Poxa, assisti até os 15 minutos e simplesmente não há nada pra considerar. Assistir até o fim seria mais do mesmo.
Mas para não incorrer em hermetismo apenas farei objeção a intenção dele de considerar que mente é diferente de cérebro, principalmente usando a analogia de que mente é a música e o cérebro o instrumento que a toca como se isso estabelecesse uma diferença objetiva. É o mesmo que afirmar que fogo é diferente de material em combustão. A mente é o gerúndio do cérebro.
Mas é algo a se destacar o desembaraço dele, sua fluência ao falar, isso é louvável.
Bom, eu liguei o vídeo agora e vou deixar rodando, mas vou comentar aqui somente sobre a questão da mente ser diferente do cérebro e isso não tem nada a ver com criacionismo. Sendo o cérebro nosso hardware não é difícil concluir que a mente seja como um software, sendo portando algo distinto do hardware.
Talvez a analogia mais adequada seja com UGPs que tem em parte instruções de software escritas no próprio hardware e que roda softwares baseados nesse hardware, mas ainda assim existe uma distinção entre uma coisa e outra.
NadaSei disse: Bom, eu liguei o vídeo agora e vou deixar rodando, mas vou comentar aqui somente sobre a questão da mente ser diferente do cérebro e isso não tem nada a ver com criacionismo. Sendo o cérebro nosso hardware não é difícil concluir que a mente seja como um software, sendo portando algo distinto do hardware.
Talvez a analogia mais adequada seja com UGPs que tem em parte instruções de software escritas no próprio hardware e que roda softwares baseados nesse hardware, mas ainda assim existe uma distinção entre uma coisa e outra.
Mas é óbvio que a dicotomia não é entre hardwares e softwares, isso seria uma ingenuidade, o que ele está propondo mesmo é que a mente seria hipoteticamente como algo similar a uma alma a que os criacionistas se referem, formando portanto uma dualidade com a funcionalidade(da mente propriamente dita!) do cérebro.
Uma observação interessante é a respeito da complexidade do cérebro e a afirmação de que o cérebro necessariamente precisa ser mais complexo do que podemos compreender para nos dar nossa capacidade de compreensão de modo que nunca poderemos entende-lo completamente.
Acho que a afirmação é interessante e factível, mas não leva em conta o poder combinado de milhões de cérebros tentando entender o funcionamento de uma maquina complexa. A afirmação é verídica quando diz respeito a um único individuo, mas pode não ser factível em se tratando da humanidade.
NadaSei disse: Uma observação interessante é a respeito da complexidade do cérebro e a afirmação de que o cérebro necessariamente precisa ser mais complexo do que podemos compreender para nos dar nossa capacidade de compreensão de modo que nunca poderemos entende-lo completamente.
Acho que a afirmação é interessante e factível, mas não leva em conta o poder combinado de milhões de cérebros tentando entender o funcionamento de uma maquina complexa. A afirmação é verídica quando diz respeito a um único individuo, mas pode não ser factível em se tratando da humanidade.
Bom, não acho factível coisa nenhuma, No mínimo uma arbitrariedade a priori, se não, a mais esculachada e escancarada petição de princípio do tipo "design inteligente".
Marcus escreve bem, mas é ruim de vídeo.
No fim e a cabo não fica clara qual a conclusão dele sobre cérebro e mente, se é que houve uma conclusão.
Muitas idas e vindas sobre criacionismo, psicocriacionismo, teoria da linguagem, solipsismo e outros temas acabam mais por confundir do que esclarecer, tirando o foco da discussão.
Discussão que poderia ser resumida com o simples reconhecimento de que não sabemos o que é a mente e estamos começando a entender alguns processos cerebrais, ou seja, o caminho a percorrer tá no seu início e muito do que se fala por aí sobre o tema tem um desproporção enorme entre os conteúdos objetivos e as especulações imaginativas.
