O tráfico islâmico de escravos africanos e europeus

editado October 2018 em Religião é veneno
O tráfico islâmico de escravos africanos e europeus

O número de pessoas escravizadas por muçulmanos tem sido um tema muito debatido, em particular o número de africanos escravizados, marcado pela participação árabe e o tráfico em direção ao Oriente Médio. Embora originado milênios depois do Judaísmo e mais de quinhentos anos depois do Cristianismo, o tráfico transcontinental islâmico de africanos precedeu em séculos e permaneceu muito depois do fim tráfico transatlântico promovido por negreiros judeus e cristãos. Também por séculos, brancos europeus e do Norte africano foram capturados e comercializados por negreiros muçulmanos.

O Período de Tempo

O tráfico de escravos árabes foi o mais longo, ainda que menos discutido, destes dois principais tráficos de escravos. Começou no sétimo século como árabes e outros asiáticos espalhando-se no Norte e Leste da África sob a bandeira do Islã. O comércio árabe de negros no Sudeste da África precede o comércio transatlântico europeu de escravos em 700 anos. Alguns estudiosos dizem que o tráfico árabe de escravos continuou de uma forma ou de outra até a década de 1960. A escravidão na Mauritânia só foi criminalizada em agosto de 2007 e movimentos jihadistas ainda no séc. XXI praticam e professam o direito a ter escravos e de escravizar cristãos e outros não muçulmanos.

Números

Alguns historiadores estimam que entre os anos 650 e 1900, de 10 a 20 milhões de pessoas foram escravizadas por negreiros muçulmanos árabes. Outros acreditam que mais de 20 milhões de africanos foram entregues como escravos, através da rota trans-sahara, apenas para o mundo islâmico. Para fins comparativos, P. D. Curtin, citado em História Geral da África, v. VI, calcula em cerca de 10 milhões o número de africanos que chegaram às Américas como escravos.Dr. John Alembellah Azumah em seu livro de 2001, The Legacy of Arab-Islam in Africa estima que mais de 80 milhões de pretos morreram no caminho.

Negreiros árabes praticaram controle racial

 O tráfico de escravos árabes normalmente tratava da venda de escravos do sexo masculino castrados. Os meninos pretos, entre a idade de 8 e 12, tinham seus escrotos e pênis completamente amputados para impedi-los de se reproduzirem. Cerca de seis de cada dez meninos sangraram até a morte durante o procedimento, de acordo com algumas fontes, mas o alto preço trazido por eunucos no mercado tornou a prática lucrativa.Alguns homens foram castrados para serem eunucos no serviço doméstico e a prática de esterilizar os escravos do sexo masculino não se limitava apenas aos homens pretos. “O calipha em Bagdá, no início do século X, tinha 7.000 eunucos pretos e 4.000 eunucos brancos em seu palácio”, escreve o autor Ronald Segal em seu livro de 2002, Islam’sBlack Slaves: The Other Black Diaspora.

Comércio árabe de escravos inspirou o racismo árabe contra pretos

À medida que nos territórios submetidos pelo Islã a demanda por negros crescia, o mesmo acontecia com o racismo em relação aos pretos africanos.Como a associação casual entre ter pele preta e ser negro começou a ser estabelecida, as atitudes racistas em relação aos pretos começaram a se manifestar na língua e na literatura árabe. A palavra para escravo – Abid – tornou-se um coloquialismo para africano. Outras palavras como Haratin afirmam inferioridade social dos africanos.

Negreiros árabes buscavam mulheres para serem estupradas

O comércio oriental árabe de escravos lidava principalmente de mulheres africanas, mantendo uma proporção de duas mulheres para cada homem. Essas mulheres e meninas eram usadas por árabes e outros asiáticos como concubinas e servos.Um negreiro muçulmano tinha direito por lei ao gozo sexual de suas mulheres escravas. Enchendo os harems de árabes ricos, as mulheres africanas geraram uma série de crianças.Estes estupros e outras violências contra mulheres africanas continuaria por quase 1200 anos.

