Toda profissão é composta por uma pequena elite que domina o assunto e ama o que faz, seguida por uma multidão de profissionais medíocres que batem ponto e estão mais interessados nas suas atividades recreativas, as quais estão ansiosos para fazer assim que o tedioso trabalho terminar.
Esse "ama o que faz" é exatamente o que os torna elite. Quando você ama o que faz há dedicação e certamente vai superar os que apenas cumprem horário. Por isso considero primordial trabalhar em um ramo onde haja afinidade. Zeus me livre de ter de trabalhar com o que não gosto!
Gillian
Para a grande maioria das pessoas, "tornar-se adulto" consiste principalmente em apagar as lembranças da própria infância, esquecer-se de como realmente era ser uma criança. Felizmente, sou uma criança de quase 54 anos de idade.
Mais uma criança aqui
Eu tenho uma memória absurda. Lembro do passado com extrema nitidez e detalhe.
Durante uma conversa familiar foi dito que minha avó sempre manteve todos os móveis da casa no mesmo lugar a vida inteira. Eu provei que isso não era verdade e que já existiu outra configuração dos móveis. Comecei a detalhar como tudo estava e minha mãe levou um susto: eu deveria ter uns três anos de idade.
A pouco tempo estava conversando sobre termos dos estudos de biologia e comecei a me lembrar exatamente da aula em que aquilo foi ensinado e em alguns casos da página do livro didático que continha o assunto.
Por outro lado sou péssimo para memorizar números e datas.
Burrico disse: O vídeo traz um ponto interessante: criança é uma máquina de aprender. O que tem feito com que essa máquina somente funcione a pleno vapor com tão poucos?
Uma boa pergunta... Vou melhorar mais um pouco se me permite...
Será que os tão poucos que conseguem se desenvolver bem nessa escola tradicional, quando adultos vão saber lidar com os problemas do trabalho... Serão capazes de lidar com projetos, serem líderes ???
O Nada sei falou isso tb com muita propriedade... Sobre doutores em certas especialidades, e que na sala não possuem didática nenhuma para ensinar...
É justamente saber lidar com as inteligências e seus potenciais...
Burrico disse: Ora eu tive de correr atrás de conhecimento depois de velho e o processo de adquirir este conhecimento foi muito prazeroso. Por que não tive esse prazer quando criança? Não é uma questão de ser divertido ou de querer um professor engraçadinho dentro de aula e sim porque aquilo tudo que era apresentado não instigava, não dava vontade de querer mais.
Burrico, eu tb tive de procurar certos estudos depois de mais velha...
Eu sofri na escola infantil... Eu era canhota no inicio da minha alfabetização... De tanto apanhar da professora nas mãos... Deixei de escrever com a mão esquerda... Hj sou ambidestra... Quer dizer... Tenho meu impulso (força de ação) voltado para o lóbulo esquerdo, mas escrevo com o direito... Com isso ficaram traumas... Eu era muito dispersa nas aulas... Minha mente é (era) muito rápida nas construções de pensamentos abstratos... A professora de alfabetização não me deixou evoluir...
Sofri muitas agressões na sala por questionar, por não conseguir resolver do jeito que os colegas resolviam as questões... Achava sempre meios pouco ortodoxos de resolver as questões... Vou das construções mais abstratas para as menores, resolvendo por dedução lógica... Poucos professores me entendiam... Pensavam que eu estava de sacanagem... Que eu colava... Eu tive um professor de física analítica, a uns três anos atrás, que numa prova ficou do meu lado a prova toda... Os colegas colando pra caramba e ele ali... rs
Ele imaginou que eu estava colando... rs Não entendia como eu podia resolver as questões de um jeito não convencional e estava chegando no mesmo resultado final dos demais, só a elaboração da questão que era diferente...rsrsr
Foi sempre assim comigo. Eu tive de encontrar meios de me educar... E eu sempre adorei estudar, adoro o prazer do conhecimento, é como beber café... Sinto falta !!!
Burrico, uma criança é um universo em si... Se vc na tenra idade lhe disser que ela é burra, ela só terá duas alternativas... Ou acredita no que lhe dizem e desiste de alçar voos... Ou paga pra ver e vai em frente me busca de seu próprio conhecimento...
Acaba virando um autodidata... Foi o que aconteceu comigo...
Essa escola que está aí... É boa para a maioria que se acostuma sem nada pensar, sem perguntar, sem procurar entender o nexo de um enunciado... Simplesmente faz a questão seguindo os dados, sem se perguntar se tem outra forma de fazer...
Esses menos conectados nesses conteúdos mecanicistas sofrem mais na escola tradicional... Eu por exemplo parei de perguntar aos professores as coisas... Eu mesma pesquisava para saber... Muitas vezes percebi que alguns professores sabiam menos do que eu sobre determinados assuntos da própria matéria deles...
A isso eu costumo chamar de limitação barreiras que a escola cria ao delimitar os conteúdos.
É sempre assim Burrico, pessoas que tiveram algum tipo de dificuldade na escola básica, só conseguem aprender o prazer de estudar mesmo, quando percebem que não precisam de mais ninguém que lhes diga o que e como estudar...
Cálculo Numérico é Matemática Aplicada
Programação de computadores não é ciência, é uma técnica, aliás estabelecida sôbre pressupostos duvidosos e totalmente ultrapassados do ponto de vista histórico (compatibilidade com o ASCII, teclado QWERTY, linguagens que nada mais são do que um nano-sub-conjunto da língua inglêsa, etc).
"Engenharia de software" não existe, é um misnomer. Serve apenas para um certo segmento dentro de uma categoria profissional se sentir mais importante do que êle realmente é.
assinado: ex-programmadora de RPG II, COBOL, ALGOL e FORTRAN.
