Em Defesa do PATRIARCADO
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A humanidade tem o mau hábito ingrato de venerar falsos ídolos. Enquanto artistas ou atletas que serão apagados da história na próxima geração são celebridades, homens e mulheres que trazem contribuição inestimável ao bem estar humano são ignorados. Muitos apreciam as trajetórias de malfeitores como Al Capone ou Bonnie & Clide, mas poucos se interessam pela vida e obra de James Clark Maxwell ou Marie Curie.A Ciência, por mais vidas que salve a cada avanço, invés de ser digna de gratidão, é mais facilmente temida e odiada, a julgar pelo modo como é retratada em nossas produções cinematográficas, sempre como a responsável por grandes desastres.Não é de admirar então que outra das mais primordiais instituições sociais da história, capaz de levar a humanidade da selvageria à civilização, esteja sendo há meio século repudiada como se fosse a geratriz de todos os males.O Feminismo de Segunda Onda, a partir de 1960, declarou guerra ao conceito de Patriarcado, acusando-o de nos retirar de um paraíso para um inferno perpétuo de opressão, com a forçada comparação da condição feminina em relação ao homem, com a condição de escravos em relação a seus senhores.Mas somente uma completa insensatez ou extrema má fé pode achar que os opressores delegariam para si mesmos as tarefas mais perigosas e pesadas, vivendo menos e se sujeitando a todos os riscos enquanto as supostas oprimidas ficavam na segurança de seus lares. E como se estas, gestando ou amamentando crianças, estivessem ansiosas para se aventurar num mundo inóspito e selvagem, trocando de lugar com os seus “opressores”.PATRIARCADO é um conceito que ao menos num ponto é pacífico, trata-se de um sistema social onde a função paterna é reconhecida e valorizada, e ao assumir a Responsabilidade por uma família, se torna inevitável que sobre a mesma tenha alguma Autoridade, pois esses valores jamais podem ser desassociados sem produzir terrível injustiça. Hoje a autoridade do marido sobre a esposa não mais se justifica porque ele não é mais legalmente responsabilizado pela segurança dela, nem por suas eventuais dívidas ou crimes, mas vivendo num mundo muito mais perigoso que o atual, a sobrevivência era preocupação prioritária, e suprir essa função sempre coube aos machos da espécie, não somente por sua maior desenvoltura física, mas também pela sua dispensabilidade em termos reprodutivos.A morte de uma dezena de homens não causa a perda de potencial reprodutivo da morte de uma única mulher, e se houve sociedades que colocaram suas mulheres em risco tanto quanto seus homens, seguramente não duraram muito tempo.Assim, o Patriarcado é o modelo de sociedade onde os homens abrem mão de sua liberdade e irresponsabilidade para trabalhar não somente para si próprios, mas em prol de uma ou mais mulheres em especial, e das proles destas, e a principal coisa que pedem em troca é a fidelidade sexual como forma de garantir sua patrilinearidade.Que obrigações os homens selvagens teriam com uma comunidade? Eles poderiam muito bem correr errantes com suas lanças, caçando e trabalhando em pequenos grupos apenas para si mesmos, copulando com mulheres que encontrassem pelo caminho, sem se preocupar em proteger indefesos e vivendo o presente. Mas não é o que ocorre, os homens se associam com as mulheres, formam laços, protegem idosos e crianças, e durante muito tempo isso foi feito de uma forma difusa, sem que soubessem exatamente quais eram os seus descendentes.Este fora um modelo social viável, mas em algum momento o apego aos próprios descendentes, talvez identificados com traços de similaridade, tornaram a Paternidade Difusa em Paternidade Específica, e muitos decidiram dar atenção especial àqueles que eram sua própria prole, bem como às mães destes. Seguramente a Paternidade Difusa conviveu com a Específica durante muito tempo, mas não demoraria a ficar evidente as vantagens da última. Principalmente Para As Mulheres!O que uma mulher prefere? Que todos os homens tratem indiscriminadamente todas as mulheres como iguais, ou que algum lhe dê atenção especial? Ainda mais num contexto de luta pela sobrevivência, ela tende a preferir que ele concentre esforço e engenho nela. Não foram os homens que impuseram a fidelidade às mulheres, mas sim estas que não demoraram a perceber as vantagens de ter um companheiro exclusivo, que sempre colocaria ela e seus filhos em primeiro lugar. Até hoje ainda são as mulheres as mais interessadas em compromisso!Os rebentos de um pai responsável recebiam tratamento especial, mais dedicação, proteção, melhor treinamento, e mesmo com sua morte, seus objetos pessoais eram herdados por suas mulheres e descendentes, que ficavam mais abastados. Foi uma delirante inversão achar que a propriedade privada deu origem ao Patriarcado! O contrário! Foi o reconhecimento prévio da paternidade e a dedicação dos pais que com o tempo resultou na propriedade privada acumulativa. Retroalimentando a necessidade de confirmação da linhagem, e tornando mais rigorosa a necessidade de fidelidade.E isso não significou uma imposição arbitrária, pois todas as sociedades sempre tiveram a figura das mulheres sexualmente livres. A diferença é que estas não recebiam a proteção especial que os homens forneciam às mulheres comprometidas, que ficando em nítida vantagem, não por outro motivo prosperaram se tornando maioria. Eis o ”duplo padrão”!Esse contrato social ao menos por um bom tempo foi livre e mutuamente benéfico, exigindo sacrifícios de ambos os lados, e se tornou tão bem sucedido que com o tempo as mães se tornaram as principais guardiãs da instituição, exigindo o mesmo comportamento comprometido e responsável de suas filhas. Como não iriam querer para elas o que as próprias desejaram?Não a toa jamais houve civilização matriarcal, pois isto significa um estado praticamente natural onde as partes não assumem compromissos e onde os homens ficam livres para agir como bem quiserem, invés de se empenharem por suas famílias. Houve tribos ou aldeias “matriarcais”, mas as primeiras sociedades patriarcais logo prosperaram e as sobrepujaram, levando-as à extinção. Mesmo hoje há no máximo favelas ou guetos “matriarcais”. Mas todas as grandes sociedades são patriarcais, e somente a ignorância pode pensar que países desenvolvidos onde a instituição do casamento tenha desandado aboliram o patriarcalismo, ainda que o tenham prejudicado, pois este apenas mudou da figura direta para a figura indireta de um Estado Paternalista. Os homens continuam realizando a maior parte dos serviços de infraestrutura e assumindo as funções mais perigosas, além das ciências e tecnologias de ponta, e na maioria das vezes ao menos pagando suas pensões.Odiar o Patriarcado, apregoar-lhe a origem de todos os males e considerar que o mesmo existe para oprimir mulheres concedendo privilégios a um gênero que até hoje vive menos, morre 10 vezes mais em acidentes de trabalho e continua se sacrificando em defesa do gênero feminino ao menor sinal de perigo, não é apenas uma profunda ignorância. É um atestado insofismável de ódio contra a própria civilização e a toda espécie humana.Marcus Valerio XRhttp://www.xr.pro.br/Ensaios/Em_Defesa_do_Patriarcado.html
NO FACE :
O que retirou as sociedades de um mero estágio primitivo de tribos restritas para um estágio mais avançado foi o PATRIARCADO, pois vivendo apenas por seus próprios interesses, ou os homens primitivos não teriam compromisso algum além de satisfazer seu próprio hedonismo, ou se dedicavam a proteger seus grupos, incluindo mulheres e crianças, bem como obter recursos para a sobrevivência imediata de todos.Mas isso sem a acumulação maior que viria a ser instituída somente quando passou-se a especificar quais eram os descendentes de cada homem, fazendo com que a famílias particularizadas dos homens mais habilidosos fossem mais beneficiadas que as dos menos.Utilizo então dois conceitos aos quais nomeei Paternidade DIFUSA e Paternidade ESPECÍFICA / Especificada.Foi a transição da Paternidade Difusa (onde a promiscuidade dominante indetermina a exata descendência dos homens diluindo-a numa família tribal) para a Paternidade Especificada que, gerando a patrilinearidade, permitu o acúmulo otimizado de propriedade e riqueza, fartura, e consequentemente em níveis mais avançados, Cultura, Civilização e Estado.A inexistência de qualquer indício de uma civilização não patriarcal já atesta isso, não se deixando enganar pelos aparentes exemplos de pequenas comunidades asiáticas onde as fórmulas familiares pareçam diferentes. Pois além de muito restritas, todas ainda conservam elementos sociais no âmbito público perfeitamente correlatos aos das civilizações patriarcais, além de serem comunidades cercadas, e que se relacionam, com uma sociedade patriarcal imensamente maior ao seu redor.Na resistência urbana à civilização há um fenômeno que também atesta a mesma coisa. As grandes máfias, que se recusam a aceitar integralmente o implícito pacto civilizacional, são inevitavelmente famílias patriarcais, ao passo que nas gangues menores temos bandos masculinos que apenas dispõem de mulheres, mas que normalmente não formam famílias estáveis. Mesmo o crime, para se organizar, o faz por meio de clãs familiares razoavelmente bem estruturados e claramente patriarcais.Também muitas famílias indígenas, cuja paternidade pode ser vista como coletiva, permanecem em estágio similar ou por vezes anterior ao da Idade da Pedra, servindo de analogia de como teriam sido os povos primordiais antes do advento do Patriarcado enquanto organizador da estrutura familiar, ainda que permaneçam androcráticas em suas lideranças masculinas como o Cacique e o Pajé.E mais, temos nos guetos e favelas menos desenvolvidos a maior expressão do que seria o Matriarcado, leia-se, a completa indefinição da paternidade mesmo quando em muitos casos a totalidade das jovens está grávida ou com bebês recém-nascidos sem fazer ideia de quem são os pais, ou fazendo, sem nenhum meio de obrigar-lhes a assumir a paternidade, pela completa ausência de uma autoridade masculina que possa impingir essa obrigação. E o ciclo se repete indefinidamente, só não condenando essas comunidades à miséria absoluta devido a presença mesmo que parcial e remota do Estado e do pouco de Civilização que ainda chega a tais locais.Mas as poucas famílias que possuam uma autoridade patriarcal, que imponham algum controle sobre a sexualidade de seus jovens especialmente as filhas, estão em condição de exigir dos rapazes com quem elas se relacionam alguma responsabilidade. Pois o Patriarcado tem, no controle da sexualidade da jovem, como principal objetivo evitar que a mesma engravide sem que o pai se responsabilize.O Patriarcado é a ordem social que tira os homens da liberdade irresponsável, onde podem dispor de mulheres sem arcar com as consequências reprodutivas, para uma ordem onde os mesmos devem aplicar sua força e empenho não apenas para si mesmos, mas em prol de suas mulheres e descendentes. Trabalhando além do mero hedonismo imediato foi que os homens ergueram toda a infra estrutura social, material e cultural que viria a resultar no mundo civilizado, até chegar a um estágio de tamanho conforto e desenvolvimento que passa a possibilitar até mesmo a ilusão de que o Patriarcado não é mais necessário.O Matriarcado, por outro lado, não é de forma alguma simétrico. Não há qualquer registro de sociedades onde as mulheres assumissem o comando da esfera pública de forma correlata ao que os homens fazem nas sociedades que conhecemos. Por outro lado, que mulheres assumam o comando da esfera privada costuma acontecer até mesmo nas nossas sociedades patriarcais, o que delimita a tradicional divisão do âmbito privado e do público como respectivamente regidos por princípios arquetípicos do Feminino e do Masculino.
[url=javascript:window.print()][/url]A Fernanda Torres fez um texto que virou assunto da semana no qual ela reproduz machismo, é abertamente racista em seus argumentos, acusa o feminismo de vitimização e usa o termo "mulata" (palavra de cunho racista já explicada em outro texto do mesmo Blog onde ela escreveu, o #AgoraÉQueSãoElas da Folha). Eu e Djamila Ribeiro escrevemos juntas nesse mesmo blog e explicamos passo a passo, o que é racismo na palavra, no cotidiano e como ele age sobre o corpo da mulher negra. Parece que Torres não leu.Então:Torres virou assunto em sites que restringem pautas feministas.Torres virou assunto nos status do Facebook de feministas e anti-feministas.Torres virou assunto no Twitter e na madrugada chegou a ser Trending Topic.Torres virou a polêmica feminista mais comentada da semana.E sim, eu me incomodo com isso.Eu me incomodo porque mulheres como Torres possuem tempo para ler sobre feminismo. Ela nem precisava de muito, só precisava ler o Blog onde pretendia postar sua visão da condição de Mulher. O Blog possui, mesmo com pouco tempo de existência, artigos ótimos. Hoje, feministas fazem um trabalho amplo e acessível nas rede sociais. Se ela quisesse ampliar sua pesquisa, era só literalmente digitar no Google. E ela não pode dizer que não conhece nomes do feminismo já que sua mãe, a atriz Fernanda Montenegro, recitou Simone De Beauvoir no teatro e foi assunto em jornais por isso.A questão é que mulheres como Torres possuem espaço na mídia e poderiam fortalecer narrativas mais importantes e urgentes no momento, como o aborto, que voltou a ser debatido. Estamos vivendo uma epidemia de zika, já temos 5 mil casos de crianças com microcefalia, das regiões norte e nordeste, com renda baixíssima, morando em locais cujo saneamento básico é precário e onde o acesso a hospitais é restrito.Falando diretamente:Temos um monte de mulheres negras e/ou pobres em uma situação extremamente delicada no Brasil por questões de raça, classe e médica e socioambientais. Mas estamos debatendo o que Fernanda Torres acha: ela não se dá ao luxo de se preocupar com coisas para além de si mesma e sua vivência restrita de mulher branca.Então, não! Eu não desculpo Fernanda Torres.
