Empirismo

Até quanto ele é importante para as nossas conclusóes sobre a realidade ? 
Apontem suas falhas .
Apontem seu méritos .

Comentários

  • editado January 2018
    A  dicotomia "instrospecção racionalista versus empirismo" não existe. Immanuel Kant sintetizou dialeticamente as ideias de Descartes e Locke argumentando que tanto o racionalismo quanto o empirismo têm seu lugar e que ambos trabalham juntos na busca pela verdade. Muitos filósofos e cientistas - se não a maioria - aceitam a síntese de Kant.

    Chama-se "fenomenologia"  a abordagem de construção de conhecimento rica em empirismo e pobre em teoria (arquitetura e medicina da antiguidade, por exemplo), e não "teoria científica": ela é descrita como uma catalogação das regularidades empíricas sem grandes ambições teóricas. Do outro lado, a abordagem de construção de conhecimento rica em instropecção racionalista e pobre (ou ausente) em empirismo pode ser chamada só de "filosofia" mesmo. E ciência é o campo do conhecimento rico em introspecção  racionalista - com construção de teorias - e empirismo.
  • editado January 2018
    O empirismo não dá conta de uma certa crença fundacional da ciência. O realismo científico não é empírico devido ao problema da indução. A crença fundacional do realismo é metafísica, e não empírica.
  • editado January 2018
    Huxley disse: O empirismo não dá conta de uma certa crença fundacional da ciência. O realismo científico não é empírico devido ao problema da indução. A crença fundacional do realismo é metafísica, e não empírica.

    HuxleY a sua vida...
    A realidade você conduz nesta crença ?
    Como ter uma realidade metafísica , substituindo ela pelo o que é empírico ?
    Até os animais aprendem por repetição .
    Sei que empiricamente pode se "provar" absurdos, mas o que seria da ciência sem experimentações ? Como seria ??????????????????
    Como dito SEI MUITO BEM QUE O EMPIRÍSMO PODE SE LEVAR A ABSURDOS.
    Porém na maioria das vezes não é isso que acontece...
     
  • editado January 2018
    Emmedrado disse:
    Sei que empiricamente pode se "provar" absurdos, mas o que seria da ciência sem experimentações ? Como seria ??????????????????
    Como dito SEI MUITO BEM QUE O EMPIRÍSMO PODE SE LEVAR A ABSURDOS.
    Porém na maioria das vezes não é isso que acontece...
    O senso comum diz que a Terra é plana e que o Sol gira em torno dela.

    Funciona - até certo ponto. Funciona, por exemplo, se você nunca for muito longe de onde nasceu e não se preocupar muito com as variações nos movimentos dos astros.

    Se você começar a estudar as coisas em detalhe, racionalmente, vai descobrir que não é bem assim.
    Por exemplo, se você resolver testar sua crença de que a Terra é plana andando até sua suposta borda.
    Ou tentando explicar por que os astros se movem de forma tão estranha no céu.


     
  • editado January 2018
    Emmedrado disse:
    Huxley disse: O empirismo não dá conta de uma certa crença fundacional da ciência. O realismo científico não é empírico devido ao problema da indução. A crença fundacional do realismo é metafísica, e não empírica.

    HuxleY a sua vida...
    A realidade você conduz nesta crença ?
    Como ter uma realidade metafísica , substituindo ela pelo o que é empírico ?
    Até os animais aprendem por repetição .
    Sei que empiricamente pode se "provar" absurdos, mas o que seria da ciência sem experimentações ? Como seria ??????????????????
    Como dito SEI MUITO BEM QUE O EMPIRÍSMO PODE SE LEVAR A ABSURDOS.
    Porém na maioria das vezes não é isso que acontece...
     

    Você está me fazendo uma pergunta como se eu tivesse dito que a ciência prescinde de experimentos. Nunca  afirmei isso. 

