FÍSICA QUÂNTICA

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Comentários

  • O fato de alguém ser um grande cientista numa especialidade não lhe confere autoridade quando dá palpite em outras áreas.

    Na verdade, tudo o que disser, mesmo dentro de sua especialidade, está sujeito a erros e pode e deve ser contestado se necessário.

    Aceitar sem discutir tudo o que o "grande cientista Fulano" disser é apelo à autoridade e também burrice quando se ignora o fato de que sua opinião sobre aquele assunto não é respeitada pela comunidade científica.
  • Aceitar sem discutir tudo o que o "grande cientista Fulano" disser é apelo à autoridade e também burrice quando se ignora o fato de que sua opinião sobre aquele assunto não é respeitada pela comunidade científica.


    isso explica o fato de muita gente chupar piroca do João de Deus sem questionar. Boa parte das vitimas achavam que, de fato, o boquete fazia parte do tratamento espiritual

  • editado March 2019
    Vcs me lembram aquele povo que ficam confundindo as pessoas na internet ao dizerem:

    " Cuidado, as vacinas contendo a bactéria atenuada matam ".


    Não há nada que alguém tenha dito aqui neste tópico que leve a esta conclusão.
  • A soberba do pessoalzinho espiritualmente evoluído é o mais engraçado de tudo.
  • Judas disse:
    Vcs me lembram aquele povo que ficam confundindo as pessoas na internet ao dizerem:

    " Cuidado, as vacinas contendo a bactéria atenuada matam ".


    Não há nada que alguém tenha escrevido aqui neste tópico que leve a esta conclusão.

    Ela entende Z quando a gente fala X.
  • editado March 2019
    Saudações Encosto

    Comentário: Estou começando a responder por vc em detrimento das réplicas anteriores do Fernando e do Gorducho, só por ao abrir a sua resposta estava em destaque na lista para mim. :)
    Encosto disse:
    Esse tipo de gente ocorre tambem nas igrejas evangelicas, em especial adventista: pessoas com algum renome dentro da ciencia continuam acreditando na literalidade da biblia.

    Eu sei que a religião pode levar a algum tipo de cegueira condicional... Por isso opto sempre por questionar...

    Alguns de nós reconhece que a religião "ofusca" a realidade com seus dogmas e regras, mesmo esses dogmas sendo importantes para o rito em si, não podem gerar desordem na ordem natural do amadurecimento evolutivo da mente coletiva humana...

    O que quero dizer com isso:

    Os racionais se apegam a mitos construídos a partir de teorias intransponíveis (base para o ceticismo radical).
    Os religiosos se apegam as leis imutáveis. (Base para uma fé irracional)

    No final... Além da semelhança no apego as suas crenças...

    Os dois tipos de Consciência (Inteligência social coletiva de grupo - permitam-me) acabam por se perder da realidade que, é muito mais dinâmica e subjetiva do que podemos compreender.

    Esqueçam o "MITO" D-US... Pois indiferente se ele existe ou não...


    O que estou tratando aqui não é estabelecer a existência de um D-us quântico, escondido atrás de uma consciência quântica, Ok ?



    [Fraternos]
  • Saudações Gorducho

    Comentário: Hj entrei utilizando um micro. Com tela e teclado bem mais confortáveis. Percebi que quando fico direcionando minha atenção ao manuseio do teclado, pois tenho de corrigir trocentas vezes palavras sugeridas no cel, minha paciência se esgota, entro no modo irritação e não consigo produzir muito nos textos com a dedicação necessária para me fazer entender. Um exemplo: sou o tipo de usuária monossilábica e muito chegada ao uso dos emoticons nos textos do WhatsApp...rs

    Gorducho disse:
    Então o fundamental é se compreender que a autoridade que qq. um tem EM SUA ATIVIDADE PROFISSIONAL EM NADA lhe confere preferencia pra discorrer sobre o merveilleux/religião/new ages/terraplanismo/you name it...
    São áreas mentais distintas que estão em jogo.

    Concordo que qualquer presunção de autoridade não atesta a qualidade de uma teoria.

    Mesmo aqui, nestes textos, não estou defendendo qualquer teoria sem sentido, pelo simples desafio de provar que existe um D-us. Pois não estou nem aí se alguém aqui vai passar ou não a acreditar em D-us.

    Foi mais ou menos como disse acima ao Encosto...

