Os bebês roubados durante a ditadura franquista
No início da ditadura franquista, os bebês das prisioneiras políticas eram entregues a famílias católicas que apoiavam Franco para "salvá-los do comunismo".
Mais tarde, virou um comércio de bebês tirados de mães solteiras a pretexto de poupá-las do escândalo que era, na época, ter filhos fora do casamento.
No final, os bebês eram tirados de qualquer mãe, solteira ou não, com a desculpa de que tinham morrido e sido enterrados, e vendidos a famílias ricas.
Padres e freiras, que trabalhavam nos hospitais, participaram ativamente desse negócio.
http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/os-bebes-roubados-do-franquismo=f606593
Outro link:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-40470473
Mais tarde, virou um comércio de bebês tirados de mães solteiras a pretexto de poupá-las do escândalo que era, na época, ter filhos fora do casamento.
No final, os bebês eram tirados de qualquer mãe, solteira ou não, com a desculpa de que tinham morrido e sido enterrados, e vendidos a famílias ricas.
Padres e freiras, que trabalhavam nos hospitais, participaram ativamente desse negócio.
Os bebés roubados do franquismo
Durante décadas, milhares de crianças foram afastadas das mães, logo após o parto, e entregues como filhos biológicos a outras famílias. O que começou como uma repressão política, logo após a Guerra Civil espanhola, converteu-se num negócio organizado por médicos, padres e freiras, que só agora se começa a investigar. VEJA O VÍDEO
[...]
Há cerca de um ano multiplicou-se o número de filhos que descobriram ter sido comprados, e de mães que passaram a perguntar-se sobre se a estranha morte dos filhos após o parto terá sido acidental e mesmo se terá ocorrido. Desde então, os comprovadamente lesados começaram a organizar-se em associações, que assessoram qualquer pessoa que suspeite de ter sido vitima de adoção ilegal.
Segundo a Associação de Afectados por Adopções Irregulares (ANADIR), podem ter sido roubadas cerca de 300 mil crianças, em Espanha, entre as décadas de 50 e 90, e muitas delas nunca suspeitarão da sua verdadeira identidade biológica. A associação diz ter dados que permitem calcular que, em 2 milhões de adoções realizadas nessas décadas, 15 por cento basearam-se em certidões de nascimento falsas. Agora, as probabilidades de mães e filhos se encontrarem dependem, em grande parte, dos seus dados de ADN coincidirem.
Durante a ditadura o processo de adoção era complexo e demorado e a forma mais eficaz de "arranjar" um bebé era contornar a lei. Nesse caso, e por norma, os casais que queriam adotar recorriam à ajuda de um padre ou de uma freira, com ligações a clínicas e hospitais, onde os bebés eram roubados a mães que acabavam de dar à luz, e registados como filhos biológicos do casal adotante. O médico que realizava o parto recebia uma determinada quantia, por "gastos de internamento", e o silêncio das partes envolvidas selava o negócio.
[...]
Por exemplo, Montse Armengou, jornalista que realizou um documentário intitulado As Crianças Perdidas do Franquismo, escreveu, num artigo de jornal publicado em fevereiro, que depois das prisioneiras republicanas os alvos passaram a ser "as mães solteiras" que "não tiveram outro remédio senão dar [os filhos] para adoção", porque era "impensável uma maternidade em solitário". Essa crianças iam "parar a famílias, 'como Deus manda'", e "o que começou como uma terrível repressão política, converteu-se numa repressão moral e num negócio disfarçado de caridade que terminou como simples tráfico de bebés".
http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/os-bebes-roubados-do-franquismo=f606593
Outro link:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-40470473
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Comentários
Mais uma pra conta dessa gente defensora da "moral judaico cristã".
Não sabia disso.
Não é que iso seja fator determinante pra condenar o cristianismo mas é sempre bom jogar na cara desse povo que eles não são lá esas coisas, são só menos piores que os demais.