De Poitiers a Viena (texto original inédito do Acauan, exclusivo para o RéV, depois de muito tempo)

editado December 2017 em Religião é veneno
De Poitiers a Viena.

Por Acauan


Com cansativa e irritante frequência vemos referências às Cruzadas como aventuras imperialistas do Ocidente contra o Islã.
Geralmente estas referências falam de um Islã que seria o guardião das luzes em uma época na qual a Europa estava mergulhada nas trevas, mostrando este mesmo Islã como vítima inocente da sanha gananciosa das potências ocidentais.

Uma coisa boa em discutir fatos cientificamente é que as evidências conquistam supremacia sobre as opiniões.

E as evidências que destroem a bobajada exposta no primeiro parágrafo podem ser resumidas em três nomes: Poitiers, Lepanto e Viena.
Estes são os nomes de três batalhas quando, em cada qual, o Ocidente esteve a um passo de ser destruído por forças agressoras do Islã.

As datas são autoexplicativas quanto a quem era a potência agressora neste conflito.

Em 732 DC, Carlos Martel derrotou o exército dos mouros de Córdoba nas proximidades de Poitiers, no coração da França.
Se os muçulmanos tivessem vencido, a civilização Ocidental amargaria seu ocaso ainda na Alta Idade Média.
Note-se que a Batalha de Poitiers ocorreu apenas cem anos após a morte de Maomé, quando os muçulmanos já haviam conquistado na ponta da espada todo o Oriente Médio, todo norte da África e a Península Ibérica. 
Esta expansão se deu sem qualquer reação organizada e conjunta da Cristandade, o nome que o Ocidente se dava na época.

A primeira reação organizada e conjunta só se daria na Primeira Cruzada, mais de trezentos e cinquenta anos depois da vitória salvadora de Carlos Martel.
A Quinta e última Cruzada iniciou-se em 1217.
Trezentos e cinquenta anos depois desta última incursão cristã contra o Islã, a sobrevivência do Ocidente estava de novo por um fio, sendo salvo da invasão destruidora dos Otomanos pela vitória da Liga Santa, a coalização Ocidental, na Batalha de Lepanto.

A clareza das contas fala por si.
Trezentos e cinquenta anos antes da Primeira Cruzada o Ocidente lutava pela sua sobrevivência ameaçada pelo Islã e trezentos e cinquenta anos depois da Última Cruzada o Ocidente lutava por sua sobrevivência, ameaçada pelo Islã.

Assim como cem anos depois da morte de Maomé o Islã ja ameaçava destruir o Ocidente, mil anos depois do passamento do Profeta os muçulmanos ainda conservavam o hábito, ameaçando, de novo, invadir a Europa e submetê-la ao Império Otomano, sendo vencidos e detidos, de novo, na Batalha de Viena.

Fazendo a soma dos anos, entre Poitiers e Viena temos quase mil anos de agressões do Islã contra a civilização Ocidental, sendo que cada qual delas poderia ter posto fim ao Ocidente e seu legado, enquanto entre a Primeira e a Última Cruzada passaram-se cento e vinte anos, durante os quais em nenhum momento houve ameaça real de extinção da civilização islâmica.

Como disse, os números falam por si.
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Comentários

  • Interessante essa cronologia.

    Felizmente essas informações são mais difundidas atualmente inclusive por gente jovem como o Milo Yanopolous, Ben Shapiro e Steven Crowder.
    Esses vídeos são relativamente populares no  YT, o que não deixa de ser um alento.

    No Brasil poderíamos fazer mais por esta causa.
     
  • editado December 2017
    Nem é possível assistir a todos embora eu tenha feito mas vale a pena abrir cada um pra ver o número de visualizações de cada e também o número de inscritos que eses canais têm.
    Nos EUA há oposição.


    Esse da precisa ser visto, 4 minutos e o ptóprio Obamaa fazendo o jogo sujo de citar as Crusadas, é de vomitar:



     
  • editado December 2017
    Uma pergunta:

    Meios sabidamente esquerdistas dizem que as Crusadas tinham o elemento religioso em segundo plano e o que estava realmente em jogo eram territórios.

