"Comentários da #127"] Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não têm, é certo, maus pendores, [...]
Simplesmente, assim como há homens que são bons e outros que são maus desde a infância, também há Espíritos que são bons ou maus desde a origem, com a diferença capital de que a criança tem instintos já inteiramente formados, enquanto que o Espírito, ao formar-se, não é nem bom, nem mau; tem todas as tendências e toma uma ou outra direção, por efeito do seu livre-arbítrio. 1) Se não têm ainda referências morais de "certo/errado" e enveredam pro lado "-" so to speak do eixo, é então aleatório ⇒ Teodicéia Kardecista envolve acaso;
Sim; acaso, circunstância, etc
Mas também estes mesmos fatores, num momento seguinte o fará pender para o lado (+) do eixo. Significa dizer que a bondade ou a maldade não estão marcantemente instaurados no ser.
OU
2) se já as têm ⇒ Retrogradação, contrariando respectivo dogma. ESE III - 14"] [...] já viveram noutros mundos, donde foram excluídos em consequência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. [...]
Convenhamos que a questão 621 situa o homem no berço da evolução, e como diz: simples e e ignorante... nem bom nem mau. Obviamente haverá um longo caminho até que determinadas tendências, conscientemente abraçadas, o posicione no lado (+) ou (-) do eixo.
E ainda aqui, tanto a maldade quanto a bondade não serão características marcantes da personalidade, alternando no comportamento segundo as circunstâncias.
É importante fique claro que a retrogradação não se dá in totum naquele espírito em análise, pois sob outros aspectos, pode até ser um bom homem.
1. Um indivíduo pode ser irascível e ignorante, em certos ambientes, mas meigo e dócil para com seus pais e familiares.
2. Lascivo e sensual, mas extremamente caridoso para com os infelizes de toda sorte.
3. Justo e reto como um Juiz, astuto e sagaz como um político
Enfim, a retrogradação ocorre em pontos de difícil superação para cada criatura em particular.
Então retrogradaram moralmente ou foram pro lado do mal por mero acaso não havendo aí Retrogradação. Es decir, nesta alternativa.
O acaso interfere na evolução dos espíritos, como foi observado no Estudo em tela.
Tema válido pra Exegeses Doutrinárias via metodologia Escolástica.
A evolução é um processo demasiado longo. O acaso, apenas pontualmente pode interferir, e se trouxer danos, de alguma forma, os espíritos construtores compensarão no momento oportuno.
A ciência não sabe exatamente como isto se deu e eu mencionei, como fator diferencial, a presença do Neocórtex, camada mais externa do cérebro dos mamíferos, mas com componentes mais aprimorados no H. Sapiens.
A ciência não sabe ainda.
O fato de ela não saber ainda não implica em intervenções sobrenaturais
[...] As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no “primata” os característicos aproximados do homem futuro.
[...]
[...] As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no “primata” os característicos aproximados do homem futuro.
[...]
Este fato citado pelo Sr. @Gorducho ocorre também com os denominados elos perdidos, que de fato o são, mas apenas aos olhos do pesquisador encarnado, porquanto as experiências no plano invisível prosseguem até fixarem os valores e características que definirão o elo seguinte da evolução.
Todas as tretas estão sendo expostas com os enormes avanços no campo da neurociência, não obstante, imagino que as tretas continuarão no imaginário durante algum tempo.
[...] As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no “primata” os característicos aproximados do homem futuro.
[...]
Entendo que, num debate entre espíritas, essa alegação funcione.
Mas, fora do espiritismo, a frase "ditado pelo espírito Emmanuel" já desacredita o trecho citado.
"Pesquisas recentes"? Recentes até que ponto?
Fontes isentas?
E o homo sapiens da época? Era altamente civilizado?
A frase "ditado pelo espírito Emmanuel" já desacredita a citação.
👎
De novo: o título da rubrica refere-se a... Espiritismo.
Implícito: "continental" kardecista eis que o Estudo em tela fala na "seqüência de reencarnações".
"Pesquisas recentes"? Recentes até que ponto?
O Antelóquio do livro foi ditado em agosto/38. Então podemos supor que até 1937.
E o homo sapiens da época? Era altamente civilizado?
Não vem ao caso, eis que o ponto cá é mostrar que sim o Sobrenatural — ultramundanos a priori invisíveis pra nós no caso — intervém na "Evolução" biológica terrícola. Isso foi em resposta a
Caro companheiro Acauan; estou respondendo aqui por instância do @Judas. Você tem o direito de fazer o que quiser com essa resposta.
...
Ótimo texto. Seus textos são, fluidos e elegantes.
Obrigado!
Índio Velho gosta muito que leiam seus textos e comentem.
Vamos em princípio ressaltar que estamos falando do Espiritismo e portanto preciso e posso me ater aos seus postulados, os quais foram aqui questionados por Acauan.
Para um debate ser produtivo é indispensável que os envolvidos considerem algumas premissas em comum, do contrário temos um diálogo de surdos ao fim do qual cada parte acha que saiu vencedora do embate de ideias.
121. Por que certos Espíritos têm seguido o caminho do bem e
outros, o do mal?
“Eles não têm o seu livre-arbítrio? Deus não criou Espíritos maus; criou-
-os simples e ignorantes, aptos para o bem e para o mal. Os que são maus
assim tornaram-se por sua própria vontade.”
Na verdade todos os espíritos passam pelas mesmas experiências enquanto no caminho da evolução. Não fosse assim, Deus não seria justo.
As grandes alegrias e as grandes dores já foram experimentadas por todos, sem exceção.
Isto resume a questão.
Partindo das premissas Espíritas:
Livro dos Espíritos - Parte 2, capítulo I – Dos Espíritos/ Escala espírita;
Livro dos Espíritos - Parte 3, capítulo VIII - Da lei do progresso;
O Espiritismo Kardecista evidencia algumas influências em sua origem - Catolicismo, Filosofia Aristotélica e Tomista, Positivismo, Sincretismo Esotérico.
Nesta questão, a influência mais clara é uma interpretação das Teorias de Darwin, sendo claro o paralelo traçável entre evolução das espécies e evolução dos Espíritos.