Podem achar que estou culpando uma mulher.Entretanto, ela não é uma mulher como eu. Ela é branca e eu sou negra. E o racismo já designou quem será vista como "agressiva" e quem será vista como "a mulher que tem opiniões divergentes contundentes".Essa é a diferença enorme entre as opiniões que damos. Então, não desculpo. Não desculpo nem ela e nem outras mulheres brancas, pelas reações que vão recair sobre mim, por esse texto que agora escrevo, por exemplo.Não é só pelo racismo evidente em achar que uma mulher negra merece ser chamada de mulata e também pelo assédio aceitável e elogioso para com o corpo dela.É pelo racismo que fica nas entrelinhas, por achar que falar de si mesma e de sua visão enviesada sobre o feminismo, sendo uma mulher branca, magra, rica e conhecida não terá consequências.Ela poderia ter mais consciência, já que goza de privilégios: não precisa acordar de madrugada para pegar o trem, metrô, ônibus, durante duas horas pra chegar no trabalho. Ou não se preocupar com a limpeza da própria casa pois sempre tem uma "mulata" (ironia) para cumprir essa função.Esses privilégios, ao invés de serem usados para expor algo para além dela são tão maiores, que pautas mais necessárias no feminismo atual não são pensadas por ela e muitas outras feministas que circulam por aí, e que inclusive apontaram o dedo para Fernanda.Enquanto mulheres brancas acreditarem que o feminismo é só sobre elas, e suas experiências pessoais -- essas que por sinal são intransferíveis e precisam ser contextualizadas dentro das condições que as cercam, pois diferem e muito do que uma mulher negra vive --, teremos um grande problema.Não adianta mais, pelo menos para mim, achar que interseccionalidade e se importar com mulheres negras, é dizer, em apenas um parágrafo de um texto todo:"Mulheres negras sofrem mais com esse problema"Interseccionalidade é muito além disso:É entender, dentro da sua narrativa de mulher branca, que as possibilidades devem ser expandidas.Isso é sobre ceder espaços, e às vezes se manter em silêncio para que outras possam falar.E quem se importa em escutar narrativas de mulheres negras não ousa achar que o assédio que sofremos é passível de riso, piada ou inveja. Afinal, uma mulher negra tem mais chances de ser estuprada do que uma mulher branca no Brasil (as mulheres negras entre 16 e 24 anos têm três vezes mais probabilidade de serem estupradas que as mulheres brancas).Por isso me causa horrores só de pensar que mulheres brancas nunca pararam para entender que o assédio de rua que recai sobre a mulher negra é diferente: não é só sobre ser chamada de "gostosa", é sobre escutar:"Sua Preta"."Sua Fedida"."Olha esse seu cabelo"."É morenina, mas eu comia"."Olha esse rabo"."Caia de boca nessa buceta".É horrível, mas sim, escutamos isso, e quando mais escura for a sua pele e seu corpo estiver fora do padrão, mais agressivo é o tratamento que você vai receber.Por isso, Torres está a anos luz de distância de compreender o que é o tratamento dado para uma mulher negra, gorda e de pele escura, a ponto de achar que assédio com negras é positivo e portanto, invejável.A agressividade que um corpo negro sofre é muito maior do que a agressividade que um corpo branco recebe. Isso está na história brasileira. Recebemos o tratamento de "animal escravizado":
"Doze anos é a idade flor das africanas. Nelas há de quando em quando um encanto tão grande, que a gente esquece a cor...As negrinhas são geralmente fornidas e sólidas, com feições denotando agradável amabilidade e todos os movimentos cheios de uma graça natural, pés e mãos plasticamente belos. Dos olhos irradia um fogo tão peculiar e o seio arfa em tão ansioso desejo, que é difícil resistir a tais seduções".Carl Schlichthorst. O Rio de Janeiro como é (1825-26). Apud: Maria Lúcia Mott. A Criança Escrava na Literatura dos Viajantes. 1979, p. 64.
"Como as brancas não se vendem, nem por ouro bem por prata, hão de ser sempre as senhoras das cachorras das mulatas."Apud Goulart, 1971, p 49
A história que não apagou das nossas peles os anos que mulheres foram estupradas, escravizadas, tiveram seus filhos tirados, alguns mortos e outros também violentados. Pelos senhores e também pelas senhoras:
"Matou o filhinho de uma das escravas, e apresentou ao marido, que supeitava fôsse o pai do mesmo cadáver da crainça assado e enfiado no espeto."Apud Goulart, 1971, p 49
Então é pela história das "mulatas" que Torres desconhece, que eu não perdoo.Eu não posso mais perdoar as pessoas brancas, que fecham os olhos, nariz e boca para o passado e que ainda limitam nosso presente e ainda vão marcar nosso futuro, enquanto negros.Por que Torres, sabendo que seu nome carrega uma carga midiática, não escreveu sobre aborto?Por que não falou da desigualdade social que tende a ser mais drástica para mulheres?Por que não trouxe à tona o mérito ilegítimo celebrado numa sociedade racista, abissal em classes e sem igualdade de oportunidades?Por que não pensou em como, ao longo da sua vida, gozou de uma maioria de empregadas domésticas negras fazendo o que ela precisava, e qual seria o motivo pra isso?Por que, inclusive, não seguiu a 'regrinha' mainstream das feministas norte-americanas que só falam da diferença salarial, pois talvez esse ainda seja um dos pontos que mais as separam dos homens brancos?Até isso seria "menos pior" do que falar que gostaria de ter a mesma união que os homens.Homens são super unidos mesmo, principalmente no quesito odiar mulheres.Eu respondo a todos esses "porquês":Torres, assim como muitas mulheres brancas, fica esperando assuntos serem mastigados e dados de "colherzinha". E depois ainda goza do privilégio de "desculpas aceitas e reverenciadas" por seus erros, dadas por outras mulheres brancas -- e que inclusive são aclamadas por isso, que é o minímo que se espera de alguém decente e intelectualmente honesto.Vão dizer que eu estou cobrando demais da Fernanda Torres: "ela não é obrigada a saber tudo isso". Na verdade, ela deveria ser cobrada sim. Quem nasce pobre e miserável já nasce sabendo o que isso significa. Nenhum negro recebe uma cartilha, mas todos sabem que quando a polícia diz: Para! Ele é o suspeito e se não parar, ele morre. E isso não vai virar notícia e nem escândalo, isso é "normal".Quebrar esta "normalidade" também cabe a nós. No Brasil, quem nasce em verdadeiros berços de ouro, goza da ignorância sobre a realidade do outro, para manutenção do seu conforto.O maior privilégio das pessoas brancas, ao meu ver, é não precisar saber o que é ser negro na sociedade racista que elas ajudam a manter quando se abstêm de saber e agir sobre isso.Torres não é aquela garota negra que, nas manifestações contra o governo PT, mesmo sendo menor de idade, foi filmada, exposta, virou meme nas redes sociais e parou de ir na escola por um tempo por causa do bullying.Mesmo que ela tenha "entendido o erro", o perdão é algo muito restrito. A gente tende a compreender e perdoar quem é como nós. Inclusive, o espaço de fala dado para pedir perdão, ele também se restringe -- e muito.Então eu não vou ser uma das feministas que vai compartilhar o texto de Torres e dizer: "é isso aí!", dando tapinha nas costas e congratulações como se ter consciência de gênero, raça e classe fosse uma virtude, quando é uma questão de responsabilidade.Se um dia eu errar, quase nenhuma mulher branca vai fazer isso por mim.Então, chega!Chega de mulheres brancas sendo perdoadas facilmente por opiniões que recaem mais drasticamente sobre mulheres pobres e negras. Chega de achar que esse desfavor não tem um impacto grande no feminismo. É só perceber como gastamos tempo e energia em rebatê-la. E chega de colocar o selo de "feminista" em qualquer famosa com uma postura mais "diferente".Eu tive que assistir Taylor Swift ser exaltada por feministas após um discurso no Grammy, em que ela deixa evidente seu privilégio branco.Taylor não é uma cantora extraordinária, mas vive sendo premiada. Doa a quem doer, esse é um privlégio de quem possui uma estética vendável, independente do que cante ou fale.E fica mais evidente o racismo quando ela se destaca em cima do álbum de um homem negro que aborda racismo, como Kendrick Lamar.Tratar racismo numa sociedade como a norte-americana, onde um jovem negro tem 2,5 mais chances de ser assassinado, é muito mais urgente, porém mais passível de ser ignorado.A mesma Taylor que, quando Nicki Minaj falou sobre racismo, disse:"Eu não fiz nada além de te amar e te apoiar. É uma pena que você tenha colocado as mulheres umas contra as outras. Talvez algum homem tenha tomado o seu lugar"Assim como Taylor, muitas se comportam achando que é SÓ um problema de gênero. E, nos dois casos, é sobre raça também. Então, não perdoo nem Fernanda Torres, nem aquelas que agem como ela acreditando que aquilo foi "só" machismo e que elas, brancas, podem acolher racistas dentro do feminismo e que isso não me incomoda.Até quando, nós, negras, vamos ser obrigadas a lidar com mulheres brancas racistas, em nome de uma sororidade que nunca nos protege?Peço então para as feministas brancas:Parem de forçar a barra e de colocar qualquer artista branca com postura "menos cretina" em um patamar maior do que deveria. Parem de idolatrar as tantas teóricas e figuras negras que fizeram história, mas que vocês não leem ou desconhecem. Parem de achar que feminismo se resume ao filme As Sufragistas, mesmo que ele não tenha negras, quando deveria ter.O sufrágio teve mulheres negras (EUA), teve mulheres indianas (Inglaterra), teve mulheres operárias que não são como a Meryl Streep. E parem de ficar esperando que uma feminista negra da atualidade mastigue temas para vocês entenderem que, por exemplo, não queremos ser chamadas de mulata.Exerçam o privilégio de vocês: busquem informações, leiam, mastiguem por si mesmas, sejam além. E não é ler só para fazer um texto bonito sobre racismo e ver ele sendo compartilhado e achar que ganhou o selo de "bom branco". É entender o que é racismo para ser uma pessoa decente, justa e feminista. Pois o feminismo não pode, num país de maioria negra, ser algo que aceita e passa a mão na cabeça do racismo.Se as antepassadas de vocês fizeram revolução, o que falar das nossas, que mesmo com o peso da escravidão nas costas, lutaram, sobreviveram e construíram trajetórias que hoje permitem que a gente não se curve e diga, apontando o dedo na cara de quem for: não vamos aceitar mais narrativas racistas dentro de movimentos sociais que se dizem humanistas, emancipatórios e que querem igualdade?Por fim, eu só queria dizer que é lamentável como a classe artística nacional se mostra ignorante, deslumbrada e despreparada, achando que ser revolucionário é fazer teatro e falar sobre sexo abertamente, enquanto reproduzem conceitos racistas -- como fazer blackface -- e acreditam que é 'censura' quando é criticado pelo movimento negro, ou quando trata o machismo como se fosse algo bonito e romantizado.O machismo que Torres não sente "tanto assim", mata.Mata uma maioria negra e pobre. Coisa que Torres não é, mas podia exercer empatia. Mas, assim como muitas feministas, isso fica só na teoria e bons (no caso dela nem isso) textos.E antes que alguma mulher branca me diga que perdoar é um dom divino, só quero enfatizar que quem escolhe se vai perdoar ou não alguém por racismo, sou eu. Porque se para muitas foi complicado ler esse texto, imagina para mim que viu Torres usando um espaço do qual eu já tinha compartilhado, para ser racista. Isso só prova que, como eu já pensava, mulheres negras se esforçam, pesquisam, quantificam, estudam, sentem, vivem, desenham o que é racismo, e mesmo assim pessoas brancas exercem o privilégio de nos ignorar e ousam nos chamar de vitimistas, ou que não nos esforçamos para sermos entendidas.Até quando a gente vai falar e ninguém vai entender?Até quando a sororidade e a retratação só servirá para brancas?Até quando a gente vai apontar elitismo e racismo, e ninguém vai compreender a gravidade disso?Se o texto dela foi intitulado de "Mulher", eu pergunto: nós, negras, ainda não somos mulheres?Somos mulheres que também merecem ter suas pautas e demandas acolhidas e tratadas com seriedade e respeito. Mas não é o que vivenciamos e sentimos.Então, fico feliz que ela tenha voltado atrás, mas não perdoo.Uma "mea culpa" que não envolve a questão racial, é incompleta.
E quando se tem o preconceito inverso? Da pessoa negra?
Outra coisa...a pessoa acima citou que a senhora matou o bebê e mostrou para o senhor dizendo que era filho dele e depois o botou no espeto e o assou...isso sem falar dos estupros e tals...Na Africa, quem caçava os negros eram outros negros e eu duvido que não ocorrese estupros entre eles. Por que a vitimização é somente do branco em cima do negro e nunca entre eles??