    O canal da Mojo, conhecida revista americana famosa por suas listas de os 10 mais isso e aquilo, é um desses sources. Publicaram suas listinhas antes e depois das eleições dos EUA como:
    Top 10 Crazy Things That've Happened Since Donald Trump's Election
    Top 10 Celebrity Trump Haters
    Top 10 Most Ridiculous Donald Trump Tweets
    Esse canal é um dos top 20 inscritos no YT mundial e é por isso que me preocupo em saber.
    O vídeo em questão é este:





     
  • Judas disse: Uma pergunta:

    Meios sabidamente esquerdistas dizem que as Crusadas tinham o elemento religioso em segundo plano e o que estava realmente em jogo eram territórios.
    Os cruzados não eram santos e, sim, tentaram ocupar territórios e fundar reinos no Oriente Médio.
    Da mesma forma, os islamitas não eram todos monstros assassinos e ignorantes.

    Essa "interação" entre os dois mundos comprovadamente beneficiou o Ocidente culturalmente.

    Só que isto não muda a realidade de que a Europa, durante 1000 anos ou mais, correu o risco de ser islamizada.

    Ou que as cruzadas não foram uma agressão unilateral e sim uma reação a uma ameaça real.

    Como seria a Europa hoje se o outro lado tivesse vencido? Basta comparar os atuais países ocidentais com os países islâmicos.
  • editado December 2017
    Fernando_Silva disse:
    Judas disse: Uma pergunta:

    Meios sabidamente esquerdistas dizem que as Crusadas tinham o elemento religioso em segundo plano e o que estava realmente em jogo eram territórios.
    Os cruzados não eram santos e, sim, tentaram ocupar territórios e fundar reinos no Oriente Médio.
    Da mesma forma, os islamitas não eram todos monstros assassinos e ignorantes.

    Essa "interação" entre os dois mundos comprovadamente beneficiou o Ocidente culturalmente.

    Só que isto não muda a realidade de que a Europa, durante 1000 anos ou mais, correu o risco de ser islamizada.

    Ou que as cruzadas não foram uma agressão unilateral e sim uma reação a uma ameaça real.

    Como seria a Europa hoje se o outro lado tivesse vencido? Basta comparar os atuais países ocidentais com os países islâmicos.

    VIVA AS CRUZADAS ! EFEITOS COLATERAIS SEMPRE EXITEM EM CONFLITOS E FAZ PARTE DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE AS CONQUISTAS TERRITORIAIS.
  • editado December 2017
    Judas disse: Uma pergunta:

    Meios sabidamente esquerdistas dizem que as Crusadas tinham o elemento religioso em segundo plano e o que estava realmente em jogo eram territórios.

    Esta é uma questão interessante para mim, diz respeito à autocrítica das próprias ideias.
    Por muito tempo, algumas décadas para dar a dimensão da coisa, eu repeti um mantra que acreditava resumir esta questão "As Cruzadas foram essencialmente um experimento colonial".
    Ou seja, por trás do discurso religioso o que se queria era expandir os domínios europeus através da conquista de novos territórios.

    Até que um dia li uma análise, não me lembro o autor, que detalhava como a ideia das Cruzadas como experimento colonial era um mito criado em determinadas universidades americanas e que este mito era orientado muito mais por vieses ideológicos do que por evidências científicas.
    Este mesmo ensaio demonstrava, aí sim com as devidas evidências, a motivação predominantemente religiosa das Cruzadas.  Outras motivações havia, claro, mas que ação humana deste porte teve ou tem ou teria motivação única?

    Então...
    Fui rastrear na memória a origem da minha crença no "Experimento colonial das Cruzadas" e a fonte original era o livro A Era da Incerteza, de John Kenneth Galbraith.
    Galbraith foi muito popular certa época devido A Era da Incerteza ter virado série de TV, tornando seu autor uma espécie de Carl Sagan da Economia.

    Na época eu gostava do Galbraith, o mais conhecido defensor do Keynesianismo e adversário direto do liberalismo de Milton Friedman.
    Coisas da juventude... mas socialista, pelo menos, nunca fui...