O problema é que Darwin não diz que a evolução MELHORA as espécies, a tese é que as espécies simplesmente se adaptam às mudanças em seu ambiente, enquanto o Espiritismo prega que a evolução intelectual e moral dos Espíritas é uma ordenança cósmica, sob a qual todos os espíritos necessariamente evoluem, progredindo intelectual e moralmente, sendo impossível a regressão.
Esta dinâmica cósmica implica em algumas contradições, a começar da associação entre evolução espiritual e livre arbítrio.
Se existe um ordenança cósmica impondo a evolução, o livre arbítrio moral não existe, sendo o Espírito livre para - no máximo, apenas retardar a evolução com suas escolhas.
O Livro dos Espíritos compara a regressão intelectual e moral a adultos retornarem à infância, o que se sabe impossível.
Ocorre que o livre arbítrio não se aplica na situação citada, não existe a livre opção de um adulto voltar a ser criança, estados integralmente submetidos ao tempo e à biologia.
O que defendo em "A Ética Espírita" é que a Lei do Progresso proposta por Kardec é um eixo orientado no tempo, onde na origem temos Espíritos involuídos e por isto ignorantes e maus, sendo que o tempo, a experiência e o aprendizado necessariamente transformará aqueles espíritos do início em Espíritos Puros, superiores, bons e sábios (Escala Espírita, ordens e classes).
A Lei do Progresso Kardecista pode ser entendido por analogia como inversão da narrativa da Queda no Gênesis bíblico.
Na teologia cristã (com suas muitas variantes) o Homem é criado para a perfeição, faz uma opção pelo pecado e por conta afasta-se de Deus, tornando-se um ser maldito que só pode ser resgatado do mal pela graça divina.
No Espiritismo o estado de queda - ignorância e maldade - é o estado natural e original dos Espíritos, que ascenderão necessariamente ao estado de graça pela somatória de seus esforços guiados por seu livre arbítrio.
Note, mais uma vez a contradição entre "necessariamente" e "livre arbítrio" no trecho acima.
Depois a analogia da criação dos Espíritos em um estado de inferioridade intelectual e moral.
Na Teologia Cristã da Queda, por mais brutal que a narrativa pareça ao cético, pelo menos Adão e Eva fizeram alguma coisa para serem condenados ao estado de degradação. Segundo o Espiritismo, as entidades são criadas neste estado, não ficando claro qual a lógica, bondade ou justiça deste ponto de partida de sua dinâmica cósmica.
É isto.
Note que não estou dizendo que o Espiritismo é certo ou errado, apenas que é contraditório dentro de suas próprias premissas.
O Livro dos Espíritos, no cap V do Livro Terceiro, quando discutimos a "Lei de Conservação", motiva uma reflexão, que acredito torne mais clara a questão do livre arbítrio e a evolução imposta, como ditame do Criador.
702. O instinto de conservação é uma lei da Natureza?
“Sem dúvida. Todos os seres vivos o possuem, seja qual for o grau de sua
inteligência. Em alguns, é puramente mecânico, em outros, é racional.” 703. Com que objetivo Deus concedeu a todos os seres vivos o
instinto de conservação?
“Porque todos devem colaborar nos desígnios da Providência. Foi
por isso que Deus lhes deu a necessidade de viver. A vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres; eles o sentem instintivamente sem sequer se
aperceberem.”
Quando foi dito na 702:
“Porque todos devem colaborar nos desígnios da Providência",
surge a questão: quais serão os desígnios da Providência?
Estaremos indagando sobre os propósitos do Criador para suas criaturas, e aqui me atrevo a responder, por estar subentendido ao longo de toda a literatura espírita: a perfeição!
Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura.
E o nobre @Acauan perguntará; qual a relação do Livre Arbítrio com a evolução?
- A Lei de Conservação. Se a conservação da vida faz parte dos Desígnios Divinos, instintivamente a criatura sente a necessidade, ao lutar contra as adversidades naturais, de se tornar mais forte e preparado, evoluindo sempre. Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos.
Acredito, meu caro companheiro, ter estabelecido de forma razoável, a relação buscada entre a evolução e o livre arbítrio.
a criatura sente a necessidade, ao lutar contra as adversidades naturais, de se tornar mais forte e preparado, evoluindo sempre. Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos.
Acredito, meu caro companheiro, ter estabelecido de forma razoável, a relação buscada entre a evolução e o livre arbítrio.
Parafraseando o Cantor na famosa carta pro Dedekind: je le vois, mais je ne le crois pas😲
O Colega defende a coerência interna da so to speak dinâmica cósmica kardecista em tela usando argumentação nietzschiana. Essa dinâmica leva a personalidades à la, say Αλεξανδρος Μεγας ; Napoléon Iᵉʳ; [...]
ou milionários &c.
Certamente não é essa a "evolução" que o Kardec postula na Doutrina dele🤔
a criatura sente a necessidade, ao lutar contra as adversidades naturais, de se tornar mais forte e preparado, evoluindo sempre. Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos.
Acredito, meu caro companheiro, ter estabelecido de forma razoável, a relação buscada entre a evolução e o livre arbítrio.
Parafraseando o Cantor na famosa carta pro Dedekind: je le vois, mais je ne le crois pas😲
O Colega defende a coerência interna da so to speak dinâmica cósmica kardecista em tela usando argumentação nietzschiana. Essa dinâmica leva a personalidades à la, say Αλεξανδρος Μεγας ; Napoléon Iᵉʳ; [...]
ou milionários &c.
Certamente não é essa a "evolução" que o Kardec postula na Doutrina dele🤔
Não, meu caro amigo. Rigorosamente não são vencedores visto não terem contribuído para o objetivo finalístico da evolução. Foram necessários, sim, mas sob aspectos particulares, tendo em vista a caminhada repleta de conflitos da humanidade.
Kardec define a evolução como sendo a trajetória, desde o ser vivo mais primitivo até o anjo; [este que começou por um átomo, so to say, um ser indivisível].
Kardec define a evolução como sendo a trajetória, desde o ser vivo mais primitivo até o anjo; [este que começou por um átomo, so to say, um ser indivisível].