No question about this. Pero no lobrigo correlação disso com o que falei.
By the way acho que somos contemporâneos pois sou do tempo do ALGOL + BURROUGHS 6700.
Lembra dos cartões perfurados & dos teletipos?
HELLO!
Do "SEMICOLON EXPECTED"?
Bons tempos aqueles
No question about this. Pero no lobrigo correlação disso com o que falei.
By the way acho que somos contemporâneos pois sou do tempo do ALGOL + BURROUGHS 6700.
Lembra dos cartões perfurados & dos teletipos?
HELLO!
Do "SEMICOLON EXPECTED"?
Bons tempos aqueles
"Falta de correlação" não importa, o que importa é
não perder as oportunidades de detonar os mitos do mundo pós-moderno ;-)
Quanto aos cartões perfurados: conheci e usei tanto os de 80 colunas quanto os "minis" de 96 colunas;
o B6700 era o monstrinho usado no famoso /infame CCE (Centro de Computação Eletrônica) situado no prédio do "Biênio" da Politécnica da USP.
Pois é... antes de não-me-dar-bem com a escolinha do Hospital das Clínicas, eu já havia me desentendido com o fantástico mundo dos Politrecos... não costumo revelar esta parte do meu passado sombrio, para que as pessoas em geral não me achem ainda mais "estranha" do que eu já sou =^.^=
Eu tenho uma memória absurda. Lembro do passado com extrema nitidez e detalhe.
Durante uma conversa familiar foi dito que minha avó sempre manteve todos os móveis da casa no mesmo lugar a vida inteira. Eu provei que isso não era verdade e que já existiu outra configuração dos móveis. Comecei a detalhar como tudo estava e minha mãe levou um susto: eu deveria ter uns três anos de idade.
A pouco tempo estava conversando sobre termos dos estudos de biologia e comecei a me lembrar exatamente da aula em que aquilo foi ensinado e em alguns casos da página do livro didático que continha o assunto.
Por outro lado sou péssimo para memorizar números e datas.
Essa boa memória é somente de fatos passados.
Comparada com a grande maioria, eu também tenho bancos-de-memória infinitos :-)
Mas é tudo bastante errático digamos assim, eu não tenho grande contrôle sôbre o que eu gostaria de lembrar sempre e o que eu gostaria de esquecer por achar "irrelevante". Ainda que muito vagamente, lembro da primeira fotografia que tiraram de mim, eu estava no colo de minha madrinha, e devia ter um mês de idade... Uma outra foto que tiraram de mim em 1965, aos dois anos, essa eu lembro com bastante nitidez; me colocaram sentada em uma janela, e aí um dos parentes de uma outra madrinha apontou a caixinha mágica para mim e apertou o botão do click.
Me lembro do código de classificação "proprietário" e obsoleto do primeiro livro que consultei na biblioteca municipal Mario de Andrade, em 1977: 570 - Y - c -108. Lembro também do código CDD (classificação decimal de Dewey) do manual de gramática grega do professôr Rudolf Bölting: 488.2469 - B1. Ou do número pi com 20 casas decimais: 3,14159265358979323846... Sem falar em incontáveis citações literárias, bíblicas, fórmulas estruturais de Química Orgânica, lêtras de canções em inglês, etc etc etc, blah blah blah, yada yadda yadda ^_^ E finalmente, muitas toneladas de lembranças pouco agradáveis, nada agradáveis e muito desagradáveis... Se eu fôsse apenas mais uma pessoa comum, com certeza eu já teria me afundado no álcool ou em drogas piores, ou cometido suicídio... e freqüentemente, ainda me pego pensando se não teria sido melhor escolher o caminho "mais fácil"... Mas não, os maus-espíritos não vão me derrotar tão fàcilmente assim ^_~
By the way acho que somos contemporâneos pois sou do tempo do ALGOL + BURROUGHS 6700.
Lembra dos cartões perfurados & dos teletipos?
Eu usava o IBM 1130 (e cheguei a usar o IBM 360). Quando chegou o BURROUGHS 6700, eu já não tinha mais tempo para dedicar ao vício, ainda mais porque os computadores foram tirados da Engenharia e movidos para um prédio próprio (NCE), longe demais para idas frequentes nos intervalos das aulas.
A primeira linguagem que aprendi foi Basic na onda daqueles primeiros computadores domésticos que apareceram no Brasil com os seus enormes 4k de memória (TK-85). Depois aprendi Assembler do Z80 porque o interpretador Basic era muito lerdo. No técnico profissionalizante aprendi COBOL e trabalhei muitos anos com ele. Cheguei a estudar o cartão perfurado mas quando comecei a trabalhar já não existia mais. Nessa época as "máquinas de contabilidade" estavam começando a ser substituídas pelos computadores. O COBOL eu usei exatamente até o ano 2000 quando por conta da histeria do bug no milênio migramos todos os sistemas para C++ com banco de dados Oracle. A primeira máquina em que trabalhei foi um fabuloso Edisa 281 com disk pack (as famosas "panelas") que colocávamos nas unidades e aguardávamos acelerar até a velocidade de uso.
Um caso muito engraçado foi quando a HP comprou a Edisa e começaram a aparecer os primeiros servidores Risc. Havia um sistema de folha de pagamento que levava uns 40 minutos para calcular a folha de aproximadamente 100 funcionários em um Edisa 690. Quando foi substituído pelo Risc o tempo diminuiu para uns 10 minutos. Os analistas ficaram loucos achando que tinha erro na migração.
Eu levei alguns esporros porque gostava de desenvolver jogos no meu tempo livre usando as máquinas da empresa...