Não deixar a sua mulher transar com outros homens é SEXISMO!Sim, a frase que eu usei no título deste post é real e ela foi dita por alguém. E pior, essa pessoa demente que disse essa merda a sério é um homem (ou melhor, acha que é) e vive de acordo com essa ‘filosofia de vida’. O animal puto retardado em questão se chama Michael Sonmore, esquerdomacho feministOnorte-americano casado e com duas filhas, de 3 e 6 anos, e que deixa a sua mulher dormir “com quantos homens ela quiser”. Diz ele que se não fosse assim, ele estaria sendo “machista” e “sexista”, porque “a monogamia é uma forma de opressão do patriarcado”. Sim, é esse nível de retardo que se espera de um sujeito que se diz “homem feminista”, uma das sub-espécies mais abomináveis e desprezíveis que se pode encontrar entre a fauna que compõe os SJW em geral. O que é dizer muita coisa neste caso, visto que o mais moderado desses tipos, por muito menos já é capaz de me fazer embrulhar o estômago. Apesar de mais um caso medonho que aconteceu na gringa, é sempre bom a gente comentar essas merdas aqui, já que há muita gente no Brasil que ainda acredita que o feminismo é a luta pela “igualdade”. E olha que as (poucas) coisas que eu tenho publicado aqui no Contra são apenas a ponta do iceberg de merda, diante de tantas outras bizarrices que acontecem pelo mundo todo diariamente. O foda é que quando a gente acha que já viu de tudo e não tem por onde decair mais, encontramos noticias como essa, protagonizada por lixo da pior espécie como esse filho da puta que disse uma bosta dessas.O homem contemporâneo está a morrer aos poucos, conforme o tempo passa e mais idiotas aderem e relevam as loucuras empulhadas por esses coletivos e movimentos cancerígenos, neste caso, um dos mais nocivos, que é o feminismo. E sabe o que é pior, Contronauta? Não é só fato de estar a morrer e cavando a própria cova, mas, de baixar a cabeça e fazer isso sorrindo e com um fiapo elástico de baba bovina escorrendo pelo canto da boca.“Londres já é mais indiana/paquistanesa do que britânica? Fantástico! Paris é majoritariamente muçulmana? Fabuloso! A América já não será majoritariamente branca daqui a 20 anos? Que maravilha! Grande parte das mulheres suecas são violentadas por invasores nojentos e há gangues de pedófilos muçulmanos agindo na Inglaterra? Modernismo! Os “refugiados” estão a chegar à Europa às centenas de milhar por ano? Viva a diversidade! Os alahu akhbar têm cada vez mais direitos nos países que eles ocupam? Isso é progresso! A bandeira dos Confederados é banida, mas a do ISIS continua a ser legal nos Estados unidos? Tolerância! A minha mulher dá o rabo pra quantos desgraçados ela quiser? Feminismo! Diva! Empoderada! Lacradora! ” É ASSIM QUE FUNCIONA A CABEÇA DE MERDA DESSA PUTADA. E o que não falta é vagabundo dizer que isso é o certo.Em outros tempos, ser traído justificava até mesmo o sujeito ir às vias de fato e tomar medidas extremas, como era chamado em priscas eras, o “Crime em Defesa da Honra”, que caiu em desuso há não tão pouco tempo assim; com o passar do tempo, a coisa se abrandou, mas, mesmo assim, a traição conjugal nunca foi tolerada pela sociedade, pelo contrário, sempre foi vista com condenação e quem a praticava, sempre arcou de uma forma ou ode outra com suas consequências; hoje em dia, com a sensibilidade do home moderno vista como uma qualidade, o cornudo passou de manso a leniente e agora é “bonito” ser corno por convicção. O próximo passo: quem não aceitar ser corno corre risco de tomar um processo criminal por machismo, que será considerado crime hediondo, do jeito que as coisas estão indo.Pois, a sociedade evolui… Os homossexuais antigamente também não podiam se casar, hoje, você dizer que tem algo contra (o que, sinceramente não tenho, mas, respeito o direito à opinião de quem tem) é o mesmo que assumir a perpetração de um holocausto de criancinhas com as próprias mãos. Por que, né… estamos em 2016, os tempos são outros… hoje em dia as pessoas civilizadas entendem que essa coisa de sexo, gênero, etc. não passa de uma construção social, let it go.Por isso, já sabe… se sua mulher chegar dizendo que ela quer passar um tempo com outros rapazes, se conforme e tenha a dignidade de só sair do caminho. Ser um viadinho cuckold fodido do caralho é a última moda entre os homens modernos atualmente. Se você quiser se adiantar as tendências do amanhã, o negócio é ir fazendo uma amizade com o Ricardão e quem sabe, eles te deixam entrar na brincadeira também e na melhor das hipóteses, você acabe levando uma surra de piroca mole na cara e gostando da coisa. Dissemine a DISCÓRDIA:
PQP, que antro de dementes. Neo nazistas mesmo. Não é por menos que esse país está uma merda. De uma lado os fundamentalistas religiosos e de outro a direita neo nazista. Assim que puder mudo pra Europa que seriam considerados comunistas até os membros dos partidos conservadores de lá, excetuando óbvio, os neonazistas de lá.
Wolf disse: PQP, que antro de dementes. Neo nazistas mesmo. Não é por menos que esse país está uma merda. De uma lado os fundamentalistas religiosos e de outro a direita neo nazista. Assim que puder mudo pra Europa que seriam considerados comunistas até os membros dos partidos conservadores de lá, excetuando óbvio, os neonazistas de lá.
Nazistas são socialistas imbecil... Muito parecidos com os esquerdistas malucos e seu mimimi sem sentido.
Se você quer fugir do nazismo então MUDE A SI PRÓPRIO, pois não importa para que país você se mude, sempre levará seu próprio nazismo dentro de você.
A esquerda está colhendo o que plantou; esperaram tanto destes artistas que representavam o feminismo e se ferraram. Tudo que um artista quer é ganhar dinheiro. Ou vocês acham que a J.K Rowling disse que o Dumbledore era gay quando o LGBT estava em alta por ele ser realmente gay? Ou ela dizer que a Hermione é sim negra quando o BLM estourou? - e quem disse isso fio uma amiga minha que é negra e "luta pelos direitos dos negros" ou seja lá o que significa isso.
Agora entram em uma competição para saber quem é mais vitima e percebem que, no fundo, isso não tem sentido algum. Se tivermos sorte, 2017 essa praga desaparece como qualquer moda anterior. O fim já começou: estão acusando uns aos outros. Agora é só pegar a pipoca e acompanhar.
Feminismo “Benevolente” e Feminismo RadicalporMarcus Valerio XR
O maior órgão de propagação feminista do Brasil, a Rede Globo, estreou um de seus programas com dedicação total e absoluta a essa ideologia, que foi apresentada sem sequer uma única nota de crítica em seu mais "benevolente" formato. 'Amor & Sexo' fala sobre feminismo em programa de estréia. Confira!Como de praxe, não houve espaço para polêmica ou debates, foi propaganda total e integral. Para quem quiser conferir, cá está o vídeo do programa na íntegra. AMOR E SEXO 26/01/2017 Começando com homens amordaçados, o programa chegou a simular uma sessão de tortura e lavagem cerebral para desconstruir o "machismo" dos homens, com as típicas fraudes feministas como respostas corretas a serem respondidas sob punição corpóreas para respostas erradas.Dois dias depois, uma das maiores ONGs feministas do país, o Geledés - Instituto da Mulher Negra, publicou um texto severamente crítico ao programa, intitulado O feminismo da Globo é o feminismo que nos aprisionaFez alguns questionamentos paralelos, como a participação evidente da Globo no golpe parlamentar que tirou a primeira mulher presidente do Brasil do poder, ou o fato óbvio das organizações dos Marinho ser um ícone do capitalismo. Crítica bastante curiosa considerando que o Geledés, que não se trata de trabalho voluntário já recebeu milhões de dólares de fundações norte americanas sustentadas pela nata do Capitalismo Global, como a Kellogs Foundation, Inter-American Foundation ou Brazil Foundation para citar só algumas.Mas o foco maior da crítica foi relativo aquele que é, de certo, um dos pontos mais polêmicos do movimento, o que envolve a utilização da sexualidade e sensualidade femininas, que se coloca em especial nas questões da Pornografia e da Prostituição.O Geledés acusa, com alguma precisão, o Feminismo Globista de ser do tipo que objetifica mulheres, apoia a regulação da prostituição, que está considerando como uma forma de opressão, e outras condutas que qualquer estudioso do assunto já sabe que são, de fato, controversas entre as próprias feministas.Citando o artigo: "...a liberdade sexual das mulheres serve aos homens. Liberdade não é sobre transar na primeira noite e sim sobre não querer transar e não transar. A mulher “livre sexualmente e sem tabus” é vista como vantagem pelo imaginário masculino e machista. A partir do momento que a mulher se nega ao sexo, ela “sofre as consequências” disso. Pros homens pouco importa se você se sente livre ou não, o importante é que ele faça sexo com você." Sendo então, sincero em sua péssima opinião e repúdio ao gênero masculino, o que não se vê no caso globista.Porém nos, até a presente data, quase 800 comentários, se notou um severo contra ataque. A grande maioria, em grande parte notoriamente feminista, considerou o artigo exagerado ou insensível ao contexto, que embora tivesse algumas críticas acertadas não reconheceu os pontos positivos, que poderia ter sido mais compressivo, ou mesmo que foi totalmente equivocado.Restou então evidenciada uma contenda interna ao Feminismo, na realidade a maior de todas, que pode levar alguns a ter dúvidas a respeito da coerência do movimento. Pode até entrar em tensão com o fato de que apesar de ser verdade que existam vários feminismos, se trata de verdade irrelevante, pois para qualquer efeito prático apenas um único tem real poder político, grande financiamento, penetração na sociedade tanto por meio da grande mídia quanto por empresas privadas ou órgãos governamentais, um Feminismo com 'F' maísculo.Mas essa aparente controvérsia é facilmente explicável por quem já tenha examinado atentamento o assunto, e pode ser sintetizada pela simples ideia de que a única e real diferença entre o Feminismo Benevolente que se vê abertamente na mídia e aquilo que convencionou-se chamar Feminismo Radical, é que o Radical é sincero!Feminismo
Benevolente X RADICALAbertamente propagandeado pela grande mídia, por grandes empresas e governos, temos aquilo que chamaremos de Feminismo Benevolente, cujas pautas são, a princípio facilmente aceitáveis para qualquer pessoa sensata e pouco informado sobre a real natureza do movimento. Quem poderia não ser contrário à violência contra a mulher? À misoginia, à desigualdades salariais arbitrárias ou quaisquer das pautas tão exaustivamente repetidas e às quais a grande maioria de nós ouve falar em uníssono desde sempre?No entanto, mesmo a maioria dos que abertamente defendem essa versão do Feminismo estão cientes da existência do notório Feminismo Radical, com pautas bem menos populares onde se destacam o Feminismo Separatista, o Feminismo Lésbico, "Feminismo é a Teoria, Lesbianismo é a Prática", o projeto de destruição da família "Não podemos destruir as desigualdades entre homens e mulheres enquanto não destruirmos o casamento.", da maternidade "...enquanto a família e o mito da família e o mito da maternidade e o instinto maternal não forem destruídos, as mulheres continuarão a ser oprimidas." ou mesmo a misandria descarada com propostas como redução da população masculina para 10% (Mary Daly / Sally Miller Gearhart) ou mesmo extermínio androcida total (Valerie Solanas).Mas esse Feminismo Radical é colocado no seu devido lugar de anomalia exótica, no máximo perdoável enquanto resultante de mulheres perturbadas, tendo sido superado pelo Feminismo Benevolente ou Feminismo da Igualdade, que é, este sim abertamente defendido sem constrangimento.Deste Feminismo Radical, as únicas pautas que vazam diretamente para o Feminismo Benevolente são justo essas relativas à sexualidade e sensualidade, causando então os maiores pontos de divergência interna, sendo justo por isso que se pode encontrar facilmente tanto feministas que apoiam quanto que condenam a prostituição mesmo quando de livre e espontânea vontade da mulher e em seu pleno benefício, e o mesmo se dá com a pornografia e com o uso em geral da sensualidade ou mesmo apreciação da beleza feminina.De certo que o Feminismo apresentado no programa Amor & Sexo não é exatamente do mais bem comportado, visto sua abordagem visivelmente esdrúxula, sexualmente agressiva, e até mesmo insultosa. Isso até pode ser atenuado e justificado por uma característica estética apelativa que funcionaria como forma de chamar atenção para um causa em si legítima. Mas por outro lado é melhor explicado pelo simples fato de ser uma ponte clara entre o Feminismo Benevolente, pois suas pautas foram quase todas colocadas no programa, e o Feminismo Radical, explicando em parte a tensão e aparente divergência que se viu na postura da Globo e do Geledés.UMA DIVERGÊNCIA ILUSÓRIAMas não é preciso ir muito longe para saber qual dessas tendência acaba prevalecendo. Basta observar o que já aconteceu em muitos países onde o Feminismo já é muito mais bem sucedido. A prostituição já foi proibida na Suécia, França e Bélgica. Não a oferta, para não incorrer no flagrante do movimento criminalizar justo o gênero que se propõe a defender, mas a procura, o que mesmo assim prejudica o trabalho das profissionais do ramo (no próprio programa Amor e Sexo uma prostitua militante feminista comentou seu combate a um projeto de lei similar no Brasil, aos 19:15). A Islândia já proibiu boates de Strip Tease. Inglaterra já proibiu vários modalidades de pornografia e o prefeito muçulmano de Londres uniu o moralismo islâmico com o feminista e proibiu cartazes com mulheres sensuais. E até na Argentina, em pleno governo liberal de Maurício Macri, os concursos de beleza tem sido abolidos, pois estariam estimulando uma "epidemia de feminicídios"!Da mesma forma como Jacobinos venceram Girondinos e Bolcheviques venceram Mencheviques, no Feminismo, também, os Radicais sempre vencem os Moderados.Mas o ponto ainda mais relevante é se comparamos os discursos dessas duas modalidades básicas de Feminismo e os resultados obtidos pelo movimento, e o que se nota é que os objetivos que o Feminismo Benevolente diz querer alcançar jamais são atingidos, sendo as próprias feministas a propagandear que a violência doméstica, os estupros, os assédios sexuais etc, permanecem ou mesmo aumentam não importa o quanto de políticas mais e mais invasivas se adote, a exemplo da nossa própria Lei Maria da Penha, que pegou uma modalidade criminal que vinha continuamente diminuindo há uma década mas, que após a aprovação da lei, voltou a subir.Enquanto isso, os mesmíssimos objetivos flagrantemente declarados pelo Feminismo Radical vem sendo sistematicamente atingidos com notável sucesso, desde seu surgimento na década de 1960, o índice de divórcios aumentou explosivamente, e o número de casamento diminuiu. Legiões de crianças foram tiradas do convívio de seu pais, a mais efetiva forma de corroer o Patriarcado que se encontrou, o número de mães solteiras ou pais puramente pagadores de pensão atingiu nível antes impensáveis nas classes mais abastadas, a homossexualidade se expandiu, o aborto foi liberado na maioria dos países e as taxas reprodutivas despencaram.Em suma, o mesmíssimo Feminismo Benevolente com suas nobres e louváveis pautas, conseguiu, com a implementação de suas políticas, apenas os objetivos do Feminismo Radical!Ou melhor dizendo, NÃO HÁ DOIS FEMINISMOS! HÁ UM SÓ! Ele até pode apresentar uma face benevolente, mas sua essência continua com a mesmíssima radicalidade de antes.A aparente e superficial contenda é apenas um efeito colateral inevitável do fato da maioria dos militantes e simpatizantes do Feminismo serem completamente ignorantes da natureza do mesmo, muitos ate agindo de boa fé, como inocentes úteis que trabalham em prol de causas que, se vissem em sua verdadeira natureza, repudiariam. Outros aceitam o que pensam ser outros "efeitos colaterais" de uma causa que no fundo é nobre, e por isso justificam os meios pelo fim. Outras são puramente hipócritas e fingem querer uma coisa quando no fundo querem outra bem diferente.E por fim, temos as chamadas radicais. A únicas com perfeita ciência da natureza do Feminismo e plena sinceridade para confessá-lo.Essas nunca terão voz na Globo, pelo simples fato de que lá não é lugar para se falar a verdade. Marcus Valerio XR | fevereiro 15, 2017 às 13:52 | Categorias: Outras ou Mistas |
URL: http://wp.me/p4jAo5-2Fhttps/mvxr.wordpress.com/2017/02/15/feminismo-benevolente-e-feminismo-radical/
Só para lembrar um fato básico: A relação sexual heterossexual (penetração) é sempre um estupro, pura e simplesmente.