Adorei.
Uma besteira sem tamanho acompanhada de um "so to say" pra parecer uma grande sacada.
Não, meu caro amigo. Rigorosamente não são vencedores
Agora me confundiu + ainda
visto ter sido O COLEGA quem escreveu
apanágio dos vencedores - os mais evoluídos.
O me estarreceu no contexto do postulado pelo modelo kardecista, motivando a resposta acima.
Caro colega @Gorducho. Você tem razão.
"Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos."
A expressão - os mais evoluídos - não cabe, pois o objetivo era enfatizar, conforme está nas #702, 703: - A vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres; eles o sentem instintivamente sem sequer se aperceberem.
Mas, o prazer e o gozo são coadjuvantes quanto ao instinto da necessidade de viver, visto que o suicídio, contrariando tal instintividade, decorre da ausência de motivação para a vida, sobrecarregada pelos fracassos e decepções de toda a ordem.
No Espiritismo não tem anjos e por óbvio muito menos revolta. Os "anjos" são Espíritos Superiores que começaram como todos outros espíritos.
Mesmo no anglo os que se manifestam nos cultos (services) eu entendo como Espíritos Superiores.
No Roustaingnismo tem queda mas são espíritos que retrogradaram da sua condição primeva, não sendo anjos ainda. E aliás o estudo dessa tese já foi finalmente retirado do Estatuto da FEB!
Para esses homens, relegados ao seio da selvageria, a mãe-pátria não é um Paraíso perdido pela sua falta e pela sua rebeldia à lei? Sobre essa terra longínqua, não sois anjos decaídos? A linguagem do chefe não é a que Deus devera fazer ouvir os Espíritos exilados sobre a Terra? "Desobedecestes às minhas leis, e é por isso que vos expulsei do país em que poderíeis viver feliz e em paz; aqui sereis condenados ao trabalho, mas podereis, pela vossa boa conduta, merecer vosso perdão e reconquistar a pátria que perdestes pela vossa falta, quer dizer, o céu."
Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura.
E o nobre @Acauan perguntará; qual a relação do Livre Arbítrio com a evolução?
- A Lei de Conservação. Se a conservação da vida faz parte dos Desígnios Divinos, instintivamente a criatura sente a necessidade, ao lutar contra as adversidades naturais, de se tornar mais forte e preparado, evoluindo sempre. Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos.
Acredito, meu caro companheiro, ter estabelecido de forma razoável, a relação buscada entre a evolução e o livre arbítrio.
Hum... não... não estabeleceu de forma razoável a relação citada.
Para estabelecer de forma razoável qualquer tese é indispensável:
1) Premissas aceitas como válidas;
2) Coerência entre premissas e conclusões.
A premissa "Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura" não é válida no contexto desta discussão, pois se confunde com a tese discutida.
Tomar a tese como premissa é o artifício Erístico conhecido como Petição de Princípio.
Como já citado, Evolução não é sinônimo de melhoria ou aprimoramento e autopreservação não implica necessariamente em evolução.
Um exemplo na evolução biológica são os peixes que habitam lagos em cavernas escuras e após algumas gerações perdem os olhos por falta de utilidade. Note que a cegueira não melhora os peixes em absolutamente nada, sequer os torna mais adaptados ao meio uma vez que não adquiriram novas capacidades de sobreviver na escuridão, apenas perderam a capacidade de enxergar na luz.
No mais, se a condução à perfeição é inelutável, então não existe livre arbítrio e sim predestinação, uma vez que TODOS os Espíritos estão destinados a se aperfeiçoarem, independente de sua vontade ou decisões que no máximo podem atrasar o processo, mas não mudá-lo.
Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura.
E o nobre @Acauan perguntará; qual a relação do Livre Arbítrio com a evolução?
- A Lei de Conservação. Se a conservação da vida faz parte dos Desígnios Divinos, instintivamente a criatura sente a necessidade, ao lutar contra as adversidades naturais, de se tornar mais forte e preparado, evoluindo sempre. Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos.
Acredito, meu caro companheiro, ter estabelecido de forma razoável, a relação buscada entre a evolução e o livre arbítrio.
Hum... não... não estabeleceu de forma razoável a relação citada.
Para estabelecer de forma razoável qualquer tese é indispensável:
1) Premissas aceitas como válidas;
2) Coerência entre premissas e conclusões.
A premissa "Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura" não é válida no contexto desta discussão, pois se confunde com a tese discutida.
Tomar a tese como premissa é o artifício Erístico conhecido como Petição de Princípio.
Mas o debate visa provar a plausibilidade do argumento, pois que a prova incontestável não pode ser apresentada, mas debatida.
Não é petição de princípio pois trata-se do núcleo da questão.
Como já citado, Evolução não é sinônimo de melhoria ou aprimoramento e autopreservação não implica necessariamente em evolução.
Um exemplo na evolução biológica são os peixes que habitam lagos em cavernas escuras e após algumas gerações perdem os olhos por falta de utilidade. Note que a cegueira não melhora os peixes em absolutamente nada, sequer os torna mais adaptados ao meio uma vez que não adquiriram novas capacidades de sobreviver na escuridão, apenas perderam a capacidade de enxergar na luz.
No mais, se a condução à perfeição é inelutável, então não existe livre arbítrio e sim predestinação, uma vez que TODOS os Espíritos estão destinados a se aperfeiçoarem, independente de sua vontade ou decisões que no máximo podem atrasar o processo, mas não mudá-lo.
A seleção natural propicia recursos de prevalência de uma espécie, em dado ambiente, com características curiosas.
No caso dos peixes de caverna, a perda dos olhos é uma adaptação que ocorreu devido à pressão seletiva (seleção natural) do ambiente subterrâneo. Quer dizer, em um ambiente sem luz, a capacidade de enxergar, de fato é inútil e pode, até mesmo, prejudicar o peixe, já que seus olhos podem ser feridos ou infectados.
Mas essa adaptação terá sido um aprimoramento, visto que ele necessariamente precisou desenvolver aptidões que o permitiram sobreviver e reproduzir; por exemplo um olfato mais desenvolvido ou a capacidade de interpretar padrões de movimento ou de sons, naquele ambiente específico.
