PugII - Políticos da União Européia Estão Caçando Memes
Muitos creditam a vitória de Donald Trump, por exemplo, aos milhões de americanos que ficaram fazendo imagens engraçadas sobre o mesmo lá nos Estados Unidos.
No Brasil não parece ser diferente, com um orçamento muito menor que os partidos que mais recebem dinheiro do fundo partidário, Bolsonaro cresceu através das “mitadas” que circulam no Facebook e Whatsapp.
Como já perceberam esse tipo de padrão, políticos e burocratas da União Europeia não dormiram no ponto e decidiram criar uma forma de passar um rolo compressor na população por apenas postar um meme.
O nome desse rolo compressor é “Article 13”, uma espécie de emenda constitucional que será imposta a todos os cidadãos dos países que participam da União Europeia, tendo a sua votação iniciada nesta quarta, 20, e terminando na quinta, 21.
Segundo esta emenda, qualquer paródia de vídeo, remix, meme, comentário ou qualquer coisa que infrinja a lei será automaticamente deletado e o usuário será perseguido criminalmente.
A desculpa dos burocratas que criaram a emenda é de que ela é necessária para proteger os direitos autorais. Nós sabemos que é apenas uma máquina de censura.
Você pode acompanhar o desenrolar deste crime contra a humanidade clicando aqui e ver como está a discussão sobre o assunto acompanhando as hastgags #Saveyourinternet e #deleteart13.
Lembre-se que tudo que é ruim e nocivo para nós, os governos brasileiros importam e, se isso não passa no Congresso e no Senado, o STF nos empurra goela abaixo.
http://www.omachoalpha.com.br/2018/06/19/tome-cuidado-os-seus-memes-estao-ameacados-pelos-politicos/
Sua querida União Européia @PugII se importanto com coisas bastante relevantes.
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Comentários
A lei não é contra a paródia, nem humor, muito menos contra os memes. Especificamente, a lei ataca o uso de propriedade intelectual sem pagar. Se uma pessoa fizer memes sem usar imagens com direitos de autor, não terá problemas. Pelo menos é o que conheço da dita lei. Todavia, na prática, de facto é um duro golpe na liberdade de expressão.
O mundo está tornando-se uma bosta. Fascismo declarado nos EUA. UE a criar mecanismos instituicionais para manipular as massas delimitando-lhes os comportamentos. E o resto do mundo é o resto do mundo...
Desculpa pra censura, você quer dizer. Vão ser usadas medidas arbitrárias pra isto. Nenhum criador deve ditar regra em cima de como usam sua criação seja ela ideia, desenho etc...
Na outra o estado se metendo na internet e como as pessoas se comunicam e se relacionam.
Hahaha me lembrou esse vídeo:
A Comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (20) uma nova proposta de reforma sobre direitos autorais, que inclui dois polêmicos artigos que podem mudar radicalmente a forma como utilizamos a internet: eles propõem restrições ao compartilhamentode conteúdo e estipulam a cobrança de taxas de plataformas, pelo compartilhamento ou indexação de links.
A reforma proposta em 2016 (cuidado, PDF) vinha sendo alvo de inúmeras críticas e de uma campanha massiva em defesa da manutenção da web como a conhecemos hoje, mas apesar dos esforços o projeto passou pela primeira fase, ainda que de numa votação apertada: o Artigo 13, o mais polêmico teve 15 votos a favor e 10 contra, já o Artigo 11 recebeu 13 votos favoráveis e 12 contrários à medida.Artigo 13: o filtro automáticoVamos começar pela proposta mais polêmica, delineada no Artigo 13 da reforma. Ele determina que qualquer plataforma online que atue no bloco econômico, seja pequena ou grande seja obrigada a filtrar automaticamente qualquer tipo de conteúdo compartilhado pelos usuários que infrinja direitos autorais. De acordo com a lei, a medida visa proteger os interesses dos produtores de conteúdo e proteger os pequenos criadores, que não teriam mais seu trabalho roubado livremente.No entanto, os opositores afirmam que o Artigo 13 é extremamente danoso à internet e pode inviabilizar a manutenção de pequenas empresas, que seriam obrigadas a implementar filtros exagerados por não poderem arcar com ferramentas mais precisas, sem falar no temor geral da lei ser utilizada como uma ferramenta de censura: governos, políticos, empresas e outros poderiam se valer da proposta para derrubar reportagens, críticas ou denúncias com a desculpa de proteger seus direitos.
