da-letra e fazer uma planilha Excel com todas farmácias, pizzarias e padarias daí do Rio, certogrey_question.png–
    existem mais farmacias do que padarias e pizzarias.
    E eu simplesmente concordei.
    Foi só isso...


    Posso te dizer que no centro é onde encontro mais estabelecimentos farmaceuticos, enquanto em lugares mais afastados dependendo do local encontro 2. Só porque tu encontra diversas farmácias vai dizer que todos os locais são assim?

    Não se irrite com meu comentário viu? Tô somente comentando.
  • NUNCA me irrito.
    Quem se "irrita" não deve participar de Sítios de debates.

    Não, claro que não sei se TODOS lugares do Brasil são assim até porque não conheço mrgreen.png
    Na Argentina também tem bastantes farmácias, mas me parece que ainda assim menos que cá. 
    Mas, claro: tudo são "impressões" evidentemente que de caráter não científico e sem dispor de n°s – e muito menos disposição pra procurá-los.
  • Ao menos admite que é uma visão de mundo.
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