Quanto à evolução será inelutável, pois obedece a uma lei natural. É como o progresso das civilizações; algumas demoram mais tempo a alcançar aquele já realizado por outras.
Possivelmente o Criador terá colocado no homem a sensibilidade ao sofrimento e ao prazer, como acicate para a evolução. Isso não é determinismo, é instintivo.
Você disse, acertadamente, que alguns podem retardar centenas de anos na evolução, mas fatalmente a alcançarão. Veja que o principal ponto é respeitado pela lei, pois o livre arbítrio é respeitado. Há caso de entidades desencarnadas que permanecem centenas de anos nas zonas umbralinas, até se decidirem a reencetar a caminhada.
A premissa "Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura" não é válida no contexto desta discussão, pois se confunde com a tese discutida.
Tomar a tese como premissa é o artifício Erístico conhecido como Petição de Princípio.
Mas o debate visa provar a plausibilidade do argumento, pois que a prova incontestável não pode ser apresentada, mas debatida.
Não é petição de princípio pois trata-se do núcleo da questão.
Dizer que é "inelutável" conflita com "prova incontestável não pode ser apresentada".
Não podemos fazer afirmações absolutas sobre algo que ainda não foi provado.
Quanto à evolução será inelutável, pois obedece a uma lei natural. É como o progresso das civilizações; algumas demoram mais tempo a alcançar aquele já realizado por outras.
Possivelmente o Criador terá colocado no homem a sensibilidade ao sofrimento e ao prazer, como acicate para a evolução. Isso não é determinismo, é instintivo.
Você disse, acertadamente, que alguns podem retardar centenas de anos na evolução, mas fatalmente a alcançarão. Veja que o principal ponto é respeitado pela lei, pois o livre arbítrio é respeitado. Há caso de entidades desencarnadas que permanecem centenas de anos nas zonas umbralinas, até se decidirem a reencetar a caminhada.
Não há livre arbítrio se a tal da "evolução" é inelutável e no máximo podemos retardá-la.
É o mesmo livre arbítrio de formigas num tronco que está descendo o rio em direção a uma cachoeira: façam elas o que fizerem durante o percurso, ainda assim vão cair.
Dizer que é "inelutável" conflita com "prova incontestável não pode ser apresentada".
Não podemos fazer afirmações absolutas sobre algo que ainda não foi provado.
Meu caro Fernando, uma coisa por vez; estou apresentando argumento que nega haver petição de princípio, pois que a afirmativa está no núcleo do debate... é exatamente o que está sendo discutido.
Quanto à evolução será inelutável, pois obedece a uma lei natural. É como o progresso das civilizações; algumas demoram mais tempo a alcançar aquele já realizado por outras.
Possivelmente o Criador terá colocado no homem a sensibilidade ao sofrimento e ao prazer, como acicate para a evolução. Isso não é determinismo, é misericórdia.
Você disse, acertadamente, que alguns podem retardar centenas de anos na evolução, mas fatalmente a alcançarão.
Veja que o principal ponto é respeitado pela lei, pois o livre arbítrio não é retirado e em nenhum momento serão obrigados a percorrer o caminho da perfeita evolução.
Existem entidades desencarnadas que permanecem por centenas de anos nas zonas umbralinas de mais intenso sofrimento por seu livre arbítrio, até se decidirem a reencetar a caminhada - Por exemplo o caso do Padre Domenico, no livro Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz[/quote]
Não há livre arbítrio se a tal da "evolução" é inelutável e no máximo podemos retardá-la.
Exatamente. E aqui está a sutileza da conceituação de livre arbítrio: O Espírito, se quisesse, ficaria eternamente na posição em que se encontra... é o seu livre arbítrio.
Mas não o fará. E acredito que muito teríamos a ganhar se refletíssemos sobre isso:
Posso! ... mas não quero, ou não devo.
É o mesmo livre arbítrio de formigas num tronco que está descendo o rio em direção a uma cachoeira: façam elas o que fizerem durante o percurso, ainda assim vão cair.
Você cita o exemplo da formiga, que não faz escolhas e age por instinto, mas o homem, como foi dito acima, elabora suas ações com o conhecimento, a experiência e a expectativa de determinado resultado. Não subiria naquele tronco
Parece-me que existem interpretações para o livre arbítrio ás vezes discordantes, por meras sutilezas.
.
O conceito de livre arbítrio merece considerações que podem conduzir a um consenso, mesmo entre crenças diferentes. Mas, como costuma dizer o nosso @Gorducho, a rubrica é a Ética Espírita. De acordo com o Espiritismo, o livre arbítrio é uma das propriedades fundamentais do Espírito. Consiste na liberdade de fazer ou não alguma coisa, seguir um determinado caminho ou evitá-lo.
No Espiritismo existe a crença que os atos praticados não foram predeterminados e por isso cada pessoa é responsável pelas suas escolhas. Desta forma, o livre-arbítrio é desenvolvido juntamente com o desenvolvimento da inteligência e da sensibilidade, implicando no aumento da responsabilização pelos atos praticados.
Em resumo, embora alertado, orientado, faça o que quiser mas assuma as consequências.
Mas o debate visa provar a plausibilidade do argumento, pois que a prova incontestável não pode ser apresentada, mas debatida.
Não é petição de princípio pois trata-se do núcleo da questão.
Ok, podemos deixar este formalismo de lado, mesmo porque não condiz com o estilo do RéV.
Analisando como argumento, então, se você diz que "prova incontestável não pode ser apresentada", temos que a crença Espírita na "evolução mandatória" é um dogma.
Em sendo dogma, não tem como ser objeto de debate, pois dogmas são validados pela autoridade, neste caso espiritual e não pela evidência ou pela lógica, podendo atentar contra toda experiência e conhecimento como no exemplo do dogma do nascimento virginal de Jesus.
A seleção natural propicia recursos de prevalência de uma espécie, em dado ambiente, com características curiosas.