    Minha consciência diz respeito a mim, então venho aqui para que me provem que estou errada, eu, só eu, lapido meu conhecimento, coração e mente... :) Cada um que faça sua parte. ;)

    Pois:

    - Qual a graça de lançar esse tipo de proposta entre pessoas com mentes religiosas condicionadas ?

    - O que eles trariam de desafios à discussão ?



    [Fraternos]
  • editado March 2019
    Saudações Fernando

    Fernando disse: Por que 100 macacos e não 97? Números redondos têm propriedades mágicas?

    hahahaha

    É essa ironia que me "mata" de rir...rs

    Pois, pensei a mesma coisa quando li a referência.

    Vou chutar... Seria mais ligado a um número arbitrário simbólico (SEM)..rs

    Sendo sincera... Dentro do estudo de comportamentos (aprendizagens) coletivos, parei no espaço-tempo lá atrás nas disciplinas de teoria de ensino.

    Tenho lido algumas coisinhas aqui e ali, para manter a mente atualizada sobre os comportamentos coletivos humanos.



    [Fraternos]
  • Senhores, tenho consciência que existem réplica de vcs mais lá atrás ( acima), porém preciso fazer umas coisas aqui.

    Volto hj ainda...


    [Fraternos]
  • https://www.bbc.com/portuguese/geral-47529442?ocid=socialflow_facebook&fbclid=IwAR3rL49WeXNkweVgowXGgl5Xo8CrDWot7JgR21HaWEtLMsSy4tWh2DHqGQw


    A física quântica é fascinante, só que ainda pouco acessível à maioria.
    Cientistas, filósofos têm um grande palco para investigar.

    O resto opina...
  • editado March 2019
    PugII disse: https://www.bbc.com/portuguese/geral-47529442?ocid=socialflow_facebook&fbclid=IwAR3rL49WeXNkweVgowXGgl5Xo8CrDWot7JgR21HaWEtLMsSy4tWh2DHqGQw


    A física quântica é fascinante, só que ainda pouco acessível à maioria.
    Cientistas, filósofos têm um grande palco para investigar.

    O resto opina...
    Física quântica é bem acessível. Basta estudar matemática avançada durante anos, em seguida muita física avançada e, só então, abordar o assunto.

    Isto nada tem a ver com "Sou muito espiritualizado, acredito em Física Quântica", como dizem alguns.

    O artigo citado confunde as coisas:
    Pontos de vista

    A teoria quântica afirma que o observador de um fato influencia em como esse fato é percebido.

    É como dizer que uma mesma bola de tênis para uma pessoa pode representar uma esfera, mas para outra, um cubo.
    Isso de o observador influenciar um fato se refere ao nível subatômico, não à nossa realidade diária.

    Significa que, ao lançar um fóton contra um elétron, podemos saber sobre sua direção, mas não sobre sua velocidade pois, com a colisão, seu estado se altera. Entretanto, fora do nível subatômico, podemos olhar um objeto sem influenciá-lo. Uma bola de tênis será sempre uma bola de tênis e, se alguém disser que é um cubo, deve ser internado ou fazer exame de vista.

    O que acontece é que os charlatães se aproveitam desses conceitos contraintuitivos e da ignorância das "pessoas que acreditam em coisas" e os aplicam indevidamente.
  • editado March 2019
    Saudações Pug II
    Pug II disse:

    A física quântica é fascinante, só que ainda pouco acessível à maioria.
    Cientistas, filósofos têm um grande palco para investigar.

    O resto opina...

    Ah, então eu quero opinar...rs Posso, seu moço ?!

    Já que estou pensando seriamente em migrar para as exatas, num nível mais avançado... :)

    Brincadeira, Pug. Não leve a sério, ok ?!

    [Fraternos]
  • editado March 2019
    Saudações Fernando

    Fernando disse:
    Isso de o observador influenciar um fato se refere ao nível subatômico, não à nossa realidade diária.

    Sim. Mas, essa premissa não está de toda certa... Por exemplo: Tratamentos radioterápicos e quimioterápicos ?

    O que espera o médico observar com esse tipo de tratamento ? E a realidade terapêutica, pode ou não ser alterada ?

    Fernando disse:
    Significa que, ao lançar um fóton contra um elétron, podemos saber sobre sua direção, mas não sobre sua velocidade pois, com a colisão, seu estado se altera. Entretanto, fora do nível subatômico, podemos olhar um objeto sem influenciá-lo. Uma bola de tênis será sempre uma bola de tênis e, se alguém disser que é um cubo, deve ser internado ou fazer exame de vista.