    Ou seja, toda uma crença histórica me havia sido formada com base em uma única fonte que se mostrava ideológica, fato confirmado por Galbraith ser professor e representante de uma das universidades citadas na formação do mito do experimento colonial das Cruzadas.

    A cura trabalhosa para esta doutrinação foi zerar as opiniões a respeito, revisar fontes, identificar consensos.
    E a conclusão única se revela de um fato inegável, o significado da experiência religiosa para o homem medieval.
    Note que eu disse experiência religiosa e não crença religiosa.
    Para nós, ocidentais pós-iluministas, religião é apenas uma crença, como há várias religiões propondo crenças contraditórias entre si, então não há como estarem todas corretas, concluindo-se que a experiência deve estar acima da crença no processo de tirada de conclusões.

    Esta dicotomia não existia para o homem medieval, para quem a experiência cotidiana era a mesma coisa que vivência religiosa, uma vez que sua cosmovisão era cristã e qualquer visão de mundo que fugisse ou negasse a cristã era vista automaticamente como herética.

    Assim, o chamado do Papa convocando os cristãos para libertar a Terra Santa, resgatar o Santo Sepulcro do domínio muçulmano se necessário morrendo pela Cruz de Cristo certamente teve um apelo de grandiosidade irresistível em seu tempo.
    Se parece estranho hoje, basta um comparativo rápido.
    Milhões de jovens americanos correram para o alistamento militar voluntário após o ataque a Pearl Harbor.  Se uma coisa tão secular quanto o ataque a uma base naval foi capaz de causar tamanha disposição ao sacrifício, que dirá para homens que existiam dentro de uma realidade religiosa o chamado para defender a causa de Deus e o fazendo conquistar o perdão dos pecados e a certeza da salvação eterna, o que na época era o anseio primeiro e maior de qualquer homem considerado sensato.

    Os destaques que dão às pilhagens e desordens promovidas pelos Cruzados em suas idas e vindas em nada deveriam surpreender.  É o esperado de turbas de homens em armas recrutados sem critério e postos a marchar com escassa disciplina e sofrendo todos os infortúnios de percorrer a pé o longo caminho da França ou Inglaterra até a Palestina.

    Estas ocorrências não são suficientes para negar a motivação religiosa daqueles homens.  Pelo contrário, é a única explicação razoável do porque se submeteram ao infortúnio de ir a pé para um fim de mundo, sem qualquer confiança justificável de que voltariam vivos de lá.
     
  • E o comentário acima era prá ter sido só uma explicação curta.
    Ficou mais longo que o texto original.
  • Acauan disse: E o comentário acima era prá ter sido só uma explicação curta.
    Ficou mais longo que o texto original.

    É um comentário precioso pra mim.
    Não da pra simplesmente achar isso na internet explicado dessa forma.
    E essa questão é central  por causa do viés ideológico de esquerda ao tentar fazer essa redução da motivação das Cruzadas.
    Ao menos eu acho que acertei em minhas suspeitas.

    Este é mais um dos assuntos centrais do debate ideológico, não querendo desviar o tópico mas apenas listando pra colocar em perspectiva o porque de eu querer saber disso.
    Outros mitos propagandeados pela esquerda:

    -Crise de 1929 foi causada pelo livre mercado.

    -O "povo palestino".

    -A USSR não tinha interesse no Brasil na época da guerra fria e o golpe apenas usou isso como desculpa.

    -As bombas atômicas lançadas sobre o Japão. Quase tudo que se ouve falar sobre isso é balela e inclusive existiriam atrocidades ainda maiores cometidas pelos aliados antes dessas bombas.

    Esses assuntos merecem tópicos separados e quem sabe com o tempo vamos fazendo isso.

     
  • Judas disse:
    -As bombas atômicas lançadas sobre o Japão. Quase tudo que se ouve falar sobre isso é balela e inclusive existiriam atrocidades ainda maiores cometidas pelos aliados antes dessas bombas.
    Ou, puxando para o outro lado, "Os japoneses eram uns coitadinhos e não mereciam tal crueldade".