No caso dos peixes de caverna, a perda dos olhos é uma adaptação que ocorreu devido à pressão seletiva (seleção natural) do ambiente subterrâneo. Quer dizer, em um ambiente sem luz, a capacidade de enxergar, de fato é inútil e pode, até mesmo, prejudicar o peixe, já que seus olhos podem ser feridos ou infectados.
Mas essa adaptação terá sido um aprimoramento, visto que ele necessariamente precisou desenvolver aptidões que o permitiram sobreviver e reproduzir; por exemplo um olfato mais desenvolvido ou a capacidade de interpretar padrões de movimento ou de sons, naquele ambiente específico.
Os peixes sem olhos das cavernas são uma evidência de que a Seleção Natural não tem por objetivo aprimorar as espécies.
Nesta situação específica, os peixes totalmente cegos não ganharam vantagem competitiva em relação aos que enxergam normalmente na luz, foram estes peixes com visão que perderam sua vantagem competitiva, inclusive os predadores que em ambiente iluminado exterminariam os animais deficientes, mas nas cavernas as espécies se confrontam em condições de igualdade na escuridão, sem que necessariamente tenham se tornado melhores em algum sentido.
Quanto à evolução será inelutável, pois obedece a uma lei natural. É como o progresso das civilizações; algumas demoram mais tempo a alcançar aquele já realizado por outras.
Existem teorias sustentadas por toneladas de evidências que ditam os fatores que determinam a evolução das civilizações, como a teoria da preponderância do fator Geografia de Jared Diamond e a teoria dos fatores culturais de David Priestland.
Estes fatores explicariam porque alguns povos chegaram à Idade Moderna ainda vivendo nas mesmas condições da Idade da Pedra, sendo que poderiam se manter neste estágio de desenvolvimento indeterminadamente caso não tivessem sido contatados (e conquistados) por civilizações avançadas.
Assim como nas espécies, os fatores que promovem a evolução das sociedades não estão nem aí para os resultados, que ocorrem da interação de fatores sem motivações específicas.
Possivelmente o Criador terá colocado no homem a sensibilidade ao sofrimento e ao prazer, como acicate para a evolução. Isso não é determinismo, é instintivo.
Há observações de todo tipo de negação dos instintos entre seres vivos, inclusive dos mais primários como os de sobrevivência e reprodução, como é o caso dos suicidas e celibatários voluntários.
Entre os animais os exemplos também são abundantes.
Instintos não são forças irresistíveis, como a evidência mostra, a Evolução Espírita é, logo é determinista.
Você disse, acertadamente, que alguns podem retardar centenas de anos na evolução, mas fatalmente a alcançarão. Veja que o principal ponto é respeitado pela lei, pois o livre arbítrio é respeitado. Há caso de entidades desencarnadas que permanecem centenas de anos nas zonas umbralinas, até se decidirem a reencetar a caminhada.
Porém o dogma determina que TODOS sem exceção evoluirão até a perfeição, ou seja, não há escolha.
Sem escolha, sem livre arbítrio, por defiinição.
Analisando como argumento, então, se você diz que "prova incontestável não pode ser apresentada", temos que a crença Espírita na "evolução mandatória" é um dogma.
Em sendo dogma, não tem como ser objeto de debate
. Mas se pode debater a coerência interna d'1 {conjunto} de axiomas (= dogmas). E.g.:
Σ∡ △ = 180°
curvatura gaussiana > 0
FAIL
E é o que o Trabalho em tela faz, mostrando que o conjunto dos dogmas kardecistas não tem.
Porém o dogma determina que TODOS sem exceção evoluirão até a perfeição, ou seja, não há escolha.
Sem escolha, sem livre arbítrio, por defiinição.
Mas, como costuma dizer o nosso @Gorducho, a rubrica é a Ética Espírita. De acordo com o Espiritismo, o livre arbítrio é uma das propriedades fundamentais do Espírito. Consiste na liberdade de fazer ou não alguma coisa, seguir um determinado caminho ou evitá-lo.
O problema não são os dogmas isolados mas o conjunto. O Kardec atou d+ a Doutrina dele.
Por analogia c/nossa profissão: as estruturas, quaisquer, têm que ter flexibilidade senão rompem.
Mas o debate visa provar a plausibilidade do argumento, pois que a prova incontestável não pode ser apresentada, mas debatida.
Não é petição de princípio pois trata-se do núcleo da questão.
Ok, podemos deixar este formalismo de lado, mesmo porque não condiz com o estilo do RéV.
Analisando como argumento, então, se você diz que "prova incontestável não pode ser apresentada", temos que a crença Espírita na "evolução mandatória" é um dogma.
Em sendo dogma, não tem como ser objeto de debate, pois dogmas são validados pela autoridade, neste caso espiritual e não pela evidência ou pela lógica, podendo atentar contra toda experiência e conhecimento como no exemplo do dogma do nascimento virginal de Jesus.
A seleção natural propicia recursos de prevalência de uma espécie, em dado ambiente, com características curiosas.
No caso dos peixes de caverna, a perda dos olhos é uma adaptação que ocorreu devido à pressão seletiva (seleção natural) do ambiente subterrâneo. Quer dizer, em um ambiente sem luz, a capacidade de enxergar, de fato é inútil e pode, até mesmo, prejudicar o peixe, já que seus olhos podem ser feridos ou infectados.
Mas essa adaptação terá sido um aprimoramento, visto que ele necessariamente precisou desenvolver aptidões que o permitiram sobreviver e reproduzir; por exemplo um olfato mais desenvolvido ou a capacidade de interpretar padrões de movimento ou de sons, naquele ambiente específico.
Os peixes sem olhos das cavernas são uma evidência de que a Seleção Natural não tem por objetivo aprimorar as espécies.
Nesta situação específica, os peixes totalmente cegos não ganharam vantagem competitiva em relação aos que enxergam normalmente na luz, foram estes peixes com visão que perderam sua vantagem competitiva, inclusive os predadores que em ambiente iluminado exterminariam os animais deficientes, mas nas cavernas as espécies se confrontam em condições de igualdade na escuridão, sem que necessariamente tenham se tornado melhores em algum sentido.