Vários veículos de mídia chamaram a atenção para o fato de que o Artigo 13 vai exterminar os memes, mas o fato é que esta não é uma afirmação exagerada. O famoso meme do Picard acima é um excelente exemplo: como a captura do frame pertence à série Jornada das Estrelas: A Nova Geração ela já é protegida por direitos autorais, pertencentes à Paramount e CBS.
Caso o Artigo 13 passe pelas próximas apreciações e ganhe força de lei, as operadoras serão obrigadas a identificar a imagem no momento em que ela é compartilhada pelo usuário e barra-la, sejam em sites, blogs, comentários, serviços de armazenamento online, plataformas colaborativas (como a Wikipédia) e redes sociais para evitar a visita do Processinho. A questão é que qualquer imagem, vídeo, GIF, áudio ou qualquer outro tipo de conteúdo de mídia pode vir a ser registrado, seja pelo dono do material ou não.
Imagine outro meme famoso, o do namorado distraído com outra mulher. Se o fotógrafo clamar direitos autorais sobre a imagem original (ou mesmo um terceiro, embora isso possa vir a ser questionado), todas as imagens derivadas deverão ser barradas. E a regulação vale para remixes de músicas no YouTube, podcasts que usam trilha sonora com copyright, trechos de programas de TV transformados em GIFs do Twitter, etc.
E isso nem é o pior: primeiro, o Artigo 13 não prevê nenhum cenário de Uso Aceitável (Fair Use), um conceito que permite o emprego de tecnologias ou conteúdos proprietários livremente sob certas circunstâncias, como em aplicativos educacionais ou em situações sem lucro envolvido; simplesmente não pode usar nada protegido e pronto, sem argumentos.
Segundo, assim como aconteceu com o GDPR, a aplicação da toda a infraestrutura torna inviável para boa parte das empresas limitar as restrições apenas à União Europeia, e dessa forma as novas regras acabariam tendo alcance global e prejudicando todo mundo.
A ideia em si não é nova e não é apenas a União Europeia que defende o pagamento de taxas pelos grandes portais. A diferença é que a reforma estipula a cobrança compulsória, e o regulamento é propositalmente vago ao definir quem deve pagar. Dependendo da aplicação da lei, um simples redirecionamento feito por um blog ou um usuário de rede social já implicaria no recolhimento da taxa, se a fonte for um portal de notícias europeu.
Mais: há discussões sobre o que deve ser passível de proteção por direitos autorais, e questionam inclusive permitir que os títulos das notícias sejam patenteáveis; outros defendem que a mera publicação de um fato ocorrido no bloco por um veículo de mídia não-europeu, mesmo sem reindexar nada seria o bastante para gerar a cobrança. No entanto, por serem ideias para lá de absurdas o mais provável é se aterem às taxas por links.
O ponto contra é que isso já deu muito errado na Espanha: quando em 2014 o Google News deixou de indexar sites do país e a visitação dos mesmos despencou. Estudos apontam que a cobrança pode levar os sites a perderem dinheiro e não ganharem, e não é preciso ser um gênio para prever o que vai acontecer caso o Artigo 13 passe, embora as chances de isso acontecer sejam menores.
E agora?O projeto segue para uma nova avaliação do Parlamento Europeu; é esperado que no dia 04 julho (data prevista) os 751 deputados do bloco avaliem a proposta; caso siga em frente, um acordo deverá ser firmado entre este e o conselho da União Europeia, e só então ela seguirá para a votação final em Plenário, prevista para ser realizada entre dezembro e janeiro de 2019.