     
  •  
    Fernando_Silva disse:
    Judas disse: Uma pergunta:

    Meios sabidamente esquerdistas dizem que as Crusadas tinham o elemento religioso em segundo plano e o que estava realmente em jogo eram territórios.
    Os cruzados não eram santos e, sim, tentaram ocupar territórios e fundar reinos no Oriente Médio.
    Da mesma forma, os islamitas não eram todos monstros assassinos e ignorantes.

    Essa "interação" entre os dois mundos comprovadamente beneficiou o Ocidente culturalmente.

    Só que isto não muda a realidade de que a Europa, durante 1000 anos ou mais, correu o risco de ser islamizada.

    Ou que as cruzadas não foram uma agressão unilateral e sim uma reação a uma ameaça real.

    Como seria a Europa hoje se o outro lado tivesse vencido? Basta comparar os atuais países ocidentais com os países islâmicos.

    Me parece correto e concordante com o Acauan.

    É de se esperar que ações deste tamanho apresentem motivações diferentes/concorrentes.

    O erro pra mim é as ordenar da forma que pareca politicamente mais interessante a quem apresenta essa versão ideológica das coisas, ou seja, mentir falando a verdade.
    E também ignorar a conclusão lógica, física e observável que é comparar o que tem hoje no Ocidente com o que tem em lugares de maioria islâmica.
  • A Esquerda se preocupa pra caralho para com tudo que cristãos e judeus fizeram/fazem na História.
    As barbaridades cometida pelo Islã eles nem tocam no assunto .
    Tenho cada vez mais nojo desta corja .
  • editado December 2017
    Fernando_Silva disse:
    Judas disse:
    -As bombas atômicas lançadas sobre o Japão. Quase tudo que se ouve falar sobre isso é balela e inclusive existiriam atrocidades ainda maiores cometidas pelos aliados antes dessas bombas.
    Ou, puxando para o outro lado, "Os japoneses eram uns coitadinhos e não mereciam tal crueldade".

     

    Sim.
    Muita gente  ignora a tomada de Nanquim.

    Eu disse "uma atrocidade  dos aliados" exatamente pra poder mostrar o total desconhecimento de História por  parte de quem cita as bombas atômicas pra detonar os EUA.
    Se esse povo não fosse burro e papagaio que repete jargão teria competência pra citar os bombardeios incendiários sobre o Japão que mataram muito mais gente queimada viva do que as duas bombas atômicas somadas.

    Se falar em Pearl Harbor ou bomba atômica já podemos desconfiar que é gente panfletando.
  • Judas disse:
    Fernando_Silva disse:
    Judas disse:
    -As bombas atômicas lançadas sobre o Japão. Quase tudo que se ouve falar sobre isso é balela e inclusive existiriam atrocidades ainda maiores cometidas pelos aliados antes dessas bombas.
    Ou, puxando para o outro lado, "Os japoneses eram uns coitadinhos e não mereciam tal crueldade".

     

    Sim.
    Muita gente  ignora a tomada de Nanquim.

    Eu disse "uma atrocidade  dos aliados" exatamente pra poder mostrar o total desconhecimento de História por  parte de quem cita as bombas atômicas pra detonar os EUA.
    Se esse povo não fosse burro e papagaio que repete jargão teria competência pra citar os bombardeios incendiários sobre o Japão que mataram muito mais gente queimada viva do que as duas bombas atômicas somadas.

    Se falar em Pearl Harbor ou bomba atômica já podemos desconfiar que é gente panfletando.
    Mostrei as atrocidades pra um indviduo em um forum ele disse que nao justificava a atitude dos EUA em lancar a bomba atomica. Fiquei enojado com essa resposta.
  • Percival disse:
    Judas disse:
    Fernando_Silva disse:
    Judas disse:
    -As bombas atômicas lançadas sobre o Japão. Quase tudo que se ouve falar sobre isso é balela e inclusive existiriam atrocidades ainda maiores cometidas pelos aliados antes dessas bombas.
    Ou, puxando para o outro lado, "Os japoneses eram uns coitadinhos e não mereciam tal crueldade".

     

    Sim.
    Muita gente  ignora a tomada de Nanquim.

