MERCADO
Vamos supor que os socialistas tenham sido capazes de criar um poderoso exército de cidadãos genuinamente ávidos para seguir todas as ordens de seus mestres, os planejadores socialistas.
Fica a pergunta: o que exatamente esses planejadores mandariam esse exército fazer? Como eles saberiam quais produtos seus escravos deveriam produzir? Em qual etapa da cadeia produtiva cada exército deveria trabalhar? Quanto de cada produto deve ser produzido em cada etapa da cadeia de produção?
Quais técnicas ou quais matérias-primas devem ser utilizadas na produção como um todo? Qual a quantidade de matérias-primas a ser utilizada? Onde especificamente fazer toda essa produção? Como eles saberiam seus custos operacionais ou qual processo de produção é mais eficiente?
O comitê de planejamento central não tem como responder a essas perguntas porque o socialismo não dispõe daquela indispensável ferramenta que só existe em uma economia de mercado, e a qual empreendedores os empreendedores utilizam para fazer cálculos e estimativas: existência de preços livremente definidos no mercado.
1) Sob o socialismo, os meios de produção (fábricas, máquinas, ferramentas e mão-de-obra) não possuem proprietários privados. Eles pertencem ao estado.
2) Se os meios de produção pertencem exclusivamente ao estado, não há um genuíno mercado entre eles.
3) Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos para esses meios de produção (o que inclui os salários da mão-de-obra).
4) Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de custos. E sem cálculo de custos, é impossível haver qualquer racionalidade econômica na alocação, o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada.
5) Sem preços, não há cálculo de lucros e prejuízos, e consequentemente não há como direcionar o uso de meios de produção para atender às mais urgentes demandas dos consumidores da maneira menos dispendiosa possível.
Dado que a própria essência do socialismo é a propriedade coletiva dos meios de produção, e dado que tal arranjo não permite o surgimento de preços de mercado, e dado que sem preços não há o mecanismo de lucros e prejuízos, que é o que traz racionalidade para qualquer processo produtivo, o comitê de planejamento central não seria capaz nem de planejar nem de tomar qualquer tipo de decisão econômica racional.
Suas decisões necessariamente teriam de ser completamente arbitrárias e caóticas. Consequentemente, a existência de uma economia socialista planejada é literalmente "impossível".
Fica a pergunta: o que exatamente esses planejadores mandariam esse exército fazer? Como eles saberiam quais produtos seus escravos deveriam produzir? Em qual etapa da cadeia produtiva cada exército deveria trabalhar? Quanto de cada produto deve ser produzido em cada etapa da cadeia de produção?
Quais técnicas ou quais matérias-primas devem ser utilizadas na produção como um todo? Qual a quantidade de matérias-primas a ser utilizada? Onde especificamente fazer toda essa produção? Como eles saberiam seus custos operacionais ou qual processo de produção é mais eficiente?
O comitê de planejamento central não tem como responder a essas perguntas porque o socialismo não dispõe daquela indispensável ferramenta que só existe em uma economia de mercado, e a qual empreendedores os empreendedores utilizam para fazer cálculos e estimativas: existência de preços livremente definidos no mercado.
1) Sob o socialismo, os meios de produção (fábricas, máquinas, ferramentas e mão-de-obra) não possuem proprietários privados. Eles pertencem ao estado.
2) Se os meios de produção pertencem exclusivamente ao estado, não há um genuíno mercado entre eles.
3) Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos para esses meios de produção (o que inclui os salários da mão-de-obra).
4) Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de custos. E sem cálculo de custos, é impossível haver qualquer racionalidade econômica na alocação, o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada.
5) Sem preços, não há cálculo de lucros e prejuízos, e consequentemente não há como direcionar o uso de meios de produção para atender às mais urgentes demandas dos consumidores da maneira menos dispendiosa possível.
Dado que a própria essência do socialismo é a propriedade coletiva dos meios de produção, e dado que tal arranjo não permite o surgimento de preços de mercado, e dado que sem preços não há o mecanismo de lucros e prejuízos, que é o que traz racionalidade para qualquer processo produtivo, o comitê de planejamento central não seria capaz nem de planejar nem de tomar qualquer tipo de decisão econômica racional.
Suas decisões necessariamente teriam de ser completamente arbitrárias e caóticas. Consequentemente, a existência de uma economia socialista planejada é literalmente "impossível".
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Comentários
Eles sabiam praticamente desde o inicio que a economia socialista era impossível, Olavo coloca que o comuismo não se trata de ideologia mas de um projeto de poder que se servirá de qualquer que seja o discurso da moda.
E mostra muitos fatos pra comprovar isso.
Esse texto explica bem o que você quis dizer aí em cima:
http://www.olavodecarvalho.org/o-comunismo-dos-imbecis/
Os comunistas espertos não tentam implementar socialismo no sentido de "estatização total dos meios de produção por meio de economia centralmente planificada"; aqueles que mais entenderam isso sobreviveram e tem potencial de causar estrago mais longo do que os socialistas clássicos.
