Ser Corno agora é fantasia
Cuckold: fetiche no qual o marido vê a esposa transar com outro homem
A fantasia já é uma das mais procuradas na internet e aparece como um dos desejos mais comuns entre os homens
Imagine a cena! A mulher transa com um homem enquanto o marido assiste a tudo. Esse cenário, que para alguns pode parecer imoral, é um dos fetiches mais populares dos dias atuais. Ganhou até um nome: cuckold — termo derivado do pássaro cuckoo, conhecido pelo hábito de pôr ovos em outros ninhos.
O assunto, inclusive, virou tema de pesquisa científica. Os neurocientistas Ogi Ogas e Sai Gaddams, no livro “A Billion Wicked Thoughts: What the Internet Tells Us About Sexual Relationships (Um Bilhão de Pensamentos Safados: O Que a Internet Nos Fala Sobre Relações Sexuais, em português), contam que entre heterossexuais os filmes pornográficos de maridos assistindo mulheres transando com outros homens são um dos mais procurados — atrás apenas da categoria “jovens”.
O termo cuckold também aparece entre os mais pesquisados no Google. Nos últimos anos, o número de buscas sobre o assunto dobrou na ferramenta. Em fóruns da internet, também é praticada uma versão virtual da fantasia. Maridos postam fotos das esposas e pedem comentários dos usuários — claro, com o consentimento da mulher.
O psicólogo e sexólogo Justin Lehmiller conduziu um experimento no qual homens, anonimamente, deveriam expor suas fantasias sexuais. Assistir à esposa transando com outro apareceu com a mesma frequência que fetiches tradicionais (orgias, exibicionismo e sadomasoquismo).
Em um artigo, publicado na revista Playboy, Lehmiller afirma que cientistas divergem sobre as razões que levam a realização da fantasia. Algumas teorias apontam, inclusive, para um fator biológico. Estudos indicam que machos, ao ver fêmeas transando com outros parceiros, ficariam inconscientemente mais motivados a “fecundá-la”.
O psicólogo David J. Ley, autor do livro “Esposas Insaciáveis: Mulheres que Traem e Homem que Amam Isso”, oferece uma explicação mais social. Ele argumenta que o fetiche pode representar um ato de rebeldia contra as normas sociais padrões.
“Quando um homem visualiza sua esposa quebrando os votos matrimoniais, e, possivelmente a encoraja a fazer isso, ele está despenhando o que nós chamamos de ‘dupla transgressão’ das normas sociais”, aponta David, em entrevista à publicação especializada Psychology Today.
http://www.metropoles.com/vida-e-estilo/comportamento/cuckold-fetiche-no-qual-o-marido-ve-a-esposa-transar-com-outro-homem
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Comentários
Em um outro um gringo que estava trazendo a mulher muito linda para fazer sexo com o Kid Bengala e
ele com uma vóz estranha dizendo que iria tratar ela muito bem e que o marido no se preocupasse .
Pra mim é tudo comportamento "anormal" , mas cada um faz o que acha melhor e tem que haver liberdade
para isso .
Agora temos que entender que achar comportamentos sexuais "normais" é meio difícil .
Muita gente tem coragem de botar suas fantasias em prática .
Porra eu teria morrido pensando que uma fantasia sexual pudesse ficar só na fantasia . Nunca pensei que só era fantasia sexual se fosse colocada a prática . Vivendo e aprendendo no RV.
É ...é isso sim ...
Juntos há três anos, o representante comercial Rodrigo*, 27, e a estudante Leila*, 23, são adeptos do fetiche do "cuckolding" (gíria em inglês para definir homens que são traídos e não se importam com isso). Ele gosta que ela saia e transe com outros parceiros. Aqui, o casal explica como essa prática deixa o relacionamento mais excitante.
"'Tem um colega da faculdade dando em cima de mim, ele vive dizendo o quanto sou bonita', certa vez me disse minha namorada tentando fingir um ar de ofendida. Ela não conseguia sequer disfarçar o sorrisinho na cara, que deixava claro que estava gostando da situação.