    Compreendo perfeitamente que o conceito é complexo. Uma pessoa vai continuar uma pessoa mesmo após serem administrados quimioterápicos, pois o tratamento é a nível celular/molecular.

    Claro, guardadas as devidas proporções quanto a verificação dos resultados...
    Fernando disse:
    O que acontece é que os charlatães se aproveitam desses conceitos contraintuitivos e da ignorância das "pessoas que acreditam em coisas" e os aplicam indevidamente.

    Isso pode ter um outro nome. As vezes onde a ciência falha a fé realiza. Mas, concordo com vc sobre a fé que pode cegar.



    [Fraternos]
  • Fernando e Gorducho

    Senhores, fui dar uma olhada mais lá atrás para verificar o que haviam postado...

    Ri um pouco da confusão que ocorreu numa postagem ao Fernando sobre a aplicação da física e dos cálculos. Mas, é só.

    Ficou mesmo como problemas com o uso da ferramenta irritante (meu cel).


    [Fraternos]
  • editado March 2019
    Saudações a todos

    Sobre o que venho falando... Encontrei esse texto de fonte da BBC, agradeço pelo surgimento.


    A LIGAÇÃO ESTRANHA ENTRE A MENTE HUMANA E A FÍSICA QUÂNTICA.

    (...)

    A mecânica quântica é a melhor teoria que temos para descrever o mundo no nível de porcas e parafusos atômicos e partículas subatômicas. Talvez o mais renomado de seus mistérios seja o fato de que o resultado de uma experiência quântica pode mudar dependendo se ou não escolhemos medir alguma propriedade das partículas envolvidas.

    Quando este “efeito observador” foi observado pelos primeiros pioneiros da teoria quântica, eles ficaram profundamente perturbados. Parecia minar a suposição básica por trás de toda a ciência: que existe um mundo objetivo lá fora, independentemente de nós. Se a maneira como o mundo se comporta depende de como – ou se – nós olhamos para ele, o que pode realmente significar “realidade”?

    (...)

    Sempre que, nessas experiências, descobrimos o caminho de uma partícula quântica, sua nuvem de rotas possíveis “colapsa” em um único estado bem definido. Além do mais, o experimento de escolha atrasada implica que o simples ato de perceber, em vez de qualquer distúrbio físico causado pela medição, pode causar o colapso. Mas isso significa que o verdadeiro colapso só aconteceu quando o resultado de uma medida incide sobre a nossa consciência?

    Essa possibilidade foi admitida na década de 1930 pelo físico húngaro Eugene Wigner.

    “Segue-se que a descrição quântica dos objetos é influenciada por impressões que entram na minha consciência”, escreveu ele. “O solipsismo pode ser logicamente consistente com a mecânica quântica atual”.

    Wheeler até mesmo entretido o pensamento de que a presença de seres vivos, que são capazes de “notar”, transformou o que era anteriormente uma multidão de quantum passados possível em uma história concreta. Neste sentido, disse Wheeler, nos tornamos participantes na evolução do Universo desde o seu início. Em suas palavras, vivemos em um “universo participativo”.


    Até hoje, os físicos não concordam com a melhor maneira de interpretar essas experiências quânticas, e até certo ponto o que você faz delas é (no momento) até você. Mas de uma forma ou de outra, é difícil evitar a implicação de que a consciência e a mecânica quântica estão de alguma forma ligadas.

    (...)

    Penrose propôs pela primeira vez que os efeitos quânticos apresentam a cognição humana em seu livro de 1989 The Emperor’s New Mind. A idéia é chamada Orch-OR, que é abreviação de “orquestrado redução objetivo”. A frase “redução objetiva” significa que, como Penrose acredita, o colapso da interferência quântica e superposição é um processo físico real, como o estouro de uma bolha.

    Orch-OR baseia-se na sugestão de Penrose de que a gravidade é responsável pelo fato de objetos cotidianos, como cadeiras e planetas, não exibirem efeitos quânticos. Penrose acredita que as superposições quânticas se tornam impossíveis para objetos muito maiores que os átomos, porque seus efeitos gravitacionais forçariam então a coexistir duas versões incompatíveis do espaço-tempo.