Este é um resumo desenvolvido a partir do que eu venho dizendo em vários comentários aqui e ali, nos últimos dois anos ou mais. Como uma feminista radical, eu sempre disse que a penetração é estupro e me lembro de estar decepcionada ao descobrir que tão poucas feministas radicais afirmaram isso claramente. Como você pode vê-lo de outra forma? A penetração é a forma através da qual os homens nos oprimem, da qual não temos permissão para escapar, mas, em alguns casos a penetração pode ser escolhida e livre? Isso não faz nenhum sentido.
Em primeiro lugar, a penetração NUNCA é sexo para as mulheres. Somente os homens experimentam estuprar como algo sexual e o define como tal. Sexo para os homens é a penetração unilateral do seu pênis em uma mulher (ou qualquer outra coisa que a substitua e que simbolize o orifício feminino) quer ela pense que queira ou não - que é a definição de estupro: que ele vai fazer isso de qualquer maneira e que ele vai usá-la e tratá-la como um receptáculo, em todas as circunstâncias - não faz diferença para ele experimentar isso como sexual. Isto é, no mínimo, os homens usam as mulheres como objetos e instrumentos úteis para a penetração, e as mulheres são desumanizadas por este ato. É um ato de violência.
(...)
Se olharmos para o ato em maior detalhe (pule este parágrafo se você não agüenta), a penetração é um homem montado em uma mulher empurrando um grande membro de si mesmo em suas partes mais íntimas, muitas vezes a forçando a estar inteiramente nua, golpeando-se contra ela com todo o peso de seu corpo e quadris, balançando-a como se ele estivesse enchendo um cadáver, em seguida, usando suas entranhas como um receptáculo para seu dejeto peniano. Como que isso é uma maneira normal, civilizada, respeitosa de tratar alguém? Desculpem a imagem explícita, mas isso é o que é, e é absolutamente revoltante e violador.
(...)
O fato de a penetração provocar tantas infecções, lágrimas e verrugas atesta a falta de naturalidade da penetração, o que não era para ser. A função principal da vagina não é ser penetrada por um pênis, mas para ejetar um bebê no nascimento. São dois tecidos (esfíncteres) musculares pressionados um contra o outro para ajudar o bebê a ser empurrado para fora. A penetração do pênis na vagina é completamente desnecessária para a concepção.
E eu que sempre achei que as mulheres fossem o ser humano e os homens, uma espécie de mulher modificada, assim como dizem do cromossomo Y, em relação ao X! Pelo discurso dessa cabeça de vento, o que define uma entidade como mulher é o ser oprimido.
E eu que sempre achei que as mulheres fossem o ser humano e os homens, uma esécie de mulher modificada, assim como dizem do cromossomo Y, em relação ao X! Pelo discurso dessa cabeça de vento, o que define uma entidade como mulher é o ser oprimido.
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Tudo isso se resolveria com uma simples e bem feita penetração na Vagina .
- Não creio, esse discurso parece ser alguma nova espécie de cantada lésbica, tipo: "larga de ser hétero garota,penetração é estupro, colar o velcro que é legal".
Spider disse:
- Não creio, esse discurso parece ser alguma nova espécie de cantada lésbica, tipo: "larga de ser hétero garota,penetração é estupro, colar o velcro que é legal".
Abraços,
Discordo , Lésbicas são mais criativas que feministas .
O fato de a penetração provocar tantas infecções, lágrimas e verrugas atesta a falta de naturalidade da penetração, o que não era para ser. A função principal da vagina não é ser penetrada por um pênis, mas para ejetar um bebê no nascimento. São dois tecidos (esfíncteres) musculares pressionados um contra o outro para ajudar o bebê a ser empurrado para fora. A penetração do pênis na vagina é completamente desnecessária para a concepção.
E como, em nome de Zeus, o bebê pode nascer se nada entrar (e sair) para fecundar a mulher...Nós não somos Zeus que pode se transformar em uma chuva de prata pra engravidar uma mulher, ou deus para usar o espritu santu pra engravidar alguém.
O fato de a penetração provocar tantas infecções, lágrimas e verrugas atesta a falta de naturalidade da penetração, o que não era para ser. A função principal da vagina não é ser penetrada por um pênis, mas para ejetar um bebê no nascimento. São dois tecidos (esfíncteres) musculares pressionados um contra o outro para ajudar o bebê a ser empurrado para fora. A penetração do pênis na vagina é completamente desnecessária para a concepção.
Tentativa de fazer a biologia se adaptar à ideologia
O fato de a penetração provocar tantas infecções, lágrimas e verrugas atesta a falta de naturalidade da penetração, o que não era para ser. A função principal da vagina não é ser penetrada por um pênis, mas para ejetar um bebê no nascimento. São dois tecidos (esfíncteres) musculares pressionados um contra o outro para ajudar o bebê a ser empurrado para fora. A penetração do pênis na vagina é completamente desnecessária para a concepção.
Tentativa de fazer a biologia se adaptar à ideologia
E a lubrificação vaginal deve ser apenas uma coincidência fisiológica sem correlação com o ato sexual.
Conhecida por seu engajamento com causas feministas, a atriz britânica Emma Watson rebateu críticas sobre um ensaio recente para a revista "Vanity Fair". Capa da publicação americana, a estrela do aguardado longa-metragem "A Bela e a Fera" posou com os seios parcialmente expostos em uma das fotos da produção. Desde então, a atriz foi acusada de promover a objetificação do corpo feminino, em contradição com a sua militância no feminismo."O feminismo é sobre dar escolha às mulheres. O feminismo não é um bastão com o qual se bate em outras mulheres. É sobre liberdade, é sobre liberação e sobre igualdade. Eu realmente não sei o que os meus peitos têm a ver com isso. É muito confuso", desabafou a atriz em uma entrevista à "BBC" ao lado do colega Dan Stevens. Co-protagonista de "A Bela e a Fera", Dan Stevens tentou brincar com a situação:"O que as pessoas estão dizendo sobre você?", perguntou."Estão dizendo que eu não podia ser feminista...", explicou Emma."E ter peitos?", interrompeu o ator."E ter peitos", confirmou a ex-intérprete de Hermione Granger. Na rede, houve quem saísse em defesa de Emma Watson sobre o assunto."Se você acha que Emma Watson não pode mostrar um pouco de pele na "Vanity Fair" e ainda lutar pela equidade de gênero você perdeu completamente o ponto da coisa. Ver o corpo positivamente e lutar por direitos iguais não são coisas excludentes. Mulheres fortes em uma posição de poder e influência podem ser seres sexuais assim como uma força de bem para o movimento. Parabéns a Emma Watson por sempre desafiar os limites da caixa em que as pessoas tentam trancá-la", escreveu um fã no Instagram.
Nada de incêndio na fábrica! Esta é a verdadeira história do 8 de marçoO Dia da Mulher é uma data política, que vem da luta de mulheres operárias e não da morte passiva
publicado 07/03/2017 por LAIS MODELLI
Zetkin, a mulher que sugeriu a criação do Dia Internacional da Mulher. Foto: Arquivo
Há séculos, alimenta-se a ideia de que o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, teria surgido por causa da morte de 130 operárias carbonizadas em um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911.
Intelectuais feministas, contudo, afirmam que essa versão trágica do surgimento da data, em que mulheres morreram de forma passiva enquanto trabalhavam, abafa a história de luta e mobilização das mulheres operárias do final do século 19, que se organizavam contra governos e patrões por melhores condições de trabalho.
A principal teórica no Brasil a trabalhar o tema do 8 de março é a socióloga Eva Blay, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e coordenadora do USP Mulheres. Blay explica que a criação da data foi motivada “por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e muita perseguição policial”, e não somente pela morte de dezenas de mulheres exploradas pelo capital.Segundo ela, desvincular o 8 de março, hoje considerado um dia festivo e capitalista – em que patrões e empresas insistem em “presentar” funcionárias com maquiagem, flores e serviços em salões de beleza – da luta de operárias por melhores condições de trabalho, é uma maneira de apagar a o protagonismo das mulheres em sua própria história social e política.8 de março: uma data políticaSegundo a socióloga Flávia Rios, professora da Universidade Federal do Goiás e coordenadora do Simpósio “Relaciones Raciales y de Género: Identidad, Interseccionalidad y Movimientos Sociales”, o incêndio em Nova York faz parte da história de luta das mulheres, mas como contexto, não como fator único de criação do 8 de março.“No incêndio, morreram operárias num contexto em que feministas e trabalhadoras faziam forte mobilização pela igualdade na política e por melhores condições de trabalho”, explica Rios.A própria versão do incêndio é confusa. A mais conhecida diz que, em 1911, cerca de 600 mulheres e homens trabalhavam na fábrica têxtil Triangle Shirtwaist Company quando as chamas começaram. Naquela época, os trabalhadores eram trancados nas fábricas e os relógios eram cobertos, para não terem noção de quanto tempo haviam trabalhado. As péssimas condições, com vários retalhos de tecidos espalhados pelo chão do lugar, ajudaram o fogo a se espalhar rapidamente, matando 125 mulheres, de 13 a 23 anos, e mais 21 homens, enquanto trabalhavam.O episódio causou comoção nacional e, no dia do funeral, 100 mil pessoas compareceram ao local. O terreno em que funcionava a Triangle Shirtwaist Company hoje é a Universidade de Nova York.Uma outra versão diz que o incêndio aconteceu no século 18 e o fogo teria sido proposital. O objetivo era o de matar trabalhadoras têxtis que pediam diminuição da carga horária, que naquela época era de até 14 horas diárias, de segunda-feira a sábado, chegando a incluir alguns domingos de manhã. Era comum também os filhos das operárias, ainda crianças, comporem os quadros de empregados das indústrias, pois o trabalho infantil não era proibido e creches não eram um direito das mães trabalhadoras.“Em 8 de março de 1857, em Nova York, as operárias têxteis entraram em greve pedindo a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas por dia e recebendo menos que um terço do salário dos homens. Parte das grevistas foi trancada no galpão e a fábrica foi incendiada. 130 delas foram carbonizadas”, explica a cientista política Lucia Avelar, professora da Universidade de Brasília.
A versão mais aceita diz que, segundo Eva Blay, em 1910, a militante Clara Zetkin propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem definir uma data precisa, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhagem.
Para Blay, nenhuma das versões de incêndio foram usadas por Zetkin como motivação, uma vez que, mesmo na versão mais conhecida do incêndio, teria acontecido um ano após a militante propor a data como uma data de luta.A alemã Clara Zetkin era membro do Partido Comunista Alemão e militante operária das causas das trabalhadoras mulheres. Em 1891, criou a revista Igualdade, que circulou por 16 anos e era formada por mulheres e voltada às trabalhadoras, e em 1920 chegou a ser deputada na Alemanha, defendendo a participação das mulheres na política e no trabalho. Lutou contra o nazismo, mas, com a ascensão de Hitler em 1933, teve que exilar-se em diversos países, escolhendo morar, por fim, na URSS. Morreu naquele mesmo ano, em Moscou.A proposta de um Dia Internacional da Mulher por Zetkin estabelecia que a data seria um dia de mobilizações de mulheres trabalhadoras em todo o mundo, que abordariam tanto a pauta da questão das mulheres no trabalho, como lutariam pelo sufrágio, o direito ao voto feminino.Diversas manifestações de trabalhadoras na Europa se seguiram desde a proposta da criação do Dia Internacional da Mulher. Segundo Blay, a manifestação mais famosa aconteceu em 8 de março de 1917, quando operárias russas do setor de tecelagem entraram em greve e pediram apoio aos metalúrgicos.
Essa greve de mulheres teria sido reconhecida por Trotsky como o primeiro momento da Revolução de Outubro, que resultou na Revolução Russa de 1917.
