Diários de viagem de Einstein têm observações racistas



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© Provided by IBT MediaO cientista judeu Albert Einstein tinha ideias racistas, especialmente contra chineses. Foi o que a publicação de seus diários de viagem pela Ásia nos anos de 1920 mostrou.Os escritos, que até hoje eram inéditos, foram publicados na editora da universidade de Princeton, um documento da viagem de cinco meses e meio do cientista na Ásia entre 1922 e 1923 para a China, Cingapura, Hong Kong e Japão, além de Palestina e Espanha.A editora fala dos diários escritos à mão como descrições “esquisitas, sucintas e às vezes irreverentes” sobre assuntos que abrangiam ciência, filosofia, arte e política, revelando "ideias estereotipadas sobre os integrantes de várias nações, despertando questões raciais".Em um trecho, citado inicialmente pelo jornal 'The Guardian', Einstein fala dos chineses como “acelerados, sujos e obtusos", mais tarde referindo-se a eles como uma “nação peculiar, semelhante a um rebanho… por vezes mais autômata que humana”."Seria uma pena se os chineses suplantarem todas as nações. Para gente como nós, esta simples ideia é indescritivelmente horrível”, ele acrescenta.Em outra passagem, Einstein fala de como “os chineses não se sentam para comer, mas agacham-se como os europeus fazem quando se aliviam de cócoras no mato. Tudo isso acontece de maneira humilde e silenciosa. Até as crianças parecem ser inanimadas e obtusas”.Este livro, chamado The Travel Diaries of Albert Einstein: The Far East, Palestine, and Spain, 1922–1923 (Diários de Viagem de Albert Einstein, Oriente, Palestina e Espanha) foi editado por Ze’ev Rosenkranz, editor e editor-assistente do "Einstein Papers Project", no California Institute of Technology.Em entrevista ao Guardian, Rosenkranz admite que algumas passagens escritas por Einstein são “bem desagradáveis—especialmente o que diz sobre os chineses”.“Elas estão um pouco em contraste com a imagem pública do grande ícone humanitário. É bem chocante confrontar estes escritos com as declarações públicas. No diário ele está de guarda baixa, não era para ser publicado”, diz o acadêmico.Einstein tornou-se um cidadão americano em 1940, depois da conclusão de que seria impossível retornar à Alemanha com a ascensão do nazismo e de Adolf Hitler. O vencedor do prêmio Nobel notoriamente falou do racismo como uma "doença de homens brancos" em um discurso na Lincoln University, na Pensilvânia, em 1946.Em um bate-papo sobre o projeto Einstein Papers para promover o livro, Rosenkranz declarou que a investigação dos escritos de personalidades públicas pode revelar fascinantes insights sobre suas personalidades.“A intenção não é maliciosa, mas uma tentativa honesta de entender o que pensam estas celebridades. É algo especialmente pertinente no caso de Einstein, em que há uma discrepância grande entre a imagem pública e o verdadeiro indivíduo", ele explicou.*Tradução de Hermano Freitas, da equipe do MSN Brasil 

https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/diários-de-viagem-de-einstein-têm-observações-racistas/ar-AAyAua5?li=AAggNbi

Comentários

  • Racista naquele época praticamente todos eram. Até Mahatma Gandhi, Abraham Lincoln, Allan Kardec e Winston Churchill tinham opiniões que, atualmente, podem ser consideradas racistas.
  • Volpiceli disse: Racista naquele época praticamente todos eram. Até Mahatma Gandhi, Abraham Lincoln, Allan Kardec e Winston Churchill tinham opiniões que, atualmente, podem ser consideradas racistas.

    Churchill particularmente...
    Mas no caso do texto de abertura, é preciso ver se Einstein estava discriminando os chineses como raça ou estranhando seus usos e costumes.
  • Sobre racismo, lembro de um tópico mostrando que isso é relativamente novo dentro da historia humana. Tipo: Não existia no imperio romano.

    Ao menos falta evidencias.

     
  • E qual o problema em achar que os hábitos de um povo são feios ou desagradáveis e não querer que esse povo nos imponha tais hábitos?
  • ENCOSTO disse: Sobre racismo, lembro de um tópico mostrando que isso é relativamente novo dentro da historia humana. Tipo: Não existia no imperio romano.
    Ao menos falta evidencias.
    Os Romanos só conheciam duas categorias de povos: vencedores e vencidos na guerra.
    Vencidos eram escravizados fosse o ostrogodo louro de olhos azuis ou o núbio retinto.
     
  • Acauan disse:
    ENCOSTO disse: Sobre racismo, lembro de um tópico mostrando que isso é relativamente novo dentro da historia humana. Tipo: Não existia no imperio romano.
    Ao menos falta evidencias.
    Os Romanos só conheciam duas categorias de povos: vencedores e vencidos na guerra.
    Vencidos eram escravizados fosse o ostrogodo louro de olhos azuis ou o núbio retinto.
    Além do quê, o fato de vê-los como escravos não impedia que reconhecessem sua capacidade intelectual, nomeando, por exemplo, gregos como professores de seus filhos.
     
  • Um vídeo da BBC sobre Portugal no auge de seu poder como império global. Europeus e africanos se misturavam em Lisboa sem evidências de racismo.

    https://www.facebook.com/bbctwo/videos/2192241050791082/
  • editado June 2018
    Mas no caso do texto de abertura, é preciso ver se Einstein estava discriminando os chineses como raça ou estranhando seus usos e costumes.

    Mas racismo começa assim, estranha-se usos e costumes diferentes de um povo e depois passa a discriminá-lo. É o caso dos judeus, no começo o preconceito contra eles era religioso, depois passou para étnico.
  • editado June 2018
    A editora fala dos diários escritos à mão como descrições “esquisitas, sucintas e às vezes irreverentes” sobre assuntos que abrangiam ciência, filosofia, arte e política, revelando "ideias estereotipadas sobre os integrantes de várias nações, despertando questões raciais".
    Fernando_Silva disse: E qual o problema em achar que os hábitos de um povo são feios ou desagradáveis e não querer que esse povo nos imponha tais hábitos?

    Se Einstein apenas relatou suas observações, então não "revelou ideias estereotipadas" coisa nenhuma.
    Parece mais nhém-nhém-nhém Politicamente Correto dando a entender que o cientista tinha obrigação de achar lindo tudo que viu só prá não "despertar questões raciais"...
  • Racismo? Ué? Não tem o caso daquela que ia interpretar famosa cantora negra há pouco falecida, mas foi rejeitada pela negada brasileira por não ser negra o bastante?
    Em se tratando de racismo e de muitas outras coisas, caímos na mesma:
    _ De tanto perseguir o Dragão, você se torna o Dragão.
  • Botânico disse: Racismo? Ué? Não tem o caso daquela que ia interpretar famosa cantora negra há pouco falecida, mas foi rejeitada pela negada brasileira por não ser negra o bastante?
    Embora não tenham reclamado quando a atriz Bárbara Sut, negra, interpretou a Julieta de Shakespeare. E este é apenas um caso.
     
  • Anúncios em jornais oferecendo recompensa por escravos fugidos mostram que havia escravidão na Inglaterra durante o século XVIII.

    runaway-slave-caesar-bna-copyright.jpg
    https://www.indy100.com/article/british-slavery-adverts-runaway-slaves-uk-domestic-8396561
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