A BOLHA DOS ULTRA JOVENS - Revista Época dessa semana

Apesar de terem feito um bom trabalho com a capa, o artigo em destaque não foi à altura. Mas traz pontos interessantes, a partir dos quais é possível fazer algumas reflexões:

Enquanto países desenvolvidos estão focados em ensinar aos seus jovens inteligência artificial, machine learning, big data e outros assuntos pertinentes, por aqui ainda estamos presos em discussões que não têm relevância econômica alguma, como identidade de gênero ou saber se mulher branca usar turbante é apropriação cultural.

O resultado é que, pela ignorância gerada, nossos jovens crescem acreditando que salário é uma benevolência do empregador e não uma função da produtividade e da sua disposição de assumir riscos. 

Com isso, creem que o fato de não conseguirem comprar coisas é porque as empresas não querem dar remunerações altas, quando a realidade é que nossos jovens são menos capacitados que beagles de laboratório.

Basta ver os cursos universitários mais concorridos nos EUA/Europa e aqui no Brasil. Por lá é business / management / tecnologia. Já por aqui são cursos de humanas. 

É claro, o adolescente que se formou no ensino médio sem saber a tabuada nem conseguir interpretar um artigo acadêmico não tem outra chance na vida a não ser fazer vestibular de Ciências Sociais na Uniskina ou qualquer outra coisa do tipo.

Não que não sejam profissões dignas, mas não geram valor econômico, sobretudo por estarmos já saturados de profissionais do mesmo perfil. 

Paralelamente, estamos na rabeira mundial do ranking de P&D, enquanto nossos melhores engenheiros, administradores e profissionais de tecnologia estão se mandando para fora em ritmo acelerado.

É uma equação simples: o tempo de um aluno é limitado. Quanto mais horas ele passa aprendendo sobre diversidade cultural, menos horas ele passa aprendendo sobre matemática, literatura, física, etc. 

Como consequência, quando chegam no mercado de trabalho, os jovens descobrem que o resto do mundo não importa os dois maiores produtos brasileiros: textão no Facebook e vídeos motivacionais. 

Ninguém lá fora está interessado em debater se devemos usar "x" no final de palavras com dois gêneros, muito menos em acampar no frio para apoiar criminosos condenados.

Lá no primeiro mundo, as pessoas só pensam em uma coisa: produzir. Produção gera riqueza, gera igualdade, reduz a violência e, em última instância, traz mais diversidade social do que ensinar diversidade nas escolas.

Já por aqui, a nova geração estará elegendo Lulas, Bolsonaros, Dilmas e Temeres (sim, vice também é eleito) ainda por muitas décadas.

Comentários

  • Sem falar em que "ultrajovem" não é uma característica da pessoa, é um breve período de tempo em sua vida. Vai passar e restará apenas um adulto ignorante que vai botar mais "ultra jovens" revoltadinhos no mundo.
  • Fernando_Silva disse: Sem falar em que "ultrajovem" não é uma característica da pessoa, é um breve período de tempo em sua vida. Vai passar e restará apenas um adulto ignorante que vai botar mais "ultra jovens" revoltadinhos no mundo.

    E vai replicar essa visão de mundo como uma verdade.

     
  • 0?e=2128896000&v=beta&t=rxzQXtO4USmWSg3JJXFOGrdyhcyMBdozr_oIdGAU1q8A BOLHA DOS ULTRAJOVENS? QUÊ? QUE ISSO?0?e=1534982400&v=beta&t=_OHfskrhAHU62VN3LYi6sNapuxK3at2Vwja20cmXFY8Vinícius Gomes DaddaRESOLVI ESCREVER...

     Ontem compartilhei a capa da ÉPOCA e vários amigxs vieram me perguntar sobre, então resolvi dar O MEU PONTO DE VISTA sobre o tema, vamos lá:

     Primeiro, isso não é uma bolha, é sim uma mudança de era, de comportamento, uma transição de uma geração para outra, e com isso vêm várias mudanças. Essa transição vem pautada por adventos tecnológicos que todos, - de todas as idades -, estão usando. E como toda mudança, começa por um grupo menor. Acredito que isso é o que estão chamando de “bolha”.

     Outro ponto que me incomoda é que os autorxs tratam as pessoas que participam desta "bolha" como seres de outro planeta, a tal geração Y. Essa geração somos todos nós (que estamos trabalhando, vivendo e tentando fazer este mundão acontecer), e não uma terceira pessoa distante ou inexistente. Além disso, em momento algum os autorxs incluem a visão das pessoas que fazem parte dessa geração, para que seja possível ter uma visão mais ampla e completa do tema.