Em 1975, a ONU oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher por meio de um decreto.A exploração das mulheres e a formação do capitalismoSegundo especialistas, a divisão sexual do trabalho, desde sempre, teve uma função social que ultrapassa os fatores econômicos e trabalhistas: garantir a dominação dos homens na sociedade.Para a cientista política Flávia Biroli, professora da Universidade de Brasília, a importância de se associar o 8 de março às lutas de trabalhadoras contra seus patrões é a de reconhecer que o capitalismo industrial foi estruturado sobre a subordinação das mulheres.“A desvalorização do trabalho das mulheres e o controle sobre elas tanto no âmbito familiar quando no público, isto é, na política e no trabalho, são elementos organizadores do capitalismo industrial e permanecem fundamentais para se explicar as conexões entre gênero, trabalho e desigualdades hoje”, afirma Birolli.O trabalho e a mulherA socióloga Rios explica que desde a sua origem, o movimento feminista foi organizado sobre três pontos sociais, sendo um deles relacionado à situação de exploração da mulher no mercado de trabalho.“O movimento feminista sempre esteve fortemente envolvido com o tema da igualdade. Isto é, igualdade nos direitos políticos (direito ao voto), direitos civis (ao divórcio) e direitos sociais (igualdade no mercado de trabalho, como direito à equidade salarial)”, pontua Rios.A socióloga afirma que, apesar de intelectuais, acadêmicas e até burguesas integrarem o início da mobilização de mulheres no mundo, a situação de desigualdade salarial entre operários homens e mulheres foi um dos principais motores para o movimento feminista no início do século 20.Mais que isso, o tema da mulher e o trabalho é tão antigo que aparece um século antes das lutas que resultaram no 8 de março. “A divisão sexual do trabalho pode ser encontrada como problema nas precursoras no século 18, como Mary Wolstonecraft. Mas é entre intelectuais socialistas como Clara Zetkin e, mais tarde, Alexandra Kollontai, que essa crítica passou a abranger as relações de classe”, explica Biroli. Mary Wolstonecraft foi uma escritora inglesa nascida em 1759. Ela é considerada a fundadora do feminismo no mundo por causa da sua obra “Reivindicação dos direitos das mulheres”, publicada em 1792.
A cientista política Avelar ressalta, contudo, que as feministas operárias e trabalhadoras sofreram grandes injustiças por não serem consideradas intelectuais ou por não pertencerem a classes sociais privilegiadas.
“O sufrágio foi uma pauta unificadora desses movimentos, mas os temas relacionados às condições de trabalho e de proteção social, eram prioridade das mulheres trabalhadoras e sindicalizadas”.Para Avelar, a mulher da periferia, assim como a trabalhadora das camadas mais pobres e marginalizadas, ainda são as mais silenciadas e as menos favorecidas.“As divisões de classe social, de raça e etnia, separam as mulheres em suas condições objetivas de vida”, explica. “Existe a convicção de que os movimentos feministas e as organizações sindicais caminham juntos, o que é não é completamente verdade. Mas se não fosse a adesão de mulheres de classe média, secundaristas e universitárias às causas das mulheres de periferia, questões como creches, custo de vida, saúde reprodutiva, jamais ganhariam força e visibilidade.”* Você sabia que pode reproduzir tudo que AzMina faz gratuitamente no seu site, desde que dê os créditos? Saiba mais aqui.
Feministas gaúchas protestam urinando no chão da Universidade Federal de PelotasPublicado em março 11, 2017 por Mulheres contra o feminismoPadrãoQuerem saber mais sobre este câncer chamado feminismo? Comprem este livro adiantado a ajudem a publica-lo para dar mais um passo na luta contra o feminismo no Brasil. O livro o outro lado do feminismo foi publicado do mesmo modo. Existem diversos planos. Clique aqui. Informação é sempre a melhor opção.Agora vamos falar das feministas do RS e suas tradicionais atitudes nojentas que fazem pelo “nosso bem”.Que fique bem claro: FEMINISTAS NUNCA NOS REPRESENTARAM.As feministas mais uma vez fazem atos nojentos compatíveis com a personalidade de uma feminista. E quem paga mais uma vez é o povo. Mais uma vez isto se origina no Rio Grande do Sul, provavelmente o estado mais feminista do Brasil.O saguão de entrada ao Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) foi palco de um ato de estudantes feministas. A manifestação contou com jovens sem roupas ou seminuas e teve como objetivo chamar a atenção para a violência contra a mulher e protestar contra o androcentrismo. O ato provocou a suspensão das aulas no ICH.Pelo menos dez jovens dançaram e cantaram, encenaram situações de violência contra mulheres, como estupros, espancamentos e feminicídio. Algumas urinaram em baldes e jogaram nas paredes do prédio do instituto para protestar contra homens que urinam nas ruas. Outras consumiram bebidas alcoólicas durante o protesto e há relatos de uma jovem que teria se masturbado na rua.Em uma postagem no Facebook, o Grupo Auto Organizado de Mulheres da UFPEL, que reivindicou o ato, declarou que a manifestação foi uma demonstração de “resistência” e serviu como “instrumento de arte” para divulgar a causa e a luta. Em um dos trechos, o grupo ironizou a reação das pessoas diante do protesto que “provocou desconforto em alguns, êxtase em outros e raiva — expressas em deboches, xingamentos e agressões físicas”.“Aterrorizadas as pessoas não compreendiam, porque ‘meninas’ sem roupas, gritavam e urinavam em baldes — cena deprimente — ouvíamos a todo instante. Deprimente é a realidade dos fatos que apontam que nós mulheres somos expostas diariamente a homens urinando em público, mas isso é normativo em uma sociedade da normose, da doença da normalidade (sic)”, diz o texto da publicação.Nas redes sociais, a repercussão foi grande. Muitas pessoas foram contrárias ao ato: “Isso não foi um protesto, foi um ato de vandalismo. Quiseram chamar atenção e conseguiram, mas vocês não estão sendo vistas como mulheres que estão lutando por direitos e sim por um grupo de baderneiras e ainda sujam o nome da nossa universidade.”Uma mulher, também contrária ao ato, disse: “Não representam os direitos das mulheres, isso não é ser mulher. Não preciso fazer esse tipo de coisa pra fazer valer meus direitos. Deplorável!”O Blog tentou contato com a assessoria de imprensa da UFPel, mas não recebeu retorno.Mais uma vez repetimos: nenhuma feminista merece respeito. Os atos delas falam por elas mesmas.
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A humanidade tem o mau hábito ingrato de venerar falsos ídolos. Enquanto artistas ou atletas que serão apagados da história na próxima geração são celebridades, homens e mulheres que trazem contribuição inestimável ao bem estar humano são ignorados. Muitos apreciam as trajetórias de malfeitores como Al Capone ou Bonnie & Clide, mas poucos se interessam pela vida e obra de James Clark Maxwell ou Marie Curie.A Ciência, por mais vidas que salve a cada avanço, invés de ser digna de gratidão, é mais facilmente temida e odiada, a julgar pelo modo como é retratada em nossas produções cinematográficas, sempre como a responsável por grandes desastres.Não é de admirar então que outra das mais primordiais instituições sociais da história, capaz de levar a humanidade da selvageria à civilização, esteja sendo há meio século repudiada como se fosse a geratriz de todos os males.O Feminismo de Segunda Onda, a partir de 1960, declarou guerra ao conceito de Patriarcado, acusando-o de nos retirar de um paraíso para um inferno perpétuo de opressão, com a forçada comparação da condição feminina em relação ao homem, com a condição de escravos em relação a seus senhores.Mas somente uma completa insensatez ou extrema má fé pode achar que os opressores delegariam para si mesmos as tarefas mais perigosas e pesadas, vivendo menos e se sujeitando a todos os riscos enquanto as supostas oprimidas ficavam na segurança de seus lares. E como se estas, gestando ou amamentando crianças, estivessem ansiosas para se aventurar num mundo inóspito e selvagem, trocando de lugar com os seus “opressores”.PATRIARCADO é um conceito que ao menos num ponto é pacífico, trata-se de um sistema social onde a função paterna é reconhecida e valorizada, e ao assumir a Responsabilidade por uma família, se torna inevitável que sobre a mesma tenha alguma Autoridade, pois esses valores jamais podem ser desassociados sem produzir terrível injustiça. Hoje a autoridade do marido sobre a esposa não mais se justifica porque ele não é mais legalmente responsabilizado pela segurança dela, nem por suas eventuais dívidas ou crimes, mas vivendo num mundo muito mais perigoso que o atual, a sobrevivência era preocupação prioritária, e suprir essa função sempre coube aos machos da espécie, não somente por sua maior desenvoltura física, mas também pela sua dispensabilidade em termos reprodutivos.A morte de uma dezena de homens não causa a perda de potencial reprodutivo da morte de uma única mulher, e se houve sociedades que colocaram suas mulheres em risco tanto quanto seus homens, seguramente não duraram muito tempo.Assim, o Patriarcado é o modelo de sociedade onde os homens abrem mão de sua liberdade e irresponsabilidade para trabalhar não somente para si próprios, mas em prol de uma ou mais mulheres em especial, e das proles destas, e a principal coisa que pedem em troca é a fidelidade sexual como forma de garantir sua patrilinearidade.Que obrigações os homens selvagens teriam com uma comunidade? Eles poderiam muito bem correr errantes com suas lanças, caçando e trabalhando em pequenos grupos apenas para si mesmos, copulando com mulheres que encontrassem pelo caminho, sem se preocupar em proteger indefesos e vivendo o presente. Mas não é o que ocorre, os homens se associam com as mulheres, formam laços, protegem idosos e crianças, e durante muito tempo isso foi feito de uma forma difusa, sem que soubessem exatamente quais eram os seus descendentes.Este fora um modelo social viável, mas em algum momento o apego aos próprios descendentes, talvez identificados com traços de similaridade, tornaram a Paternidade Difusa em Paternidade Específica, e muitos decidiram dar atenção especial àqueles que eram sua própria prole, bem como às mães destes. Seguramente a Paternidade Difusa conviveu com a Específica durante muito tempo, mas não demoraria a ficar evidente as vantagens da última. Principalmente Para As Mulheres!O que uma mulher prefere? Que todos os homens tratem indiscriminadamente todas as mulheres como iguais, ou que algum lhe dê atenção especial? Ainda mais num contexto de luta pela sobrevivência, ela tende a preferir que ele concentre esforço e engenho nela. Não foram os homens que impuseram a fidelidade às mulheres, mas sim estas que não demoraram a perceber as vantagens de ter um companheiro exclusivo, que sempre colocaria ela e seus filhos em primeiro lugar. Até hoje ainda são as mulheres as mais interessadas em compromisso!Os rebentos de um pai responsável recebiam tratamento especial, mais dedicação, proteção, melhor treinamento, e mesmo com sua morte, seus objetos pessoais eram herdados por suas mulheres e descendentes, que ficavam mais abastados. Foi uma delirante inversão achar que a propriedade privada deu origem ao Patriarcado! O contrário! Foi o reconhecimento prévio da paternidade e a dedicação dos pais que com o tempo resultou na propriedade privada acumulativa. Retroalimentando a necessidade de confirmação da linhagem, e tornando mais rigorosa a necessidade de fidelidade.E isso não significou uma imposição arbitrária, pois todas as sociedades sempre tiveram a figura das mulheres sexualmente livres. A diferença é que estas não recebiam a proteção especial que os homens forneciam às mulheres comprometidas, que ficando em nítida vantagem, não por outro motivo prosperaram se tornando maioria. Eis o ”duplo padrão”!Esse contrato social ao menos por um bom tempo foi livre e mutuamente benéfico, exigindo sacrifícios de ambos os lados, e se tornou tão bem sucedido que com o tempo as mães se tornaram as principais guardiãs da instituição, exigindo o mesmo comportamento comprometido e responsável de suas filhas. Como não iriam querer para elas o que as próprias desejaram?Não a toa jamais houve civilização matriarcal, pois isto significa um estado praticamente natural onde as partes não assumem compromissos e onde os homens ficam livres para agir como bem quiserem, invés de se empenharem por suas famílias. Houve tribos ou aldeias “matriarcais”, mas as primeiras sociedades patriarcais logo prosperaram e as sobrepujaram, levando-as à extinção. Mesmo hoje há no máximo favelas ou guetos “matriarcais”. Mas todas as grandes sociedades são patriarcais, e somente a ignorância pode pensar que países desenvolvidos onde a instituição do casamento tenha desandado aboliram o patriarcalismo, ainda que o tenham prejudicado, pois este apenas mudou da figura direta para a figura indireta de um Estado Paternalista. Os homens continuam realizando a maior parte dos serviços de infraestrutura e assumindo as funções mais perigosas, além das ciências e tecnologias de ponta, e na maioria das vezes ao menos pagando suas pensões.Odiar o Patriarcado, apregoar-lhe a origem de todos os males e considerar que o mesmo existe para oprimir mulheres concedendo privilégios a um gênero que até hoje vive menos, morre 10 vezes mais em acidentes de trabalho e continua se sacrificando em defesa do gênero feminino ao menor sinal de perigo, não é apenas uma profunda ignorância. É um atestado insofismável de ódio contra a própria civilização e a toda espécie humana.Marcus Valerio XRhttp://www.xr.pro.br/Ensaios/Em_Defesa_do_Patriarcado.html
O que retirou as sociedades de um mero estágio primitivo de tribos restritas para um estágio mais avançado foi o PATRIARCADO, pois vivendo apenas por seus próprios interesses, ou os homens primitivos não teriam compromisso algum além de satisfazer seu próprio hedonismo, ou se dedicavam a proteger seus grupos, incluindo mulheres e crianças, bem como obter recursos para a sobrevivência imediata de todos.Mas isso sem a acumulação maior que viria a ser instituída somente quando passou-se a especificar quais eram os descendentes de cada homem, fazendo com que a famílias particularizadas dos homens mais habilidosos fossem mais beneficiadas que as dos menos.Utilizo então dois conceitos aos quais nomeei Paternidade DIFUSA e Paternidade ESPECÍFICA / Especificada.Foi a transição da Paternidade Difusa (onde a promiscuidade dominante indetermina a exata descendência dos homens diluindo-a numa família tribal) para a Paternidade Especificada que, gerando a patrilinearidade, permitu o acúmulo otimizado de propriedade e riqueza, fartura, e consequentemente em níveis mais avançados, Cultura, Civilização e Estado.A inexistência de qualquer indício de uma civilização não patriarcal já atesta isso, não se deixando enganar pelos aparentes exemplos de pequenas comunidades asiáticas onde as fórmulas familiares pareçam diferentes. Pois além de muito restritas, todas ainda conservam elementos sociais no âmbito público perfeitamente correlatos aos das civilizações patriarcais, além de serem comunidades cercadas, e que se relacionam, com uma sociedade patriarcal imensamente maior ao seu redor.Na resistência urbana à civilização há um fenômeno que também atesta a mesma coisa. As grandes máfias, que se recusam a aceitar integralmente o implícito pacto civilizacional, são inevitavelmente famílias patriarcais, ao passo que nas gangues menores temos bandos masculinos que apenas dispõem de mulheres, mas que normalmente não formam famílias estáveis. Mesmo o crime, para se organizar, o faz por meio de clãs familiares razoavelmente bem estruturados e claramente patriarcais.Também muitas famílias indígenas, cuja paternidade pode ser vista como coletiva, permanecem em estágio similar ou por vezes anterior ao da Idade da Pedra, servindo de analogia de como teriam sido os povos primordiais antes do advento do Patriarcado enquanto organizador da estrutura familiar, ainda que permaneçam androcráticas em suas lideranças masculinas como o Cacique e o Pajé.E mais, temos nos guetos e favelas menos desenvolvidos a maior expressão do que seria o Matriarcado, leia-se, a completa indefinição da paternidade mesmo quando em muitos casos a totalidade das jovens está grávida ou com bebês recém-nascidos sem fazer ideia de quem são os pais, ou fazendo, sem nenhum meio de obrigar-lhes a assumir a paternidade, pela completa ausência de uma autoridade masculina que possa impingir essa obrigação. E o ciclo se repete indefinidamente, só não condenando essas comunidades à miséria absoluta devido a presença mesmo que parcial e remota do Estado e do pouco de Civilização que ainda chega a tais locais.Mas as poucas famílias que possuam uma autoridade patriarcal, que imponham algum controle sobre a sexualidade de seus jovens especialmente as filhas, estão em condição de exigir dos rapazes com quem elas se relacionam alguma responsabilidade. Pois o Patriarcado tem, no controle da sexualidade da jovem, como principal objetivo evitar que a mesma engravide sem que o pai se responsabilize.O Patriarcado é a ordem social que tira os homens da liberdade irresponsável, onde podem dispor de mulheres sem arcar com as consequências reprodutivas, para uma ordem onde os mesmos devem aplicar sua força e empenho não apenas para si mesmos, mas em prol de suas mulheres e descendentes. Trabalhando além do mero hedonismo imediato foi que os homens ergueram toda a infra estrutura social, material e cultural que viria a resultar no mundo civilizado, até chegar a um estágio de tamanho conforto e desenvolvimento que passa a possibilitar até mesmo a ilusão de que o Patriarcado não é mais necessário.O Matriarcado, por outro lado, não é de forma alguma simétrico. Não há qualquer registro de sociedades onde as mulheres assumissem o comando da esfera pública de forma correlata ao que os homens fazem nas sociedades que conhecemos. Por outro lado, que mulheres assumam o comando da esfera privada costuma acontecer até mesmo nas nossas sociedades patriarcais, o que delimita a tradicional divisão do âmbito privado e do público como respectivamente regidos por princípios arquetípicos do Feminino e do Masculino.