Quanto à evolução será inelutável, pois obedece a uma lei natural. É como o progresso das civilizações; algumas demoram mais tempo a alcançar aquele já realizado por outras.
Existem teorias sustentadas por toneladas de evidências que ditam os fatores que determinam a evolução das civilizações, como a teoria da preponderância do fator Geografia de Jared Diamond e a teoria dos fatores culturais de David Priestland.
Estes fatores explicariam porque alguns povos chegaram à Idade Moderna ainda vivendo nas mesmas condições da Idade da Pedra, sendo que poderiam se manter neste estágio de desenvolvimento indeterminadamente caso não tivessem sido contatados (e conquistados) por civilizações avançadas.
Assim como nas espécies, os fatores que promovem a evolução das sociedades não estão nem aí para os resultados, que ocorrem da interação de fatores sem motivações específicas.
Possivelmente o Criador terá colocado no homem a sensibilidade ao sofrimento e ao prazer, como acicate para a evolução. Isso não é determinismo, é instintivo.
Há observações de todo tipo de negação dos instintos entre seres vivos, inclusive dos mais primários como os de sobrevivência e reprodução, como é o caso dos suicidas e celibatários voluntários.
Entre os animais os exemplos também são abundantes.
Instintos não são forças irresistíveis, como a evidência mostra, a Evolução Espírita é, logo é determinista.
Você disse, acertadamente, que alguns podem retardar centenas de anos na evolução, mas fatalmente a alcançarão. Veja que o principal ponto é respeitado pela lei, pois o livre arbítrio é respeitado. Há caso de entidades desencarnadas que permanecem centenas de anos nas zonas umbralinas, até se decidirem a reencetar a caminhada.
Porém o dogma determina que TODOS sem exceção evoluirão até a perfeição, ou seja, não há escolha.
Sem escolha, sem livre arbítrio, por defiinição.
O meu argumento sobre esse LA na evolução, para o @Fernando-Silva consisitiu em mostrar que enquanto o espírito fizer prevalecer de seu direito de não seguir as linhas da evolução, isso será respeitado. Apenas quando ele QUISER voltar à trilha evolutiva ele o fará.
Insisto que o conceito de Livre Arbítrio obedece a certas limitações, por exemplo, se eu quiser matar um desafeto e ele estiver sob a proteção do destino que lhe foi previamente traçado, não bastará eu querer exercitar o direito do LA, aquilo não acontecerá.
Apenas mostrando, embora óbvio, que o LA sofre amplas restrições em todos os casos.
Quanto ao conceito de Dogma, que a DE não o tem, é apenas observação à distância de outrem, sem a experiência dos estudos que clareiam as justificativas.
Um exemplo bem próximo de nós, neste momento, é o determinismo evolutivo na DE...
"eu fico onde quiser, eternamente, e só abandonarei tal posição quando eu quiser"... total livre arbítrio.
Mas, como costuma dizer o nosso @Gorducho, a rubrica é a Ética Espírita. De acordo com o Espiritismo, o livre arbítrio é uma das propriedades fundamentais do Espírito. Consiste na liberdade de fazer ou não alguma coisa, seguir um determinado caminho ou evitá-lo.
O problema não são os dogmas isolados mas o conjunto. O Kardec atou d+ a Doutrina dele.
Por analogia c/nossa profissão: as estruturas, quaisquer, têm que ter flexibilidade senão rompem.
Meu querido, as reencarnações são provas cabais desta flexibilidade. Nada de inferno eterno para o criminoso desencarnado e nem um paraíso das delícias para os anjos, pois são eles que mais trabalham e se ocupam.
Comentários
Mas também estes mesmos fatores, num momento seguinte o fará pender para o lado (+) do eixo. Significa dizer que a bondade ou a maldade não estão marcantemente instaurados no ser. Convenhamos que a questão 621 situa o homem no berço da evolução, e como diz: simples e e ignorante... nem bom nem mau. Obviamente haverá um longo caminho até que determinadas tendências, conscientemente abraçadas, o posicione no lado (+) ou (-) do eixo.
E ainda aqui, tanto a maldade quanto a bondade não serão características marcantes da personalidade, alternando no comportamento segundo as circunstâncias.
É importante fique claro que a retrogradação não se dá in totum naquele espírito em análise, pois sob outros aspectos, pode até ser um bom homem.
1. Um indivíduo pode ser irascível e ignorante, em certos ambientes, mas meigo e dócil para com seus pais e familiares.
2. Lascivo e sensual, mas extremamente caridoso para com os infelizes de toda sorte.
3. Justo e reto como um Juiz, astuto e sagaz como um político
Enfim, a retrogradação ocorre em pontos de difícil superação para cada criatura em particular.
A evolução é um processo demasiado longo. O acaso, apenas pontualmente pode interferir, e se trouxer danos, de alguma forma, os espíritos construtores compensarão no momento oportuno.
O fato de ela não saber ainda não implica em intervenções sobrenaturais
[A Caminho da Luz ditado pelo Espírito Emmanuel] destaque meu
Este fato citado pelo Sr. @Gorducho ocorre também com os denominados elos perdidos, que de fato o são, mas apenas aos olhos do pesquisador encarnado, porquanto as experiências no plano invisível prosseguem até fixarem os valores e características que definirão o elo seguinte da evolução.
Todas as tretas estão sendo expostas com os enormes avanços no campo da neurociência, não obstante, imagino que as tretas continuarão no imaginário durante algum tempo.
Mas, fora do espiritismo, a frase "ditado pelo espírito Emmanuel" já desacredita o trecho citado.
"Pesquisas recentes"? Recentes até que ponto?
Fontes isentas?
E o homo sapiens da época? Era altamente civilizado?
De novo: o título da rubrica refere-se a... Espiritismo.
Implícito: "continental" kardecista eis que o Estudo em tela fala na "seqüência de reencarnações". O Antelóquio do livro foi ditado em agosto/38. Então podemos supor que até 1937. Não vem ao caso, eis que o ponto cá é mostrar que sim o Sobrenatural — ultramundanos a priori invisíveis pra nós no caso — intervém na "Evolução" biológica terrícola. Isso foi em resposta a 2º o Espiritismo de matriz Kardecista, eis que o tema da rubrica, claro.