    Penrose desenvolveu essa ideia junto ao médico americano Stuart Hameroff. Em seu livro Shadows of the Mind de 1994, ele sugeriu que as estruturas envolvidas nesta cognição quântica poderiam ser cadeias de proteínas chamadas microtúbulos. Estes são encontrados na maioria das nossas células, incluindo os neurônios em nossos cérebros. Penrose e Hameroff argumentam que as vibrações dos microtúbulos podem adotar uma superposição quântica.

    Mas não há evidência de que tal coisa seja remotamente viável.


    (...)

    Pois segundo eles...


    Efeitos quânticos como superposição são facilmente destruídos, por causa de um processo chamado de decoerência. Isso é causado pelas interações de um objeto quântico com seu ambiente circundante, através do qual a “quântica” escapa.

    Espera-se que a decoerência seja extremamente rápida em ambientes quentes e úmidos, como células vivas.


    Os sinais nervosos são pulsos elétricos, causados pela passagem de átomos eletricamente carregados através das paredes das células nervosas. Se um desses átomos estivesse em uma superposição e depois colidisse com um neurônio, Tegmark mostrou que a superposição deveria decrescer em menos de um bilhão de segundo. É preciso pelo menos dez mil trilhões de vezes o tempo de um neurônio para descarregar um sinal.

    Como resultado, as idéias sobre os efeitos quânticos no cérebro são vistas com grande ceticismo.

    No entanto, Penrose é indiferente a esses argumentos e sustenta-se pela hipótese Orch-OR. e, apesar da previsão de Tegmark de ultra-rápida decoerência em células, outros pesquisadores encontraram evidências de efeitos quânticos em seres vivos. Alguns argumentam que a mecânica quântica é aproveitada por aves migratórias que usam a navegação magnética e por plantas quando usam a luz solar para produzir açúcares na fotossíntese.

    Além disso, a ideia de que o cérebro pode empregar truques quânticos não mostra nenhum sinal de ir embora. Pois há agora outro argumento, bastante diferente para ele.



    O Fósforo - e o estado emaranhado


    Em um estudo publicado em 2015, o físico Matthew Fisher da Universidade da Califórnia em Santa Barbara argumentou que o cérebro pode conter moléculas capazes de sustentar superposições quânticas mais robustas. Especificamente, ele acha que os núcleos de átomos de fósforo podem ter essa capacidade.

    Os átomos de fósforo estão em toda parte em células vivas. Eles muitas vezes tomam a forma de íons fosfato, em que um átomo de fósforo junta-se com quatro átomos de oxigênio.

    Esses íons são a unidade básica de energia dentro das células. Grande parte da energia da célula é armazenada em moléculas chamadas ATP, que contêm uma cadeia de três grupos fosfato unidos a uma molécula orgânica. Quando um dos fosfatos é cortado livre, a energia é liberada para a célula a usar.

    As células têm uma maquinaria molecular para a montagem de íons fosfato em grupos e cliva-los novamente. Fisher sugeriu um esquema no qual dois íons fosfato poderiam ser colocados em um tipo especial de superposição chamada de “estado emaranhado”.

    Os núcleos de fósforo têm uma propriedade quântica chamada spin, o que os torna mais como pequenos ímãs com pólos apontando em direções particulares. Em um estado emaranhado, o spin de um núcleo de fósforo depende do outro.

    Dito de outra forma, estados emaranhados são realmente estados de superposição envolvendo mais de uma partícula quântica.

    Os núcleos de fósforo têm uma propriedade quântica chamada spin, o que os torna mais como pequenos ímãs com pólos apontando em direções particulares. Em um estado emaranhado, o spin de um núcleo de fósforo depende do outro.

    Dito de outra forma, estados emaranhados são realmente estados de superposição envolvendo mais de uma partícula quântica.

    Fisher diz que o comportamento quantum-mecânico desses spin nucleares poderia plausivelmente resistir à decoerência em escalas humanas. Ele concorda com Tegmark que as vibrações quânticas, como as postuladas por Penrose e Hameroff, serão fortemente afetadas por seus ambientes “a decoerência se vai quase imediatamente”. Mas os spin nucleares não interagem muito fortemente com seus arredores.

    Mesmo assim, o comportamento quântico nos spins nucleares do fósforo teriam que ser “protegidos” da decoerência.

    Isso pode acontecer, diz Fisher, se os átomos de fósforo forem incorporados em objetos maiores chamados “moléculas de Posner”. Estes são agrupamentos de seis íons de fosfato, combinados com nove íons de cálcio. Há alguma evidência de que eles podem existir em células vivas, embora esteja atualmente longe de ser conclusivo.