Nossa mente não é um computador, mas sim um universo quântico A irracionalidade de como nossa mente pensa aflige a psicologia há muito tempo. Quando alguém nos pergunta como nós estamos, nós geralmente temos uma resposta padrão: “Tudo bem”. Mas se alguém pergunta sobre um evento específico, do tipo “como você se sente em relação a aquela reunião com o seu patrão hoje?”, de repente nós refinamos nossa resposta em um espectro que pode ir de terrível a excelente. Em menos do que algumas frases, podemos nos contradizer: estamos “bem”, mas nos sentindo terríveis a respeito da reunião. Como, então, poderíamos estar “bem”, para começo de conversa? Preferências, experiência, conhecimento e contexto consciente e inconscientemente formam uma confluência que impulsiona cada decisão que tomamos e cada emoção que expressamos. O comportamento humano não é fácil de prever, e as probabilidades muitas vezes falham em suas previsões a respeito do como vamos nos comportar.É aí que entra a cognição quântica: uma equipe de pesquisadores determinou que, enquanto nossas escolhas e crenças muitas vezes não fazem sentido ou se encaixam num padrão em um nível macro, a um nível “quântico” elas podem ser previstas com uma precisão surpreendente. Na física quântica, examinar o estado de uma partícula muda o estado dessa partícula (o gato está vivo e morto, lembra?). Da mesma forma, os efeitos da observação influenciam a forma como pensamos sobre a ideia que estamos considerando.No exemplo da reunião, se alguém pergunta: “Foi tudo bem?”, nós imediatamente pensamos de que forma ela foi boa. No entanto, se perguntam: “Você estava nervoso sobre a reunião?”, podemos lembrar que foi bastante assustador fazer uma apresentação na frente de um grupo. O outro conceito emprestado na cognição quântica é que não podemos manter ideias incompatíveis em nossas mentes de uma vez. Em outras palavras, tomar decisões e formar opiniões são muito parecidos com o gato de Schrödinger.Universo quânticoA teoria da cognição quântica abre os campos da psicologia e da neurociência para entender a mente não de forma linear, como um computador, mas sim como um elegante universo. Mas a noção de que o pensamento humano e a existência são ricamente paradoxais tem existido por séculos. Além disso, quanto mais os cientistas e estudiosos exploram a racionalidade irracional de nossas mentes, mais os estreitos círculos da ciência voltam à lógica confusa no coração de cada religião. O budismo, por exemplo, tem como premissa enigmas tais como “A paz vem de dentro” e, no cristianismo, o paradoxo de que Cristo era simultaneamente um homem de carne e sangue e o Filho de Deus é a metáfora central da fé.
Durante séculos, os textos religiosos têm explorado a ideia de que a realidade se mostra uma vez que deixamos para trás as nossas percepções superficiais dela; e, ainda assim, é através destas ambiguidades que entendemos mais sobre nós mesmos e nosso mundo. No Antigo Testamento, o sofrido Jó fala com Deus para obter uma explicação do por que ter tanto sofrimento. Deus, então, enigmaticamente responde: “Onde você estava quando eu lançava os fundamentos da Terra?” (Jó 38: 4).A pergunta parece absurda – por que Deus perguntaria a uma pessoa onde ela estava quando o próprio Deus criou o mundo? Mas esse paradoxo não é muito diferente daquele famoso desafio de Einstein ao “Princípio da Incerteza” de Heisenberg: “Deus não joga dados com o universo”. O que Stephen Hawking contrapõe: “Até Deus está vinculado pelo princípio da incerteza”, porque se todos os resultados fossem deterministas, então Deus não seria Deus. Só sendo um “jogador inveterado” do universo para a certeza imprevisível que o cria funcionar.
Ninguém sabe o que é a mente.
O termo ganhou força por causa do Freud, que não é mais levado a sério, fora por uma turminha teimosa que ainda acredita em bobagens como interpretação de sonhos.
A cansada analogia entre hardware e software para cérebro e mente também tá longe de ser comprovada pela neurociência.
Os cientistas vêm mapeando as reações eletroquímicas cerebrais com nível crescente de detalhe, mas até agora não encontraram nada que pudessem chamar de processos mentais que fossem diferentes dos processos cerebrais, como podemos distinguir claramente o programa do computador que tem sua própria lógica, da física dos circuitos eletrônicos.
Mesmo com avanços, diferença entre mente e cérebro ainda é tema de debate entre especialistas
Mesmo com avanços, diferença entre mente e cérebro ainda é tema de debate entre especialistas
compartilhar: postado em 04/01/2014 00:12 / atualizado em 06/01/2014 09:51
Paloma Oliveto
Brasília – Primeiro foi a religião; depois, a psicanálise. Por fim, chegou a neurociência. Desde a década de 1990, com a possibilidade de “radiografar” o interior do cérebro graças à ressonância magnética, o funcionamento do órgão tem sido usado para explicar os mais diversos aspectos do comportamento humano. Entes abstratos, espírito e mente ganharam um concorrente que tem tamanho, forma e peso; pode ser visto e observado.