    Eu disse "uma atrocidade  dos aliados" exatamente pra poder mostrar o total desconhecimento de História por  parte de quem cita as bombas atômicas pra detonar os EUA.
    Se esse povo não fosse burro e papagaio que repete jargão teria competência pra citar os bombardeios incendiários sobre o Japão que mataram muito mais gente queimada viva do que as duas bombas atômicas somadas.

    Se falar em Pearl Harbor ou bomba atômica já podemos desconfiar que é gente panfletando.
    Mostrei as atrocidades pra um indviduo em um forum ele disse que nao justificava a atitude dos EUA em lancar a bomba atomica. Fiquei enojado com essa resposta.

    Esses são os mesmos filhos das putas que defendem genocidas de esquerda .
  • editado December 2017


    Sant'Iago !

     
  • editado December 2017
    VIVA A FIDEL CASTRO QUE CONSEGUIU ENCARAR E ENFRENTAR O IMPERIALISMO CAPITALISTA NORTE AMERICANO !
    OH GLÓRIA PRA SEMPRE A FIDEL CASTRO A ELE TODA HONRA E TODA GLÓRIA PARA TODO SEMPRE AMÉM ! ALELUIA! LOUVADO SEJA O NOME DE FIDEL ! 
  • Deus é Fidel.
  • editado December 2017
    Judas disse:

    Este é mais um dos assuntos centrais do debate ideológico, não querendo desviar o tópico mas apenas listando pra colocar em perspectiva o porque de eu querer saber disso.
    Outros mitos propagandeados pela esquerda:
    -Crise de 1929 foi causada pelo livre mercado.
    A Crise de 1929 pode ter sido causada pelo livre mercado, mas a Grande Depressão decorrente foi produto da sequência de erros e omissões cometidos pelo governo federal americano, que pisou na bola em praticamente tudo que fez para lidar com a crise. Há controvérsias quanto ao New Deal, mas tem muitas e boas evidências de que pisaram na bola aí também.
    -O "povo palestino".

    Ninguém encontrará referências a "povo palestino" anteriores à década de 80.
    Antes desta época aquelas populações que tiveram o azar de ficar no fogo cruzado entre Israel e a coligação árabe que tentou jogar o Estado Judeu no mar eram conhecidos apenas como "refugiados árabes do Oriente Médio" ou simplesmente refugiados árabes.
    Nem mesmo a OLP - Organização para Libertação da Palestina adotava um discurso nacionalista, preferindo a propaganda revolucionária, que agradava mais seus patrocinadores soviéticos.
    Depois dos anos 80 com o Hamas e o Hezbollah conquistando espaço político da OLP que se definiu que Povo Palestino seria uma nacionalidade e que a religião muçulmana era seu principal fator de identidade e unidade.
    -A USSR não tinha interesse no Brasil na época da guerra fria e o golpe apenas usou isso como desculpa.
    Nem vou comentar.
    Basta lembrar que Luiz Carlos Prestes, chefe do Partido Comunista Brasileiro, não ia ao banheiro sem autorização de Moscou.
    -As bombas atômicas lançadas sobre o Japão. Quase tudo que se ouve falar sobre isso é balela e inclusive existiriam atrocidades ainda maiores cometidas pelos aliados antes dessas bombas.

    Esta é um prato cheio prá turma do lado de lá, uma vez que se você soltar um se não ou porém para as condenações aos bombardeios atômicos você se torna automaticamente o pervertido moral que defende criancinhas sendo incineradas ou condenadas ao cancêr por envenenamento radiativo só prá puxar o saco do Tio Sam.
    Bullshit!
    Estes cheios de consideração com os civis japoneses mortos nos bombardeios deviam saber ou lembrar que o Governo Imperial Japonês não teve consideração nenhuma pelo seu próprio povo, uma vez que os americanos AVISARAM que iriam usar uma arma definitiva se o Japão não se rendesse e eles resolveram pagar prá ver, sabendo que jamais os Estados Unidos blefariam naquele contexto.
    E MESMO DEPOIS da bomba de Hiroshima, foram novamente chamados a se render e se recusaram, o que levou ao bombardeio de Nagasaki.
    E aí se renderam...
    PQP... Se duas bombas atômicas foram motivo aceitável para rendição, por que não se renderam logo na primeira e salvaram as vidas de seus compatriotas do ataque seguinte, cujo poder destrutivo materializou-se fato consumado?
    Resposta: Porque os militares japoneses preferiam sacrificar cada homem, mulher ou criança de seu próprio povo a renunciar ao seu orgulho nacionalista, orgulho e nacionalismo, importante lembrar, tão racistas quanto o alemão.
    Se quiserem botar as mortes de Hiroshima na conta dos americanos, que seja, aquilo era a Segunda Guerra Mundial e a coisa era feia mesmo para todo lado que se olhasse.
    Agora, os mortos em Nagasaki tem que assombrar seu próprio Imperador e generais que literalmente os jogaram na fogueira. E no que dependesse dos generais, poucos lhes importava se cada cidade japonesa tivesse o mesmo destino, desde que eles não passassem pela vergonha da derrota.