    Você não está compreendendo o que eu digo, pois não está fazendo a distinção entre crença fundacional e crença não-fundacional. Se eu digo "A Terra é um planeta que está a uma distância média de 149,6 milhões de quilômetros do Sol", então essa é uma crença não-fundacional. Essa é uma crença suportada empiricamente. Todavia, um dos fundamentos que precisam ser tomados como verdade para se chegar a essa conclusão, e de forma metafísica, é a crença "Há um mundo, lá fora, totalmente independente das representações humanas". Essa é a proposição do realismo externo. Se você diz que essa é uma crença suportada empiricamente, direta e indiretamente, então é obrigação sua provar isso formalmente. Alguns filósofos tentaram fazer isso apelando ao princípio da indução.  Mas, como observou David Hume, fizeram isso levando em conta a própria veracidade do princípio da indução como pressuposto, o que significa raciocinar em círculo. Eis uma citação instrutiva para entender isso: 
    Pode ser tentador responder ao problema da indução de Hume notando que o raciocínio indutivo tem tido um grande sucesso até agora. Baseando-se no raciocínio indutivo os cientistas alcançaram coisas extraordinárias, desde as lâmpadas eléctricas e computadores, às viagens espaciais e à manipulação genética. Todos estes feitos grandiosos da ciência e da engenharia dependem do raciocínio indutivo. Não é isto fundamento para supor que o raciocínio indutivo é um método fidedigno para alcançarmos crenças verdadeiras?

    A dificuldade com esta justificação da indução é uma vez mais que ela própria é um raciocínio indutivo. Refere que o raciocínio indutivo tem sido extremamente bem-sucedido até hoje e conclui que continuará provavelmente a ser bem-sucedido no futuro. Estamos outra vez a cair no problema da circularidade: usar a indução para justificar a indução é como confiar no que diz um anúncio porque o próprio anúncio garante ser de confiança.

    Fonte: https://criticanarede.com/fildaciencia.html
  • editado January 2018
    Huxley disse:
    Emmedrado disse:
    Huxley disse: O empirismo não dá conta de uma certa crença fundacional da ciência. O realismo científico não é empírico devido ao problema da indução. A crença fundacional do realismo é metafísica, e não empírica.

    HuxleY a sua vida...
    A realidade você conduz nesta crença ?
    Como ter uma realidade metafísica , substituindo ela pelo o que é empírico ?
    Até os animais aprendem por repetição .
    Sei que empiricamente pode se "provar" absurdos, mas o que seria da ciência sem experimentações ? Como seria ??????????????????
    Como dito SEI MUITO BEM QUE O EMPIRÍSMO PODE SE LEVAR A ABSURDOS.
    Porém na maioria das vezes não é isso que acontece...
     

    Você está me fazendo uma pergunta como se eu tivesse dito que a ciência prescinde de experimentos. Nunca  afirmei isso. 

    Você não está compreendendo o que eu digo, pois não está fazendo a distinção entre crença fundacional e crença não-fundacional. Se eu digo "A Terra é um planeta que está a uma distância média de 149,6 milhões de quilômetros do Sol", então essa é uma crença não-fundacional. Essa é uma crença suportada empiricamente. Todavia, um dos fundamentos que precisam ser tomados como verdade para se chegar a essa conclusão, e de forma metafísica, é a crença "Há um mundo, lá fora, totalmente independente das representações humanas". Essa é a proposição do realismo externo. Se você diz que essa é uma crença suportada empiricamente, direta e indiretamente, então é obrigação sua provar isso formalmente. Alguns filósofos tentaram fazer isso apelando ao princípio da indução.  Mas, como observou David Hume, fizeram isso levando em conta a própria veracidade do princípio da indução como pressuposto, o que significa raciocinar em círculo. Eis uma citação instrutiva para entender isso: 
    Pode ser tentador responder ao problema da indução de Hume notando que o raciocínio indutivo tem tido um grande sucesso até agora. Baseando-se no raciocínio indutivo os cientistas alcançaram coisas extraordinárias, desde as lâmpadas eléctricas e computadores, às viagens espaciais e à manipulação genética. Todos estes feitos grandiosos da ciência e da engenharia dependem do raciocínio indutivo. Não é isto fundamento para supor que o raciocínio indutivo é um método fidedigno para alcançarmos crenças verdadeiras?

    A dificuldade com esta justificação da indução é uma vez mais que ela própria é um raciocínio indutivo. Refere que o raciocínio indutivo tem sido extremamente bem-sucedido até hoje e conclui que continuará provavelmente a ser bem-sucedido no futuro. Estamos outra vez a cair no problema da circularidade: usar a indução para justificar a indução é como confiar no que diz um anúncio porque o próprio anúncio garante ser de confiança.

    Fonte: https://criticanarede.com/fildaciencia.html

    Entendi .
  • DE QUALQUER MANEIRA @Huxlei o empirismo é uma ferramenta muito,muito forte para a ciencia ...Muito mesmo...
  • Emmedrado disse: DE QUALQUER MANEIRA @Huxlei o empirismo é uma ferramenta muito,muito forte para a ciencia ...Muito mesmo...
    Primeiro você constata o fenômeno e depois você tenta explicá-lo (embora, às vezes, a teoria preveja a existência de um fenômeno que só depois será observado na prática).
     