'Que safada', eu pensava. Mas ao invés de ciúmes, aquilo me deixou com um tesão doido! Que negócio estranho, eu estava curtindo saber que tinha outro cara interessado nela? Isso é coisa de corno! Eu não podia gostar disso, não!"
"Certinha que só, ela achou a proposta um absurdo""Mas o que eu tinha sentido foi bom e se repetiu em outros momentos em que ela falou desse colega. Então decidi dar um Google nisso, sobre gostar de ser traído, e encontrei um monte de coisa, até em blog. Lendo relatos e comentários, parecia até que o Brasil inteiro era igual a mim.
Por uns meses, fiquei pesquisando e trocando ideia, tentando entender o que eu sentia. Por que eu estava me excitando com o fato de que havia outro homem dando em cima da minha namorada e ela estava gostando disso. Descobri que era um fetiche, um negócio totalmente sexual e que na cama vale tudo. Então decidi pedir para a minha namorada entrar na brincadeira.
Certinha que só, ela achou um absurdo. Mas fui falando, convencendo, dizendo que era normal, que a amava e aquilo só podia melhorar o sexo que já era bom... Devagarzinho, ela foi dobrando."
"Seduzimos outros homens em público""Primeiro, topou um jogo de sedução em público. Funcionava assim: a gente saía juntos e no restaurante, decidíamos um homem para seduzir. Então ela começava a olhar para o cara e fazer coisas que eu pedia. 'Abre a perna', 'agora cruza', 'mostra o decote', sempre com caras e bocas sensuais. O cara sempre ficava doido, olhando sem parar e achando que eu nem estava percebendo
Quantas vezes não vimos aqueles marmanjos, acompanhados de filho e esposa, vidrados na Leila? Dava para perceber o tesão dos caras pela minha namorada e aquilo me deixava maluco. Quando chegávamos em casa, o sexo era bom demais.
Mas provar esse tesão só fez aumentar minha vontade maior que era a de saber que ela estava de fato transando com outros. Muita gente acha que, se você falar para sua mulher que quer que ela transe com outro cara, ela vai adorar e sair correndo para aproveitar. Mas não é fácil assim, não. Leila achava errado, promiscuidade e tinha medo até de que isso acabasse com nossa relação. Precisei de um ano falando e argumentando para que ela topasse."
"Na primeira vez deu tudo errado""Então começamos a busca pelo primeiro amante dela. Entramos em uma rede social de sexo e criamos um perfil que deixava claro que eu queria ser um corno. Conversamos com muitos homens. Na verdade, ela conversou e eu só acompanhava. Essa parte da história já me deixava com tesão, ver a paquera, a sedução e a conquista.
Depois de uns meses, Leila marcou seu primeiro encontro e nós combinamos tudo certinho. Ela iria sozinha e me ligaria quando chegasse ao motel, para me contar o que estava achando. Então mandaria fotos e vídeos da ação em si.
Mas tudo foi diferente. Ela simplesmente não me ligou e eu comecei a entrar em parafuso. Era uma mistura de ciúmes, por uma traição real dela, ao furar nosso combinado, com medo de que algo ruim pudesse acontecer.
Liguei mais de 80 vezes e ela não atendeu, então corri para o motel combinado e descobri que ela não estava lá. O que tinha acontecido?""Eu quase explodi de tesão" "No fim das contas, nada além de um mal-entendido: estava muito trânsito, os dois decidiram ficar em um motel mais perto e ela, inexperiente, acabou curtindo demais o momento e esqueceu de me ligar.... - Veja mais em https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2017/06/26/sou-corno-e-adoro-saber-que-minha-mulher-esta-com-outro-me-deixa-louco.htm?cmpid=copiaecola
A despeito de minha inexperiência no assunto, não trato isso como uma questão moral. Nossos hábitos e costumes são, antes, convenções sociais e, como tais, variam de uma sociedade para outra. Penso que o inaceitável existe quando ele acontece à revelia do outro. Incomoda-me muito a cultura, qualquer cultura, onde exista a ideia de imposição, principalmente quando a violência faz parte desse conjunto de hábitos e costumes. Essa é a hora em que meter o nariz na vida do vizinho não me parece assim tão errado. Se não é esse o caso, então que cada um viva da forma que melhor lhe aprouver.