O mundo vive o século do cérebro. Basta pesquisar o PubMed, banco de dados da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, para se constatar a popularidade do tema. O sistema, que faz uma busca em mais de 3 mil periódicos científicos, mostra que, nos últimos cinco anos, foram publicados 58.002 artigos contendo as palavras-chave “atividade cerebral”. Enquanto isso, o número de textos com o termo “alzheimer” não chega à metade: 20.895. O rastreio no PubMed também revela o crescimento no interesse dos pesquisadores. Em 2006, a ferramenta encontrou somente um artigo sobre atividade cerebral. Em compensação, o registro, em 2012, chegou a 12.670. O resultado parcial de 2013 mostra que, no ano passado, 11.314 textos científicos a respeito foram divulgados até novembro.
O prestígio da neurociência é justificado. Esse campo, que abriga pesquisadores de diversas especialidades, estuda o sistema nervoso em suas mais variadas facetas. O entendimento dos aspectos microbiológicos, fisiológicos e estruturais dos neurônios – assim como seu desenvolvimento e interação – é o que vai permitir encontrar tratamentos para males tão diversos como demência e insônia. Outra promessa dos investigadores do cérebro é devolver a mobilidade a tetraplégicos, caminho que tem sido percorrido com sucesso pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis.
O estudo do mais complexo órgão do corpo também tem ajudado psicólogos e psiquiatras a compreenderem melhor distúrbios desafiadores, de causas desconhecidas, e que impingem grande sofrimento ao homem. Manias, tristezas aparentemente injustificadas, obsessões: os males da alma ganham, cada vez mais, explicações neurocientíficas. Falhas na conexão de redes de neurônios, padrões anormais de ativação de determinadas regiões cerebrais, falta ou excesso na produção de substâncias químicas – pesquisas mostram que tudo isso tem forte correlação com problemas para os quais, há até pouco tempo, não existiam justificativas físicas.
Uma coisa só? As evidências científicas deixam margem para a dúvida: com a supremacia do cérebro, onde entra a mente? Emoções, sensações, consciência, personalidade – tudo isso seria comandado por um órgão-máquina, regido por interações químicas e fisiológicas. No lugar do livre-arbítrio, alterações na estrutura do cérebro estariam por trás de violência e vício, por exemplo.
“Para o futuro, alguns neurocientistas enxergam uma transformação dramática na ciência criminal”, afirma a psiquiatra Sally Satel, coautora do livro Brainwashed: The seductive appeal of mindless neuroscience (Lavagem cerebral: o apelo sedutor da neurociência insensata, em tradução livre). “David Eagleman, do Baylor College of Medicine’s Initiative on Neuroscience and Law, espera que ‘nós, um dia, possamos descobrir que muitos tipos de comportamentos ruins têm uma explicação biológica básica e, no fim, pensar sobre a tomada de decisões ruins da mesma forma como pensamos sobre qualquer outro processo físico, como diabetes ou doenças pulmonares”, critica a especialista em dependência química, para quem cérebro e mente não podem ser entendidos como uma coisa só.
“Existe uma base biológica para cada aspecto da mente, mas ela tem regras próprias, leis próprias. Dizer que cérebro e mente são uma única coisa é um reducionismo com o qual não concordo”, afirma o biólogo Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Pesquisador do sono e dos sonhos, Ribeiro destaca que muitas publicações sobre esses dois processos têm corroborado observações feitas por Sigmund Freud, o criador da psicanálise, no início do século passado. Em uma das suas mais célebres obras, A intepretação dos sonhos, o médico austríaco argumentou que, entre suas funções, os sonhos simulariam expectativas de recompensas. “Sem o circuito da dopamina, as pessoas não sonham”, compara Ribeiro, lembrando que esse neurotransmissor é associado, justamente, às recompensas.