Comércio árabe de escravos inaugurou o comércio negreiro europeu

 O comércio árabe de escravos no século XIX estava economicamente ligado ao comércio europeu de africanos. O comércio transatlântico de escravos proporcionava novas oportunidades de exploração, o que fazia com que os negreiros árabes fossem ultrapassados.Os portugueses (na costa swahili) beneficiaram-se diretamente e foram responsáveis ​​por um boom no comércio árabe. Enquanto isso, na costa da África Ocidental, os portugueses encontraram comerciantes muçulmanos entrincheirados ao longo da costa africana até a baía de Benin. Estes negreiros europeus descobriram que podiam fazer quantidades consideráveis ​​de ouro transportando africanos escravos de um posto de comércio a outro, ao longo da costa atlântica.

O comércio de escravos árabes provocou uma das maiores rebeliões de escravos da História

A Rebelião Zanj ocorreu perto da cidade de Basra, localizada no atual sul do Iraque, durante um período de quinze anos (869-883 dC). Acredita-se que a insurreição envolveu africanos escravizados (Zanj) que haviam sido originalmente capturados da região dos Grandes Lagos Africanos e áreas mais ao sul na África Oriental.Os proprietários de terra de Basran trouxeram diversos milhares de povos zanjs do leste africano para o sul do Iraque para drenar os pântanos de sal no leste. Os proprietários de terra submeteram os zanjs, que em geral não falavam árabe, a trabalho extremamente pesado e proporcionavam mantimentos mínimos. O tratamento severo provocou uma revolta que cresceu até envolver mais de 500.000 homens escravos e livres que haviam sido trazidos de todo o império muçulmano.

Negros brancos: o comércio de escravos por muçulmanos árabes não se limitava à África ou a cor de pele

 Os negreiros muçulmanos árabes atraíram escravos de todos os grupos raciais. Durante o oitavo e o nono século do califado fatimida, a maioria dos negros (palavra que significava escravo) eram brancos europeus (chamados Saqaliba), capturados ao longo das costas européias e durante as guerras.Além daqueles de origem africana, pessoas de uma grande variedade de regiões foram forçadas à escravidão árabe, incluindo o povos mediterrânicos; persas; pessoas das regiões montanhosas do Cáucaso, como a Geórgia, a Armênia e a Circassia – a palavra escravo deriva de ‘eslavo’ em razão disto – e de partes da Ásia Central e Escandinávia; ingleses, holandeses e irlandeses; além de berberes do Norte da África.

Sugestões de leitura:

Christian Slaves, Muslim Masters: White Slavery in the Mediterranean, the Barbary Coast and Italy, 1500-1800(Inglês) – Robert C., Jr. Davis.Slaves and Slavery in Muslim Africa: The servile estate – John Ralph Willis (ed.)
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Comentários

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    Crianças africanas resgatadas de traficantes muçulmanos árabes pelo navio da marinha britânica HMS Daphne, em 1868, no Oceano Índico. Fonte: Arquivos Nacionais Britânicos.


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    Dois eunucos africanos e seis concubinas de um sultão otomano (cerca de 1929). Fonte: Secular African Society.

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    Mapa do comércio africano de escravos. Árabes muçulmanos eram os principais traficantes fornecedores para o Oriente Médio e outras regiões dominadas pelo Islã.


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    Mulheres brancas escravizadas.

     
  • Mas tudo bem: faz parte da cultura deles ...
  • Escravatura foi comum em territórios muçulmanos, uma pessoa que opera com factos aceita-o.

    O ponto aqui é outro:
    Relativismo

    Qual o propósito exacto deste tópico?

    Relativismo.

    Ou esclareçam com um motivo mais nobre.