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Marcus Valerio XR
[url=javascript:window.print()][/url]A Fernanda Torres fez um texto que virou assunto da semana no qual ela reproduz machismo, é abertamente racista em seus argumentos, acusa o feminismo de vitimização e usa o termo "mulata" (palavra de cunho racista já explicada em outro texto do mesmo Blog onde ela escreveu, o #AgoraÉQueSãoElas da Folha). Eu e Djamila Ribeiro escrevemos juntas nesse mesmo blog e explicamos passo a passo, o que é racismo na palavra, no cotidiano e como ele age sobre o corpo da mulher negra. Parece que Torres não leu.Então:Torres virou assunto em sites que restringem pautas feministas.Torres virou assunto nos status do Facebook de feministas e anti-feministas.Torres virou assunto no Twitter e na madrugada chegou a ser Trending Topic.Torres virou a polêmica feminista mais comentada da semana.E sim, eu me incomodo com isso.Eu me incomodo porque mulheres como Torres possuem tempo para ler sobre feminismo. Ela nem precisava de muito, só precisava ler o Blog onde pretendia postar sua visão da condição de Mulher. O Blog possui, mesmo com pouco tempo de existência, artigos ótimos. Hoje, feministas fazem um trabalho amplo e acessível nas rede sociais. Se ela quisesse ampliar sua pesquisa, era só literalmente digitar no Google. E ela não pode dizer que não conhece nomes do feminismo já que sua mãe, a atriz Fernanda Montenegro, recitou Simone De Beauvoir no teatro e foi assunto em jornais por isso.A questão é que mulheres como Torres possuem espaço na mídia e poderiam fortalecer narrativas mais importantes e urgentes no momento, como o aborto, que voltou a ser debatido. Estamos vivendo uma epidemia de zika, já temos 5 mil casos de crianças com microcefalia, das regiões norte e nordeste, com renda baixíssima, morando em locais cujo saneamento básico é precário e onde o acesso a hospitais é restrito.Falando diretamente:Temos um monte de mulheres negras e/ou pobres em uma situação extremamente delicada no Brasil por questões de raça, classe e médica e socioambientais. Mas estamos debatendo o que Fernanda Torres acha: ela não se dá ao luxo de se preocupar com coisas para além de si mesma e sua vivência restrita de mulher branca.Então, não! Eu não desculpo Fernanda Torres.
Podem achar que estou culpando uma mulher.Entretanto, ela não é uma mulher como eu. Ela é branca e eu sou negra. E o racismo já designou quem será vista como "agressiva" e quem será vista como "a mulher que tem opiniões divergentes contundentes".Essa é a diferença enorme entre as opiniões que damos. Então, não desculpo. Não desculpo nem ela e nem outras mulheres brancas, pelas reações que vão recair sobre mim, por esse texto que agora escrevo, por exemplo.Não é só pelo racismo evidente em achar que uma mulher negra merece ser chamada de mulata e também pelo assédio aceitável e elogioso para com o corpo dela.É pelo racismo que fica nas entrelinhas, por achar que falar de si mesma e de sua visão enviesada sobre o feminismo, sendo uma mulher branca, magra, rica e conhecida não terá consequências.Ela poderia ter mais consciência, já que goza de privilégios: não precisa acordar de madrugada para pegar o trem, metrô, ônibus, durante duas horas pra chegar no trabalho. Ou não se preocupar com a limpeza da própria casa pois sempre tem uma "mulata" (ironia) para cumprir essa função.Esses privilégios, ao invés de serem usados para expor algo para além dela são tão maiores, que pautas mais necessárias no feminismo atual não são pensadas por ela e muitas outras feministas que circulam por aí, e que inclusive apontaram o dedo para Fernanda.Enquanto mulheres brancas acreditarem que o feminismo é só sobre elas, e suas experiências pessoais -- essas que por sinal são intransferíveis e precisam ser contextualizadas dentro das condições que as cercam, pois diferem e muito do que uma mulher negra vive --, teremos um grande problema.Não adianta mais, pelo menos para mim, achar que interseccionalidade e se importar com mulheres negras, é dizer, em apenas um parágrafo de um texto todo:"Mulheres negras sofrem mais com esse problema"Interseccionalidade é muito além disso:É entender, dentro da sua narrativa de mulher branca, que as possibilidades devem ser expandidas.Isso é sobre ceder espaços, e às vezes se manter em silêncio para que outras possam falar.E quem se importa em escutar narrativas de mulheres negras não ousa achar que o assédio que sofremos é passível de riso, piada ou inveja. Afinal, uma mulher negra tem mais chances de ser estuprada do que uma mulher branca no Brasil (as mulheres negras entre 16 e 24 anos têm três vezes mais probabilidade de serem estupradas que as mulheres brancas).Por isso me causa horrores só de pensar que mulheres brancas nunca pararam para entender que o assédio de rua que recai sobre a mulher negra é diferente: não é só sobre ser chamada de "gostosa", é sobre escutar:"Sua Preta"."Sua Fedida"."Olha esse seu cabelo"."É morenina, mas eu comia"."Olha esse rabo"."Caia de boca nessa buceta".É horrível, mas sim, escutamos isso, e quando mais escura for a sua pele e seu corpo estiver fora do padrão, mais agressivo é o tratamento que você vai receber.Por isso, Torres está a anos luz de distância de compreender o que é o tratamento dado para uma mulher negra, gorda e de pele escura, a ponto de achar que assédio com negras é positivo e portanto, invejável.A agressividade que um corpo negro sofre é muito maior do que a agressividade que um corpo branco recebe. Isso está na história brasileira. Recebemos o tratamento de "animal escravizado": A história que não apagou das nossas peles os anos que mulheres foram estupradas, escravizadas, tiveram seus filhos tirados, alguns mortos e outros também violentados. Pelos senhores e também pelas senhoras: Então é pela história das "mulatas" que Torres desconhece, que eu não perdoo.Eu não posso mais perdoar as pessoas brancas, que fecham os olhos, nariz e boca para o passado e que ainda limitam nosso presente e ainda vão marcar nosso futuro, enquanto negros.Por que Torres, sabendo que seu nome carrega uma carga midiática, não escreveu sobre aborto?Por que não falou da desigualdade social que tende a ser mais drástica para mulheres?Por que não trouxe à tona o mérito ilegítimo celebrado numa sociedade racista, abissal em classes e sem igualdade de oportunidades?Por que não pensou em como, ao longo da sua vida, gozou de uma maioria de empregadas domésticas negras fazendo o que ela precisava, e qual seria o motivo pra isso?Por que, inclusive, não seguiu a 'regrinha' mainstream das feministas norte-americanas que só falam da diferença salarial, pois talvez esse ainda seja um dos pontos que mais as separam dos homens brancos?Até isso seria "menos pior" do que falar que gostaria de ter a mesma união que os homens.Homens são super unidos mesmo, principalmente no quesito odiar mulheres.Eu respondo a todos esses "porquês":Torres, assim como muitas mulheres brancas, fica esperando assuntos serem mastigados e dados de "colherzinha". E depois ainda goza do privilégio de "desculpas aceitas e reverenciadas" por seus erros, dadas por outras mulheres brancas -- e que inclusive são aclamadas por isso, que é o minímo que se espera de alguém decente e intelectualmente honesto.Vão dizer que eu estou cobrando demais da Fernanda Torres: "ela não é obrigada a saber tudo isso". Na verdade, ela deveria ser cobrada sim. Quem nasce pobre e miserável já nasce sabendo o que isso significa. Nenhum negro recebe uma cartilha, mas todos sabem que quando a polícia diz: Para! Ele é o suspeito e se não parar, ele morre. E isso não vai virar notícia e nem escândalo, isso é "normal".Quebrar esta "normalidade" também cabe a nós. No Brasil, quem nasce em verdadeiros berços de ouro, goza da ignorância sobre a realidade do outro, para manutenção do seu conforto.O maior privilégio das pessoas brancas, ao meu ver, é não precisar saber o que é ser negro na sociedade racista que elas ajudam a manter quando se abstêm de saber e agir sobre isso.Torres não é aquela garota negra que, nas manifestações contra o governo PT, mesmo sendo menor de idade, foi filmada, exposta, virou meme nas redes sociais e parou de ir na escola por um tempo por causa do bullying.Mesmo que ela tenha "entendido o erro", o perdão é algo muito restrito. A gente tende a compreender e perdoar quem é como nós. Inclusive, o espaço de fala dado para pedir perdão, ele também se restringe -- e muito.Então eu não vou ser uma das feministas que vai compartilhar o texto de Torres e dizer: "é isso aí!", dando tapinha nas costas e congratulações como se ter consciência de gênero, raça e classe fosse uma virtude, quando é uma questão de responsabilidade.Se um dia eu errar, quase nenhuma mulher branca vai fazer isso por mim.Então, chega!Chega de mulheres brancas sendo perdoadas facilmente por opiniões que recaem mais drasticamente sobre mulheres pobres e negras. Chega de achar que esse desfavor não tem um impacto grande no feminismo. É só perceber como gastamos tempo e energia em rebatê-la. E chega de colocar o selo de "feminista" em qualquer famosa com uma postura mais "diferente".Eu tive que assistir Taylor Swift ser exaltada por feministas após um discurso no Grammy, em que ela deixa evidente seu privilégio branco.Taylor não é uma cantora extraordinária, mas vive sendo premiada. Doa a quem doer, esse é um privlégio de quem possui uma estética vendável, independente do que cante ou fale.E fica mais evidente o racismo quando ela se destaca em cima do álbum de um homem negro que aborda racismo, como Kendrick Lamar.Tratar racismo numa sociedade como a norte-americana, onde um jovem negro tem 2,5 mais chances de ser assassinado, é muito mais urgente, porém mais passível de ser ignorado.A mesma Taylor que, quando Nicki Minaj falou sobre racismo, disse:"Eu não fiz nada além de te amar e te apoiar. É uma pena que você tenha colocado as mulheres umas contra as outras. Talvez algum homem tenha tomado o seu lugar"Assim como Taylor, muitas se comportam achando que é SÓ um problema de gênero. E, nos dois casos, é sobre raça também. Então, não perdoo nem Fernanda Torres, nem aquelas que agem como ela acreditando que aquilo foi "só" machismo e que elas, brancas, podem acolher racistas dentro do feminismo e que isso não me incomoda.Até quando, nós, negras, vamos ser obrigadas a lidar com mulheres brancas racistas, em nome de uma sororidade que nunca nos protege?Peço então para as feministas brancas:Parem de forçar a barra e de colocar qualquer artista branca com postura "menos cretina" em um patamar maior do que deveria. Parem de idolatrar as tantas teóricas e figuras negras que fizeram história, mas que vocês não leem ou desconhecem. Parem de achar que feminismo se resume ao filme As Sufragistas, mesmo que ele não tenha negras, quando deveria ter.O sufrágio teve mulheres negras (EUA), teve mulheres indianas (Inglaterra), teve mulheres operárias que não são como a Meryl Streep. E parem de ficar esperando que uma feminista negra da atualidade mastigue temas para vocês entenderem que, por exemplo, não queremos ser chamadas de mulata.Exerçam o privilégio de vocês: busquem informações, leiam, mastiguem por si mesmas, sejam além. E não é ler só para fazer um texto bonito sobre racismo e ver ele sendo compartilhado e achar que ganhou o selo de "bom branco". É entender o que é racismo para ser uma pessoa decente, justa e feminista. Pois o feminismo não pode, num país de maioria negra, ser algo que aceita e passa a mão na cabeça do racismo.Se as antepassadas de vocês fizeram revolução, o que falar das nossas, que mesmo com o peso da escravidão nas costas, lutaram, sobreviveram e construíram trajetórias que hoje permitem que a gente não se curve e diga, apontando o dedo na cara de quem for: não vamos aceitar mais narrativas racistas dentro de movimentos sociais que se dizem humanistas, emancipatórios e que querem igualdade?Por fim, eu só queria dizer que é lamentável como a classe artística nacional se mostra ignorante, deslumbrada e despreparada, achando que ser revolucionário é fazer teatro e falar sobre sexo abertamente, enquanto reproduzem conceitos racistas -- como fazer blackface -- e acreditam que é 'censura' quando é criticado pelo movimento negro, ou quando trata o machismo como se fosse algo bonito e romantizado.O machismo que Torres não sente "tanto assim", mata.Mata uma maioria negra e pobre. Coisa que Torres não é, mas podia exercer empatia. Mas, assim como muitas feministas, isso fica só na teoria e bons (no caso dela nem isso) textos.E antes que alguma mulher branca me diga que perdoar é um dom divino, só quero enfatizar que quem escolhe se vai perdoar ou não alguém por racismo, sou eu. Porque se para muitas foi complicado ler esse texto, imagina para mim que viu Torres usando um espaço do qual eu já tinha compartilhado, para ser racista. Isso só prova que, como eu já pensava, mulheres negras se esforçam, pesquisam, quantificam, estudam, sentem, vivem, desenham o que é racismo, e mesmo assim pessoas brancas exercem o privilégio de nos ignorar e ousam nos chamar de vitimistas, ou que não nos esforçamos para sermos entendidas.Até quando a gente vai falar e ninguém vai entender?Até quando a sororidade e a retratação só servirá para brancas?Até quando a gente vai apontar elitismo e racismo, e ninguém vai compreender a gravidade disso?Se o texto dela foi intitulado de "Mulher", eu pergunto: nós, negras, ainda não somos mulheres?Somos mulheres que também merecem ter suas pautas e demandas acolhidas e tratadas com seriedade e respeito. Mas não é o que vivenciamos e sentimos.Então, fico feliz que ela tenha voltado atrás, mas não perdoo.Uma "mea culpa" que não envolve a questão racial, é incompleta.