    Em moléculas de Posner, Fisher argumenta, as rotações de fósforo poderiam resistir à decoerência por um dia ou assim, mesmo em células vivas. Isso significa que eles poderiam influenciar o funcionamento do cérebro.

    A ideia é que as moléculas de Posner podem ser engolidas pelos neurônios. Uma vez dentro, as moléculas de Posner poderiam disparar um sinal de um para outro neurônio, desmoronando e liberando seus íons de cálcio.

    Por causa do emaranhamento em moléculas de Posner, dois desses sinais poderiam, por sua vez, se tornar emaranhados: uma espécie de superposição quântica de um “pensamento”, você poderia dizer. “Se o processamento quântico com rotações nucleares está de fato presente no cérebro, seria uma ocorrência extremamente comum, acontecendo praticamente o tempo todo”, diz Fisher.

    Ele começou a ter esta ideia quando ele começou a pensar sobre doenças mentais.
    “Minha entrada na bioquímica do cérebro começou quando decidi há três ou quatro anos explorar como o íon de lítio poderia ter um efeito tão dramático no tratamento de condições mentais”, diz Fisher.

    As drogas do lítio são amplamente utilizadas para tratar a desordem bipolar. Eles trabalham, mas ninguém sabe realmente como.

    “Eu não estava procurando uma explicação quântica”, diz Fisher. Mas então ele se deparou com um artigo relatando que drogas de lítio tinham diferentes efeitos sobre o comportamento dos ratos, dependendo de qual forma – ou “isótopo” – de lítio foi usado.

    À primeira vista, isso era extremamente intrigante. Em termos químicos, diferentes isótopos se comportam de forma quase idêntica, portanto, se o lítio funcionasse como um fármaco convencional, os isótopos deveriam todos ter o mesmo efeito.

    Mas Fisher percebeu que os núcleos dos átomos de diferentes isótopos de lítio podem ter spins diferentes. Essa propriedade quântica pode afetar o modo como as drogas de lítio atuam. Por exemplo, se o lítio substitui o cálcio nas moléculas de Posner, as rotações de lítio podem “sentir” e influenciar os átomos de fósforo, interferindo assim com o seu emaranhamento.

    Se isto for verdade, ajudaria a explicar porque o lítio pode tratar a desordem bipolar.

    Neste ponto, a proposta de Fisher não é mais do que uma idéia intrigante. Mas há várias maneiras pelas quais sua plausibilidade pode ser testada, começando com a idéia de que as rotações de fósforo em moléculas de Posner podem manter sua coerência quântica por longos períodos. Isso é o que Fisher pretende fazer em seguida.

    Mesmo assim, ele tem medo de estar associado às idéias anteriores sobre “consciência quântica”, que ele vê como altamente especulativas na melhor das hipóteses.


    Os físicos não são terrivelmente confortáveis ao se encontrarem dentro de suas teorias. A maioria espera que a consciência e o cérebro possam ser mantidos fora da teoria quântica, e talvez vice-versa. Afinal, nem sequer sabemos o que é a consciência, muito menos temos uma teoria para descrevê-la.

    Não ajuda que haja agora uma indústria caseira da Nova Era dedicada a noções de “consciência quântica“, alegando que a mecânica quântica oferece argumentos plausíveis para coisas como telepatia e telequinesia.

    Como resultado, os físicos muitas vezes ficam envergonhados de mencionar as palavras “quantum” e “consciência” na mesma frase.

    Mas colocando isso de lado, a idéia tem uma longa história. Desde que o “efeito observador” e a mente se insinuaram primeiramente na teoria quântica nos primeiros dias, tem sido diabólicamente difícil expulsá-lo. Alguns pesquisadores acham que talvez nunca consigamos fazê-lo.

    Em 2016, Adrian Kent, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, um dos mais respeitados “filósofos quânticos”, especulou que a consciência poderia alterar o comportamento dos sistemas quânticos de maneiras sutis, mas detectáveis.



    Kent é muito cauteloso sobre esta idéia. “Não há uma razão convincente a princípio para acreditar que a teoria quântica é a teoria correta na qual tentar formular uma teoria da consciência, ou que os problemas da teoria quântica devem ter qualquer coisa a ver com o problema da consciência”, admite.

    Mas ele diz que é difícil ver como uma descrição da consciência baseada puramente na física pré-quântica pode explicar todas as características que parece ter.

