The danger posed by Jair Bolsonaro - Artigo do The Economist

editado September 2018 em Religião é veneno
Usem tradutor online para ler, quem não souber ler em inglês.


The danger posed by Jair Bolsonaro

WITH just two months to go before the first round of Brazil’s elections, no one has a clue what will happen. The front-runner for the presidency, Luiz Inácio Lula da Silva, a left-wing former president, is in jail; the courts will almost certainly bar him from running. The rest of the presidential field is fragmented—no candidate polls over 20%. Unless someone wins a majority, the vote will go to a second round on October 28th. At the moment, any of four or five people could win it.

Lula’s probable disqualification is just one of many reasons why this election is especially worrying (see article). His supporters are convinced that he has been unfairly singled out, that the corruption charges against him are trumped up and that his 12-year sentence is excessive. His removal from the race will undermine their trust in it. But under a law that Lula himself signed when he was president, convicts may not run for office. The courts should enforce it.

His exit would heighten a second danger—that Jair Bolsonaro (pictured), a flame-throwing right-winger who is second in the polls, will become the front-runner. The former army captain has barged into the front ranks of candidates through a combination of outrageous provocation and mastery of social media. Even if he does not win, the fact that he has come so far shows that the centre ground of politics is crumbling. Rejecting Mr Bolsonaro outright would be the best way of shoring it up.

Until recently, he was an obscure congressman whose main talent was causing offence. In 2011 he said he would prefer a dead son to a gay one. In 2014 he said of a congresswoman that he wouldn’t rape her because she was “very ugly”. Last year a court fined him for insulting people who live in quilombos, settlements founded by escaped slaves.

Mr Bolsonaro would have remained a fringe figure but for the traumas Brazil has endured over the past four years. The economy suffered its worst-ever recession in 2014-16 and is recovering haltingly. In 2016 a record 62,517 Brazilians were murdered. The Lava Jato (“Car Wash”) corruption cases have led to investigations and indictments of leading figures in every big political party and discredited the entire political class.

Mr Bolsonaro proposes brutal solutions to his country’s problems. He thinks that “a policeman who doesn’t kill isn’t a policeman” and wants to reduce the age of criminal responsibility to 14. This iron fist belongs to an authoritarian worldview. In 2016 he dedicated his vote to impeach the then-president, Dilma Rousseff, to Carlos Alberto Brilhante Ustra, commander of a police unit responsible for 500 cases of torture and 40 murders during Brazil’s dictatorship. The charge against Ms Rousseff, who belongs to Lula’s Workers’ Party, had nothing directly to do with Lava Jato. But in paying tribute to Ustra, Mr Bolsonaro was asserting that the values of the dictatorship, which governed in 1964-85, are the antidote to today’s corruption. Mr Bolsonaro has reinforced that message by naming Hamilton Mourão, a retired general, as his running-mate. Last year, while still in uniform, Mr Mourão suggested that, if other institutions failed to solve Brazil’s problems, the army could. The left is mainly to blame for the country’s ills, in Mr Bolsonaro’s cold-war-tinted view.

To Brazilians fed up with politicians, Mr Bolsonaro sounds like an anti-politician. Some businessmen are flirting with him. They like his pistol-packing rhetoric on crime and are intrigued by his recent conversion to economic liberalism (he favours privatising some state enterprises).

Yet Mr Bolsonaro would make a disastrous president. His rhetoric shows that he does not have sufficient respect for many Brazilians, including gay and black people, to govern fairly. There is little evidence that he understands Brazil’s economic problems well enough to solve them. His genuflections to the dictatorship make him a threat to democracy in a country where faith in it has been shaken by the exposure of graft and the misery of the economic slump.

Over 60% of Brazilians say they will never vote for him, more than three times the share of those who say that he has their backing. He lacks support from any strong political party. If he makes it to the second round, odds are that voters will reluctantly choose the alternative, perhaps Geraldo Alckmin, a centrist candidate. He does not deserve to make it even that far.