Para o brasileiro, “há muita arrogância” entre aqueles que rechaçam a psicologia simbólica na busca pela compreensão do comportamento humano. Sidarta Ribeiro garante que “explicar tudo pela neurociência é moda, e moda passageira”. “Nos anos 1980, tudo era explicado pelos genes. Há 50 anos, eram os hormônios…”, ressalta o neurocientista. Na definição do biólogo, a mente pode ser definida como a “interação do cérebro com o mundo e com outros cérebros”.
Problema aberto Diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida lembra que a questão cérebro-mente é muito mais antiga que a neurociência e já discutida filosoficamente na Grécia antiga. Daí surgiram duas visões: a reducionista, segundo a qual o cérebro produz a mente assim como o rim secreta a urina, e a não reducionista, que defende que mente e cérebro se relacionam, mas a primeira não é totalmente dependente do segundo.
No fim do século 19, o médico americano William James, fundador da psicologia moderna, introduziu novas ideias sobre a questão. Ele levantou duas possibilidades: o cérebro produz a mente ou o órgão serve de ferramenta para a manifestação da mente. Segundo Moreira-Almeida, essa segunda hipótese pode ser comparada a um aparelho de televisão (o cérebro), que recebe o sinal (a mente). “Se ligo a tevê, vejo um programa, mas, se mexo na antena, vou distorcer a imagem. Se estragar a televisão, não vou ver as imagens, mas elas continuam existindo. O aparelho é só o transmissor”, explica.
O psiquiatra e neurocientista defende que essa questão seja mais debatida, sem preconceitos. “O grande desafio é entender que esse é um problema aberto, ninguém pode achar que ele já está resolvido”, diz.
“Apesar de escâneres de cérebro serem deslumbrantes e a tecnologia uma maravilha sem precedentes, temos de levar em conta que cérebro e mente são duas coisas diferentes. O domínio neurobiológico diz respeito às causas físicas, os mecanismos por trás de nossos pensamentos e emoções”, define Sally Satel. “Já o domínio psicológico, o reino da mente, diz respeito às pessoas – seus desejos, intenções, ideais e ansiedades. Ambos são essenciais para uma compreensão completa sobre a forma como nos comportamos”, acredita a psiquiatra.
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G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 2. FilosofiaA TEORIA DA CONSCIÊNCIA DE DANIEL DENNETT Luiz Pedro E Silva Neto 1
Larissa Silva Abreu 2
Raimundo Nonato Araujo Portela Filho 3 1. Graduando de Filosofia/UFMA
2. Graduanda de Psicologia/UFMA
3. Departamento de Filosofia/UFMA INTRODUÇÃO:Daniel Dennett, nascido em 1942, é um dos filósofos da mente e cientistas cognitivos vivos mais importantes da contemporaneidade. Tem influências naturalistas, isto é, aceita que a natureza do mental pode ser explicada pela ciência. Sua teoria da consciência é uma teoria da natureza do pensamento, ou seja, explicar a natureza da consciência é explicar como se formam conteúdos mentais. Sendo assim, Dennett se refere à consciência como sendo a nossa capacidade de elaborar narrativas sobre o que ocorre em nossas mentes, diferindo do significado de consciência enquanto deliberação ou o saber o que se está fazendo. Dennett propõe um modelo de consciência caracterizado como uma máquina virtual, e para sustentar tal modelo nega concepções como a indivisibilidade do pensamento, a inefabilidade da consciência e a irredutibilidade do caráter consciente da experiência, opondo-se a ideias de Descartes, Nagel e Chalmers. Dennett admite ainda que a consciência pode e deve ser teorizada numa perspectiva de terceira pessoa, desconstruindo a ideia de acesso privilegiado dos próprios conteúdos mentais, que vem sendo afirmada desde os primórdios da filosofia da mente. METODOLOGIA:Efetiva-se uma pesquisa bibliográfica fundamentada em textos de Daniel Dennett (1991) e de João de Fernandes Teixeira (2000, 2005, 2008), examinando-se a concepção de consciência em Dennett a partir de debates em grupo de estudos sobre filosofia da mente. Por fim, são realizadas algumas conclusões a partir da exposição efetuada. RESULTADOS:Para que se entenda a teoria empírica da consciência de Dennett, é preciso conhecer um modelo cognitivo chamado pandemonium, que se dá do seguinte modo: vários agentes competem entre si por uma predominância momentânea, alguns se sobrepõem tornando-se o foco da atenção. Segundo Dennett, o cérebro coleciona