A representante do Partido Pirata Julia Reda, que é contra a reforma defende que os europeus devem pressionar seus deputados como fizeram no passado, quando a opinião pública conseguiu virar a mesa e o Parlamento Europeu acabou por rejeitar o Projeto de Lei ACTA (similar aos SOPA e PIPA, dos Estados Unidos), em 2012.
Vale lembrar que 70 personalidades influentes da internet, como o criador da web Tim Berners-Lee, os fundadores da Wikipédia e EFF (Electronic Frontier Foundation) Jimmy Wales e John Gilmore, entre outros publicaram uma carta aberta (cuidado, PDF) onde rejeitam completamente o Artigo 13, que segundo sua ótica criará mecanismos automatizados de controle e vigilantismo da internet, cerceando por fim a liberdade de expressão de seus usuários.
Com informações: TechCrunch, The Verge, BBC.
https://meiobit.com/387211/novo-projeto-lei-direitos-autorais-uniao-europeia/
Você se aplicar isso na prática acaba de destruir o capitalismo. Lá se foram as patentes...
Você acha mesmo que se for deixado à vontade do freguês, estes irão aceitar apagar direitos de autor livremente?
Antes de falar, deve saber o que está em causa. Se aceitar um mundo desses, milhões acabaram hoje mesmo de perder o seu emprego. Ciência, publicidade, consultoria...quase ninguém ficará livre das consequências dessa ideia de que as relações sociais devem ser deixadas ao gosto das pessoas. Não há árbitro, pirataria agradecerá.
Gerar rendas exige cada vez mais criatividade, além disto esta deverá ser paga.
O mundo capitalista está a destruir a humanidade. Falei para um amigo que sei ter um quarto livre: dá para passar uma noite em sua casa?
Resposta do amigo: são 25€ por noite.
Então, falei para uma amiga: podes receber x
Amiga responde: o tempo que quiser ficar...
Ainda sou rodeado de boas pessoas, livres de espírito, que compreendem o que é a nossa humanidade.
Mas, começa a escassear este tipo de pessoas.
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Oferecer algo para alguém é visto como ser trouxa. Eis a mercantilização capitalista levada às últimas consequências.
Oxalá, um dia as pessoas despertem e libertem-se da máquina opressora.
É lamentável, ainda haver tontos a defender o neo-liberalismo como algo referente à liberdade humana.
O que esta destruindo e atitudes totalitarias de um estado mais uma vez tentando controlar a internet. Quer ver como sua queria UE vai usar isso de pretexto para novos impostos.
- Ninguem precisa saber que voce contrata garotos de programa.
Você está muito ciumento hahaha
Argumentos, népia. Só tontices que me fazem rir, por isso, que é o mínimo - obrigado
Vir aqui sempre me deixa bem disposto
Ninguém precisa saber que você dá o cú aqui, argumentos postei acima desse comentário. Você é autista?
Talvez não, somente um fraco que grita muito e que fala demais, influênciado por um meio acadêmico tendencioso, compreendo que mentes fracas precisam pegar ideias prontas, me dá pena.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tanta projecção hahaha
Foram 318 votos contra e 278 a favor do projeto de lei. Como lembra o The Verge, a reforma era uma simples atualização da legislação para se adaptar às novas tecnologias. Só que os parlamentares incluíram dois pontos no texto que geraram bastante controvérsia: o Artigo 11 (que ficou conhecido como “imposto de link”) e o Artigo 13 (que propõe uma verificação prévia de tudo o que vai para a internet).
O Artigo 11 não é nenhuma grande invenção: ele determina que plataformas online paguem uma espécie de taxa ou licença para disponibilizar links para notícias com pequenos trechos destas, o que afetaria especialmente o Google e o Facebook. A Espanha já fez algo semelhante. Resultado: o Google News foi encerrado no pais, e os sites de notícias registraram quedas de até 15% nos acessos.
