A Europa Quer Sua Cota de Produções Locais no Netflix
Enquanto as negociações sobre a regulação dos serviços de video on demand (VOD) no Brasil progridem lentamente, a União Europeia dá um passo além e confirma sua vocação protecionista: um novo Projeto de Lei, que será votado em dezembro estabelece cotas para produções locais nos serviços de streaming que operam no bloco, como Netflix, Amazon Prime Video e outros.
A proposta original, apresentada em 2016 define uma série de regras ainda mais severas do que as que a Ancine desejava aplicar por aqui: as empresas seriam obrigadas a reservar 20% de seu catálogo para produções locais e a produzirem conteúdo original dentro do bloco econômico; dessa forma, a Netflix não só teria que incluir uma enorme carta de filmes alemães chatos, como também injetar a própria grana na produção e distribuição dos mesmos. A proposta também previa que os serviços de streaming ficariam obrigados a destacar o conteúdo local em suas vitrines, sugerindo-os aos usuários com base em seus gostos.
Desde então as negociações progrediram: um acordo preliminar foi definido, onde a cota de conteúdo europeu foi elevada de 20% para 30%. O projeto final, elaborado pelo Parlamento, Comissão e Conselho Europeus será votado em dezembro, mas segundo o diretor-geral Roberto Viola o pleito é “uma mera formalidade”.
Viola diz que os países-membros da UE terão 20 meses para se adequarem à lei; estes por sua vez poderão aumentar a cota individual de produções para até 40% do catálogo, definir um número mínimo de produções que os serviços serão obrigados a disponibilizar em cada país e estipular a cobrança de taxas adicionais para financiar os fundos locais, como a Alemanha já o faz.
Quando o projeto tiver força de lei, para operarem na União Europeia os serviços de streaming terão que produzir conteúdos em associação com estúdios e produtores do bloco, comprar obras prontas ou injetar dinheirodiretamente nos fundos nacionais de apoio ao cinema e TV, além de ter que introduzir, destacar e recomendar um grande número de filmes, séries e documentários europeus.
De acordo com Viola, a Netflix já está bem perto de atingir a cota de 30%; em breve a União Europeia deverá detalhar quanto conteúdo local cada serviço de streaming que opera no continente disponibiliza.
https://meiobit.com/390204/ue-lei-cotas-conteudo-netflix-amazon/
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Comentários
Não é tão simples.
- Propaganda ideológica
- Balança comercial
- Cultura protegida ainda existe em alguns lugares.
Neoliberalismo arrasa com tudo na sua frente, normaliza e padroniza gostos e comportamentos. Para mais, vivemos numa sociedade niilista relativista.
Na prática
Que se danem os museus...e tudo o que não sobrevive à lógica mercantilista.
Se levarmos às últimas consequências esta lógica, povos e nações deixariam de existir dando lugar a meros consumidores patetas...Mas isto já é em parte a realidade actual.
Neoliberalismo com o estado exigindo com que empresas privadas tenham conteúdo que não é interessante pra elas.
Isso é a prova de que Europeu sempre gostou de Estado pra tudo.
Afinal ninguém fica chateado com o Estado interferindo no Livre Mercado.
Ninguém se incomoda com o Estado determinando porcentagens de conteúdo criativo, determinado qual é o conector que a empresa Y deve usar, determinando qual é a tomada ideal, determinando qual é o procedimento correto para produzir e comercializar repolhos... Todo mundo AMA o Estado metendo o bedelho em tudo. Amamos regras, normas, regulamentos e muita, muita burocracia.
Enquanto o Estado não interferir no Mercado ao ponto de inviabilizar o negócio, não está bom! Afinal, é só a partir do momento que o negócio está inviabilizado aí teremos um exército de Pugs gritando "capitalismo selvagem que nos levou à falência".
Mais pateta que você não existe.
"Amada união europeia "
Presume saber o que penso
Generaliza algum pensamento que eu tenha tido a favor da UE a todas as situações.
Depois, acaba falando falsidades.
Sou em caso de SOS
se pagassem impostos.
No mundo selvagem, ue em particular, as empresas podem operar em todo o mercado mas só pagar impostos no país sede. Isto em nome de não tributar duas vezes.
Irlanda, Luxemburgo, Holanda devido a darem benesses captam os impostos de lucros gerados noutros países.
Aliás, Reino Unido era dos que mais ganhava no campo financeiro. Brexit a sério atiraria a economia inglesa para depressão.
Eu apoio o fechamento aos britânicos, pois não devem ter o benefício do mercado único sem nele estarem.
Pra inchar o estado. O estado Europeu vive de cagar regra em alguns momentos.
Depois querem falar do Brasil.
vc não entendeu ou é desonesto.
Típico pensamento dogmático.
P.s. aqui, raramente expresso posições ideológica. Comento o momento e coloco perguntas por curiosidade. O resto é a vossa imaginação. Isto é, vcs é quem definem nas vossas mentes àquilo que acreditam ser a minha pessoa
Tambem concordo que voce tem problema cognitivo.
Se um político diz que é amigo dos pobres, trabalhadores, empresários, etc é isso que ele é?
Se uma pessoa diz x mas faz y, será x ou y?
Está pessoa é definida pelo que diz ou pelo que faz?
Zzzzz
Uma exposição especulativa é a realidade?
As aventuras de Harry Potter são ficção ou realidade?
Depois eu que tenho problemas.
Não pagam ou não pagam o tanto quanto vc acha que deveriam?
Duvido que não paguem nenhum imposto.
Empresas (ou particulares) utiliza a lei anti dupla tributação para não pagarem impostos conforme a conveniência de uns e outros.
Exemplo:
Vc tem uma empresa criada e a operar em Portugal, mas decide transferir a sede da mesma para outro Estado da UE. Deixará de ser tributado em Portugal para ser só tributado nesse outro país.
Esta realidade tem criado atritos entre Estados europeus.
Nota: a luta por atrair as empresas pode chegar ao ponto de estás pagarem 0 de imposto durante x tempo. Depois, as empresas mudam de sede de novo.
Nota chinesa:
Em Portugal, a lei libera as empresas ( e particulares em certas situações) de pagar impostos durante x tempo. Então, basta fechar a actividade para não pagar...pelo meio outra pessoa dá seguimento à actividade.
Mas não deixa de pagar. Você mesmo se contradiz.
Ser tributado duas vezes não faz o menor sentido.
Ainda que a empresa não pague imposto diretamente, ela pagará de forma indireta.
Queria que os europeus soubessem as merdas que são as produções locais brasileiras garantidas por lei no caso da TV por assinatura antes de desejar esta desgraça pra eles mesmos.
Entre tantas destaco aquelas porcarias da Globo Filmes feitas com dinheiro público enchendo o rabo de artistas péssimos (e de esquerda, claro) de dinheiro.
Não pagam em casa, é isso que tenho dito.
Mas o
Europa não é lixo.
Produções lixo dos EUA poderão ficar de fora
A filial paga, seu burro. Porque uma empresa vai pagar certos impostos que só empresas do país pagam? Esse seu critério é caótico.
Ah, posso te passar uma lista de produções Europeias péssimas.
Aliás, eles adoram subjetivismo e frescuras de filmes de arte, que são tão ruins quanto muitas produções comerciais.
Essa gente que guarda coleções completas dos "Cahiers du Cinema" cheias de análises pretensamente intelectuais de filmes chatíssimos e incompreensíveis ...
Essa gentinha de esquerda que acha que todo filme tem que ser "engajado", "conscientizador" e outras bobagens - ainda que ninguém consiga assistir a esse lixo que eles produzem continuamente com o dinheiro de nossos impostos ...