     
  • Estes cheios de consideração com os civis japoneses mortos nos bombardeios deviam saber ou lembrar que o Governo Imperial Japonês não teve consideração nenhuma pelo seu próprio povo, uma vez que os americanos AVISARAM que iriam usar uma arma definitiva se o Japão não se rendesse e eles resolveram pagar prá ver, sabendo que jamais os Estados Unidos blefariam naquele contexto.

    Tem um vídeo do Bill Whittle sobre hiroshima que é curto e definitivo sobre isso.
  • editado December 2017
    Judas disse:

    Tem um vídeo do Bill Whittle sobre hiroshima que é curto e definitivo sobre isso.

    Ok, vamos imaginar o impossível.
    Que Truman tinha a Bomba, mas decidiu não usá-la...
    É impossível porque o Estado Maior das Forças Armadas Americanas se uniria ao Congresso, Truman sofreria Impeachment  e seu sucessor ordenaria o bombadeio.

    Mas vamos imaginar que não, que a alternativa do simples não uso da Bomba fosse possível em algum cenário.

    O que aconteceria depois?
    Todo mundo entende o que seria a invasão das ilhas japonesas, a resistência fanática, centenas de milhares de baixas americanas e milhões de baixas japonesas. Ou quem sabe milhões e dezenas de milhões respectivamente...

    Só que a coisa não acabaria aí.
    Se o Império do Japão tivesse que ser conquistado metro a metro em uma batalha sangrenta, depois de vencida os americanos agiriam de modo a ter certeza que aquela nação nunca mais representaria uma ameaça militarista de tal monta, o que implicaria em pendurar o Imperador na ponta de uma corda, seguido de todo alto escalão das forças armadas e policiais, continuando pela dissolução do Estado Japonês e instituição de um governo de ocupação muito mais duro que o praticado após a rendição incondicional.
    O impacto disto sobre a moral e a identidade nacional japonesa seriam terríveis. País e povo estariam destruídos física e espiritualmente.

    Isto se Stalin não entornasse o caldo de vez, invadisse o norte do Japão e criasse uma Coréia com esteróides, potencializando a Guerra Fria em um nível extremado no Oriente, no qual um Japão dividido como a Alemanha repetiria as tensões de Berlim Ocidental em nível muito mais crítico, pois daquele lado do mundo URSS e a China de Mao estariam lambendo os beiços para abocanhar a porção capitalista do arquipélago.

    Neste cenário é quase impossível que o Milagre Japonês ocorresse como ocorreu, tornando o Japão a segunda economia do mundo e líder industrial e tecnológico apenas três décadas depois da derrota.

    As bombas atômicas encerraram a Segunda Guerra Mundial do modo menos traumático entre as alternativas.
    Naquela realidade, a única escolha moral possível era pelo mal menor e foi a que Truman fez.
  • Acauan disse:
    Todo mundo entende o que seria a invasão das ilhas japonesas, a resistência fanática, centenas de milhares de baixas americanas e milhões de baixas japonesas. Ou quem sabe milhões e dezenas de milhões respectivamente...
    Se morreram tantos russos lutando contra os nazistas, quanto mais no Japão, com um povo fanático.