Já o Artigo 13 é o mais polêmico: se entrar em vigor, todos os serviços na internet deverão filtrar uploads de conteúdo para combater a violação de copyright por parte dos usuários. De um lado, defensores afirmam que isso tornará o mercado mais justo e sustentável para criadores de conteúdo, imprensa e afins. Do outro, há o temor de que as restrições sejam uma ameaça à liberdade de expressão, principalmente se forem utilizadas para remover publicações que fazem críticas a políticos.
Rejeitado, o projeto de lei voltará a ser discutido pelos parlamentares antes de ser colocado em segunda votação, em setembro.
https://tecnoblog.net/249869/uniao-europeia-reforma-copyright-artigo-11-13-rejeitado/
Não é de hoje que a União Europeia demonstra total falta de vontade com as empresas de tecnologia: a implementação do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) impôs duras regras sobre como empresas e órgãos públicos lidam com os dados dos usuários, o que acabou influenciando o Brasil a aprovar seu próprio pacote de regras, sancionado na semana passada.
Outro ponto de discussão diz respeito a conteúdos extremistas: postagens de cunho racista, xenofóbicas, machistas, de apologia ao terrorismo e/ou grupos paramilitares ou qualquer tipo de conteúdo de ódio se proliferam nas redes sociais, plataformas de áudio e vídeo, sites e blogs e apesar dos envolvidos às vezes fazerem sua parte (vide o caso Alex Jones), isso ainda não é o bastante.
A meta do bloco econômico é não permitir que Google, Facebook, Twitter e cia. limitada, e mesmo sites e blogs pessoais sejam canais usados por grupos terroristas ou gente dissimulada e cheia de ódio. Segundo o Financial Times, os políticos europeus estão se articulando para criar novas regras de modo a eliminar totalmente esse tipo de material da internet do Velho Mundo da única forma que conhecem: multando os veículos de mídia que servirem como portos-seguros de postagens indesejadas.
Um rascunho preliminar da nova lei define que redes sociais, plataformas, sites e blogs ficarão obrigados a deletarem em até uma hora quaisquer conteúdos extremistas, tão logo eles sejam identificados como tal. Quem não cumprir a determinação será punido, muito provavelmente com multas de valores estratosféricos.
De acordo com o comissário de Segurança da União Europeia Julian King, é necessária uma lei que force as empresas de mídia a entrarem na linha principalmente por falta de pró-atividade dos mesmos, já que sob sua ótica “não houve muito progresso” por parte das redes sociais. O político acredita que os europeus “não podem relaxar ou serem complacentes” no que tange à proliferação de conteúdos extremistas, e que a legislação vai garantir por força de lei para que esses conteúdos não mais circulem na Europa.
Claro que há uma série de pontos a serem questionados: quem vai dizer o que é conteúdo de ódio e o que não é? Quem vai fazer a filtragem? Se até YouTube e Facebook tropeçam na hora de deletar postagens de ódio, e estes contam com recursos de Inteligência Artificial para facilitar, como garantir que um dono de site pequeno será capaz de fazê-lo da mesma forma?
De qualquer forma, as discussões sobre a nova lei ainda são internas e um primeiro rascunho deverá ser apresentado publicamente somente em setembro; a partir daí o parlamento europeu poderá dar início às discussões, que deverão levar algum tempo e mais um período deverá ser considerado para todos se adequarem, no caso da lei vir a ser aprovada.
Com informações: Financial Times (paywall), The Next Web.
https://meiobit.com/389703/uniao-europeia-remocao-conteudo-extremista-ate-uma-hora-redes-sociais-sites-blogs/
Por 438 votos a favor e 226 contrários, o Parlamento Europeu aprovou, nesta quarta-feira (12), o projeto de reforma de direitos autorais que vem sendo considerado uma ameaça para a liberdade de expressão na internet. A proposta havia sido rejeitada em julho, mas, após uma revisão, recebeu sinal verde da maioria dos parlamentares nesta segunda votação.