Ah! Não, eram sim bons tempos!
Que emoção quando de repente a impressora acordava e literalmente cuspia aquelas folhas e folhas de papel!
Ou quando vinham os SEMICOLON EXPECTED e tinha que se ver no manual que era em binders (me foge o nome disso em vernáculo agora ).
E dar um DEBUG (ALL? MONITOR?) isso já não me lembro mais...
Não deixava de ser um e.printStackTrace() primitivo sem exceções; só que gerava aquela montanha de papel!
Maravilha!
Eu não tinha acesso à impressora. Entrava numa fila, entregava os cartões numa janelinha e ficava aguardando que a minha listagem fosse enfiada num escaninho acessível por fora.
Sendo que o tempo de processamento era limitado e a execução era interrompida, quer estivesse terminada ou não, caso contrário programas em loop impediriam a fila de andar.
Toda profissão é composta por uma pequena elite que domina o assunto e ama o que faz, seguida por uma multidão de profissionais medíocres que batem ponto e estão mais interessados nas suas atividades recreativas, as quais estão ansiosos para fazer assim que o tedioso trabalho terminar.
Esse "ama o que faz" é exatamente o que os torna elite. Quando você ama o que faz há dedicação e certamente vai superar os que apenas cumprem horário. Por isso considero primordial trabalhar em um ramo onde haja afinidade. Zeus me livre de ter de trabalhar com o que não gosto!
As vezes pra se fazer o que gosta precisamos gostar do que fazemos, pelo menos aprendi isso com a vida: ainda mais no Brasil que ninguém te valoriza pelo seu talento.
burrico;623
Gillian
Para a grande maioria das pessoas, "tornar-se adulto" consiste principalmente em apagar as lembranças da própria infância, esquecer-se de como realmente era ser uma criança. Felizmente, sou uma criança de quase 54 anos de idade.
Mais uma criança aqui
Eu tenho uma memória absurda. Lembro do passado com extrema nitidez e detalhe.
Durante uma conversa familiar foi dito que minha avó sempre manteve todos os móveis da casa no mesmo lugar a vida inteira. Eu provei que isso não era verdade e que já existiu outra configuração dos móveis. Comecei a detalhar como tudo estava e minha mãe levou um susto: eu deveria ter uns três anos de idade.
A pouco tempo estava conversando sobre termos dos estudos de biologia e comecei a me lembrar exatamente da aula em que aquilo foi ensinado e em alguns casos da página do livro didático que continha o assunto.
Por outro lado sou péssimo para memorizar números e datas.
Essa boa memória é somente de fatos passados.
Eu sou mais ou menos assim: eu tenho certa dificuldade de entender fórmulas e conceitos matemáticos como passar pra linguagem matemática problemas.
Guillian disse: Me lembro do código de classificação "proprietário" e obsoleto do primeiro livro que consultei na biblioteca municipal Mario de Andrade, em 1977: 570 - Y - c -108. Lembro também do código CDD (classificação decimal de Dewey) do manual de gramática grega do professôr Rudolf Bölting: 488.2469 - B1. Ou do número pi com 20 casas decimais: 3,14159265358979323846...
Bem vinda ao social clube das esquisitas...
hahahaha
Parece eu na biblioteca lendo os códigos das páginas de classificação, quando as letrinhas são pequenas chego a pegar minha lupinha de mão...rs
A Guillian me parece estar meio decepcionada com o sistema de ensino... Me corrija Guillian...
Decepcionada não só com o sistema de ensino, mas com você também, Silvana...
se o meu username aqui no R.é.V. é Gillian, então por que você teima em escrever "Guillian"? :-(
Voltando ao tópico... preciso de um tempo para elaborar um "textão", porque o assunto é realmente muito complicado... e também porque sou uma catadora-de-milho — escrevo, leio, releio, corrijo, corrijo de nôvo, corrijo mais uma vez, clicko no botão "Send" ou "Post", e mesmo assim, nunca fico plenamente satisfeita com o resultado -_-
Ainda bem que não se falava.
Mas peguei a aberrante moda dos conjuntos - brincar de traçar flexinhas entre 2 áreas do papel e tale cousa...- que tanto tempo nos fez perder dentro da matemática.
Então deixo claro que sim, todo ensino tem que ter utlilade prática pra vida, ainda que indireta como a Filosofia que treina a capacidade de discernir.
Gorducho;691Ainda bem que não se falava.
Mas peguei a aberrante moda dos conjuntos - brincar de traçar flexinhas entre 2 áreas do papel e tale cousa...- que tanto tempo nos fez perder dentro da matemática.
Então deixo claro que sim, todo ensino tem que ter utlilade prática pra vida, ainda que indireta como a Filosofia que treina a capacidade de discernir.
Assim como pegar num fio desencapado energizado...
Mas peguei a aberrante moda dos conjuntos - brincar de traçar flexinhas entre 2 áreas do papel e tale cousa...- que tanto tempo nos fez perder dentro da matemática.
A teoria dos conjuntos faz sentido e ajuda a visualizar as coisas no mundo da estatística e da lógica matemática.
Acho que o erro foi mais o tempo excessivo dedicado a ela.
Sim, nos fundamentos que se estuda só em mestrados+
A medida Lebesgue do conjunto a ser integrado; o conjunto de todos os conjuntos blah blah blah
Os números transfinitos do Cantor - e que al fin y al cabo levaram-no pro manicômio se bem me lembro...
Veja: correspondência biunívoca, intersecções, produtos cartesianos se aprende num dia.
Claro que depois as complexidades das intersecções nos objetos usados em topografia e tal sim. Mas isso já entra na alta especialização em programação. Aí sim entra naquilo que deve ser aprendido só na profissionalização proper, penso.