Em outras palavras, se as coisas acontecem de comum acordo, não vejo problema algum na aparência que possam ter para mim ou para meus valores. Um exemplo: acho normal ver dois homens se matando dentro de um octógono, mas sou radicalmente contra as touradas, pelos motivos óbvios que acabei de citar. O touro não escolheu estar ali para ser torturado até à morte.
Voltado ao tema, se um casal resolve diversificar seus momentos de prazer, e o fazem com a discrição que a vida em sociedade exige, não tenho nada a dizer que os condene. Se eu descobrir que um qualquer amigo meu é praticante de swing, minha opinião e meus sentimentos por ele não mudarão um milímetro. Diferente seria, por exemplo, se ele fosse um pedófilo. É exatamente o exemplo do touro e do lutador de MMA.
Também discordo que esse sujeito seja “corno”. Esse termo define o marido que foi traído pela esposa. Ora, o cara autorizou, ou melhor, ele pediu a ela que fizesse isso. Onde está a traição?
Por enquanto é isso. Se alguém quiser esmiuçar o tema, a gente prossegue.
http://pt.bab.la/dicionario/ingles-portugues/cuckold
Sim, eu compreendo a ideia e sei que, aqui ou lá, o pensamento é muito parecido.
E não pense que estou criticando quem é contra a prática ou, mesmo, quem a condena. Considero normal as duas situações: tanto quem pratica quanto quem não aceita. Seria estranho se fosse diferente. Porém, como aqui nós estamos sempre expondo nossas opiniões, resolvi colaborar com o tópico.
Eu nunca fiz nada parecido, mas acho bastante natural. Tudo se resume a ser ou não ser consensual.
Eu sei que cada um é cada um, mas é estranho. A excitação leva ao ato sexual, você simplesmente assistir aquilo e levar pro lado mental não é comigo.
Sem dúvida. Não é com você e um monte de gente há de concordar contigo. Como eu disse, acho normal tanto um lado quanto o outro.
Não sei se este exemplo é meio forçado, mas vamos comparar com o futebol. Tem gente que gosta de “jogar bola”, tem gente que gosta de assistir, tem quem goste das duas coisas e tem aqueles que, como eu, não gostam nem de jogar e nem de assistir. Por que seria bom assistir um jogo no qual não estou participando? Mas é bom, não é? Apenas nossos conceitos e padrões sociais nos dizem que é diferente, mas não é. Sexo pode ser bom para quem pratica e para quem vê de fora. São possibilidades humanas e, para mim, normais. Estou escrevendo rápido, sem elaborar a resposta. Se algo ficar mal entendido, esclareço outra hora.
Até entendo, eu mesmo estava num grupo do facebook sobre isso com um perfil que uso pra bisbilhotar (até porque esses grupos são fechados).
Agora um relacionamento é algo de comum acordo com as pessoas envolvidas tudo bem.
Diante dela perdemos a cabeça e matamos alguém.
O que esses casais fazem é trabalhar isso em favor deles e usar esse sentimento para o prazer.
Eu vi um filme muito interessante, pelo drama que se desenrola enquanto dois homens atravessam as planícies geladas do Alasca. Um desses homens é um policial, que foi enviado àquele fim de mundo para prender o outro sujeito, acusado de homicídio.
Motivo: Ele, o esquimó, ofereceu sua esposa a um hóspede e este recusou a oferta. Ele ficou tão ofendido com a recusa que matou o sujeito. A parte interessante do filme é ver a mudança que ocorre no policial, enquanto eles enfrentam as agruras do Alasca. Ele começa a entender a mente do seu prisioneiro e compreender o conjunto de valores que lhe são caros, mesmo que em contraste com seus próprios valores.
Então, uns matam porque foram traídos, outros, porque a “traição” não aconteceu. Possibilidades humanas.
Pra mim isso é uma mera variação do voyerismo e a explicação me parece bem mais simples.
O ser humano gosta de ver sexo, por isso mesmo o mercado da pornografia sempre foi bem próspero. Assistir o sexo ao vivo podendo participar é o atrativo desses caras.