tais predominâncias e as organiza em uma máquina virtual sequencializadora das versões produzidas a partir de um único estímulo, criando a sensação de um fluxo único de consciência. Na teoria dennettiana os agentes são narrativas fragmentadas. A máquina virtual tem um funcionamento serial, gera narrativas seriais, o que não implica que o funcionamento do cérebro seja serial. Com a ideia de várias narrativas fragmentadas, desconstrói-se a concepção de indivisibilidade do pensamento, e por ser uma máquina virtual, esta não tem localização no cérebro, além de que não há um elaborador central de uma narrativa privilegiada. Para embasar uma teoria da consciência a partir de terceira pessoa, Dennett fala de uma heterofenomenologia que é uma reconstrução de relatos subjetivos, tirando o foco de primeira pessoa, possibilitando uma interpretação a partir de uma perspectiva de terceira pessoa. CONCLUSÃO:A teoria dennettiana da consciência seria incompleta se ficasse apenas até os limiares da teoria de Calvin (1990), que não fala como são originados conteúdos mentais que nos são dados diretamente pela estimulação sensorial, por exemplo, a linguagem e a cultura. A origem estaria nos memes (termo tomado emprestado de Richard Dawkins), que são unidades de informação, que permitem repassar informação e cultura para futuras gerações. No entanto, o uso dos memes deixa a teoria de Dennett vulnerável, pois a ideia de que esses povoam nossa mente, tendo eles apenas um estatuto ontológico, nos leva a dificuldades teóricas. Dennett, em muitos aspectos, pode ter seu pensamento aproximado ao de B. F. Skinner, como lembra Teixeira (2008), principalmente no que tange à desconstrução da noção de um eu-iniciador na produção de comportamentos. Outro aspecto a ser considerado é como Dennett trata a questão dos qualia, sustentando que esses não existem. Para ele, os sentimentos de si só existem na medida em que são reportados pelo sujeito que os tem, ou seja, em uma perspectiva de segunda ou terceira pessoa. Por fim, investigações sobre a fisiologia do neurônio parecem apontar para um modelo que se assemelha à hipótese de pandemonium de Dennett. Palavras-chave: Filosofia da Mente, Consciência, Daniel Dennett.
Acauan disse: Ninguém sabe o que é a mente.
O termo ganhou força por causa do Freud, que não é mais levado a sério, fora por uma turminha teimosa que ainda acredita em bobagens como interpretação de sonhos.
A cansada analogia entre hardware e software para cérebro e mente também tá longe de ser comprovada pela neurociência.
Os cientistas vêm mapeando as reações eletroquímicas cerebrais com nível crescente de detalhe, mas até agora não encontraram nada que pudessem chamar de processos mentais que fossem diferentes dos processos cerebrais, como podemos distinguir claramente o programa do computador que tem sua própria lógica, da física dos circuitos eletrônicos.
Acauan você acredita que cérebro e mente sejam a mesma coisa ??
A irracionalidade de como nossa mente pensa aflige a psicologia há muito tempo. Quando alguém nos pergunta como nós estamos, nós geralmente temos uma resposta padrão: “Tudo bem”
Edson, a esse exemplo... Sempre selecionamos o interlocutor conforme vamos responder.
Instintivamente sabemos que querem ouvir de nós que estamos bem... Imagine...
Ninguém gosta de perguntar a alguém como essa pessoa está e ouvir sempre reclamações...rs
Nossa mente responde não o que está guardado no subconsciente, mais no consciente...
Assim, responderemos na maioria das vezes: Estamos bem !!!
Mesmo que nosso dia tenha sido uma porcaria...rs
Nesse processamento estão envolvidos a decisão de se querer que os outros voltem a nos perguntar novamente... rs
Dessa forma, é fácil imaginar o motivo pelo qual normalmente respondemos por impulso.
Justamente... Pertencimento, sociedade, grupo, comunidade... Responder ao que os outros querem ouvir.
Apesar de escâneres de cérebro serem deslumbrantes e a tecnologia uma maravilha sem precedentes, temos de levar em conta que cérebro e mente são duas coisas diferentes. O domínio neurobiológico diz respeito às causas físicas, os mecanismos por trás de nossos pensamentos e emoções”, define Sally Satel. “Já o domínio psicológico, o reino da mente, diz respeito às pessoas – seus desejos, intenções, ideais e ansiedades. Ambos são essenciais para uma compreensão completa sobre a forma como nos comportamos”, acredita a psiquiatra.