Bem como os bancos de dados relacionais diz que se baseiam em conjuntos. Tenho razoável conhecimento prático da SQL e não vejo que se precise especificamente afora a trivialidade do que sejam joins &c.
Agora, claro, a programação proper em C++ dos SGBDs com as estruturas de dados, ponteiros, índices; aítalvez use mesmo. Mas de novo: alta especialização.
Decepcionada não só com o sistema de ensino, mas com você também, Silvana...
se o meu username aqui no R.é.V. é Gillian, então por que você teima em escrever "Guillian"? :-(
Gillian, desculpe-me... As vezes eu me atrapalho na digitação... Ando com certa dificuldade para ver a tela... Minha acuidade visual não anda lá essas coisas...
E tenho outra mania... Associo o nome das pessoas a elementos representativos de real significância para mim... Faço associações com imagens tb...
Por isso associei o seu acrônimo GI a (GUI) - lhermina...
Daí quando digito muitas vezes vou no automático...
Não foi intencional te aborrecer... O pessoal aqui já me conhece...rs
Fernando disse: Não sou novidadeiro. Sou contra mudar por amor à novidade.
Ou há um bom motivo para fazer diferente ou continuemos com o que está funcionando.
Gorducho disse: Então deixo claro que sim, todo ensino tem que ter utlilade prática pra vida,
Opa... Vejo uma mudança de pensamento filosófico...
Brincadeiras a parte... O Senhor (Forista deste espaço, o mesmo da sugestão do - Pia... ) é do mesmo time do Fernando...
Gosta de tudo focado na era do:
- "No meu tempo isso era assim, tudo era melhor"... etc, etc...
Vamos falar sério agora... Brincadeira: Senhor e Fernando...
Gorducho, qualquer criança aprende por associação... Ela forma um conjunto de ideias e vai juntando as peças que lhe fazem mais sentido. Iniciamos pela associação de seu micro-universo para depois fazermos associações mais abstratas... Do menor para o maior...
Quer ver um exemplo do que estou falando...
Antigamente as crianças e os jovens....
Faziam o estudo da prática construtivista de maneira diferente...
Como não haviam estatutos, nem conselhos tutelares, nem trabalho escravo infantil...
O que as famílias pobres faziam. Seus filhos começavam desde cedo aprendendo um trabalho profissionalizante. Ficavam uma parte do dia na escola a outra em um local onde um vizinho ensinava um serviço de marcenaria, de ladrilheiro, etc, etc...
E normalmente esses meninos e algumas vezes meninas também, aprendiam um ofício para suas vidas.. Eu mesma comecei no comércio aos 9 anos, mas de forma a cumprir horário comercial mesmo aos 13 anos, nesse tempo já estava no ensino médio...
Nesse tempo da minha escola aprendíamos as formalidades da aquisição de um conhecimento voltado para compreender (sermos inseridos) ao mundo que mudava a passos largos... Seguíamos ( e ainda seguimos) numa linguagem a nós impostas por fomentos internacionais... Todos os países que queiram ser reconhecidos mundialmente precisavam atender as demandas do mundo que, seguia e segue sempre pautado pelas reformas sociais...
Abro aqui um parentese ... A escola é quem reforma ou é sempre reformada de fora para dentro... O que quis dizer.. A escola realmente está para atender aos interesses de seus alunos tornando-os indivíduos integrais, ou a escola existe somente para atender as demandas sociais ?!
Então... Falando já mais próximo de nossas memórias modernas... Primeiro veio o advento da industrialização. O que era um processo normal para alavancar a economia de nosso país e do mundo, então... Natural que fossem reformulados os currículos e as escolas voltadas ao modelo de aprendizagem compacta, e reprodutivista...
Deviam preparar o homem recém saído dos campos de lavoura para o domínio das metodologias mecanicistas e das tecnologias que já se avizinhavam..
O problema está justamente aí... O ser humano está sempre diferente de uma geração para outra, quanto aos objetivos, os interesses são sempre diferentes conforme a sociedade vai evoluindo em sua coletividade, pois querendo ou não ...
Somos seres sociais ...
- "A sociedade e cada meio social particular determinam o ideal que a educação realiza"
Não vou citar o autor desta frase.. Vou mudar um pouco meu discurso... Façam vcs mesmo digitando (ou colando) no campo de busca...
É o inicio de minha forma de sairmos do discurso para a prática... ok ?!
Então gorducho e demais foristas...
Hj qualquer criança já "nasce" sabendo mais do que nós os mais velhos...
Essa geração mais jovem já ensina aos mais cascudos a usarem o Whatsapp, a usarem certas tecnologias... As vezes nos olham como se fossemos extraterrestres... rsrsrs
Quando paro para conversar com meu filho que já é adulto, mas que ainda joga videogames... Simplesmente não consigo mais acompanhar sobre tudo o que ele está falando.. Mesmo eu tendo muitas vezes jogado jogos on-line com ele e também por meio local como os jogos da Nintendo e outros tantos que ele coleciona...
Meu filho teve acesso a softwares educativos quando criança, e nem foi pela escola... Eu lembro que na época estava estudando num modelo projetado para séries iniciais... O Software (empresa) era até do Sul... Eu entrei num modelo "parceria" e conforme observava os modelos didáticos... Dava uma espécie de feedback para a empresa...
Ele (meu filho) logo pegou o jeito... Pasmem, com uns 9 anos... Em pouco tempo já estava discutindo comigo certos meios de resolver os problemas de sequencia de entrada dos exercícios... Ele usava a nossa intranet com desenvoltura... Eu estava testando o modelo numa reprodução de conectividade, montamos na época um mini laboratório de estudos sobre softwares educativos...
