Você pode ter direito a uma indenização historica e nem sabe.

Do renomado site Brasil 247

https://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/313753/Escravos-brancos-Quando-caçadores-de-peles-claras-semeavam-o-terror-na-Europa.htm

Escravos europeus, senhores africanos: uma situação insólita que só nos últimos tempos está sendo objeto de estudos aprofundados pelos historiadores. O quadro que temos daquela época, quando os cristãos eram chamados de “ouro branco” nos mercados norte-africanos, ainda está recoberto por uma pátina de descrições folclóricas.

Comentários

  • Se voltarmos o suficiente no tempo, os antepassados de todo mundo foram tanto vítimas como criminosos.
    Todo mundo deve a todo mundo.
  • E pensar que até no inicio da revolução industrial existia segurança só nas grandes cidades. A vida no interior continuava a mesma de 1000 anos antes
  • editado January 2019
    Escravidão é um espinho cravado na garganta dos grandes sistemas morais, religiosos ou laicos.
    Platão, em A República, não vê problema algum em que sua Cidade Justa mantenha escravos.
    Paulo é explícito em recomendar aos escravos serem submissos aos seus senhores, Jesus de Nazaré não registrou nenhuma condenação ao escravagismo e um dos Dez Mandamento proibe cobiçar o escravo do próximo.
    Mohamed cita em várias passagens no Corão situações em que um muçulmano deve libertar um escravo para expiar alguma culpa, mas não declara qualquer restrição a que muçulmanos tenham escravos, incluindo escravos também muçulmanos (por isto a Arábia Saudita só proibiu legalmente a escravidão em 1962 e a Mauritânia em 2007, sendo notório que a escravidão é até hoje prática comum em países do Islã, como o Sudão).

    Hoje é inegável o absurdo de que nenhum destes pensadores morais tenha tido um vislumbre do tipo "pera aí, comprar e vender seres humanos, tratá-los como propriedades e obrigá-los a trabalhar contra a vontade não tá certo".
    O absurdo vai ao infinito se considerarmos que alguns destes referendos explícitos ou tácitos à escravidão constam de textos tidos como sagrados.
  • Acauan disse:
    Platão, em A República, não vê problema algum em que sua Cidade Justa mantenha escravos.
    Paulo é explícito em recomendar aos escravos serem submissos aos seus senhores, Jesus de Nazaré não registrou nenhuma condenação ao escravagismo e um dos Dez Mandamento proibe cobiçar o escravo do próximo.
    Mohamed cita em várias passagens no Corão situações em que um muçulmano deve libertar um escravo para expiar alguma culpa, mas não declara qualquer restrição a que muçulmanos tenham escravos, incluindo escravos também muçulmanos (por isto a Arábia Saudita só proibiu legalmente a escravidão em 1962 e a Mauritânia em 2007, sendo notório que a escravidão é até hoje prática comum em países do Islã, como o Sudão).
    Em "Utopia", Thomas More defende a escravidão dos criminosos e soldados estrangeiros vencidos (embora não fosse uma situação permanente).

  • editado January 2019
    Fernando_Silva disse: Em "Utopia", Thomas More defende a escravidão dos criminosos e soldados estrangeiros vencidos (embora não fosse uma situação permanente).

    Acho surpreendente que a condenação moral da escravidão só ganhe voz efetiva com o surgimento dos movimento abolicionistas do Ocidente, na origem todos cristãos, reconheça-se, só que com uns 1800 anos de atraso.

    Tem quem diga (Olavo de Carvalho, por exemplo) que o Cristianismo foi a força que pôs fim ao escravagismo na Europa Ocidental após a queda do Império Romano.
    Oras... O escravagismo do Império Romano caiu junto com o Império. Fazer e manter escravos para Roma sempre foi uma atribuição de Estado, quando o Estado escravagista caiu, vieram os feudos e a servidão feudal, que era melhor que a escravidão, claro, mas não que a Igreja tivesse alguma ação efetiva nisto, como um decreto papal proibindo taxativamente a escravidão.
    Que eu saiba tem umas bulas papais condenando moralmente a escravidão, mas nada taxativo como decretando que católicos escravagistas recebam excomunhão latae sententiae, aquela que fez, tá excomungado, sem maiores delongas.
  • A escravidão indigena foi proibida pelos portugueses. A igreja só criticava mas também não excomungava ninguemm.
  • ENCOSTO disse: A escravidão indigena foi proibida pelos portugueses. A igreja só criticava mas também não excomungava ninguemm.
    Disse o padre Vieira em um de seus sermões:
    "Mais vale ser escravo no Brasil e ganhar o céu que ser livre na África e perder a alma".

  • ENCOSTO disse: A escravidão indigena foi proibida pelos portugueses. A igreja só criticava mas também não excomungava ninguemm.

    Os jesuítas em particular se opuseram à escravidão indígena no Brasil, já que tinham seus próprios planos sobre o que fazer com os povos nativos.
    Principalmente por isto, a escravidão de Índios no Brasil nunca tomou a escala que assumiu nas colônias da América Espanhola.
  • Acho surpreendente que a condenação moral da escravidão só ganhe voz efetiva com o surgimento dos movimento abolicionistas do Ocidente, na origem todos cristãos, reconheça-se, só que com uns 1800 anos de atraso.

    Não acho tão surpreendente. Normalmente os escravos eram os inimigos, prisioneiros de guerra ou pessoas com cultura diferente ( e é da natureza humana discriminar quem é diferente). Além disso os escravos faziam os trabalhos que as pessoas não queriam fazer. Então era fácil para as pessoas ficarem com a consciência tranquila ante a escravidão, afinal os escravos eram os inimigos.


  • Volpiceli disse:Não acho tão surpreendente. Normalmente os escravos eram os inimigos, prisioneiros de guerra ou pessoas com cultura diferente ( e é da natureza humana discriminar quem é diferente). Além disso os escravos faziam os trabalhos que as pessoas não queriam fazer. Então era fácil para as pessoas ficarem com a consciência tranquila ante a escravidão, afinal os escravos eram os inimigos.

    Isto faz todo sentido do mundo em uma sociedade como a Romana, na qual o escravagismo era um dos pilares.
    Estranho é que sociedades cristãs fundamentadas na fraternidade universal não vissem nada de errado na escravidão e se viam não se esforçavam muito para acabar com a coisa.

    Idem para o Islã, no qual o Corão admite explicitamente que um muçulmano tenha escravos muçulmanos, o que extrapola a regra de escravos serem de cultura diferente.
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