    Uma questão particularmente intrigante é como nossas mentes conscientes podem experimentar sensações únicas, como a cor vermelha ou o cheiro de fritar bacon. Com exceção de pessoas com deficiência visual, todos nós sabemos o que é vermelho, mas não temos como comunicar a sensação e não há nada na física que nos diga como deve ser.

    Sensações como esta são chamadas “qualia“. Nós os percebemos como propriedades unificadas do mundo exterior, mas na verdade são produtos da nossa consciência – e isso é difícil de explicar. De fato, em 1995 o filósofo David Chalmers chamou-o de “o difícil problema” da consciência.

    “Todas as linhas de pensamento sobre a relação da consciência com a física corre em problemas profundos”, diz Kent.

    Isto levou-o a sugerir que “poderíamos fazer algum progresso na compreensão do problema da evolução da consciência se supuséssemos que as consciências alteram (embora talvez ligeiramente e sutilmente) as probabilidades quânticas”.

    Em outras palavras, a mente poderia realmente afetar os resultados das medições.

    Não, nesta visão, exatamente determinar “o que é real”. Mas isso pode afetar a chance de que cada uma das possíveis realidades permitidas pela mecânica quântica seja a que observamos de fato, de uma maneira que a própria teoria quântica não pode prever. Kent diz que podemos procurar esses efeitos experimentalmente.

    Ele até mesmo corajosamente estima as chances de encontrá-los. “Eu daria credibilidade de talvez 15% que algo especificamente relacionado à consciência causa desvios da teoria quântica, com talvez 3% de credibilidade de que isso será detectável experimentalmente nos próximos 50 anos”, diz ele.

    Se isso acontecer, isso transformaria nossas idéias sobre a física e a mente. Isso parece uma chance que vale a pena explorar.

    Fonte:

    https://netnature.wordpress.com/2017/11/11/a-ligacao-estranha-entre-a-mente-humana-e-a-fisica-quantica/


    [fraternos]
  • editado March 2019
    Saudações Pug II
    Pug II disse:
    O resto opina...

    hahaha ... Gostei da ironia.

    Processo Gaussiano... Teletransporte quântico em múltiplos G. L. D. U. fóton ...rs

    Para simplificar leitura aos demais:

    "Visto como um algoritmo de aprendizado de máquina, um processo gaussiano utiliza "aprendizagem preguiçosa" e uma medida da similaridade entre os pontos (a função kernel) para prever o valor de um ponto invisível a partir de dados de treinamento. A previsão não é apenas uma estimativa para esse ponto, mas tem também a informação da incerteza. É uma distribuição gaussiana unidimensional (que é uma distribuição marginal nesse ponto).

    Fonte: Wiki.


    Achei em um trabalho acadêmico. Por isso que a informação diferiu das primeiras máquinas [Alice e Bob] ...rs


    hahaha - Muito bom. Vc se faz de bobo, Português. :)




    [Fraternos]
  • Silvana disse:
    Isso pode ter um outro nome. As vezes onde a ciência falha a fé realiza. Mas, concordo com vc sobre a fé que pode cegar.
    Aquilo que a ciência não conseguiu (ainda) explicar não deve ser explicado pela fé.
    A alternativa honesta e sensata é dizer "não sei" e esperar para ver se novas pesquisas vão descobrir o que não sabemos.

  • editado March 2019
    Silvana disse: Saudações a todos

    Sobre o que venho falando... Encontrei esse texto de fonte da BBC, agradeço pelo surgimento.

    A LIGAÇÃO ESTRANHA ENTRE A MENTE HUMANA E A FÍSICA QUÂNTICA.

    https://netnature.wordpress.com/2017/11/11/a-ligacao-estranha-entre-a-mente-humana-e-a-fisica-quantica/
    Texto confuso que tenta estabelecer conexões entre coisas distintas a partir da vontade de acreditar.

    Mania de enfiar a palavra "quântico" em assuntos banais para torná-los artificialmente relevantes...


  • editado March 2019
    E quando se é totalmente ignorante sobre um tema, a fé te dá as respostas também. Vide silvana e a fisica quantica.
  • editado March 2019
    ENCOSTO disse: E quando se é totalmente ignorante sobre um tema, a fé te dá as respostas também. Vide silvana e a fisica quantica.

    Do nosso lado também temos exemplos, lembrando as impressoras 3D quânticas...