Precisei parar com esse projeto na época, por conta de aulas que me assoberbaram, fiquei sobrecarregada de turmas... Daí precisei abandonar o projeto...
Então... Vcs devem estar se perguntando... O que é essa história toda...
Simples... Vamos por associação... Do menor para o maior...
Vc que possui uma TV de tela plana vai voltar aos modelos antigos ?!
Pergunte a mulher moderna se ela quer abandonar sua máquina de lavar e voltar para o tanque...rs Se os celulares podem ser descartados ?
- Quem precisa de celular ??? Joguemos fora... rsrsrs
O que quero dizer com isso é que é complicado atualmente uma turma das séries infantis ou mesmo mais avançadas, ficarem no modelo de disciplinas separadas, por currículos que não tragam a realidade para dentro da sala de aula... Não iniciem a conexão entre a realidade do mundo e os novos modelos para aquisição do conhecimento.
A teoria é importante, claro que sim... Mas, a prática é a responsável por dar sentido ao que se aprende...
Não sou contra os modelos atuais de ensino, sou contra que permanecem desconectados da realidade do mundo moderno...
Hj os profissionais precisam saber como fazer a aquisição de seu conhecimento, precisam ser mais pró-ativos, precisam saber fazer uma simples meta-análise de suas necessidades para terem capacidade de tomar decisões, de filtra o que lhes chega, de sintetizar os modelos e recursos para agilizar os processos, precisam saber trabalha em equipe, etc,etc...
Estamos num mundo onde o agora privilegia mais as habilidades e competências do indivíduo com capacidade e desenvoltura para controlar melhor sua inteligência emocional e as demais que todos nós temos... Só que fomos menos estimulados...
Mais essa meninada de hj precisa saber bem mais do que nós de nossa época ... A competição está cada vez maior...
" É uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos como queremos. Há costumes com relação aos quais somos obrigados a nos conformar; se os desrespeitamos, muito gravemente, eles se vingarão em nossos filhos. Estes, uma vez adultos, não estarão em estado de viver no meio de seus contemporâneos, com os quais não encontrarão harmonia. (...) Há, pois, a cada momento, um tipo regulador de educação, do qual não podemos separar sem vivas resistências, e que restringem as veleidades dos dissidentes. (ibidem., p. 36-7)"
Nossa, quanta velharia.
Eu sou do tempo do DOS, mas nunca mexi com essas velharias. Em 1995 aprendi minha primeira linguagem de programação. Clipper, a única linguagem pra DOS na qual programei.
Rodava através do Foxbase, que me dava um banco de dados para trabalhar junto com a linguagem. Não lembro nem se era compilada ou somente interpretada (acho que era interpretada).
Depois disso passei pro Visual Basic. Só fui aprender finalmente C e C++ mais tarde.
De Cobol só lembro de uma revista ainda em 1996 que dizia que o Cobol estava morto. Continua vivo e forte ainda hoje e paga bem quando comparado a linguagens como PHP e outras.
Comentários
Putz... seria perfeito!
Esse "ama o que faz" é exatamente o que os torna elite. Quando você ama o que faz há dedicação e certamente vai superar os que apenas cumprem horário. Por isso considero primordial trabalhar em um ramo onde haja afinidade. Zeus me livre de ter de trabalhar com o que não gosto!
Mais uma criança aqui
Eu tenho uma memória absurda. Lembro do passado com extrema nitidez e detalhe.
Durante uma conversa familiar foi dito que minha avó sempre manteve todos os móveis da casa no mesmo lugar a vida inteira. Eu provei que isso não era verdade e que já existiu outra configuração dos móveis. Comecei a detalhar como tudo estava e minha mãe levou um susto: eu deveria ter uns três anos de idade.
A pouco tempo estava conversando sobre termos dos estudos de biologia e comecei a me lembrar exatamente da aula em que aquilo foi ensinado e em alguns casos da página do livro didático que continha o assunto.
Por outro lado sou péssimo para memorizar números e datas.
Essa boa memória é somente de fatos passados.
Uma boa pergunta... Vou melhorar mais um pouco se me permite...
Será que os tão poucos que conseguem se desenvolver bem nessa escola tradicional, quando adultos vão saber lidar com os problemas do trabalho... Serão capazes de lidar com projetos, serem líderes ???
O Nada sei falou isso tb com muita propriedade... Sobre doutores em certas especialidades, e que na sala não possuem didática nenhuma para ensinar...
É justamente saber lidar com as inteligências e seus potenciais...
Burrico, eu tb tive de procurar certos estudos depois de mais velha...
Eu sofri na escola infantil... Eu era canhota no inicio da minha alfabetização... De tanto apanhar da professora nas mãos... Deixei de escrever com a mão esquerda... Hj sou ambidestra... Quer dizer... Tenho meu impulso (força de ação) voltado para o lóbulo esquerdo, mas escrevo com o direito... Com isso ficaram traumas... Eu era muito dispersa nas aulas... Minha mente é (era) muito rápida nas construções de pensamentos abstratos... A professora de alfabetização não me deixou evoluir...
Sofri muitas agressões na sala por questionar, por não conseguir resolver do jeito que os colegas resolviam as questões... Achava sempre meios pouco ortodoxos de resolver as questões... Vou das construções mais abstratas para as menores, resolvendo por dedução lógica... Poucos professores me entendiam... Pensavam que eu estava de sacanagem... Que eu colava... Eu tive um professor de física analítica, a uns três anos atrás, que numa prova ficou do meu lado a prova toda... Os colegas colando pra caramba e ele ali... rs
Ele imaginou que eu estava colando... rs Não entendia como eu podia resolver as questões de um jeito não convencional e estava chegando no mesmo resultado final dos demais, só a elaboração da questão que era diferente...rsrsr
Foi sempre assim comigo. Eu tive de encontrar meios de me educar... E eu sempre adorei estudar, adoro o prazer do conhecimento, é como beber café... Sinto falta !!!