O projeto de reforma tem dois pontos fortemente polêmicos. Um deles é o chamado Artigo 11, que estabelece que plataformas online como Google e Facebook paguem uma espécie de taxa ou licença para divulgar links para notícias com pequenos trechos destas. Parece justo, mas a Espanha já fez algo parecido e não teve sucesso.
Por sua vez, o segundo ponto é ainda mais controverso. Chamado de Artigo 13, ele determina que plataformas online, independente de tamanho ou do tipo de serviço que oferecem, filtrem uploads de conteúdo para combater a violação de copyright pelos usuários.
Os defensores do Artigo 13 acreditam que a mudança na lei de copyright tornará o mercado mais justo e sustentável para criadores de conteúdo, produtoras, imprensa e afins. Por outro lado, existe o temor de que a lei crie um cenário tão restritivo, que a liberdade de expressão na internet será prejudicada.
Do mesmo modo, teme-se que o rigor da lei seja usado para impedir que publicações que fazem críticas a governos ou movimentos políticos sejam veiculados abertamente, mesmo que elas não promovam conteúdo ilegal.
Como os principais serviços online operam no mundo todo com plataformas únicas, as mudanças poderão ter efeitos globais em vez de se limitarem aos países da União Europeia. Os defensores do projeto afirmam, porém, que as previsões desastrosas sobre a aprovação são exageradas.
De todo modo, o assunto ainda não está resolvido. A votação desta quarta-feira é apenas uma etapa. No decorrer dos próximos meses, as partes farão uma espécie de negociação para definir uma proposta final. A ter como base esse documento, a próxima votação deverá ser realizada em janeiro de 2019.https://tecnoblog.net/259495/uniao-europeia-votacao-reforma-copyritght/
No fundo, querem remunerar quem cria os conteúdos, mas através de um meio que aparenta vir a limitar os processos criativos.
Google já anunciou que vai encerrar operações no local, porque não tem como arcar com os absurdos da lei. Lei essa que existe apenas para defender os interesses de mega corporações, da imprensa comprada e de um governo cada vez mais totalitário.
Ao amiguinho que diz "ser contra fascismo", mas que apoia a censura de TODO TIPO DE MATERIAL QUE LHE DESAGRADE... Bom, aí está o resultado...
Não se assuste se em cinco anos algo similar passar no Brasil e você perder Facebook, Twitter, YouTube, Zap...
Lembre-se, você aplaudiu censura quando lhe foi conveniente. Mas a ela não vem só praqueles que você desgosta, o monstro eventualmente engolfa a todos.
HA... Fazer esse tipo de post é gritar com uma nuvem. A maioria das pessoas simplesmente não dá a mínima até ser tarde demais.
Doce ignorância.
https://www.facebook.com/302912086784692/posts/557390261336872/
agora é 17
So mesmo voce pra estar feliz com censura. Afinal a cultura do estado se meter emtudo te agrada.
Artigo 17: as mudanças são óbvias e o que pode parecer exagerado agora, na realidade não o vai ser.
Até em pequenas coisas como os comentários. Não estranhem se quando menos esperarem os tivermos de desativar. É que em caso de algum incumprimento da parte de quem escreve, os responsáveis somos nós. Exemplo: colocação de um extrato de um livro protegido por copyright ou qualquer outra obra nos comentários.
Mas adiante. Esta lei tem estado em debate nos últimos três anos. Depois de tanta discussão ela foi finalmente aprovada.
Lembramos que a última votação tinha ocorrido em Janeiro deste ano.
As principais queixas contra esta diretiva que foi chamada de “Link Tax” envolve dois artigos na legislação – o artigo 11 e o artigo 13 – agora chamados artigo 17.
O artigo 11 requer que os agregadores de notícias paguem por material que vai para além de palavras individuais ou extratos muito pequenos.
Atenção que isto não parece nada de grave. O problema é que os termos que regulam este artigo são muito vagos.
Imaginem que uma agência dá uma determinada notícia e eu falo dessa notícia com alguns extratos dessa mesma agência mas sempre referindo a fonte. Dependendo da interpretação posso estar a incorrer numa multa pesada.