     
  • O ponto aqui é outro:
    Relativismo

    Pqp é cara de pau mesmo ...
  • editado October 2018
    Escravatura foi comum em territórios muçulmanos, uma pessoa que opera com factos aceita-o.

    O ponto aqui é outro:
    Relativismo

    Qual o propósito exacto deste tópico?

    Relativismo.

    Ou esclareçam com um motivo mais nobre.

    O proposito número um é tirar uma onda com a tua cara. Todos os tópicos sobre maometanismo que eu abro tem esse objetivo.

    O propósito número dois é mostrar que a escravidão no mundo islâmico é extremamente mais desumana, muito superior em termos de quantidade de gente, e PIOR, deve ter ocorrido até as últimas décadas e aceita por alguns estados islâmicos.
  • Os negros no Brasil estão vivos. Os negros no mundo islamico sumiram:

    Os homens eram castrados / os filhos de escravos eram mortos.

    No Brasil, tivemos negros ainda no periodo do imperio com relevante papel na sociedade.
  • - Os escravos brancos também eram castrados e sumir também.

    Abraços,
  • Segundo Pug e o Stefanooferendadabahia e relativismo.

    Seus malditos crapulas anti islamicos.
  • ENCOSTO disse:
    Escravatura foi comum em territórios muçulmanos, uma pessoa que opera com factos aceita-o.

    O ponto aqui é outro:
    Relativismo

    Qual o propósito exacto deste tópico?

    Relativismo.

    Ou esclareçam com um motivo mais nobre.

    O proposito número um é tirar uma onda com a tua cara. Todos os tópicos sobre maometanismo que eu abro tem esse objetivo.

    O propósito número dois é mostrar que a escravidão no mundo islâmico é extremamente mais desumana, muito superior em termos de quantidade de gente, e PIOR, deve ter ocorrido até as últimas décadas e aceita por alguns estados islâmicos.

    triste a sua vida.

    Houve um tempo que fazia isso, depois considerei haver melhor.

    Abra seu coração para Jesus 
  • Bomba: Pug abandona Islamismo e volta para o Cristianismo.
  • :)

    Respirem
  • @Percival
    Todas as religiões tem seus podres, oras....
  • A verdade é que quem tem poder, abusa. Exemplo esse texto:


    Os franceses invadiram a Argélia em 1830. Dirigido por Marshall Bugeaud, que se tornou o primeiro governador-geral da Argélia, a conquista foi violenta, marcada por uma política de "terra queimada" destinada a reduzir o poder dos governantes nativos, os Dey, incluindo massacres, estupros em massa e outras atrocidades. Entre 500.000 e 1.000.000, de aproximadamente 3 milhões de argelinos, foram mortos nas primeiras três décadas da conquista.

    Jalata, Asafa (2016). Phases of Terrorism in the Age of Globalization: From Christopher Columbus to Osama bin Laden. Palgrave Macmillan US. pp. 92–3. ISBN 978-1-137-55234-1. Within the first three decades, the French military massacred between half a million to one million from approximately three million Algerian people.
  • stefanobahia disse: @Percival
    Todas as religiões tem seus podres, oras....
    Obrigado por avisar isso oferenda.
     
  • A verdade é que quem tem poder, abusa. Exemplo esse texto:


    Os franceses invadiram a Argélia em 1830. Dirigido por Marshall Bugeaud, que se tornou o primeiro governador-geral da Argélia, a conquista foi violenta, marcada por uma política de "terra queimada" destinada a reduzir o poder dos governantes nativos, os Dey, incluindo massacres, estupros em massa e outras atrocidades. Entre 500.000 e 1.000.000, de aproximadamente 3 milhões de argelinos, foram mortos nas primeiras três décadas da conquista.
     