Burrico, uma criança é um universo em si... Se vc na tenra idade lhe disser que ela é burra, ela só terá duas alternativas... Ou acredita no que lhe dizem e desiste de alçar voos... Ou paga pra ver e vai em frente me busca de seu próprio conhecimento...
Acaba virando um autodidata... Foi o que aconteceu comigo...
Essa escola que está aí... É boa para a maioria que se acostuma sem nada pensar, sem perguntar, sem procurar entender o nexo de um enunciado... Simplesmente faz a questão seguindo os dados, sem se perguntar se tem outra forma de fazer...
Esses menos conectados nesses conteúdos mecanicistas sofrem mais na escola tradicional... Eu por exemplo parei de perguntar aos professores as coisas... Eu mesma pesquisava para saber... Muitas vezes percebi que alguns professores sabiam menos do que eu sobre determinados assuntos da própria matéria deles...
A isso eu costumo chamar de limitação barreiras que a escola cria ao delimitar os conteúdos.
É sempre assim Burrico, pessoas que tiveram algum tipo de dificuldade na escola básica, só conseguem aprender o prazer de estudar mesmo, quando percebem que não precisam de mais ninguém que lhes diga o que e como estudar...
[fraternos]
By the way acho que somos contemporâneos pois sou do tempo do ALGOL + BURROUGHS 6700.
Lembra dos cartões perfurados & dos teletipos?
HELLO!
Do "SEMICOLON EXPECTED"?
Bons tempos aqueles
"Falta de correlação" não importa, o que importa é
não perder as oportunidades de detonar os mitos do mundo pós-moderno ;-)
Quanto aos cartões perfurados: conheci e usei tanto os de 80 colunas quanto os "minis" de 96 colunas;
https://en.wikipedia.org/wiki/IBM_System/3
o B6700 era o monstrinho usado no famoso /infame CCE (Centro de Computação Eletrônica) situado no prédio do "Biênio" da Politécnica da USP.
Pois é... antes de não-me-dar-bem com a escolinha do Hospital das Clínicas, eu já havia me desentendido com o fantástico mundo dos Politrecos... não costumo revelar esta parte do meu passado sombrio, para que as pessoas em geral não me achem ainda mais "estranha" do que eu já sou =^.^=
Comparada com a grande maioria, eu também tenho bancos-de-memória infinitos :-)
Mas é tudo bastante errático digamos assim, eu não tenho grande contrôle sôbre o que eu gostaria de lembrar sempre e o que eu gostaria de esquecer por achar "irrelevante". Ainda que muito vagamente, lembro da primeira fotografia que tiraram de mim, eu estava no colo de minha madrinha, e devia ter um mês de idade... Uma outra foto que tiraram de mim em 1965, aos dois anos, essa eu lembro com bastante nitidez; me colocaram sentada em uma janela, e aí um dos parentes de uma outra madrinha apontou a caixinha mágica para mim e apertou o botão do click.
Me lembro do código de classificação "proprietário" e obsoleto do primeiro livro que consultei na biblioteca municipal Mario de Andrade, em 1977: 570 - Y - c -108. Lembro também do código CDD (classificação decimal de Dewey) do manual de gramática grega do professôr Rudolf Bölting: 488.2469 - B1. Ou do número pi com 20 casas decimais: 3,14159265358979323846... Sem falar em incontáveis citações literárias, bíblicas, fórmulas estruturais de Química Orgânica, lêtras de canções em inglês, etc etc etc, blah blah blah, yada yadda yadda ^_^ E finalmente, muitas toneladas de lembranças pouco agradáveis, nada agradáveis e muito desagradáveis... Se eu fôsse apenas mais uma pessoa comum, com certeza eu já teria me afundado no álcool ou em drogas piores, ou cometido suicídio... e freqüentemente, ainda me pego pensando se não teria sido melhor escolher o caminho "mais fácil"... Mas não, os maus-espíritos não vão me derrotar tão fàcilmente assim ^_~
Usava BASIC e Fortran IV.
Por alguma razão, lembro melhor das coisas desagradáveis. Sem essa de "bons tempos aqueles" comigo.
Um caso muito engraçado foi quando a HP comprou a Edisa e começaram a aparecer os primeiros servidores Risc. Havia um sistema de folha de pagamento que levava uns 40 minutos para calcular a folha de aproximadamente 100 funcionários em um Edisa 690. Quando foi substituído pelo Risc o tempo diminuiu para uns 10 minutos. Os analistas ficaram loucos achando que tinha erro na migração.
Eu levei alguns esporros porque gostava de desenvolver jogos no meu tempo livre usando as máquinas da empresa...
Que emoção quando de repente a impressora acordava e literalmente cuspia aquelas folhas e folhas de papel!
Ou quando vinham os SEMICOLON EXPECTED e tinha que se ver no manual que era em binders (me foge o nome disso em vernáculo agora ).
E dar um DEBUG (ALL? MONITOR?) isso já não me lembro mais...
Não deixava de ser um e.printStackTrace() primitivo sem exceções; só que gerava aquela montanha de papel!
Maravilha!
Sendo que o tempo de processamento era limitado e a execução era interrompida, quer estivesse terminada ou não, caso contrário programas em loop impediriam a fila de andar.
As vezes pra se fazer o que gosta precisamos gostar do que fazemos, pelo menos aprendi isso com a vida: ainda mais no Brasil que ninguém te valoriza pelo seu talento.
