Relatório do Grupo Gay da Bahia saiu — e a fraude continua

Vocês já devem ter visto várias matérias sobre "x pessoas foram vítimas de LGBTfobia no Brasil em 201x". Quase todas as matérias se baseiam no relatório do Grupo Gay da Bahia, um trabalho claramente fraudulento e que não atende a critérios básicos de cientificidade. Para inflar grotescamente o número de "assassinados por causa da LGBTfobia", eles incluem no relatório: afogamento, acidente de carro, infarto, suicídio, AVC, envenenamento, morte por complicação cirúrgica, overdose, esposo matando esposo, esposa matando esposa, travesti matando travesti, troca de tiro com a polícia, briga de facções, atropelamento, latrocínio, heterossexual morto por homossexual/travesti, e vários casos não solucionados pelas equipes da Polícia Civil. A fraude é muito tosca, já que qualquer pessoa pode abrir o catálogo e jogar os casos no Google. A afirmação de que centenas de pessoas são assassinadas no Brasil simplesmente por serem LGBTs é fortíssima, e jornalistas deixam seus vieses às claras quando, ano após ano, não fazem um "fact checking" dessa afirmação. Desde o final de 2017, Daniel Barbosa, administrador da página "Quem a homotransfobia não matou hoje?", vem mostrando as fraudes de Luiz Mott e sua trupe. O GGB respondeu satisfatoriamente às críticas feitas por Daniel e outros? Não. Na verdade, eles apagaram várias páginas e ocultaram informações. Em seu último relatório, eles OCULTARAM o nome dos mortos. Eles NUNCA fizeram isso. Eles querem dificultar o trabalho dos críticos. Ora, que tipo de pesquisador não responde a críticas pertinentes e ainda oculta informações? O tipo que não se importa com verdade e transparência, mas em manter uma narrativa viva a qualquer custo. O geneticista Eli Vieira está fazendo uma reanálise do relatório de 2016, e o resultado preliminar confirma a fraude: menos de 10% dos casos têm indícios de LGBTfobia. Fiz esse post porque me deparei várias vezes com redditors citando os números do GGB. Que há LGBTs mortos por serem o que são, disso eu não duvido. O problema está quando a discussão desse tema está fundamentada em números de um relatório fraudulento e não-científico. Isso enfraquece a causa. Isso não ajuda o poder público a atacar o problema de maneira adequada. Como atacar um problema que você não sabe como é e onde está? O GGB está fazendo escola: pesquisadoras da UFRJ lançaram o DOSSIÊ LESBOCÍDIO. O dossiê padece da mesma doença do relatório do GGB. Daniel Barbosa está envolvido em um imbróglio judicial com essas pesquisadoras. Elas OCULTARAM informações depois que Daniel fez críticas. A Controladoria-Geral da União ordenou à UFRJ que as pesquisadoras liberassem novamente o nome dos mortos, sob a Lei de Acesso à Informação. Elas se recusam a obedecer.



Artigo abordando algumas fraudes do relatório de 2018:

https://naomatouhoje.blog/2019/01/25/grupo-gay-da-bahia-divulga-versao-2018-de-sua-fraude-anual



Vídeo sobre o caso recente de pesquisadoras da UFRJ que estão fraudando uma pesquisa sobre assassinatos motivados por lesbofobia:

Comentários

  • Se os fatos não confirmam a ideologia, eles devem ser descartados.
  • editado January 2019
    Volpiceli disse: O geneticista Eli Vieira está fazendo uma reanálise do relatório de 2016, e o resultado preliminar confirma a fraude: menos de 10% dos casos têm indícios de LGBTfobia.

    Eli Vieira é gay, como o próprio se identifica publicamente.
    Também parece ser um caso interessante de honestidade e coragem intelectual.
    Pelo que vi, parece que sofre ataques de todas as militâncias que se sentem profundamente ofendidas quando ele diz a verdade.
  • Imprimir isso e enfiar no cú do Fefito da Jovem Pam que insiste em dizer que o Brasil é o país que mais mata homosexuais e que minorias daqui vivem em estado de exceção.

    As pessoas não geral não odeiam gays, no geral elas odeiam militantes mentirosos como este filho da puta.
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