There is no room for complacency. Other countries with Brazil’s mix of crime, elite failure and economic agony have elected radical leaders whom the pundits dismissed as no-hopers. It could happen again.

https://www.economist.com/leaders/2018/08/11/the-danger-posed-by-jair-bolsonaro

 

Comentários

  • Rejecting Mr Bolsonaro outright would be the best way of shoring it up.

    Seria uma ótima maneira de eleger Ciro ou Haddad, comprometendo ainda mais as instituições, principalmente o STF.

    Se a constituição continuar a não ser cumprida, continuaremos a viver em um estado de golpe permanente como o que vivemos hoje com Dilma como candidata.

    Esta declaração:

     
    Last year, while still in uniform, Mr Mourão suggested that, if other institutions failed to solve Brazil’s problems, the army could.

    Falava disso e da probabilidade de se arranjar um jeitinho de Lula concorrer.

    Sabemos como funciona nossa república.

    Uma intervenção militar sem convocação por nenhum dos poderes não é prevista na constituição e trata-se de golpe.

    Para haver um golpe este precisa ser dado contra uma constituição vigente.
    Se a constituição não é respeitada pelos 3 poderes da república ao mesmo tempo  ela não está mais vigente.
    Isso aconteceu no caso do impeachment de Dilma.
    O executivo sendo julgado por não cumprir a constituição.
    O STF descumprindo primeiro com Barroso que anulou uma votação para indicação de membros da comissão do impeachment sob argumentos absurdos e claramente interferiu em outro poder.
    Por último, STF (Lewando%$#@ki) e legislativo construiram uma solução fora da lei pra resolver o impeachment.

    Então sejamos claros, não adianta escrever em um papel que os burocratas podem tudo, inclusive descumprir a lei e ao mesmo tempo tentar usar a lei pra chamar de golpista quem tem as armas na mão para os impedir de continuar com a baderna.

    Há limites pra tudo e é melhor não os desafiar.

    Eu não quero que essa situação ocorra de jeito nenhum, jamais!

    Entre outros motivos o principal é que as esquerdas adorariam isso e se refundariam por mais 40 anos se algo assim ocorresse.


    Portanto, ameaça à democracia é esta noção de que o Brasil só pode ter como opções aquilo que os estrangeiros chama de "centro"

    Alckmin, Aécio, Serra = Roubo no cartel dos trens, indicação de Gilmar Mendes...

    E o PT/Ciro/Marina e tudo o que representam.

    Pra este pessoal o Brasil pode ter quantos governos de extrema esquerda quiser, é tudo centro, nenhum ameaça a democracia.
    Mas não pode sobreviver 4 anos sob um governo que tem tudo pra ser castrado pelo congresso e ser uma bagunça só, com cada um quererndo uma coisa e ninguém sabendo fazer nada.

     
  • Bolsonaro é burro e politicamente inocente.

    Pra nossa sorte não é um Lula nem um Ciro.

    Diante das opçôes que se desenham eu prefiro ser oposição ao Bolsonaro do que ao resto.

    E votarei por isso.
  • O que interessa pro tópico está aos 10:30

    Inclusive endereço ao @Botanico também.



     
  • Gostaria de ouvir dos especialistas estrangeiros como eu, um eleitor brasileiro, deveria votar pra eleger um centrista e moderado diante idsso aqui:

    https://www.revistaforum.com.br/ibope-haddad-dispara-chega-a-19-e-se-isola-na-segunda-colocacao/

     
  • Artigo do NYT descrito como Opinion. Dispenso.
  • Agora vi que era do Economist, desculpe.
  • editado September 2018
    Bolsonaro já falou um monte de merdas, mas ainda não fez um monte de merdas.
    Talvez nunca venha a fazer. Com sorte, nomeará uma equipe competente e a deixará trabalhar.
    Afinal, ele mesmo admitiu que não entende de economia, por exemplo.