Eu sou mais ou menos assim: eu tenho certa dificuldade de entender fórmulas e conceitos matemáticos como passar pra linguagem matemática problemas.
Bem vinda ao social clube das esquisitas...
hahahaha
Parece eu na biblioteca lendo os códigos das páginas de classificação, quando as letrinhas são pequenas chego a pegar minha lupinha de mão...rs
Será que é o mal da década ??? Sou de 1968...
[fraternos]
Eu percebi... hahahaha
Só que eu sou Brasileira e não desisto nunca... rs
Além do que... Pelo que me consta até o momento...
Vamos as contas...
O Fernando, o Senhor e o Gorducho - Formam uma parcela alfabetizada numa geração de Dinossauros... Ainda não se falava em construtivismo .
A Guillian me parece estar meio decepcionada com o sistema de ensino... Me corrija Guillian...
Então vejamos: Eu, o Burrico e a Guillian... Somos a parcela que cogita possibilidades nos modelos apontados.
O Sybok não conta... Pois ele é o suporte técnico do site... rsrsrsrs
Até mesmo o Fernando se formos pensar em uma média de suas postagens simpáticas a qualquer coisa que não seja relacionada ao conservadorismo...
Ele é sempre do contra !!!
Então, tirando o Fernando e o Sybok pelos motivos óbvios...
Resta o Percival que entrou agora aos 42 do tempo preliminar deste cálculo percentual...
Viu só... Uma utopia aos poucos pode ser desconstruida... :P
[fraternos]
se o meu username aqui no R.é.V. é Gillian, então por que você teima em escrever "Guillian"? :-(
Voltando ao tópico... preciso de um tempo para elaborar um "textão", porque o assunto é realmente muito complicado... e também porque sou uma catadora-de-milho — escrevo, leio, releio, corrijo, corrijo de nôvo, corrijo mais uma vez, clicko no botão "Send" ou "Post", e mesmo assim, nunca fico plenamente satisfeita com o resultado -_-
Mas peguei a aberrante moda dos conjuntos - brincar de traçar flexinhas entre 2 áreas do papel e tale cousa...- que tanto tempo nos fez perder dentro da matemática.
Então deixo claro que sim, todo ensino tem que ter utlilade prática pra vida, ainda que indireta como a Filosofia que treina a capacidade de discernir.
Acho que o erro foi mais o tempo excessivo dedicado a ela.
A medida Lebesgue do conjunto a ser integrado; o conjunto de todos os conjuntos blah blah blah
Os números transfinitos do Cantor - e que al fin y al cabo levaram-no pro manicômio se bem me lembro...
Veja: correspondência biunívoca, intersecções, produtos cartesianos se aprende num dia.
Claro que depois as complexidades das intersecções nos objetos usados em topografia e tal sim. Mas isso já entra na alta especialização em programação. Aí sim entra naquilo que deve ser aprendido só na profissionalização proper, penso.
Bem como os bancos de dados relacionais diz que se baseiam em conjuntos. Tenho razoável conhecimento prático da SQL e não vejo que se precise especificamente afora a trivialidade do que sejam joins &c.
Agora, claro, a programação proper em C++ dos SGBDs com as estruturas de dados, ponteiros, índices; aítalvez use mesmo. Mas de novo: alta especialização.
Gillian, desculpe-me... As vezes eu me atrapalho na digitação... Ando com certa dificuldade para ver a tela... Minha acuidade visual não anda lá essas coisas...
E tenho outra mania... Associo o nome das pessoas a elementos representativos de real significância para mim... Faço associações com imagens tb...
Por isso associei o seu acrônimo GI a (GUI) - lhermina...
Daí quando digito muitas vezes vou no automático...
Não foi intencional te aborrecer... O pessoal aqui já me conhece...rs
[fraternos]
Saudações Fernando
hahahahaha
Todos nós sabemos disso Fernando...
[fraternos]
Opa... Vejo uma mudança de pensamento filosófico...
Brincadeiras a parte... O Senhor (Forista deste espaço, o mesmo da sugestão do - Pia... ) é do mesmo time do Fernando...
Gosta de tudo focado na era do:
- "No meu tempo isso era assim, tudo era melhor"... etc, etc...
Vamos falar sério agora... Brincadeira: Senhor e Fernando...
Gorducho, qualquer criança aprende por associação... Ela forma um conjunto de ideias e vai juntando as peças que lhe fazem mais sentido. Iniciamos pela associação de seu micro-universo para depois fazermos associações mais abstratas... Do menor para o maior...
Quer ver um exemplo do que estou falando...
Antigamente as crianças e os jovens....
Faziam o estudo da prática construtivista de maneira diferente...
Como não haviam estatutos, nem conselhos tutelares, nem trabalho escravo infantil...
O que as famílias pobres faziam. Seus filhos começavam desde cedo aprendendo um trabalho profissionalizante. Ficavam uma parte do dia na escola a outra em um local onde um vizinho ensinava um serviço de marcenaria, de ladrilheiro, etc, etc...
E normalmente esses meninos e algumas vezes meninas também, aprendiam um ofício para suas vidas.. Eu mesma comecei no comércio aos 9 anos, mas de forma a cumprir horário comercial mesmo aos 13 anos, nesse tempo já estava no ensino médio...
Nesse tempo da minha escola aprendíamos as formalidades da aquisição de um conhecimento voltado para compreender (sermos inseridos) ao mundo que mudava a passos largos... Seguíamos ( e ainda seguimos) numa linguagem a nós impostas por fomentos internacionais... Todos os países que queiram ser reconhecidos mundialmente precisavam atender as demandas do mundo que, seguia e segue sempre pautado pelas reformas sociais...
