Pergunta pertinente e curiosa aos russófilos de plantão

Por que separatismo na Ucrânia é belo e moral mas na Síria não?

ps: apesar de achar repulsíva a política russa (interna e externa) eu mesmo sou um russófilo hihihi

Comentários

  • Mas quem foi que disse que não é?
    Todos falam na arbitrariedade do risco-de-lápis Sykes–Picot e acho que ninguém imagina que a Syria voltará a ser o que era exceto se o Trump ganhar - o que acho bem provável...- quando então ele já anunciou que vai repartir o globo c/o Putin.
  • editado October 2016
    Fedidovisk disse: Por que separatismo na Ucrânia é belo e moral mas na Síria não?
    Simpatizo com os curdos e acho que eles deveriam ter seu próprio país.

    Alguns países são uma criação artificial e só se mantêm unidos sob uma ditadura.
    Quando ela cai, como no caso da Iugoslávia, o território se fragmenta.
    Pode acontecer o mesmo na Síria e na Líbia.

    Além disto, os povos do Oriente Médio ainda têm uma organização tribal que muitas vezes prevalece sobre a consciência de nação e não coincide com a fronteiras artificiais impostas pelos europeus e otomanos.

    Já na Ucrânia, parte do problema é resultado da imigração forçada no tempo da URSS, que instalou russos em todas as repúblicas para criar um fato consumado.
     
  • editado October 2016
    Bem, meu questionamento tem mais relação com a crise humanitária na Síria, em especial Aleppo, onde o ditador Assad já falou que vai promover uma "limpeza" na cidade, leia-se, expulsar para a Turquia todos as centenas de milhares de civis que lá hoje vivem e são hostis ao ditador. (na verdade foi exatamente isso o que ele disse)

    O raciocínio do ditador é bem simples, milhares de revoltosos e descontentes com a ditadura vivem hoje em Aleppo, enquanto estes revoltosos ou insatisfeitos lá estiverem a ditadura não terá sossego, logo, ou cai o ditador o caem os civis...

    Os russos, que defendem calorosamente o ditador sírio, justificam o separatismo na Ucrânica em razão de uma "vontade da maioria", ou seja, os que residem na Criméia, por exemplo, não desejam ficar na Ucrânia e com isso a Rússia busca legitimar o separatismo (o que é lá um argumento).

    A pergunta é por que quando trazemos a questão para Aleppo, por exemplo, o mesmo raciocínio tornar-se inválido...?

    São dois pesos e duas medidas de forma descarada.
  • Mas veja que na Síria o que aconteceu não foi separatismo e sim protestos políticos contra o Assad. Os protestantes nunca pretenderam fracionar o país tanto que os curdos de lá sempre foram pró Assad.

    E note que a Criméia nunca foi da Ucrãnia exceto agora durante a existência da URSS quando foi anexada num ato administrativo pra simples fins de organograma.
    Quanto à Ucrânia sim sempre foi uma entidade bem distinta da Rússia e foi promovida essa imigração forçada pra fins de fait accompli como supradito. 
  • Fedidovisk disse:
    A pergunta é por que quando trazemos a questão para Aleppo, por exemplo, o mesmo raciocínio tornar-se inválido...?
    Não no meu caso, pelo menos. De qualquer forma, acho difícil, a estas alturas, que a Síria consiga voltar a ser um país unido depois de tanto ódio e destruição.

    Quanto aos interesses da Rússia, nada têm a ver com legitimidade ou justiça. É apenas o interesse deles.
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