Ainda tem um fator adicional que é o homem no fundo gostar de mulher safada, em geral não pra casar, mas esses caras parecem superar essa diferença e querem mulheres safadas loucas por sexo sendo suas esposas.
O ciúmes e a possessão são coisas difíceis de superar e no caso de muitos swingers a superação real disso parece ser um dos elementos.
Por mais que seja difícil compreender como alguém apaixonado possa gostar de ver a pessoa amada com outro, não vejo dificuldade em entender como isso se daria sem esse afeto que trás uma camada extra de sentimentos como o ciúmes.
Por exemplo, a situação não parece muito diferente de um cenário de suruba ou de amigos dividindo uma prostituta.
Se uma garota deslumbrante estivesse comigo e um amigo no fim de uma festa na sua casa e disser que a fantasia dela é transar com dois ao mesmo tempo, não seria um cenário que eu acharia repulsivo ou estranho no mesmo nível da história que o Percival postou. Não existe aí o elemento do ciúmes e da paixão, nem a vergonha do corno, então a coisa já não parece tão estranha.
Já vi conhecidos se "gabando" de terem pego uma "mina safada" que deu pros dois numa barraca de camping. Como não era namorada de nenhum não existia a vergonha do corno, o sentimento de traição ou a possessividade do ciúmes pra atrapalhar, então estavam todos livres pra sentir tesão com a safadeza da garota.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zelofilia
É o uso da humlhação e do sentimento de ciúme como prazer.
É claro que é mais raro ou talvez mais as escuras do se possa imaginar, mas é de se entender porque acontece.
Existe prazer em sentir ciúmes de forma consentida.
É isso que procuram os casais envolvidos não no swing mas apenas na relação "cuckold" onde o homem observa a esposa com outro.
Tanto o humilhado quanto a esposa que humilha sentem prazer no ato.
A relação cuckold é o oposto.
Sem a vergonha ou a possessividade do ciúmes a coisa não rola.
É a humilhação o ponto principal, é dela que vem o prazer.
Da Wiki:Theories in psychologyPsychology regards cuckold fetishism as a variant of masochism, the cuckold deriving pleasure from being humiliated.[11][12] In Freudian analysis, cuckold fetishism is the eroticization of the fears of infidelity and of failure in the man's competition for procreation and the affection of females.i][url=https://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Citation_needed]citation needed[/url][/i In his book Masochism and the Self, psychologist Roy Baumeister advanced a Self Theory analysis that cuckolding (other forms of sexual masochism) among otherwise mentally healthy people was a form of escapism. According to this theory, cuckold fetishists are relieving themselves of the stress of the burden of their social role and escaping into a simpler, less-expansive position.If a couple can keep the fantasy in the bedroom, or come to an agreement where being cuckolded in reality does not damage the relationship, they may try it out in reality.i][url=https://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Citation_needed]citation needed[/url][/i However, the primary proponent of the fantasy is almost always the one being humiliatedi][url=https://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Citation_needed]citation needed[/url][/i, or the "cuckold": the cuckold convinces his lover to participate in the fantasy for them, though other "cuckolds" may prefer their lover to initiate the situation instead. The fetish fantasy does not work at all if the cuckold is being humiliated against their will.[13]Theories in evolutionary biology and psychologyIn evolutionary biology, the term cuckold is also applied to males who are unwittingly investing parental effort in offspring that are not genetically their own. As noted above, the term cuckold is derivative of the mis-directed parental investment of birds who direct parental investment to the eggs that cuckoo birds have laid in their nests.[1]In his book Sperm Wars, biologist Robin Baker speculated that the excitement and stimulation of the cuckolding fetish emerges from the biology of sexuality and the effects of sexual arousal on the brain, although it is important to note the word "cuckold" does not appear in his book. According to one of his theories, Baker believes that when a man thinks that his female mate may have been sexual with another man, the man is prompted by biological urges to copulate with the female in an effort to "compete" with the other man's sperm. Baker is also one of the few proponents of the theory of Killer Sperm, the idea that sperm compete not only for first access to the egg but by "attacking" other sperm. Although this idea appears frequently in cuckold fetish material, very few biologists share this view.[14][15]Baker and his proponents' views conflict with the hypothesized foundations for sexual jealousy in evolutionary psychology, which is rooted in the idea that men, specifically, will react jealously to sexual infidelity on the parts of their mates.[16] Infidelity is also the number one cause for divorce.[17]The cuckold’s urge to thrust, through intercourse or masturbation, is often enhanced by the presence of the bull, whether real or fantasized. A study by Gordon Gallup and coworkers (2003) concluded that one evolutionary purpose of the thrusting motion characteristic of intense intercourse is for the penis to “upsuck” another man’s semen before depositing its own.