Aí entra o Marxismo cultura, invadindo mídias como quadrinhos, cinema, videogames... Como imprensa e desenvolvimento desses produtos.
É a versão mais completa que já vi.
Olavo tentou dizer isso pra muita gente em vídeos que assisti versões menores do argumento do texto.
Muito bom.
Há impostos
Conheço pouco o Brasil, ultimamente tenho-me aproximado um pouquinho da sociedade brasileira, o que me deixa limitadamente optimista. Porquê?
A democracia no Brasil, i.e., as instituições do Brasil estão algo amadurecidas. Se estas forem mais fortes que a corrupção generalizada de políticos e dos seus representados, a coisa acabará por se resolver. Isto, porque a mama sendo curta, exigirá uma mudança estrutural da sociedade brasileira, que em países democráticos se faz reformando com tranquilidade.
Uma intervenção militar é o oposto...ver gente pedir uma intervenção militar mostra alguma instabilidade dos seus cidadãos, mas talvez aqueles que importam sejam razoáveis ( no topo da lista, os próprios militares).
Percebe-se.
Sim, percebe-se, pois se conhecesse mais saberia por razão são tão idiotas os brasileiros pró-intervenção militar.
Não consigo conceber um modo de entender a palermice dessa gente.
Gênio.
São, não discordo. Mas se pudermos nos livrar de um processo de degradação por políticos esquerdistas e uma socidade doutrinada por esquerdistas, melhor isso do que nada.
http://pt.euronews.com/2017/10/17/os-numeros-negros-da-pobreza-em-portugal
http://www.tvi24.iol.pt/videos/economia/ha-quase-2-6-milhoes-de-portugueses-em-risco-de-pobreza/591aea550cf2b1e529f179d2
kkkkkkkkkkkkkkkk
Na Escandinávia, revertem em benefícios para os contribuintes. No Brasil, são roubados.
Com certeza com muitas perdas.
Há então ok. Trata-se da corrupção...
se tem a certeza, demonstre as perdas
Estado é super confiável administrando recursos sem perda, amiguinho. Pode confiar.
Pois é, custa argumentar e restou esse seu apelo emocional subjectivo.
Claro porque o Estado é super eficiente, pode confiar.
Você não percebe o papel de atravessador que o governo faz. Você é um idiota e não faz sentido argumentar.
De uns tempos prá cá o discurso esquerdista tem incluído chamar de socialistas países como Suécia, Noruega ou Canadá e usá-los como exemplos de lugares onde o socialismo deu certo.
A Suécia tem por volta de dez milhões de habitantes, menos que a cidade de São Paulo, e é sede de corporações multinacionais capitalistas prá cacete como Scania, Saab, Volvo, Ericsson, Eletrolux, Atlas Copco, Tetra Pack e mais um monte. Seguindo a ordem natural das coisas, as corporações capitalistas prá cacete vieram primeiro e o estado de bem estar social depois.
A Noruega produz uns 150 barris de petróleo por habitante ano. E não sendo uma cleptocracia como os países árabes ou a Petrobrás, usou bem este recurso. E se falarem do pré-sal do Brasil, só será comparável proporcionalmente às reservas x população da Noruega no dia que tirarem aqui 100 milhões de barris por dia.
E o Canadá, que na definição do Paulo Francis era os Estados Unidos sem os problemas.
Estes países de socialistas não tem absolutamente nada, enriqueceram pelo capitalismo e depois de ricos puderam se dar ao luxo de manter benesses sociais de alto nível.
Quem quer gastar como os ricos antes de enriquecer e apresenta isto como fórmula de sucesso é vigarista ou bobo.
Argumentação de génios.
Ao menos digam que não fazem ideia do que falam. Ou ainda, admitam que as vossas crenças são isto mesmo crenças e não factos...
O capitalismo é eficiente, de facto, os países desenvolvem-se neste sistema. Todavia, o ponto mais interessante é discernir o motivo que leva uns a fazer chegar este bem ao maior número de outros cuja a desigualdade se acentua ( os referidos nórdicos vs EUA).
O esquerdismo, nem sei bem o que isso é. Considero que no nosso tempo discursos de luta de classes, proletariado, etc, não faz qualquer sentido. Socialismo de hoje, se for a ideia de fazer chegar a riqueza criada no sistema capitalista ao maior número venha ele. Mas se for nacionalizar a economia, não faz falta e deve ser abandonado.
Já referi neste espaço, repito agora:
A esquerda portuguesa, em nome de combater a precariedade, criou obrigações de pagar a segurança social ao profissional liberal, mesmo que este não tenha tido qualquer lucro. Esta realidade é execrável.
Um profissional liberal não deveria descontar nada do seu rendimento, mas ao mesmo tempo abdicaria dos serviços públicos de saúde...aliás, de qualquer modo, o serviço público não funciona.
Em suma, na prática, o liberal paga para o estado para ter um serviço que não lhe é dado e depois paga ao privado pelo serviço.
E neste lugar, ainda tem quem seja imbecil para pensar que eu defendo esta realidade, i.e., as ideias da esquerda portuguesa ( Bloquistas ou comunistas).