Você pode ter direito a uma indenização historica e nem sabe.
Do renomado site Brasil 247
https://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/313753/Escravos-brancos-Quando-caçadores-de-peles-claras-semeavam-o-terror-na-Europa.htm
Escravos europeus, senhores africanos: uma situação insólita que só nos últimos tempos está sendo objeto de estudos aprofundados pelos historiadores. O quadro que temos daquela época, quando os cristãos eram chamados de “ouro branco” nos mercados norte-africanos, ainda está recoberto por uma pátina de descrições folclóricas.
https://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/313753/Escravos-brancos-Quando-caçadores-de-peles-claras-semeavam-o-terror-na-Europa.htm
Escravos europeus, senhores africanos: uma situação insólita que só nos últimos tempos está sendo objeto de estudos aprofundados pelos historiadores. O quadro que temos daquela época, quando os cristãos eram chamados de “ouro branco” nos mercados norte-africanos, ainda está recoberto por uma pátina de descrições folclóricas.
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Comentários
Todo mundo deve a todo mundo.
Platão, em A República, não vê problema algum em que sua Cidade Justa mantenha escravos.
Paulo é explícito em recomendar aos escravos serem submissos aos seus senhores, Jesus de Nazaré não registrou nenhuma condenação ao escravagismo e um dos Dez Mandamento proibe cobiçar o escravo do próximo.
Mohamed cita em várias passagens no Corão situações em que um muçulmano deve libertar um escravo para expiar alguma culpa, mas não declara qualquer restrição a que muçulmanos tenham escravos, incluindo escravos também muçulmanos (por isto a Arábia Saudita só proibiu legalmente a escravidão em 1962 e a Mauritânia em 2007, sendo notório que a escravidão é até hoje prática comum em países do Islã, como o Sudão).
Hoje é inegável o absurdo de que nenhum destes pensadores morais tenha tido um vislumbre do tipo "pera aí, comprar e vender seres humanos, tratá-los como propriedades e obrigá-los a trabalhar contra a vontade não tá certo".
O absurdo vai ao infinito se considerarmos que alguns destes referendos explícitos ou tácitos à escravidão constam de textos tidos como sagrados.
Acho surpreendente que a condenação moral da escravidão só ganhe voz efetiva com o surgimento dos movimento abolicionistas do Ocidente, na origem todos cristãos, reconheça-se, só que com uns 1800 anos de atraso.
Tem quem diga (Olavo de Carvalho, por exemplo) que o Cristianismo foi a força que pôs fim ao escravagismo na Europa Ocidental após a queda do Império Romano.
Oras... O escravagismo do Império Romano caiu junto com o Império. Fazer e manter escravos para Roma sempre foi uma atribuição de Estado, quando o Estado escravagista caiu, vieram os feudos e a servidão feudal, que era melhor que a escravidão, claro, mas não que a Igreja tivesse alguma ação efetiva nisto, como um decreto papal proibindo taxativamente a escravidão.
Que eu saiba tem umas bulas papais condenando moralmente a escravidão, mas nada taxativo como decretando que católicos escravagistas recebam excomunhão latae sententiae, aquela que fez, tá excomungado, sem maiores delongas.
"Mais vale ser escravo no Brasil e ganhar o céu que ser livre na África e perder a alma".
Os jesuítas em particular se opuseram à escravidão indígena no Brasil, já que tinham seus próprios planos sobre o que fazer com os povos nativos.
Principalmente por isto, a escravidão de Índios no Brasil nunca tomou a escala que assumiu nas colônias da América Espanhola.
Não acho tão surpreendente. Normalmente os escravos eram os inimigos, prisioneiros de guerra ou pessoas com cultura diferente ( e é da natureza humana discriminar quem é diferente). Além disso os escravos faziam os trabalhos que as pessoas não queriam fazer. Então era fácil para as pessoas ficarem com a consciência tranquila ante a escravidão, afinal os escravos eram os inimigos.
Isto faz todo sentido do mundo em uma sociedade como a Romana, na qual o escravagismo era um dos pilares.
Estranho é que sociedades cristãs fundamentadas na fraternidade universal não vissem nada de errado na escravidão e se viam não se esforçavam muito para acabar com a coisa.
Idem para o Islã, no qual o Corão admite explicitamente que um muçulmano tenha escravos muçulmanos, o que extrapola a regra de escravos serem de cultura diferente.