Outra coisa...a pessoa acima citou que a senhora matou o bebê e mostrou para o senhor dizendo que era filho dele e depois o botou no espeto e o assou...isso sem falar dos estupros e tals...Na Africa, quem caçava os negros eram outros negros e eu duvido que não ocorrese estupros entre eles. Por que a vitimização é somente do branco em cima do negro e nunca entre eles??
https://contra52.wordpress.com/2016/12/13/nao-deixar-a-sua-mulher-transar-com-outros-homens-e-sexismo/
Nazistas são socialistas imbecil... Muito parecidos com os esquerdistas malucos e seu mimimi sem sentido.
Se você quer fugir do nazismo então MUDE A SI PRÓPRIO, pois não importa para que país você se mude, sempre levará seu próprio nazismo dentro de você.
https://priscilavallejos.blogspot.com.br/2017/02/taylor-swift-de-vitima-do-machismo.html
A esquerda está colhendo o que plantou; esperaram tanto destes artistas que representavam o feminismo e se ferraram. Tudo que um artista quer é ganhar dinheiro. Ou vocês acham que a J.K Rowling disse que o Dumbledore era gay quando o LGBT estava em alta por ele ser realmente gay? Ou ela dizer que a Hermione é sim negra quando o BLM estourou? - e quem disse isso fio uma amiga minha que é negra e "luta pelos direitos dos negros" ou seja lá o que significa isso.
Agora entram em uma competição para saber quem é mais vitima e percebem que, no fundo, isso não tem sentido algum. Se tivermos sorte, 2017 essa praga desaparece como qualquer moda anterior. O fim já começou: estão acusando uns aos outros. Agora é só pegar a pipoca e acompanhar.
O maior órgão de propagação feminista do Brasil, a Rede Globo, estreou um de seus programas com dedicação total e absoluta a essa ideologia, que foi apresentada sem sequer uma única nota de crítica em seu mais "benevolente" formato.
'Amor & Sexo' fala sobre feminismo em programa de estréia. Confira!Como de praxe, não houve espaço para polêmica ou debates, foi propaganda total e integral. Para quem quiser conferir, cá está o vídeo do programa na íntegra. AMOR E SEXO 26/01/2017 Começando com homens amordaçados, o programa chegou a simular uma sessão de tortura e lavagem cerebral para desconstruir o "machismo" dos homens, com as típicas fraudes feministas como respostas corretas a serem respondidas sob punição corpóreas para respostas erradas.Dois dias depois, uma das maiores ONGs feministas do país, o Geledés - Instituto da Mulher Negra, publicou um texto severamente crítico ao programa, intitulado
O feminismo da Globo é o feminismo que nos aprisionaFez alguns questionamentos paralelos, como a participação evidente da Globo no golpe parlamentar que tirou a primeira mulher presidente do Brasil do poder, ou o fato óbvio das organizações dos Marinho ser um ícone do capitalismo. Crítica bastante curiosa considerando que o Geledés, que não se trata de trabalho voluntário já recebeu milhões de dólares de fundações norte americanas sustentadas pela nata do Capitalismo Global, como a Kellogs Foundation, Inter-American Foundation ou Brazil Foundation para citar só algumas.Mas o foco maior da crítica foi relativo aquele que é, de certo, um dos pontos mais polêmicos do movimento, o que envolve a utilização da sexualidade e sensualidade femininas, que se coloca em especial nas questões da Pornografia e da Prostituição.O Geledés acusa, com alguma precisão, o Feminismo Globista de ser do tipo que objetifica mulheres, apoia a regulação da prostituição, que está considerando como uma forma de opressão, e outras condutas que qualquer estudioso do assunto já sabe que são, de fato, controversas entre as próprias feministas.Citando o artigo: "...a liberdade sexual das mulheres serve aos homens. Liberdade não é sobre transar na primeira noite e sim sobre não querer transar e não transar. A mulher “livre sexualmente e sem tabus” é vista como vantagem pelo imaginário masculino e machista. A partir do momento que a mulher se nega ao sexo, ela “sofre as consequências” disso. Pros homens pouco importa se você se sente livre ou não, o importante é que ele faça sexo com você." Sendo então, sincero em sua péssima opinião e repúdio ao gênero masculino, o que não se vê no caso globista.Porém nos, até a presente data, quase 800 comentários, se notou um severo contra ataque. A grande maioria, em grande parte notoriamente feminista, considerou o artigo exagerado ou insensível ao contexto, que embora tivesse algumas críticas acertadas não reconheceu os pontos positivos, que poderia ter sido mais compressivo, ou mesmo que foi totalmente equivocado.Restou então evidenciada uma contenda interna ao Feminismo, na realidade a maior de todas, que pode levar alguns a ter dúvidas a respeito da coerência do movimento. Pode até entrar em tensão com o fato de que apesar de ser verdade que existam vários feminismos, se trata de verdade irrelevante, pois para qualquer efeito prático apenas um único tem real poder político, grande financiamento, penetração na sociedade tanto por meio da grande mídia quanto por empresas privadas ou órgãos governamentais, um Feminismo com 'F' maísculo.Mas essa aparente controvérsia é facilmente explicável por quem já tenha examinado atentamento o assunto, e pode ser sintetizada pela simples ideia de que a única e real diferença entre o Feminismo Benevolente que se vê abertamente na mídia e aquilo que convencionou-se chamar Feminismo Radical, é que o Radical é sincero!Feminismo
Benevolente X RADICALAbertamente propagandeado pela grande mídia, por grandes empresas e governos, temos aquilo que chamaremos de Feminismo Benevolente, cujas pautas são, a princípio facilmente aceitáveis para qualquer pessoa sensata e pouco informado sobre a real natureza do movimento. Quem poderia não ser contrário à violência contra a mulher? À misoginia, à desigualdades salariais arbitrárias ou quaisquer das pautas tão exaustivamente repetidas e às quais a grande maioria de nós ouve falar em uníssono desde sempre?No entanto, mesmo a maioria dos que abertamente defendem essa versão do Feminismo estão cientes da existência do notório Feminismo Radical, com pautas bem menos populares onde se destacam o Feminismo Separatista, o Feminismo Lésbico, "Feminismo é a Teoria, Lesbianismo é a Prática", o projeto de destruição da família "Não podemos destruir as desigualdades entre homens e mulheres enquanto não destruirmos o casamento.", da maternidade "...enquanto a família e o mito da família e o mito da maternidade e o instinto maternal não forem destruídos, as mulheres continuarão a ser oprimidas." ou mesmo a misandria descarada com propostas como redução da população masculina para 10% (Mary Daly / Sally Miller Gearhart) ou mesmo extermínio androcida total (Valerie Solanas).Mas esse Feminismo Radical é colocado no seu devido lugar de anomalia exótica, no máximo perdoável enquanto resultante de mulheres perturbadas, tendo sido superado pelo Feminismo Benevolente ou Feminismo da Igualdade, que é, este sim abertamente defendido sem constrangimento.Deste Feminismo Radical, as únicas pautas que vazam diretamente para o Feminismo Benevolente são justo essas relativas à sexualidade e sensualidade, causando então os maiores pontos de divergência interna, sendo justo por isso que se pode encontrar facilmente tanto feministas que apoiam quanto que condenam a prostituição mesmo quando de livre e espontânea vontade da mulher e em seu pleno benefício, e o mesmo se dá com a pornografia e com o uso em geral da sensualidade ou mesmo apreciação da beleza feminina.De certo que o Feminismo apresentado no programa Amor & Sexo não é exatamente do mais bem comportado, visto sua abordagem visivelmente esdrúxula, sexualmente agressiva, e até mesmo insultosa. Isso até pode ser atenuado e justificado por uma característica estética apelativa que funcionaria como forma de chamar atenção para um causa em si legítima. Mas por outro lado é melhor explicado pelo simples fato de ser uma ponte clara entre o Feminismo Benevolente, pois suas pautas foram quase todas colocadas no programa, e o Feminismo Radical, explicando em parte a tensão e aparente divergência que se viu na postura da Globo e do Geledés.UMA DIVERGÊNCIA ILUSÓRIAMas não é preciso ir muito longe para saber qual dessas tendência acaba prevalecendo. Basta observar o que já aconteceu em muitos países onde o Feminismo já é muito mais bem sucedido. A prostituição já foi proibida na Suécia, França e Bélgica. Não a oferta, para não incorrer no flagrante do movimento criminalizar justo o gênero que se propõe a defender, mas a procura, o que mesmo assim prejudica o trabalho das profissionais do ramo (no próprio programa Amor e Sexo uma prostitua militante feminista comentou seu combate a um projeto de lei similar no Brasil, aos 19:15). A Islândia já proibiu boates de Strip Tease. Inglaterra já proibiu vários modalidades de pornografia e o prefeito muçulmano de Londres uniu o moralismo islâmico com o feminista e proibiu cartazes com mulheres sensuais. E até na Argentina, em pleno governo liberal de Maurício Macri, os concursos de beleza tem sido abolidos, pois estariam estimulando uma "epidemia de feminicídios"!Da mesma forma como Jacobinos venceram Girondinos e Bolcheviques venceram Mencheviques, no Feminismo, também, os Radicais sempre vencem os Moderados.Mas o ponto ainda mais relevante é se comparamos os discursos dessas duas modalidades básicas de Feminismo e os resultados obtidos pelo movimento, e o que se nota é que os objetivos que o Feminismo Benevolente diz querer alcançar jamais são atingidos, sendo as próprias feministas a propagandear que a violência doméstica, os estupros, os assédios sexuais etc, permanecem ou mesmo aumentam não importa o quanto de políticas mais e mais invasivas se adote, a exemplo da nossa própria Lei Maria da Penha, que pegou uma modalidade criminal que vinha continuamente diminuindo há uma década mas, que após a aprovação da lei, voltou a subir.Enquanto isso, os mesmíssimos objetivos flagrantemente declarados pelo Feminismo Radical vem sendo sistematicamente atingidos com notável sucesso, desde seu surgimento na década de 1960, o índice de divórcios aumentou explosivamente, e o número de casamento diminuiu. Legiões de crianças foram tiradas do convívio de seu pais, a mais efetiva forma de corroer o Patriarcado que se encontrou, o número de mães solteiras ou pais puramente pagadores de pensão atingiu nível antes impensáveis nas classes mais abastadas, a homossexualidade se expandiu, o aborto foi liberado na maioria dos países e as taxas reprodutivas despencaram.Em suma, o mesmíssimo Feminismo Benevolente com suas nobres e louváveis pautas, conseguiu, com a implementação de suas políticas, apenas os objetivos do Feminismo Radical!Ou melhor dizendo, NÃO HÁ DOIS FEMINISMOS! HÁ UM SÓ! Ele até pode apresentar uma face benevolente, mas sua essência continua com a mesmíssima radicalidade de antes.A aparente e superficial contenda é apenas um efeito colateral inevitável do fato da maioria dos militantes e simpatizantes do Feminismo serem completamente ignorantes da natureza do mesmo, muitos ate agindo de boa fé, como inocentes úteis que trabalham em prol de causas que, se vissem em sua verdadeira natureza, repudiariam. Outros aceitam o que pensam ser outros "efeitos colaterais" de uma causa que no fundo é nobre, e por isso justificam os meios pelo fim. Outras são puramente hipócritas e fingem querer uma coisa quando no fundo querem outra bem diferente.E por fim, temos as chamadas radicais. A únicas com perfeita ciência da natureza do Feminismo e plena sinceridade para confessá-lo.Essas nunca terão voz na Globo, pelo simples fato de que lá não é lugar para se falar a verdade.