Viu... Certinho com a abordagem anterior... Somos um ser social..rs
Acauan disse: Ninguém sabe o que é a mente.
O termo ganhou força por causa do Freud, que não é mais levado a sério, fora por uma turminha teimosa que ainda acredita em bobagens como interpretação de sonhos.
A cansada analogia entre hardware e software para cérebro e mente também tá longe de ser comprovada pela neurociência.
Os cientistas vêm mapeando as reações eletroquímicas cerebrais com nível crescente de detalhe, mas até agora não encontraram nada que pudessem chamar de processos mentais que fossem diferentes dos processos cerebrais, como podemos distinguir claramente o programa do computador que tem sua própria lógica, da física dos circuitos eletrônicos.
O hardware cerebral lembra mais uma UGP onde a logica está escrita no próprio hardware e uma biblioteca faz uma ponte entre eles. Não deixa de ser um software escrito no próprio hardware ao invés de escrito em um HD e interpretado por um processador que é pau pra toda obra.
Ainda assim toda analogia em relação a isso sempre será algum tipo de achismo pois não sabemos como funcionam os mecanismos lógicos do cérebro nem como ele aprende.
Nenhum hardware ou software humano replicam isso. Mesmo programas ditos "inteligentes" como programas de xadrez que ganham de qualquer grande mestre, não são de fato inteligentes, só usam bancos de dados com informação preprocessada da inteligencia humana e usam outros truques do raciocínio humano.
Acauan você acredita que cérebro e mente sejam a mesma coisa ??
Não são e nem podem ser.
Cérebro, do ponto de vista cognitivo, são trilhões de sinapses interagindo eletroquimicamente.
Mente é uma entidade pontual.
Quando você pensa, sua consciência se manifesta como se residisse em um único ponto.
Como trilhões de interações se transformam em uma manifestação pontual é coisa que até hoje ninguém chegou perto de uma teoria minimamente razoável.
Desde que sofro desta merda (começou aos 13 anos ) já prometeram cura :
A Neurologia ,a Psiquiatria , a Psicologia, a Psicobioenegética , a Religião a Genética e agora a Neurociência .
Me prometeram nesta ordem .
Emmedrado disse: Desde que sofro desta merda (começou aos 13 anos ) já prometeram cura :
A Neurologia ,a Psiquiatria , a Psicologia, a Psicobioenegética , a Religião a Genética e agora a Neurociência .
Me prometeram nesta ordem .
Bem... Enquanto a cura não vem, resta a Esperança, que te permite esperar o dia de amanhã, quando a cura pode vir.
Emmedrado disse: Desde que sofro desta merda (começou aos 13 anos ) já prometeram cura :
A Neurologia ,a Psiquiatria , a Psicologia, a Psicobioenegética , a Religião a Genética e agora a Neurociência .
Me prometeram nesta ordem .
Bem... Enquanto a cura não vem, resta a Esperança, que te permite esperar o dia de amanhã, quando a cura pode vir.
Comentários
Mas para não incorrer em hermetismo apenas farei objeção a intenção dele de considerar que mente é diferente de cérebro, principalmente usando a analogia de que mente é a música e o cérebro o instrumento que a toca como se isso estabelecesse uma diferença objetiva. É o mesmo que afirmar que fogo é diferente de material em combustão. A mente é o gerúndio do cérebro.
Mas é algo a se destacar o desembaraço dele, sua fluência ao falar, isso é louvável.
Minha intuição lésbica raramente me engana.
Talvez a analogia mais adequada seja com UGPs que tem em parte instruções de software escritas no próprio hardware e que roda softwares baseados nesse hardware, mas ainda assim existe uma distinção entre uma coisa e outra.
Mas é óbvio que a dicotomia não é entre hardwares e softwares, isso seria uma ingenuidade, o que ele está propondo mesmo é que a mente seria hipoteticamente como algo similar a uma alma a que os criacionistas se referem, formando portanto uma dualidade com a funcionalidade(da mente propriamente dita!) do cérebro.