O Livro dos Espíritos, no cap V do Livro Terceiro, quando discutimos a "Lei de Conservação", motiva uma reflexão, que acredito torne mais clara a questão do livre arbítrio e a evolução imposta, como ditame do Criador.
702. O instinto de conservação é uma lei da Natureza?
“Sem dúvida. Todos os seres vivos o possuem, seja qual for o grau de sua
inteligência. Em alguns, é puramente mecânico, em outros, é racional.”
703. Com que objetivo Deus concedeu a todos os seres vivos o
instinto de conservação?
“Porque todos devem colaborar nos desígnios da Providência. Foi
por isso que Deus lhes deu a necessidade de viver. A vida é necessária ao
aperfeiçoamento dos seres; eles o sentem instintivamente sem sequer se
aperceberem.”
Quando foi dito na 702:
“Porque todos devem colaborar nos desígnios da Providência",
surge a questão: quais serão os desígnios da Providência?
Estaremos indagando sobre os propósitos do Criador para suas criaturas, e aqui me atrevo a responder, por estar subentendido ao longo de toda a literatura espírita: a perfeição!
Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura.
E o nobre @Acauan perguntará; qual a relação do Livre Arbítrio com a evolução?
- A Lei de Conservação. Se a conservação da vida faz parte dos Desígnios Divinos, instintivamente a criatura sente a necessidade, ao lutar contra as adversidades naturais, de se tornar mais forte e preparado, evoluindo sempre. Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos.
Acredito, meu caro companheiro, ter estabelecido de forma razoável, a relação buscada entre a evolução e o livre arbítrio.
O Colega defende a coerência interna da so to speak dinâmica cósmica kardecista em tela usando argumentação nietzschiana. Essa dinâmica leva a personalidades à la, say Αλεξανδρος Μεγας ; Napoléon Iᵉʳ; [...]
ou milionários &c.
Certamente não é essa a "evolução" que o Kardec postula na Doutrina dele🤔
Kardec define a evolução como sendo a trajetória, desde o ser vivo mais primitivo até o anjo; [este que começou por um átomo, so to say, um ser indivisível].
Uma besteira sem tamanho acompanhada de um "so to say" pra parecer uma grande sacada.
visto ter sido O COLEGA quem escreveu O me estarreceu no contexto do postulado pelo modelo kardecista, motivando a resposta acima.
Caro colega @Gorducho. Você tem razão.
"Além dessa necessidade instintiva haverá os atrativos do prazer e do gozo, apanágio dos vencedores - os mais evoluídos."
A expressão - os mais evoluídos - não cabe, pois o objetivo era enfatizar, conforme está nas #702, 703: - A vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres; eles o sentem instintivamente sem sequer se aperceberem.
Mas, o prazer e o gozo são coadjuvantes quanto ao instinto da necessidade de viver, visto que o suicídio, contrariando tal instintividade, decorre da ausência de motivação para a vida, sobrecarregada pelos fracassos e decepções de toda a ordem.
sim é isso mesmo se deus não quisesse ter sua vontade contrariada teria criado " perfeitos puxa sacos"....kkkkkkkkkkkkkkkk
Hum... não... não estabeleceu de forma razoável a relação citada.
Para estabelecer de forma razoável qualquer tese é indispensável:
1) Premissas aceitas como válidas;
2) Coerência entre premissas e conclusões.
A premissa "Pois que, o processo longo e continuado da evolução conduzirá inelutavelmente à perfeição da criatura" não é válida no contexto desta discussão, pois se confunde com a tese discutida.
Tomar a tese como premissa é o artifício Erístico conhecido como Petição de Princípio.
Como já citado, Evolução não é sinônimo de melhoria ou aprimoramento e autopreservação não implica necessariamente em evolução.
Um exemplo na evolução biológica são os peixes que habitam lagos em cavernas escuras e após algumas gerações perdem os olhos por falta de utilidade. Note que a cegueira não melhora os peixes em absolutamente nada, sequer os torna mais adaptados ao meio uma vez que não adquiriram novas capacidades de sobreviver na escuridão, apenas perderam a capacidade de enxergar na luz.
No mais, se a condução à perfeição é inelutável, então não existe livre arbítrio e sim predestinação, uma vez que TODOS os Espíritos estão destinados a se aperfeiçoarem, independente de sua vontade ou decisões que no máximo podem atrasar o processo, mas não mudá-lo.
Não é petição de princípio pois trata-se do núcleo da questão.
A seleção natural propicia recursos de prevalência de uma espécie, em dado ambiente, com características curiosas.
No caso dos peixes de caverna, a perda dos olhos é uma adaptação que ocorreu devido à pressão seletiva (seleção natural) do ambiente subterrâneo. Quer dizer, em um ambiente sem luz, a capacidade de enxergar, de fato é inútil e pode, até mesmo, prejudicar o peixe, já que seus olhos podem ser feridos ou infectados.
Mas essa adaptação terá sido um aprimoramento, visto que ele necessariamente precisou desenvolver aptidões que o permitiram sobreviver e reproduzir; por exemplo um olfato mais desenvolvido ou a capacidade de interpretar padrões de movimento ou de sons, naquele ambiente específico.
Quanto à evolução será inelutável, pois obedece a uma lei natural. É como o progresso das civilizações; algumas demoram mais tempo a alcançar aquele já realizado por outras.
Possivelmente o Criador terá colocado no homem a sensibilidade ao sofrimento e ao prazer, como acicate para a evolução. Isso não é determinismo, é instintivo.
Você disse, acertadamente, que alguns podem retardar centenas de anos na evolução, mas fatalmente a alcançarão. Veja que o principal ponto é respeitado pela lei, pois o livre arbítrio é respeitado. Há caso de entidades desencarnadas que permanecem centenas de anos nas zonas umbralinas, até se decidirem a reencetar a caminhada.
Não podemos fazer afirmações absolutas sobre algo que ainda não foi provado. Não há livre arbítrio se a tal da "evolução" é inelutável e no máximo podemos retardá-la.
