UnB dará aulas sobre ‘golpe de 2016’
UnB dará aulas sobre ‘golpe de 2016’
Governo é acusado de atacar democracia
Disciplina começa em duas semanas
A UnB (Universidade de Brasília) terá aulas sobre o “golpe de 2016”. Essa é a descrição da disciplina (eis a íntegra) que também acusa o governo Temer de fazer “ataque às liberdades e à democracia” e de ter uma “agenda de retrocesso”.
De acordo com o plano de aula, haverá uma discussão sobre as “chances” de “restabelecimento do Estado de direito” depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (em 2016). O semestre começará em duas semanas.
O Instituto de Ciência Política da UnB está oferecendo 50 vagas para o curso. A matéria será ministrada por Luis Felipe Miguel, professor titular da cadeira. Alunos de outros cursos poderão se inscrever para “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. É comum na UnB que estudantes tomem aulas de outros cursos.
Um dos objetivos da disciplina, segundo a ementa (descrição sucinta do que será abordado), é “analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil”.
Quando se lê a descrição do curso, fica claro que a disciplina oferecida pela UnB dá como certo que a gestão de Michel Temer deu 1 “golpe de Estado” para depor a Dilma Rousseff. O plano de aulas também sustentará que Temer fez “ataque às liberdades e à democracia”.
Outro módulo tratará da “nova direita radical e a ascensão do parafascismo”. A Operação Lava Jato e o Poder Judiciário também serão mencionados em aula sobre “a campanha pela deposição de Dilma”. O professor também promete debater as “possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”.
A QUEDA DE DILMA ROUSSEFF
Dilma Rousseff (PT) foi eleita presidente do Brasil em 2010 e reeleita em 2014. Foi afastada do cargo por meio de 1 processo de impeachment, cuja admissibilidade foi votada pela Câmara em 17 de abril de 2016. O Senado afastou a então presidente do cargo em 12 de maio de 2016. O impeachment foi confirmado em definitivo pelos senadores em 31 de agosto de 2016.
Michel Temer (MDB) havia sido o vice-presidente da República eleito na chapa com Dilma nas duas eleições (2010 e 2014). Assumiu como presidente interino no mesmo dia em que a petista teve seu afastamento decretado pelo Senado, em 12 de maio de 2016. Com a punição a Dilma sendo confirmada pelos senadores, Temer foi efetivado no cargo e deve exercer a função de presidente até 31 de dezembro de 2018.
A acusação principal contra Dilma Rousseff foi a de ter desrespeitado a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o julgamento comandado pelo Senado, a petista editou decretos de créditos suplementares para fechar as contas do governo federal sem a autorização do Congresso –seriam as chamadas “pedaladas fiscais”.
A peça acusatória também afirmava que Dilma agiu de maneira imprópria ao não ter atuado para punir irregularidades cometidas pela Petrobras. A petista, segundo a acusação, agiu de maneira omissa em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que foi danosa à Petrobras.
Os autores do pedido de impeachment (os advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal) usavam em sua argumentação as descobertas da operação Lava Jato, que investigou vários episódios de corrupção envolvendo a Petrobras.
A Universidade de Brasília (UnB) é uma instituição pública de ensino federal. Foi fundada em 1962, apenas 2 anos depois da inauguração da capital federal.
Quem mantém a UnB é o governo federal, comandado por Michel Temer e agora acusado pela própria universidade de ter assumido o controle do país por meio de 1 golpe de Estado. A UnB e todas as universidades federais têm autonomia para oferecer esse tipo de curso, sem possibilidade de censura.
A UnB foi invadida por militares várias vezes durante a ditadura para reprimir ativistas contrários ao regime da época. A mais violenta foi em 1968. O plano de uma universidade “sem muros” e com formação humanista, empreendido pelos educadores Anísio Teixeira (1900-1971) e Darcy Ribeiro (1922-1997), foi parcialmente alterado pelos militares.
A própria universidade traz em seu site que, na invasão sofrida em 1968, mais de 500 pessoas foram detidas e 1 estudante foi baleado na cabeça. “Por estar mais perto do poder, a instituição foi uma das mais atingidas. Acusados de subversivos, universitários e professores foram perseguidos pelo regime”, diz a página da instituição.
https://www.poder360.com.br/governo/unb-dara-aulas-sobre-golpe-de-2016/
Governo é acusado de atacar democracia
Disciplina começa em duas semanas
A UnB (Universidade de Brasília) terá aulas sobre o “golpe de 2016”. Essa é a descrição da disciplina (eis a íntegra) que também acusa o governo Temer de fazer “ataque às liberdades e à democracia” e de ter uma “agenda de retrocesso”.
De acordo com o plano de aula, haverá uma discussão sobre as “chances” de “restabelecimento do Estado de direito” depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (em 2016). O semestre começará em duas semanas.
O Instituto de Ciência Política da UnB está oferecendo 50 vagas para o curso. A matéria será ministrada por Luis Felipe Miguel, professor titular da cadeira. Alunos de outros cursos poderão se inscrever para “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. É comum na UnB que estudantes tomem aulas de outros cursos.
Um dos objetivos da disciplina, segundo a ementa (descrição sucinta do que será abordado), é “analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil”.
