GUILHERME BOULOS - Um dia na vida de
SÃO PAULO – O dia ainda nem amanhecia quando nossa equipe chegou na Praça da Sé, onde, no meio de inúmeros mendigos, o pré-candidato à presidência da República Guilherme Boulos dormia.
Sem teto desde que seus pais o expulsaram de casa, quando “era apenas um adolescente de 32 anos de idade”, Boulos prefere os bancos de praça aos albergues públicos.
“Sou um líder sem teto. Se eu for dormir nos albergues, vai ter gente questionando o fato de dormir sob um teto”, afirma assim que nos vê."
Pré-candidato do Partido Socialismo e Liberdade (sic), Boulos se certificou de ter amarrado bem o saco de estopa onde guardou as latas de alumínio que havia catado na véspera, dobrou o papelão que o servia de cama e, com o cobertor jogado sobre os ombros, seguiu até o banheiro de um posto de gasolina para lavar o rosto.
“A vida de nós, sem teto, é dura”, declarou enquanto desembrulhava um pão de uma sacola, do qual tirou um pedaço e deu para seu cachorro antes de comer.
Considerado um dos presidenciáveis mais pobres, Boulos revela que pretende financiar sua candidatura com a venda de material reciclável e shit-coins, a criptomoeda venezuelana.
“Tenho esperança de ser eleito presidente, pois ao menos eu teria uma casa para morar”, desabafa.
Oriundo de uma família de classe média, Boulos diz que acabou saindo de casa quando seus pais exigiram que ele procurasse emprego.
“Eu era apenas um adolescente de 32 anos e na época pretendia concluir o ensino médio, mas meus pais queria que eu fosse deixar currículos no comércio. Me recusei, porque não quero vender minha força de trabalho para a burguesia e produzir mais-valia para enriquecer os patrões”, diz Boulos aludindo à teoria econômica de Karl Marx.
A caminho do “Bom prato”, restaurante do governo, onde é possível tomar café da manhã pagando R$ 0,50, Boulos fala com veemência que se empenhará para derrotar a qualquer custo o PSDB.
“Desde que o Dória assumiu a prefeitura, as coisas pioraram bastante. Outro dia acordei com um jato d’água e era o filho da mãe, vestido de gari, me pedindo licença para lavar a calçada”.
Durante o café da manhã, Boulos atendeu um telefonema de um correligionário e, ao tirar o telefone do bolso, acabou revelando possuir um iPhone-X, que segundo ele foi presente dos companheiros do partido, que se cotizaram e compraram na mais recente viagem de Luciana Genro à Coreia do Norte.
“No socialismo todos terão iPhone”, explicou.
Infelizmente, em razão de um imprevisto comunicado por meio do telefonema referido, Boulos teve que sair às pressas e não teve tempo de conversar com nossa reportagem sobre seu programa de governo.
“Preciso ir”, disse enquanto entrava no seu Mercedes-Benz SLC, ressaltando que não poderia levar nenhum membro da equipe de reportagem, porque o carro só possui um lugar além do banco do motorista, que seria ocupado por sua sacola de latinhas de alumínio e sua cama de papelão.
Ao longe, foi possível notar quando ele, ao passar em frente ao prédio da FIESP, jogar uma pedra e gritar “abaixo o capitalismo”.
Sem teto desde que seus pais o expulsaram de casa, quando “era apenas um adolescente de 32 anos de idade”, Boulos prefere os bancos de praça aos albergues públicos.
“Sou um líder sem teto. Se eu for dormir nos albergues, vai ter gente questionando o fato de dormir sob um teto”, afirma assim que nos vê."
Pré-candidato do Partido Socialismo e Liberdade (sic), Boulos se certificou de ter amarrado bem o saco de estopa onde guardou as latas de alumínio que havia catado na véspera, dobrou o papelão que o servia de cama e, com o cobertor jogado sobre os ombros, seguiu até o banheiro de um posto de gasolina para lavar o rosto.
“A vida de nós, sem teto, é dura”, declarou enquanto desembrulhava um pão de uma sacola, do qual tirou um pedaço e deu para seu cachorro antes de comer.
Considerado um dos presidenciáveis mais pobres, Boulos revela que pretende financiar sua candidatura com a venda de material reciclável e shit-coins, a criptomoeda venezuelana.
“Tenho esperança de ser eleito presidente, pois ao menos eu teria uma casa para morar”, desabafa.
Oriundo de uma família de classe média, Boulos diz que acabou saindo de casa quando seus pais exigiram que ele procurasse emprego.
“Eu era apenas um adolescente de 32 anos e na época pretendia concluir o ensino médio, mas meus pais queria que eu fosse deixar currículos no comércio. Me recusei, porque não quero vender minha força de trabalho para a burguesia e produzir mais-valia para enriquecer os patrões”, diz Boulos aludindo à teoria econômica de Karl Marx.
A caminho do “Bom prato”, restaurante do governo, onde é possível tomar café da manhã pagando R$ 0,50, Boulos fala com veemência que se empenhará para derrotar a qualquer custo o PSDB.
“Desde que o Dória assumiu a prefeitura, as coisas pioraram bastante. Outro dia acordei com um jato d’água e era o filho da mãe, vestido de gari, me pedindo licença para lavar a calçada”.
Durante o café da manhã, Boulos atendeu um telefonema de um correligionário e, ao tirar o telefone do bolso, acabou revelando possuir um iPhone-X, que segundo ele foi presente dos companheiros do partido, que se cotizaram e compraram na mais recente viagem de Luciana Genro à Coreia do Norte.
“No socialismo todos terão iPhone”, explicou.
Infelizmente, em razão de um imprevisto comunicado por meio do telefonema referido, Boulos teve que sair às pressas e não teve tempo de conversar com nossa reportagem sobre seu programa de governo.
“Preciso ir”, disse enquanto entrava no seu Mercedes-Benz SLC, ressaltando que não poderia levar nenhum membro da equipe de reportagem, porque o carro só possui um lugar além do banco do motorista, que seria ocupado por sua sacola de latinhas de alumínio e sua cama de papelão.
Ao longe, foi possível notar quando ele, ao passar em frente ao prédio da FIESP, jogar uma pedra e gritar “abaixo o capitalismo”.
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