  • O mais hilariante é quando uma pessoa acusa outra de ser aquilo que esta mesma é.
    A piada está em não conseguirem ver que só na aparência divergem, pois no fundo ambos são dogmáticos.
  • editado March 2019
    O mais hilariante é quando uma pessoa acusa outra de ser aquilo que esta mesma é.

    É por isso que nos divertimos com você aqui.


  • PugII disse: O mais hilariante é quando uma pessoa acusa outra de ser aquilo que esta mesma é.
    A piada está em não conseguirem ver que só na aparência divergem, pois no fundo ambos são dogmáticos.
    É dogmatismo ater-se a evidências objetivas em vez de assumir que "é assim porque eu quero que seja assim"?

  • Fernando_Silva disse:
    PugII disse: O mais hilariante é quando uma pessoa acusa outra de ser aquilo que esta mesma é.
    A piada está em não conseguirem ver que só na aparência divergem, pois no fundo ambos são dogmáticos.
    É dogmatismo ater-se a evidências objetivas em vez de assumir que "é assim porque eu quero que seja assim"?


    Não é disso que falo.

    É dogmatismo dizer, x é verdade pois diz estudo científico.

    É ciência logo correcto.

    Entenda se, aqui, ciência abrange tudo o que se afirma científico mesmo sem o rigor exigido.




    P.s. aqui neste fórum, 99% das divergências resultam só de diferenças linguísticas...

  • editado March 2019
    PugII disse:
    Fernando_Silva disse:
    É dogmatismo ater-se a evidências objetivas em vez de assumir que "é assim porque eu quero que seja assim"?
    Não é disso que falo.

    É dogmatismo dizer, x é verdade pois diz estudo científico.

    É ciência logo correcto.

    Entenda se, aqui, ciência abrange tudo o que se afirma científico mesmo sem o rigor exigido.
    Verdades científicas devem sempre ser vistas como provisórias. Serão a explicação aceita num determinado momento para fenômenos observados, mas podem perfeitamente ser contestadas sempre que surgir uma explicação melhor ou novos fatos que não se encaixem na teoria até então vigente.

    Já o charlatanismo, principalmente aquele que busca ganhar dinheiro explorando a fé dos otários e, pior, atrasa o progresso da ciência, deve ser combatido e, se for o caso, denunciado.

  • P.s. aqui neste fórum, 99% das divergências resultam só de diferenças linguísticas...
    Mas não nesta rubrica. Cá a divergência concerne tentar extrapolar a física quântica pras viagens dos místicos; bem como tentar por coisas que inexistem dentro das ciências como se fossem científicas.
  • editado March 2019
    Saudações Fernando
    Fernando disse:
    Aquilo que a ciência não conseguiu (ainda) explicar não deve ser explicado pela fé.
    A alternativa honesta e sensata é dizer "não sei" e esperar para ver se novas pesquisas vão descobrir o que não sabemos.


    O video é curto...




    Mas, estou curiosa... E se um dia próximo a ciência não conseguir avançar para nenhuma direção sem que todas levem a uma consciencia maior de criação ?

    [Fraternos]
  • editado March 2019
    Saudações Fernando
    Fernando disse:
    Mania de enfiar a palavra "quântico" em assuntos banais para torná-los artificialmente relevantes...

    Se vc tirar os elétrons e os fótons da natureza.

    Leia-se: A certeza do dinamismo presente na realidade como a conhecemos.

    O que sobra?

    Mude: Mania de retirar a palavra quântico de todos os assuntos relacionados a natureza como um todo, e assim torná-los artificialmente irrelevantes ...


    [Fraternos]
  • editado March 2019
    Saudações Encosto
    Encosto disse:
    E quando se é totalmente ignorante sobre um tema, a fé te dá as respostas também. Vide silvana e a fisica quantica.

    Hum... Puxa, seu profundo conhecimento sobre particulas, moléculas e a teoria de Campos tem me deixado impressionada com suas críticas a minha pessoa...

    O video é curto...




    [Fraternos]
  • editado March 2019
    Anauê Carlos
    Acauan disse:
    Do nosso lado também temos exemplos, lembrando as impressoras 3D quânticas...

    Hahahahaha

    E a prova d'agua...

    Funcionando dentro dos tanques utilizando energia livre em criação de peixes nos apartamentos no Rio de Janeiro...

    De preferencia em um bairro onde falte àgua...rs



    [Fraternos]
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