Quando se lê a descrição do curso, fica claro que a disciplina oferecida pela UnB dá como certo que a gestão de Michel Temer deu 1 “golpe de Estado” para depor a Dilma Rousseff. O plano de aulas também sustentará que Temer fez “ataque às liberdades e à democracia”.
Outro módulo tratará da “nova direita radical e a ascensão do parafascismo”. A Operação Lava Jato e o Poder Judiciário também serão mencionados em aula sobre “a campanha pela deposição de Dilma”. O professor também promete debater as “possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”.
A QUEDA DE DILMA ROUSSEFF
Dilma Rousseff (PT) foi eleita presidente do Brasil em 2010 e reeleita em 2014. Foi afastada do cargo por meio de 1 processo de impeachment, cuja admissibilidade foi votada pela Câmara em 17 de abril de 2016. O Senado afastou a então presidente do cargo em 12 de maio de 2016. O impeachment foi confirmado em definitivo pelos senadores em 31 de agosto de 2016.
Michel Temer (MDB) havia sido o vice-presidente da República eleito na chapa com Dilma nas duas eleições (2010 e 2014). Assumiu como presidente interino no mesmo dia em que a petista teve seu afastamento decretado pelo Senado, em 12 de maio de 2016. Com a punição a Dilma sendo confirmada pelos senadores, Temer foi efetivado no cargo e deve exercer a função de presidente até 31 de dezembro de 2018.
A acusação principal contra Dilma Rousseff foi a de ter desrespeitado a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o julgamento comandado pelo Senado, a petista editou decretos de créditos suplementares para fechar as contas do governo federal sem a autorização do Congresso –seriam as chamadas “pedaladas fiscais”.
A peça acusatória também afirmava que Dilma agiu de maneira imprópria ao não ter atuado para punir irregularidades cometidas pela Petrobras. A petista, segundo a acusação, agiu de maneira omissa em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que foi danosa à Petrobras.
Os autores do pedido de impeachment (os advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal) usavam em sua argumentação as descobertas da operação Lava Jato, que investigou vários episódios de corrupção envolvendo a Petrobras.
A Universidade de Brasília (UnB) é uma instituição pública de ensino federal. Foi fundada em 1962, apenas 2 anos depois da inauguração da capital federal.
Quem mantém a UnB é o governo federal, comandado por Michel Temer e agora acusado pela própria universidade de ter assumido o controle do país por meio de 1 golpe de Estado. A UnB e todas as universidades federais têm autonomia para oferecer esse tipo de curso, sem possibilidade de censura.
A UnB foi invadida por militares várias vezes durante a ditadura para reprimir ativistas contrários ao regime da época. A mais violenta foi em 1968. O plano de uma universidade “sem muros” e com formação humanista, empreendido pelos educadores Anísio Teixeira (1900-1971) e Darcy Ribeiro (1922-1997), foi parcialmente alterado pelos militares.
A própria universidade traz em seu site que, na invasão sofrida em 1968, mais de 500 pessoas foram detidas e 1 estudante foi baleado na cabeça. “Por estar mais perto do poder, a instituição foi uma das mais atingidas. Acusados de subversivos, universitários e professores foram perseguidos pelo regime”, diz a página da instituição.
https://www.poder360.com.br/governo/unb-dara-aulas-sobre-golpe-de-2016/
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Comentários
Tu vai na rede social desse povo chega até dar tristeza.
Michel Temer é:
A) Traidor
B ) Golpista
C) Bobo
D) Agente da CIA
E) Todas as opções
Eis que ele acha absurdo a folha chamar o Maduro de ditador, porque pra ele no Brasil temos uma ditadura, mas na Venezuela uma democracia.
https://jornalggn.com.br/noticia/folha-rebaixa-se-a-panfleto-no-tema-venezuela-por-luis-felipe-miguel
https://oglobo.globo.com/brasil/disciplina-sobre-golpe-gera-discussao-entre-dilma-ministro-da-educacao-em-rede-social-22427040
O professor Luis Felipe Miguel, da UnB, responsável pela disciplina pró-PT no curso de Ciências Políticas, “orientou” seus alunos a não gravarem as aulas e também determinou que jornalistas não entrem no local.
“[A UnB] não contempla a possibilidade de aluno que não esteja regularmente matriculado. Não existe a categoria ‘ouvinte’”, afirmou Miguel, cerceando algo que é possível fazer em qualquer universidade pública brasileira.
A situação é grave, uma vez que universidade pública é um espaço em que a entrada de qualquer cidadão é garantida constitucionalmente. Além disso, o fato de não querer gravações da aula é mais uma evidência de que o conteúdo é obviamente partidário.
https://www.ceticismopolitico.org/professor-que-ministra-disciplina-pro-pt-na-unb-nao-quer-gravacao-de-aulas-e-isso-e-gravissimo/
Tem um lado bom da coisa: maluquices assim acabam por originar leis ou decretos que barrem tal situação. Não vai aconteceu, mas imaginem alguém propondo uma disciplina sobre as conquistas da Revolução de 31 de março de 1964... Uma disciplina de abordagem histórica, social e econômica, sem qualquer vínculo partidário. Os que fariam os democráticos esquerdistas, também partidários da diversidade do saber neste caso?