     O que me parece é que: como não se sabe ao certo o que está vindo por aí, fica-se com medo da mudança e/ou do futuro. Um exemplo dessa reação foi o lançamento da televisão há mais de 60 anos, quando achava-se que seria o fim dos jornais e do rádio e que as pessoas ficariam loucas por passar muito tempo na frente da TV; MAS NÃO, ao longo do tempo <EVOLUIMOS> esses comportamentos foram tidos por normais (inclusive, a TV está passando junto por esta nova transição).

     Sobre a leitura: fala de hábitos, costumes, estilos, moradia, trabalho, futuro de algumas coisas, etc.Em suma, para quem ainda não conhece o tema, vale a pena a leitura, mas para quem já conhece, não tem novidade. De qualquer maneira, traz dados e fatos bacanas e, como toda leitura, sempre é válida. A BOLHA DOS ULTRAJOVENS? QUÊ? QUE ISSO?

     SEM HOTEL = Airbnb, hostels, casas compartilhadas. SEM CARRO = Uber, Bla Bla Car, On demand. SEM-JOIA = por que investir tanto num bem destes? SEM CASA-PRÓPRIA = por que imobilizar uma vida inteira. SEM FAST-FOOD = isso não é comida / não tem procedência. SEM-CASAMENTO = convenção social antiquada. SEM-CARTEIRA DE TRABALHO = dinamismo do trabalho atual. SEM-CANUDINHO = vcs já viram como estão nossos oceanos?

     Basicamente todos estes exemplos envolvem, de uma maneira ou outra, a mudança da aplicação do “dinheiro”. Todos estes serviços citados acima ainda vão continuar existindo, MAS de uma maneira diferente, ao invés de ter a posse destes bens, podemos viver a experiência, quando quisermos.

     Por fim, elxs estão colocando TODA uma geração numa bolha, mas não é isso que está acontecendo; é o simples fato de que estamos mudando a maneira de viver, assim como nossos pais fizeram perante nossos avós e assim por diante.

     E isso não é culpa da Época em especifico, vejo vários palestrantes, professores, artigos e afins, nos mesmos moldes, temos que parar de julgar de fora e interagir para evoluirmos juntos.

     De novo, é só a minha opinião, mas seria legal debatermos mais sobre o tema...

    https://pt.linkedin.com/pulse/bolha-dos-ultrajovens-quê-que-isso-vinícius-gomes-dadda

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  • autorxs

    Quê porra é essa???
  • SEM CASA-PRÓPRIA = por que imobilizar uma vida inteira.
    SEM-CARTEIRA DE TRABALHO = dinamismo do trabalho atual.
    Como os ultrajovens pretendem sobreviver quando ficarem velhos?
    Quando estiverem de saco cheio de tudo e sem condições físicas para trabalhar?
     
  • Fernando_Silva disse:
    SEM CASA-PRÓPRIA = por que imobilizar uma vida inteira.
    SEM-CARTEIRA DE TRABALHO = dinamismo do trabalho atual.
    Como os ultrajovens pretendem sobreviver quando ficarem velhos?
    Quando estiverem de saco cheio de tudo e sem condições físicas para trabalhar?
     

    Acredito que seja até positivo não possuir uma residencia propria se voce souber deixar esse capital "trabalhando" .

    Porém, eu aposto que essX autor(X) é um dos criticos da reforma trabalhista e adoradores da Carta Del lavoro do Mussolini.

    Depois vem com essas ideias de "dinamismo do trabalho atual"
  • editado June 2018
    Porém, eu aposto que essX autor(X) é um dos criticos da reforma trabalhista e adoradores da Carta Del lavoro do Mussolini.

    Ele é pós moderno padrão. 
  • Lembra-me lá dos Trapalhões, onde era entrevistado um velhinho bem velho e aí queriam saber o segredo de tanta longevidade. E o velhinho revelou:
    _ O segredo é não ter casa para morar e não ter cama para dormir.

    Se alguém não entendeu: _ Não tem onde cair morto...
  • ENCOSTO disse:
    Acredito que seja até positivo não possuir uma residencia propria se voce souber deixar esse capital "trabalhando" .
    Mas aí vão dizer que ele é "rentista" e vive às custas dos outros, sem trabalhar.
     
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