Acho que a afirmação é interessante e factível, mas não leva em conta o poder combinado de milhões de cérebros tentando entender o funcionamento de uma maquina complexa. A afirmação é verídica quando diz respeito a um único individuo, mas pode não ser factível em se tratando da humanidade.
Bom, não acho factível coisa nenhuma, No mínimo uma arbitrariedade a priori, se não, a mais esculachada e escancarada petição de princípio do tipo "design inteligente".
No fim e a cabo não fica clara qual a conclusão dele sobre cérebro e mente, se é que houve uma conclusão.
Muitas idas e vindas sobre criacionismo, psicocriacionismo, teoria da linguagem, solipsismo e outros temas acabam mais por confundir do que esclarecer, tirando o foco da discussão.
Discussão que poderia ser resumida com o simples reconhecimento de que não sabemos o que é a mente e estamos começando a entender alguns processos cerebrais, ou seja, o caminho a percorrer tá no seu início e muito do que se fala por aí sobre o tema tem um desproporção enorme entre os conteúdos objetivos e as especulações imaginativas.
esses avanços nao explicarem essa questao .
http://hypescience.com/nossa-mente-e-um-universo-quantico/
O termo ganhou força por causa do Freud, que não é mais levado a sério, fora por uma turminha teimosa que ainda acredita em bobagens como interpretação de sonhos.
A cansada analogia entre hardware e software para cérebro e mente também tá longe de ser comprovada pela neurociência.
Os cientistas vêm mapeando as reações eletroquímicas cerebrais com nível crescente de detalhe, mas até agora não encontraram nada que pudessem chamar de processos mentais que fossem diferentes dos processos cerebrais, como podemos distinguir claramente o programa do computador que tem sua própria lógica, da física dos circuitos eletrônicos.
Larissa Silva Abreu 2
Raimundo Nonato Araujo Portela Filho 3 1. Graduando de Filosofia/UFMA
2. Graduanda de Psicologia/UFMA
3. Departamento de Filosofia/UFMA INTRODUÇÃO:Daniel Dennett, nascido em 1942, é um dos filósofos da mente e cientistas cognitivos vivos mais importantes da contemporaneidade. Tem influências naturalistas, isto é, aceita que a natureza do mental pode ser explicada pela ciência. Sua teoria da consciência é uma teoria da natureza do pensamento, ou seja, explicar a natureza da consciência é explicar como se formam conteúdos mentais. Sendo assim, Dennett se refere à consciência como sendo a nossa capacidade de elaborar narrativas sobre o que ocorre em nossas mentes, diferindo do significado de consciência enquanto deliberação ou o saber o que se está fazendo. Dennett propõe um modelo de consciência caracterizado como uma máquina virtual, e para sustentar tal modelo nega concepções como a indivisibilidade do pensamento, a inefabilidade da consciência e a irredutibilidade do caráter consciente da experiência, opondo-se a ideias de Descartes, Nagel e Chalmers. Dennett admite ainda que a consciência pode e deve ser teorizada numa perspectiva de terceira pessoa, desconstruindo a ideia de acesso privilegiado dos próprios conteúdos mentais, que vem sendo afirmada desde os primórdios da filosofia da mente. METODOLOGIA:Efetiva-se uma pesquisa bibliográfica fundamentada em textos de Daniel Dennett (1991) e de João de Fernandes Teixeira (2000, 2005, 2008), examinando-se a concepção de consciência em Dennett a partir de debates em grupo de estudos sobre filosofia da mente. Por fim, são realizadas algumas conclusões a partir da exposição efetuada. RESULTADOS:Para que se entenda a teoria empírica da consciência de Dennett, é preciso conhecer um modelo cognitivo chamado pandemonium, que se dá do seguinte modo: vários agentes competem entre si por uma predominância momentânea, alguns se sobrepõem tornando-se o foco da atenção. Segundo Dennett, o cérebro coleciona tais predominâncias e as organiza em uma máquina virtual sequencializadora das versões produzidas a partir de um único estímulo, criando a sensação de um fluxo único de consciência. Na teoria dennettiana os agentes são narrativas fragmentadas. A máquina virtual tem um funcionamento serial, gera narrativas seriais, o que não implica que o funcionamento do cérebro seja serial. Com a ideia de várias narrativas fragmentadas, desconstrói-se a concepção de