É o mesmo livre arbítrio de formigas num tronco que está descendo o rio em direção a uma cachoeira: façam elas o que fizerem durante o percurso, ainda assim vão cair.
Quanto à evolução será inelutável, pois obedece a uma lei natural. É como o progresso das civilizações; algumas demoram mais tempo a alcançar aquele já realizado por outras.
Possivelmente o Criador terá colocado no homem a sensibilidade ao sofrimento e ao prazer, como acicate para a evolução. Isso não é determinismo, é misericórdia.
Você disse, acertadamente, que alguns podem retardar centenas de anos na evolução, mas fatalmente a alcançarão.
Veja que o principal ponto é respeitado pela lei, pois o livre arbítrio não é retirado e em nenhum momento serão obrigados a percorrer o caminho da perfeita evolução.
Existem entidades desencarnadas que permanecem por centenas de anos nas zonas umbralinas de mais intenso sofrimento por seu livre arbítrio, até se decidirem a reencetar a caminhada - Por exemplo o caso do Padre Domenico, no livro Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz[/quote] Exatamente. E aqui está a sutileza da conceituação de livre arbítrio: O Espírito, se quisesse, ficaria eternamente na posição em que se encontra... é o seu livre arbítrio.
Mas não o fará. E acredito que muito teríamos a ganhar se refletíssemos sobre isso:
Posso! ... mas não quero, ou não devo.
Você cita o exemplo da formiga, que não faz escolhas e age por instinto, mas o homem, como foi dito acima, elabora suas ações com o conhecimento, a experiência e a expectativa de determinado resultado. Não subiria naquele tronco
Parece-me que existem interpretações para o livre arbítrio ás vezes discordantes, por meras sutilezas.
.
O conceito de livre arbítrio merece considerações que podem conduzir a um consenso, mesmo entre crenças diferentes. Mas, como costuma dizer o nosso @Gorducho, a rubrica é a Ética Espírita.
De acordo com o Espiritismo, o livre arbítrio é uma das propriedades fundamentais do Espírito. Consiste na liberdade de fazer ou não alguma coisa, seguir um determinado caminho ou evitá-lo.
No Espiritismo existe a crença que os atos praticados não foram predeterminados e por isso cada pessoa é responsável pelas suas escolhas. Desta forma, o livre-arbítrio é desenvolvido juntamente com o desenvolvimento da inteligência e da sensibilidade, implicando no aumento da responsabilização pelos atos praticados.
Em resumo, embora alertado, orientado, faça o que quiser mas assuma as consequências.
Ok, podemos deixar este formalismo de lado, mesmo porque não condiz com o estilo do RéV.
Analisando como argumento, então, se você diz que "prova incontestável não pode ser apresentada", temos que a crença Espírita na "evolução mandatória" é um dogma.
Em sendo dogma, não tem como ser objeto de debate, pois dogmas são validados pela autoridade, neste caso espiritual e não pela evidência ou pela lógica, podendo atentar contra toda experiência e conhecimento como no exemplo do dogma do nascimento virginal de Jesus.
Os peixes sem olhos das cavernas são uma evidência de que a Seleção Natural não tem por objetivo aprimorar as espécies.
Nesta situação específica, os peixes totalmente cegos não ganharam vantagem competitiva em relação aos que enxergam normalmente na luz, foram estes peixes com visão que perderam sua vantagem competitiva, inclusive os predadores que em ambiente iluminado exterminariam os animais deficientes, mas nas cavernas as espécies se confrontam em condições de igualdade na escuridão, sem que necessariamente tenham se tornado melhores em algum sentido.
Existem teorias sustentadas por toneladas de evidências que ditam os fatores que determinam a evolução das civilizações, como a teoria da preponderância do fator Geografia de Jared Diamond e a teoria dos fatores culturais de David Priestland.
Estes fatores explicariam porque alguns povos chegaram à Idade Moderna ainda vivendo nas mesmas condições da Idade da Pedra, sendo que poderiam se manter neste estágio de desenvolvimento indeterminadamente caso não tivessem sido contatados (e conquistados) por civilizações avançadas.
Assim como nas espécies, os fatores que promovem a evolução das sociedades não estão nem aí para os resultados, que ocorrem da interação de fatores sem motivações específicas.
Há observações de todo tipo de negação dos instintos entre seres vivos, inclusive dos mais primários como os de sobrevivência e reprodução, como é o caso dos suicidas e celibatários voluntários.
Entre os animais os exemplos também são abundantes.
Instintos não são forças irresistíveis, como a evidência mostra, a Evolução Espírita é, logo é determinista.
Porém o dogma determina que TODOS sem exceção evoluirão até a perfeição, ou seja, não há escolha.
Sem escolha, sem livre arbítrio, por defiinição.
E é o que o Trabalho em tela faz, mostrando que o conjunto dos dogmas kardecistas não tem. Claro.
Por analogia c/nossa profissão: as estruturas, quaisquer, têm que ter flexibilidade senão rompem.
O meu argumento sobre esse LA na evolução, para o @Fernando-Silva consisitiu em mostrar que enquanto o espírito fizer prevalecer de seu direito de não seguir as linhas da evolução, isso será respeitado. Apenas quando ele QUISER voltar à trilha evolutiva ele o fará.
Insisto que o conceito de Livre Arbítrio obedece a certas limitações, por exemplo, se eu quiser matar um desafeto e ele estiver sob a proteção do destino que lhe foi previamente traçado, não bastará eu querer exercitar o direito do LA, aquilo não acontecerá.
Apenas mostrando, embora óbvio, que o LA sofre amplas restrições em todos os casos.
Quanto ao conceito de Dogma, que a DE não o tem, é apenas observação à distância de outrem, sem a experiência dos estudos que clareiam as justificativas.
Um exemplo bem próximo de nós, neste momento, é o determinismo evolutivo na DE...
"eu fico onde quiser, eternamente, e só abandonarei tal posição quando eu quiser"... total livre arbítrio.
caso claro de carma de vidas passadas, tratam se de crianças que no tempo do velho oeste americano eram índios escalpeladores