Entendi, então na verdade essa pratica é uma variação do sado-masoquismo que adentra numa pratica semelhante ao swing, mas que se diferencia deste.
Não tinha pensado nessa hipótese.
Realmente bizarro.
Sim.
Tem gente que gosta de se fuder, ser humilhado, traído e dominado.
Isso explica o fenômeno "cuckold" e também os 30% de votos em Lula nas últimas pesquisas.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkk
Tá vendo porque acho essa fantasia absurda.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Existe o prazer na humilhação, existe o prazer na dor, existe o cara que gosta de mulher safada desde que não seja a sua, mas existem casais (mais normais do que vocês possam imaginar) que curtem essas variantes sem esses componentes que foram citados.
Como eu já disse algumas dezenas de vezes, eu sou um observador. Muito do que eu aprendi sobre a vida, sobre o homem e até sobre o insondável Deus, aconteceu por meio exclusivo de uma profunda observação do mundo ao meu redor. É normal que nos apressemos em reduzir o objeto de nosso julgamento, se não para caber em nosso horizonte, pelo menos para pôr termo a um assunto que não é de fato de nosso interesse. E aqui não vai um julgamento, antes uma análise. Eu compreendo o posicionamento dos colegas, e esse posicionamento é uma dessas possibilidades humanas que tenho defendido.
E não, não estamos falando de um fenômeno raro. Mundo afora, isso é bem mais comum do que pensamos. Por isso eu tento manter minha mente aberta a tudo o que for externo à minha realidade, desde que consensual e sem provocar prejuízos a terceiros. Eu já fui muito mais crítico do que sou hoje. Alimentei, por muito tempo, conceitos e julgamentos que, no presente momento, não fazem nenhum sentido para mim. Quem aqui nunca apontou o dedo para uma “maria gasolina”, “maria chuteira” ou qualquer outra Maria? Eu já. Meu repúdio a essas interesseiras era tão legítimo quanto minha ignorância sobre a natureza do assunto. Hoje, vejo que isso é a coisa mais normal do mundo; vejo que não poderia ser diferente; vejo, de verdade, como quem vê através de uma janela de vidro. Se quiserem abordar o tema, terei imenso prazer.
Alguém poderá lembrar que eu não fui assim tão compreensivo e tolerante diante de outras possibilidades humanas, como o usuário de drogas, por exemplo. Mas as drogas, para além de serem proibidas por lei, causam um enorme prejuízo à sociedade. Isso não significa que eu esteja certo e eles errados. Significa apenas que eu escolhi ser intolerante com o nocivo e com o ilegal. É uma escolha pessoal e parcial, longe de conter qualquer valor absoluto.
Não leiam, em minhas palavras, qualquer entrelinha com viés moralista ou politicamente correto, Deus me livre. Estou falando de uma experiência extraordinária, que é a mera tentativa de compreender a infinita consciência humana.
Na espécie humana, isto significa conseguir um companheiro rico e poderoso.
Fomos programados para isto e é difícil superar estes impulsos.
Perfeito! Isso basta.
Eu digo cada um tem uma visão de mundo, tem aquelas que são mais padrão que outras. É um choque ver uma pessoa seguindo um padrão assim em que em casos normais causa indignação e rejeição.
É uma escolha com base numa visão de mundo saudável e que permite a segurança do direito a vida acima de um desejo de ter acesso a substâncias entorpecentes que fazem com que o indivíduo perca o controle sobre suas ações de uma forma prejudicial ao alheio.
Conforme disse a mente humana é complexa e se adapta a reações de forma diversas. Por isso me fascina quanto me assusta quando há essas situações.