indivisibilidade do pensamento, e por ser uma máquina virtual, esta não tem localização no cérebro, além de que não há um elaborador central de uma narrativa privilegiada. Para embasar uma teoria da consciência a partir de terceira pessoa, Dennett fala de uma heterofenomenologia que é uma reconstrução de relatos subjetivos, tirando o foco de primeira pessoa, possibilitando uma interpretação a partir de uma perspectiva de terceira pessoa. CONCLUSÃO:A teoria dennettiana da consciência seria incompleta se ficasse apenas até os limiares da teoria de Calvin (1990), que não fala como são originados conteúdos mentais que nos são dados diretamente pela estimulação sensorial, por exemplo, a linguagem e a cultura. A origem estaria nos memes (termo tomado emprestado de Richard Dawkins), que são unidades de informação, que permitem repassar informação e cultura para futuras gerações. No entanto, o uso dos memes deixa a teoria de Dennett vulnerável, pois a ideia de que esses povoam nossa mente, tendo eles apenas um estatuto ontológico, nos leva a dificuldades teóricas. Dennett, em muitos aspectos, pode ter seu pensamento aproximado ao de B. F. Skinner, como lembra Teixeira (2008), principalmente no que tange à desconstrução da noção de um eu-iniciador na produção de comportamentos. Outro aspecto a ser considerado é como Dennett trata a questão dos qualia, sustentando que esses não existem. Para ele, os sentimentos de si só existem na medida em que são reportados pelo sujeito que os tem, ou seja, em uma perspectiva de segunda ou terceira pessoa. Por fim, investigações sobre a fisiologia do neurônio parecem apontar para um modelo que se assemelha à hipótese de pandemonium de Dennett. Palavras-chave: Filosofia da Mente, Consciência, Daniel Dennett.
http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/resumos/resumos/5516.htm
Acauan você acredita que cérebro e mente sejam a mesma coisa ??
Edson, a esse exemplo... Sempre selecionamos o interlocutor conforme vamos responder.
Instintivamente sabemos que querem ouvir de nós que estamos bem... Imagine...
Ninguém gosta de perguntar a alguém como essa pessoa está e ouvir sempre reclamações...rs
Nossa mente responde não o que está guardado no subconsciente, mais no consciente...
Assim, responderemos na maioria das vezes: Estamos bem !!!
Mesmo que nosso dia tenha sido uma porcaria...rs
Nesse processamento estão envolvidos a decisão de se querer que os outros voltem a nos perguntar novamente... rs
Dessa forma, é fácil imaginar o motivo pelo qual normalmente respondemos por impulso.
Justamente... Pertencimento, sociedade, grupo, comunidade... Responder ao que os outros querem ouvir.
Bom texto sobre os processos irrracionais.
[fraternos]
Viu... Certinho com a abordagem anterior... Somos um ser social..rs
[fraternos]
Muito bom texto... Vou me aprofundar mais na leitura .
[fraterno]
O hardware cerebral lembra mais uma UGP onde a logica está escrita no próprio hardware e uma biblioteca faz uma ponte entre eles. Não deixa de ser um software escrito no próprio hardware ao invés de escrito em um HD e interpretado por um processador que é pau pra toda obra.
Ainda assim toda analogia em relação a isso sempre será algum tipo de achismo pois não sabemos como funcionam os mecanismos lógicos do cérebro nem como ele aprende.
Nenhum hardware ou software humano replicam isso. Mesmo programas ditos "inteligentes" como programas de xadrez que ganham de qualquer grande mestre, não são de fato inteligentes, só usam bancos de dados com informação preprocessada da inteligencia humana e usam outros truques do raciocínio humano.
Não são e nem podem ser.
Cérebro, do ponto de vista cognitivo, são trilhões de sinapses interagindo eletroquimicamente.
Mente é uma entidade pontual.
Quando você pensa, sua consciência se manifesta como se residisse em um único ponto.
Como trilhões de interações se transformam em uma manifestação pontual é coisa que até hoje ninguém chegou perto de uma teoria minimamente razoável.
A Neurologia ,a Psiquiatria , a Psicologia, a Psicobioenegética , a Religião a Genética e agora a Neurociência .
Me prometeram nesta ordem .
Bem... Enquanto a cura não vem, resta a Esperança, que te permite esperar o dia de amanhã, quando a cura pode vir.
Sim , resta a esperança .