    Hoje a França está cheia de Argelinos. Onde estão os negros nos paises de maioria islamica?
  • ENCOSTO disse:
    A verdade é que quem tem poder, abusa. Exemplo esse texto:


    Os franceses invadiram a Argélia em 1830. Dirigido por Marshall Bugeaud, que se tornou o primeiro governador-geral da Argélia, a conquista foi violenta, marcada por uma política de "terra queimada" destinada a reduzir o poder dos governantes nativos, os Dey, incluindo massacres, estupros em massa e outras atrocidades. Entre 500.000 e 1.000.000, de aproximadamente 3 milhões de argelinos, foram mortos nas primeiras três décadas da conquista.
     

    Hoje a França está cheia de Argelinos. Onde estão os negros nos paises de maioria islamica?

    Essa pergunta não é digna da sua inteligência.

    :)
  • @Volpiceli
    a ocupação alemã na França foi menos violenta que a ocupação francesa na África. (aliás a ocupação francesa ainda existe graças aos estados-satélites africanos)
  • editado October 2018
     
     
    stefanobahia disse: @ENCOSTO
    Arábia Saudita
    saudi_arabia_squad_2017.jpg

    Não é um bom exemplo.

    Todos sabem que tem muito esportista que é naturalizado em outro país pra disputar mundiais por outras seleções.

     Um exemplo deste usando a NBA daria conta de que os EUA são um país de população 95% negra.
  • De fato na Arabia Saudita, pais amiguinho dos EUA, existem negros. 
  • Judas disse:
     
     
    stefanobahia disse: @ENCOSTO
    Arábia Saudita
    saudi_arabia_squad_2017.jpg

    Não é um bom exemplo.

    Todos sabem que tem muito esportista que é naturalizado em outro país pra disputar mundiais por outras seleções.

     Um exemplo deste usando a NBA daria conta de que os EUA são um país de população 95% negra.

    vc vale mais do que isso.
    Ou
    Sobreestimei a sua inteligência 
  • vc vale mais do que isso.
    Ou
    Sobreestimei a sua inteligência

    Argumento que é bom, nada.

    Sobreestimei seu caráter.
  • Sobreestimei a vossa inteligência geral.


    Nunca vi tanto relativismo moral como aqui.
    No fundo, não espanta:

    Há tendência para aceitar o uso da força se feito pelos "bons.

    ....

    Depois a tolice em falar em negros dos países de maioria islâmica como inexistentes.
    Não pensei ter que recordar que boa parte dos muçulmanos africanos são negros. Aliás, a maioria é negra.

    ...

    :)
  • Não pensei ter que recordar que boa parte dos muçulmanos africanos são negros. Aliás, a maioria é negra.

    Que maravilha isso. Não existe racismo no ocidente pois muitos negros são cristãos, né?
  • A KKK nem existe pois tem negro evangelico nos EUA.
  • Sobreestimei a vossa inteligência geral.


    Nunca vi tanto relativismo moral como aqui.
    No fundo, não espanta:

    Há tendência para aceitar o uso da força se feito pelos "bons.

    ....

    Depois a tolice em falar em negros dos países de maioria islâmica como inexistentes.
    Não pensei ter que recordar que boa parte dos muçulmanos africanos são negros. Aliás, a maioria é negra.

    ...

    :)
    ENCOSTO disse:
    Não pensei ter que recordar que boa parte dos muçulmanos africanos são negros. Aliás, a maioria é negra.

    Que maravilha isso. Não existe racismo no ocidente pois muitos negros são cristãos, né?


    Quanta confusão na sua cabeça 
  • Distorção cognitiva!
  • Voce e uma distorcao ambulante.
  • Sobreestimei a vossa inteligência geral.


    Nunca vi tanto relativismo moral como aqui.
    No fundo, não espanta:

    Há tendência para aceitar o uso da força se feito pelos "bons.

    ....

    Depois a tolice em falar em negros dos países de maioria islâmica como inexistentes.
    Não pensei ter que recordar que boa parte dos muçulmanos africanos são negros. Aliás, a maioria é negra.
     

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