  • Empirismo Publicado por: Filipe Rangel Celeti em Filosofia0 Comentários



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    Para Locke quando nascemos somos como uma folha em branco
    O empirismo é a escola do pensamento filosófico relacionada à teoria do conhecimento, que pensa estar na experiência a origem de todas as ideias. O nome empirismo vem do latim: empiria (experiência) e -ismo (sufixo que determina, entre outras coisas, uma corrente filosófica). Temos, assim, a “corrente filosófica da experiência”.Ao longo de toda a história da filosofia, diversos pensadores abordaram a questão, dando importância ao conhecimento da experiência (da sensibilidade) ao invés de apenas ao intelectual. Entretanto, o principal defensor do empirismo foi John Locke (1632-1704), filósofo inglês. O empirismo defendido ficou conhecido como empirismo britânico, e influenciou diversos filósofos.Locke defendeu que a experiência forma as ideias em nossa mente, no seu livro Ensaio acerca do entendimento humano, de 1690. Na introdução, ele escreve que “só a experiência preenche o espírito com ideias”. Para argumentar a favor, Locke critica o conceito de que já existem ideias em nossa mente (ideias inatas). Ele procura demonstrar que qualquer ideia que temos não nasce conosco, mas se inicia na experiência.A experiência, para Locke, não são as experiências de vida. Experiência para ele são as nossas sensações (sentidos). Ouvimos, enxergamos, tocamos, saboreamos e cheiramos. Cada um dos cinco sentidos leva informações para o nosso cérebro. Quando nascemos não sabemos o que é uma maçã, mas formamos a ideia de maçã a partir dos sentidos. Vemos a sua cor, sentimos o seu aroma, tocamos sua casca e mordemos a fruta. Cada uma dessas sensações simples nos faz ter a ideia de maçã. A partir da sensação, há a reflexão. Dessa forma, nossas ideias são um reflexo daquilo que nossos sentidos perceberam do mundo.Com essa constatação, Locke afirma que, ao nascermos, somos como uma folha em branco. São, então, os sentidos responsáveis pelo preenchimento dessa folha.Para confirmar sua teoria, o filósofo inglês antecipa futuras críticas. Entre as possibilidades de crítica, existe o argumento de que somos capazes de ter ideias de coisas que nunca foram percebidas pelos nossos sentidos. Locke argumenta contra este tipo de crítica, pois mesmo ideias de seres mitológicos como sereias, unicórnios e faunos são apenas junções de ideias que já tivemos anteriormente. Uma sereia é a união da ideia de mulher e peixe. Um unicórnio é a união da ideia de cavalo com a de chifre. Um fauno é a mistura de homem com bode. Não há nada nessas ideias que não tenha sido conhecida previamente. Até mesmo a ideia recente de alienígenas nada mais é do que a ideia de um homem deformado (com cabeça e olhos maiores, corpo pequeno etc.)Depois de Locke, o empirismo britânico conheceu a reformulação feita pelo irlandês George Berkeley (1685-1753). Para ele, o que conhecemos do mundo não é realmente o que o mundo é. O mundo não é o que percebemos dele. Podemos perceber o mundo através dos sentidos, mas não conhecê-lo de verdade.Mais radical do que o empirismo de Berkeley está o que pensou David Hume (1711-1776), natural de Edimburgo, Escócia. De acordo com Hume, só existe o que percebemos. Todas as relações que fazemos entre o que conhecemos não são conhecimentos verdadeiros. Podemos conhecer uma bola e podemos conhecer um pé, porém se chutamos uma bola não há nada que confirme que a bola se move porque foi o pé que a moveu. Com isto, Hume critica as ciências, pois trabalham com a ideia de causa e efeito. Essa relação de causalidade (causa-efeito) é uma relação entre ideias e é, portanto, não verdadeira. Tudo o que pensamos ser verdadeiro, como a causa do movimento da bola, é imaginação.Se o que sabemos vem da experiência e a experiência apenas nos informa um pouco sobre como o mundo é, precisamos, de acordo com o empirismo, estar atentos e críticos às falsas ideias que não podem ser verificadas pelos sentidos.Filipe Rangel Celeti
    Colaborador Mundo Educação
    Bacharel em Filosofia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
    Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/empirismo.htm
  • editado March 2018
    Todo é maior que a somas das partes .
    Considero isso um erro .
    @Acauan

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