Marcus Valerio XR | fevereiro 15, 2017 às 13:52 | Categorias: Outras ou Mistas |
URL: http://wp.me/p4jAo5-2Fhttps/mvxr.wordpress.com/2017/02/15/feminismo-benevolente-e-feminismo-radical/
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O viés esquerdista dele é que prejudica .
Alice Krambrock 15 de Dez. de 2014 às 17:10 vEJAM ESSE TEXTO DE UMA FEMINAZI RADICAL:
A penetração é sempre estupro, ok?
Só para lembrar um fato básico: A relação sexual heterossexual (penetração) é sempre um estupro, pura e simplesmente.
Este é um resumo desenvolvido a partir do que eu venho dizendo em vários comentários aqui e ali, nos últimos dois anos ou mais. Como uma feminista radical, eu sempre disse que a penetração é estupro e me lembro de estar decepcionada ao descobrir que tão poucas feministas radicais afirmaram isso claramente. Como você pode vê-lo de outra forma? A penetração é a forma através da qual os homens nos oprimem, da qual não temos permissão para escapar, mas, em alguns casos a penetração pode ser escolhida e livre? Isso não faz nenhum sentido.
Em primeiro lugar, a penetração NUNCA é sexo para as mulheres. Somente os homens experimentam estuprar como algo sexual e o define como tal. Sexo para os homens é a penetração unilateral do seu pênis em uma mulher (ou qualquer outra coisa que a substitua e que simbolize o orifício feminino) quer ela pense que queira ou não - que é a definição de estupro: que ele vai fazer isso de qualquer maneira e que ele vai usá-la e tratá-la como um receptáculo, em todas as circunstâncias - não faz diferença para ele experimentar isso como sexual. Isto é, no mínimo, os homens usam as mulheres como objetos e instrumentos úteis para a penetração, e as mulheres são desumanizadas por este ato. É um ato de violência.
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Se olharmos para o ato em maior detalhe (pule este parágrafo se você não agüenta), a penetração é um homem montado em uma mulher empurrando um grande membro de si mesmo em suas partes mais íntimas, muitas vezes a forçando a estar inteiramente nua, golpeando-se contra ela com todo o peso de seu corpo e quadris, balançando-a como se ele estivesse enchendo um cadáver, em seguida, usando suas entranhas como um receptáculo para seu dejeto peniano. Como que isso é uma maneira normal, civilizada, respeitosa de tratar alguém? Desculpem a imagem explícita, mas isso é o que é, e é absolutamente revoltante e violador.
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O fato de a penetração provocar tantas infecções, lágrimas e verrugas atesta a falta de naturalidade da penetração, o que não era para ser. A função principal da vagina não é ser penetrada por um pênis, mas para ejetar um bebê no nascimento. São dois tecidos (esfíncteres) musculares pressionados um contra o outro para ajudar o bebê a ser empurrado para fora. A penetração do pênis na vagina é completamente desnecessária para a concepção.
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https://vk.com/topic-73684992_31505607?offset=0
E eu que sempre achei que as mulheres fossem o ser humano e os homens, uma espécie de mulher modificada, assim como dizem do cromossomo Y, em relação ao X! Pelo discurso dessa cabeça de vento, o que define uma entidade como mulher é o ser oprimido.
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Tudo isso se resolveria com uma simples e bem feita penetração na Vagina .
- Não creio, esse discurso parece ser alguma nova espécie de cantada lésbica, tipo: "larga de ser hétero garota,penetração é estupro, colar o velcro que é legal".
Abraços,
Discordo , Lésbicas são mais criativas que feministas .
E como, em nome de Zeus, o bebê pode nascer se nada entrar (e sair) para fecundar a mulher...Nós não somos Zeus que pode se transformar em uma chuva de prata pra engravidar uma mulher, ou deus para usar o espritu santu pra engravidar alguém.
E a lubrificação vaginal deve ser apenas uma coincidência fisiológica sem correlação com o ato sexual.
E o Prazer que a mulher sente e elas mentindo negam também .
DEVEM ACHAR QUE SÓ AS FEIAS PODEM MOSTRAR OS SEIOS
-'Não sei o que meus peitos tem a ver com isso', diz Emma Watson sobre feminismo
Atriz foi criticada por ensaio sensual para a revista 'Vanity Fair'
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ela/gente/nao-sei-que-meus-peitos-tem-ver-com-isso-diz-emma-watson-sobre-feminismo-21014458#ixzz4aYQV98aV
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publicado 07/03/2017 por LAIS MODELLI
Zetkin, a mulher que sugeriu a criação do Dia Internacional da Mulher. Foto: Arquivo
Há séculos, alimenta-se a ideia de que o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, teria surgido por causa da morte de 130 operárias carbonizadas em um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911. A principal teórica no Brasil a trabalhar o tema do 8 de março é a socióloga Eva Blay, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e coordenadora do USP Mulheres. Blay explica que a criação da data foi motivada “por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e muita perseguição policial”, e não somente pela morte de dezenas de mulheres exploradas pelo capital.Segundo ela, desvincular o 8 de março, hoje considerado um dia festivo e capitalista – em que patrões e empresas insistem em “presentar” funcionárias com maquiagem, flores e serviços em salões de beleza – da luta de operárias por melhores condições de trabalho, é uma maneira de apagar a o protagonismo das mulheres em sua própria história social e política.8 de março: uma data políticaSegundo a socióloga Flávia Rios, professora da Universidade Federal do Goiás e coordenadora do Simpósio “Relaciones Raciales y de Género: Identidad, Interseccionalidad y Movimientos Sociales”, o incêndio em Nova York faz parte da história de luta das mulheres, mas como contexto, não como fator único de criação do 8 de março.“No incêndio, morreram operárias num contexto em que feministas e trabalhadoras faziam forte mobilização pela igualdade na política e por melhores condições de trabalho”, explica Rios.A própria versão do incêndio é confusa. A mais conhecida diz que, em 1911, cerca de 600 mulheres e homens trabalhavam na fábrica têxtil Triangle Shirtwaist Company quando as chamas começaram. Naquela época, os trabalhadores eram trancados nas fábricas e os relógios eram cobertos, para não terem noção de quanto tempo haviam trabalhado. As péssimas condições, com vários retalhos de tecidos espalhados pelo chão do lugar, ajudaram o fogo a se espalhar rapidamente, matando 125 mulheres, de 13 a 23 anos, e mais 21 homens, enquanto trabalhavam.O episódio causou comoção nacional e, no dia do funeral, 100 mil pessoas compareceram ao local. O terreno em que funcionava a Triangle Shirtwaist Company hoje é a Universidade de Nova York.Uma outra versão diz que o incêndio aconteceu no século 18 e o fogo teria sido proposital. O objetivo era o de matar trabalhadoras têxtis que pediam diminuição da carga horária, que naquela época era de até 14 horas diárias, de segunda-feira a sábado, chegando a incluir alguns domingos de manhã. Era comum também os filhos das operárias, ainda crianças, comporem os quadros de empregados das indústrias, pois o trabalho infantil não era proibido e creches não eram um direito das mães trabalhadoras.“Em 8 de março de 1857, em Nova York, as operárias têxteis entraram em greve pedindo a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas por dia e recebendo menos que um terço do salário dos homens. Parte das grevistas foi trancada no galpão e a fábrica foi incendiada. 130 delas foram carbonizadas”, explica a cientista política Lucia Avelar, professora da Universidade de Brasília. Para Blay, nenhuma das versões de incêndio foram usadas por Zetkin como motivação, uma vez que, mesmo na versão mais conhecida do incêndio, teria acontecido um ano após a militante propor a data como uma data de luta.A alemã Clara Zetkin era membro do Partido Comunista Alemão e militante operária das causas das trabalhadoras mulheres. Em 1891, criou a revista Igualdade, que circulou por 16 anos e era formada por mulheres e voltada às trabalhadoras, e em 1920 chegou a ser deputada na Alemanha, defendendo a participação das mulheres na política e no trabalho. Lutou contra o nazismo, mas, com a ascensão de Hitler em 1933, teve que exilar-se em diversos países, escolhendo morar, por fim, na URSS. Morreu naquele mesmo ano, em Moscou.A proposta de um Dia Internacional da Mulher por Zetkin estabelecia que a data seria um dia de mobilizações de mulheres trabalhadoras em todo o mundo, que abordariam tanto a pauta da questão das mulheres no trabalho, como lutariam pelo sufrágio, o direito ao voto feminino.Diversas manifestações de trabalhadoras na Europa se seguiram desde a proposta da criação do Dia Internacional da Mulher. Segundo Blay, a manifestação mais famosa aconteceu em 8 de março de 1917, quando operárias russas do setor de tecelagem entraram em greve e pediram apoio aos metalúrgicos. Em 1975, a ONU oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher por meio de um decreto.A exploração das mulheres e a formação do capitalismoSegundo especialistas, a divisão sexual do trabalho, desde sempre, teve uma função social que ultrapassa os fatores econômicos e trabalhistas: garantir a dominação dos homens na sociedade.Para a cientista política Flávia Biroli, professora da Universidade de Brasília, a importância de se associar o 8 de março às lutas de trabalhadoras contra seus patrões é a de reconhecer que o capitalismo industrial foi estruturado sobre a subordinação das mulheres.“A desvalorização do trabalho das mulheres e o controle sobre elas tanto no âmbito familiar quando no público, isto é, na política e no trabalho, são elementos organizadores do capitalismo industrial e permanecem fundamentais para se explicar as conexões entre gênero, trabalho e desigualdades hoje”, afirma Birolli.O trabalho e a mulherA socióloga Rios explica que desde a sua origem, o movimento feminista foi organizado sobre três pontos sociais, sendo um deles relacionado à situação de exploração da mulher no mercado de trabalho.“O movimento feminista sempre esteve fortemente envolvido com o tema da igualdade. Isto é, igualdade nos direitos políticos (direito ao voto), direitos civis (ao divórcio) e direitos sociais (igualdade no mercado de trabalho, como direito à equidade salarial)”, pontua Rios.A socióloga afirma que, apesar de intelectuais, acadêmicas e até burguesas integrarem o início da mobilização de mulheres no mundo, a situação de desigualdade salarial entre operários homens e mulheres foi um dos principais motores para o movimento feminista no início do século 20.Mais que isso, o tema da mulher e o trabalho é tão antigo que aparece um século antes das lutas que resultaram no 8 de março. “A divisão sexual do trabalho pode ser encontrada como problema nas precursoras no século 18, como Mary Wolstonecraft. Mas é entre intelectuais socialistas como Clara Zetkin e, mais tarde, Alexandra Kollontai, que essa crítica passou a abranger as relações de classe”, explica Biroli. Mary Wolstonecraft foi uma escritora inglesa nascida em 1759. Ela é considerada a fundadora do feminismo no mundo por causa da sua obra “Reivindicação dos direitos das mulheres”, publicada em 1792. “O sufrágio foi uma pauta unificadora desses movimentos, mas os temas relacionados às condições de trabalho e de proteção social, eram prioridade das mulheres trabalhadoras e sindicalizadas”.Para Avelar, a mulher da periferia, assim como a trabalhadora das camadas mais pobres e marginalizadas, ainda são as mais silenciadas e as menos favorecidas.“As divisões de classe social, de raça e etnia, separam as mulheres em suas condições objetivas de vida”, explica. “Existe a convicção de que os movimentos feministas e as organizações sindicais caminham juntos, o que é não é completamente verdade. Mas se não fosse a adesão de mulheres de classe média, secundaristas e universitárias às causas das mulheres de periferia, questões como creches, custo de vida, saúde reprodutiva, jamais ganhariam força e visibilidade.”* Você sabia que pode reproduzir tudo que AzMina faz gratuitamente no seu site, desde que dê os créditos? Saiba mais aqui.
http://azmina.com.br/2017/03/esqueca-o-incendio-na-fabrica-esta-e-a-verdadeira-historia-do-8-de-marco/
https://mulherescontraofeminismo.wordpress.com/2017/03/11/feministas-protestam-urinando-no-chao-da-universidade-federal-de-pelotas/
https://mulherescontraofeminismo.wordpress.com/2014/09/06/feministas-urinando-em-pe-porque-querem-fazer-o-que-os-homens-fazem/