Abro aqui um parentese ... A escola é quem reforma ou é sempre reformada de fora para dentro... O que quis dizer.. A escola realmente está para atender aos interesses de seus alunos tornando-os indivíduos integrais, ou a escola existe somente para atender as demandas sociais ?!
Então... Falando já mais próximo de nossas memórias modernas... Primeiro veio o advento da industrialização. O que era um processo normal para alavancar a economia de nosso país e do mundo, então... Natural que fossem reformulados os currículos e as escolas voltadas ao modelo de aprendizagem compacta, e reprodutivista...
Deviam preparar o homem recém saído dos campos de lavoura para o domínio das metodologias mecanicistas e das tecnologias que já se avizinhavam..
O problema está justamente aí... O ser humano está sempre diferente de uma geração para outra, quanto aos objetivos, os interesses são sempre diferentes conforme a sociedade vai evoluindo em sua coletividade, pois querendo ou não ...
Somos seres sociais ...
- "A sociedade e cada meio social particular determinam o ideal que a educação realiza"
Não vou citar o autor desta frase.. Vou mudar um pouco meu discurso... Façam vcs mesmo digitando (ou colando) no campo de busca...
É o inicio de minha forma de sairmos do discurso para a prática... ok ?!
Então gorducho e demais foristas...
Hj qualquer criança já "nasce" sabendo mais do que nós os mais velhos...
Essa geração mais jovem já ensina aos mais cascudos a usarem o Whatsapp, a usarem certas tecnologias... As vezes nos olham como se fossemos extraterrestres... rsrsrs
Quando paro para conversar com meu filho que já é adulto, mas que ainda joga videogames... Simplesmente não consigo mais acompanhar sobre tudo o que ele está falando.. Mesmo eu tendo muitas vezes jogado jogos on-line com ele e também por meio local como os jogos da Nintendo e outros tantos que ele coleciona...
Meu filho teve acesso a softwares educativos quando criança, e nem foi pela escola... Eu lembro que na época estava estudando num modelo projetado para séries iniciais... O Software (empresa) era até do Sul... Eu entrei num modelo "parceria" e conforme observava os modelos didáticos... Dava uma espécie de feedback para a empresa...
Ele (meu filho) logo pegou o jeito... Pasmem, com uns 9 anos... Em pouco tempo já estava discutindo comigo certos meios de resolver os problemas de sequencia de entrada dos exercícios... Ele usava a nossa intranet com desenvoltura... Eu estava testando o modelo numa reprodução de conectividade, montamos na época um mini laboratório de estudos sobre softwares educativos...
Precisei parar com esse projeto na época, por conta de aulas que me assoberbaram, fiquei sobrecarregada de turmas... Daí precisei abandonar o projeto...
Então... Vcs devem estar se perguntando... O que é essa história toda...
Simples... Vamos por associação... Do menor para o maior...
Vc que possui uma TV de tela plana vai voltar aos modelos antigos ?!
Pergunte a mulher moderna se ela quer abandonar sua máquina de lavar e voltar para o tanque...rs Se os celulares podem ser descartados ?
- Quem precisa de celular ??? Joguemos fora... rsrsrs
O que quero dizer com isso é que é complicado atualmente uma turma das séries infantis ou mesmo mais avançadas, ficarem no modelo de disciplinas separadas, por currículos que não tragam a realidade para dentro da sala de aula... Não iniciem a conexão entre a realidade do mundo e os novos modelos para aquisição do conhecimento.
A teoria é importante, claro que sim... Mas, a prática é a responsável por dar sentido ao que se aprende...
Não sou contra os modelos atuais de ensino, sou contra que permanecem desconectados da realidade do mundo moderno...
Hj os profissionais precisam saber como fazer a aquisição de seu conhecimento, precisam ser mais pró-ativos, precisam saber fazer uma simples meta-análise de suas necessidades para terem capacidade de tomar decisões, de filtra o que lhes chega, de sintetizar os modelos e recursos para agilizar os processos, precisam saber trabalha em equipe, etc,etc...
Estamos num mundo onde o agora privilegia mais as habilidades e competências do indivíduo com capacidade e desenvoltura para controlar melhor sua inteligência emocional e as demais que todos nós temos... Só que fomos menos estimulados...
Mais essa meninada de hj precisa saber bem mais do que nós de nossa época ... A competição está cada vez maior...
[fraternos]
Por quê alguém faz filhos?
" É uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos como queremos. Há costumes com relação aos quais somos obrigados a nos conformar; se os desrespeitamos, muito gravemente, eles se vingarão em nossos filhos. Estes, uma vez adultos, não estarão em estado de viver no meio de seus contemporâneos, com os quais não encontrarão harmonia. (...) Há, pois, a cada momento, um tipo regulador de educação, do qual não podemos separar sem vivas resistências, e que restringem as veleidades dos dissidentes. (ibidem., p. 36-7)"
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/revis/revis12/art12_12.htm
[fraternos]
Somos seres narcisistas ...rsrsrs
Eu sou do tempo do DOS, mas nunca mexi com essas velharias. Em 1995 aprendi minha primeira linguagem de programação. Clipper, a única linguagem pra DOS na qual programei.
Rodava através do Foxbase, que me dava um banco de dados para trabalhar junto com a linguagem. Não lembro nem se era compilada ou somente interpretada (acho que era interpretada).
Depois disso passei pro Visual Basic. Só fui aprender finalmente C e C++ mais tarde.
De Cobol só lembro de uma revista ainda em 1996 que dizia que o Cobol estava morto. Continua vivo e forte ainda hoje e paga bem quando comparado a linguagens como PHP e outras.