    Já o PT, sabemos bem do que é capaz. E sabemos que, se vencer de novo, se vingará de quem prendeu Lula, Dirceu e outros. E cuidará de mudar as leis e indicar os juízes certos para se tornar invulnerável.

    Eu preferia estar na dúvida entre bons candidatos, mas, se as opções são "tiro na cabeça" e "tiro no pé", minha escolha é clara. Vou tampar o nariz e votar na merda que parece feder menos.
  • Alckmin 7% + Marina 6%= -13% para o Haddad, só não sei se seriam +13% para o restante, mas com certeza serão -13% para o Haddad.
  • Diz a lenda que a turma aí do STF faz de tudo para melar a Lava Jato, pois se esticar demais a corda, eles vão de cara no chão. Agora que o Palocci resolveu abrir o bico, a turma da Lava Jato deixou claro para que só falasse dos que não têm foro privilegiado, pois assim o STF não pode interferir. E já falou que, de medo do que a Dilma pudesse fazer, OAS e Odebrecht deram uma baita propina por Molusco, que incluía o triplex, o sítio que já estava em reforma, o terreno para a nova sede do Instituto e toma mais lá. Não sei se o Italiano tomou esse cuidado, mas devia ter filmado e/ou gravado tudo para ter um pão pelando para apresentar.
  • editado September 2018
     
    PaullKnockSeul disse: Alckmin 7% + Marina 6%= -13% para o Haddad, só não sei se seriam +13% para o restante, mas com certeza serão -13% para o Haddad.
     
    Tem os votos do NOVO e Ciro também, eu diria que são  suficientes pra colocar nessa conta.
    Se esta lógica estiver correta o que pode acontecer é que pessoas que votaram no PT nas
    últimas eleições e se arrependeram não votem em ninguém no segundo turno.

    O número de votos inválidos no segundo turno seria ainda maior que no primeiro porque se recusam a votar no Bolsonaro também.

    Pior pro Haddad que estaria atrás no voto consolidado.

    Pior pro Bolsonaro que assumiria com votação baixíssima.
     
  • editado September 2018
    Judas disse:  
    PaullKnockSeul disse: Alckmin 7% + Marina 6%= -13% para o Haddad, só não sei se seriam +13% para o restante, mas com certeza serão -13% para o Haddad.
     
    Tem os votos do NOVO e Ciro também, eu diria que são  suficientes pra colocar nessa conta.
    Se esta lógica estiver correta o que pode acontecer é que pessoas que votaram no PT nas
    últimas eleições e se arrependeram não votem em ninguém no segundo turno.

    O número de votos inválidos no segundo turno seria ainda maior que no primeiro porque se recusam a votar no Bolsonaro também.

    Pior pro Haddad que estaria atrás no voto consolidado.

    Pior pro Bolsonaro que assumiria com votação baixíssima.
     

    Esta eleicao tera alguns efeitos interessantes. Posso estar enganado, mas levando em conta os mais preferidos (Bolso, Haddad, Ciro) e seus partidos, teoricamente teremos uma grande danca das cadeiras la na Brasilia.
  • Eu vi na propagando do Alckmin que o Bolsonaro chama mulheres de vagabunda.
  • Uma revista especializada em economia que dispara chavões de esquerda contra o candidato sem sequer mencionar que este coloca em posição praticamente central de seu governo um economista extremamente liberal.
    Nem mencionaram, nem que fosse pra tentar demonstrar alguma contradição.



    Publicaram aquela capa do Cristo decolando quando todos nós sabíamos com antecedência que dois anos depois publicariam uma capa com o Cristo desgovernado.
    Qualquer Zé que tivesse uma padaria aqui também saberia.
    Só a "mídia especializada" se espantou com o resultado do governo que avalizaram.
  • - O Gerson Camarotti faz campanha anti-Bolsonaro  diariamente na CBN.

    Abraços,
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