  • - A resistência feroz dos japoneses contra a invasão americana em Okinawa e Iwo Jima, deixou bem claro o quanto seria sangrenta uma invasão do Japão, qualquer um que tivesse uma arma daquela para lançar mão, o faria para poupar seus soldados, no fim o fanatismo dos japoneses selou seu destino, e como bem disse o Acauan, se tivessem tido o juízo de se render depois de Hiroshima, Nagasaki seria poupada.

    Abraços,
  • editado December 2017
    Isto se Stalin não entornasse o caldo de vez, invadisse o norte do Japão e criasse uma Coréia com esteróides

    Isso é praticamente unanimidade ao menos em todos os documentários que pude assistir e me prece uma conclusão bastante lógica. Aconteceu na Alemanha, aconteceu na Coréia e aconteceria no Japão ao que tudo indica.

    A argumentação contra isso foi usada aqui no Brasil também.

    Como não "sabemos" com 150% de certeza o que ia acontecer, logo o que foi feito foi pior ou injustificável.

    É assim que fazem pra detonar a decisão do exército brasileiro em fazer a inter...ou melhor, dar o golpe. (Já que essa palavra irrita mais essa turminha).

    O mundo inteiro em guerra, todos os países com localizações e recursos estratégicos virando objetivos militares de EUA e União Soviética mas só o Brasil estava fora dessas questões, o golpe aqui caiu do céu, foi pura vontade dos militares baseada em nada e motivada pela vontade de matar e torturar pobres defensores do comunismo.

    Como se o povo daqui não soubesse pouco porém o suficiente sobre o comunismo, era ateu e mal.

     Este povo na época era católico em ampla maioria, da pra imaginar porque escolheram os militares.
  • Judas disse:
    O mundo inteiro em guerra, todos os países com localizações e recursos estratégicos virando objetivos militares de EUA e União Soviética mas só o Brasil estava fora dessas questões, o golpe aqui caiu do céu, foi pura vontade dos militares baseada em nada e motivada pela vontade de matar e torturar pobres defensores do comunismo.
    A revolução cubana era uma coisa recente e um bando de otários e canalhas queria fazer a mesma coisa no Brasil. Che Guevara foi recebido como herói por aqui e até condecorado por Jânio Quadros.

    Já havia guerrilha. Ela não surgiu como reação à revolução de 1964. Já havia terroristas sendo treinados em fazendas da Bahia com financiamento chinês. Já havia terroristas incendiando fazendas.
  • editado July 2021

    Os sádicos que acompanharam a discussão deixaram passar eu escrevendo Cruzadas com "s".

    O interessante é que nunca confundi esta palavra, sempre foi óbvio pras mim que era com Z. Não sei o que me deu.
  • Acauan escreveu: »
    O que aconteceria depois?
    Todo mundo entende o que seria a invasão das ilhas japonesas, a resistência fanática, centenas de milhares de baixas americanas e milhões de baixas japonesas. Ou quem sabe milhões e dezenas de milhões respectivamente...
    Existia uma opção para a bomba atômica: O isolamento da ilha por meses sem permitir a entrada ou saida de nenhum navio.

    Mas a catástrofe humanitária seria maior, quem sabe. Todos os recursos seriam reservados para manter o exercito na ativa e a população morreria de fome.


  • Martel está enterrado em terra islâmica - ironia da história.

    Nota: departamento 93 é o mais islâmico na região ile de France, onde está localizada a basílica Saint Denis, na qual estão sepultados os reis de France.
  • editado July 2021
    Lamentável. A Europa perdeu a coragem. Não temos líderes de fibra no Ocidente...menos mal que o túmulo de Carlos Martel esteja no mais muçulmano dos departamentos franceses. O guerreiro já fez sua obrigação. Agora é com a geração atual de frouxos.
  • Lamentável. A Europa perdeu a coragem. Não temos líderes de fibra no Ocidente...menos mal que o túmulo de Carlos Martel esteja no mais muçulmano dos departamentos franceses. O guerreiro já fez sua obrigação. Agora é com a geração atual de frouxos.

    Na verdade não é bem assim. Os europeus não querem saber de fazer filhos mais e então eles tem que aceitar imigrantes, quem quer que sejam.
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