Isto é que têm mesmo de saber… nós não estamos a lidar com avisos. Estamos a lidar com multas imediatas. Há excepções é verdade, mas a maioria não preenche todos os requisitos.
A Google até já tem uma visão muito própria e para mim correta do que isto pode significar.
O artigo 17 torna plataformas como o YouTube, Facebook e a Google responsáveis pelo conteúdo carregado pelos utilizadores. Por outras palavras, se alguém carregar material protegido por direitos de autor, quem tem culpa é a entidade e não a pessoa. A ideia básica é esta.
Artigo 17: se tornarmos estas entidades totalmente responsáveis por aquilo que os utilizadores carregam, eles vão ter de fazer uma caça às bruxas, ou seja, aos utilizadores para se protegerem.
Diria eu que é a solução mais simples para o problema, mas acredite que vai ser péssimo.
Os opositores afirmam e muito bem que estes artigos vão restringir a forma como a informação é partilhada online. De facto, os criadores de conteúdo e a até a Google alertaram muitas vezes para isto. Acharam exagerado o que o YouTuber Wuant e outros falaram sobre o artigo 13? Com maior exagero ou não, porque afinal a ideia era alertar-vos , eles têm razão.
Não quer dizer que seja o fim da Internet. Mas é o fim da Internet como a conhecemos.
A Google também fala e tem razão. Esta diretiva vai dar origem a incertezas legais e sobretudo vai afetar a economia digital e criativa da Europa.
No entanto, não pensem que isto foi consensual. De facto, o parlamento Europeu tem estado muito dividido nos últimos anos. Aliás a votação de ontem ilustra isso. É que a lei foi aprovada com uma diferença inferior a 75 votos.
É verdade que desde que foi rejeitada em Janeiro, os legisladores alteraram algumas coisas para não prejudicarem a liberdade de expressão.
Artigo 17: tanto se falou dos Memes e dos GIFs que eles foram salvaguardados.
Entretanto as startups também têm alguns benefícios. Isto deixa transparecer que esta lei foi feita especialmente para atingir os grandes. No entanto, todos vamos sofrer com isto.
Não adianta chorar sobre o leite derramado, neste caso sobre o Artigo 17, mas desculpem tinha de chorar…
Agora que o parlamento aprovou estas regulamentações cabe a cada estado membro aceitá-las. Haverá um período de dois anos para a implementação destas medidas.
A Google entretanto também não está contente. “Os detalhes importam e vamos trabalhar com legisladores, sites e criadores de conteúdos para implementarmos estas novas regras”.
Referi mais acima que esta lei e o artigo 17 parecia afetar especialmente os grandes. Mas acreditem que os pequenos também vão sofrer e muito. Os criadores de conteúdos, bloggers e afins podem simplesmente desaparecer dos resultados de notícias da Google. Isto é para ser levado muito a sério. Muito a sério mesmo! Pode ser a extinção de centenas de projetos com muita qualidade.
Claro que tudo isto ainda estará envolto num intenso debate nos próximos anos. Resta-nos apenas puxar uma cadeira e vermos como a Internet irá mudar certamente para pior.
https://www.leak.pt/artigo-13-mudar-internet/
Se actualmente, já são algoritmos que decidem o que vemos, em seguida a liberdade digital será miragem com leis que pretendem proteger a propriedade intelectual.
A boa notícia, o mundo analógico regressará para os que desejam ter futuro.
Ninguém me entenda como estando a dizer: o digital entrará em decadência, pois creio que será o inverso. Isto é, cada vez mais zombies entregarão as suas vidas nas mãos daqueles que vivem no analógico.
Tudo isto é especulativo, a partir da observação de que como se comportam as massas e a elite. Ou seja, a massa se acha muito conectada sendo encaminhada para o matadouro dos algoritmos. A elite educa seus filhos fora deste matadouro...
Joga teu pc fora entao e va morar nu numa caverna.