Lembro-me que uma das primeiras coisas que li foi um texto do Acauan. Acho que o título era "Crônicas da ante-sala do inferno". Ou coisa parecida. Essa crônica foi uma das maiores iscas para minha adesão e provocou em mim uma admiração instantânea pelo Índio Velho. Claro que, em alguns momentos, eu o achava um tanto antipático, além de usar a borduna com força excessiva contra os religiosos.
Mas, como eu disse, hoje eu entendo...
Como disse, o título era exatamente este.
E que injustiça, eu era um doce de pessoa.
Senhor disse: A mente opera desde o inconsciente, só o que "se manifesta" é o consciente.
É como eu disse, o senhor teria que me conhecer para aplicar sua psicologia. Eu vasculho minha mente desde a infância mais remota. O que eu consegui ou deixei de conseguir nesse escrutínio não é um assunto pertinente para se tratar em um fórum de Internet. Entretanto, não posso cercear seu direito a ter uma opinião.
Senhor disse: A mente opera desde o inconsciente, só o que "se manifesta" é o consciente.
É como eu disse, o senhor teria que me conhecer para aplicar sua psicologia. Eu vasculho minha mente desde a infância mais remota. O que eu consegui ou deixei de conseguir nesse escrutínio não é um assunto pertinente para se tratar em um fórum de Internet. Entretanto, não posso cercear seu direito a ter uma opinião.
Bem-vindo.
Muita gente acessa o fórum sem interagir, nunca entendi bem a razão. Participar é mais divertido.
Física e economia? Interessante. Aprendeu alguma coisa sobre os austríacos no curso de economia? E sobre Marx?
Fiquei curioso. Como é um curso de economia no Brasil?
Obrigado!
Sim, aprendi sobre escola austríaca. Meu professor de História do Pensamento Econômico era Austríaco. Também vi Marx na mesma disciplina.
De maneira geral, as escolas de economia no Brasil se dividem entre ortodoxas e heterodoxas.
No primeiro ano os cursos de economia, sejam ortodoxos ou heterodoxos, são parecidos: aprende-se a formulação de Hicks da macroeconomia (modelo IS-LM), a teoria clássica da firma e do consumidor e cálculo em algum nível. Do segundo ano em diante as diferenças podem ser significativas.Os cursos ortodoxos vão dar ênfase em métodos quantitativos (se não me engano a FGV Rio chega a incluir fundamentos de Análise na reta na grade da graduação) e adotar uma abordagem neoclássica nas disciplinas básicas do curso. Várias faculdades incluem também um ciclo de disciplinas relacionadas a finanças. Já os cursos heterodoxos vão incluir menos disciplinas quantitativas e aumentar a carga das disciplinas de história e economia política. A abordagem utilizada para as matérias de economia varia bastante conforme o perfil do professor. Os Cepalinos, naturalmente, são influências importantes. Cursos heterodoxos em geral não tem carga horária obrigatória em cadeiras de finanças.
O maior centro irradiador do pensamento heterodoxo no Brasil é a Unicamp. Outros centros importantes são UFRJ e UFMG. Em geral, os departamentos de economia das universidades públicas tendem à heterodoxia.
Algumas exceções são a UNB, a USP, a UFC e a UFPel. Já as escolas ortodoxas mais importantes são a PUC-Rio e a FGV-Rio.
Devem achar o site ao fazer buscas. Talvez gostem, talvez fiquem horrorizados, mas não se envolvem em discussões.
Fato curioso. Eu via o RV sempre nas minhas buscas. Cheguei a ler algumas discussões e pensei em participar, mas o fundo preto e o visual ruim que o fórum tinha na época me afastaram durante alguns anos.
Eu encontrei como lar e primeiro fórum do assunto o ateus.net
Ainda existe. Mas eles tentaram elitizar o fórum e baniram todos os teístas, decisão da qual se arrependerem depois, pois isso matou o fórum por um bom tempo.
Só vim pra cá quando fui chutado de lá e por falta de opção. (o clube cético ainda não existia).
Ha males que vem para o bem...
Como disse, o título era exatamente este.
E que injustiça, eu era um doce de pessoa.
kkkkkkkkk
Não era não. Você sempre foi muito prático e pouco afeito e ficar de picuinhas, mas também sempre foi de uma certa dureza com os jovens ignorantes atraídos pelo fórum e que ousaram falar abobrinhas sobre politica e religião na sua presença.
@wololo Legal, há algum tempo tínhamos no fórum o Cabeção, ele estava fazendo doutorado em economia e era um anarco capitalista. Foi o principal responsável por tirar de mim minha "esquerdice".
Sim, aprendi sobre escola austríaca. Meu professor de História do Pensamento Econômico era Austríaco. Também vi Marx na mesma disciplina.
Legal, no Brasil sempre me assusta a ideia de que esses cursos sejam muito tendenciosos e soneguem o pensamento austríaco por completo do alunos.
O maior centro irradiador do pensamento heterodoxo no Brasil é a Unicamp.
É por isso que o Rodrigo Constantino é sempre tão critico aos economistas da Unicamp.
Onde no espectro politico você se enquadra?
Várias faculdades incluem também um ciclo de disciplinas relacionadas a finanças. Já os cursos heterodoxos vão incluir menos disciplinas quantitativas e aumentar a carga das disciplinas de história e economia política. A abordagem utilizada para as matérias de economia varia bastante conforme o perfil do professor. Os Cepalinos, naturalmente, são influências importantes. Cursos heterodoxos em geral não tem carga horária obrigatória em cadeiras de finanças.
- Interessante, há um paralelo aí com as faculdades de Arquitetura e Urbanismo, existem os cursos que são mais voltados para o lado artístico e os que são mais ligados à engenharia, a Unb, onde estudei, é uma representante típica da Arquitetura artística, quase não há disciplinas técnicas no curso, e os alunos fogem delas como diabo da cruz, já na UFRJ os alunos saem com formação de engenheiro-arquiteto, pode ser que não seja mais assim, faz muuuuuuuito tempo que deixei o curso.
EX CRENTE??? Não acredito! Você se tornou ateu? WTF? Fala um pouco mais sobre isso.
Hoje percebo que quando entendi como se dá a evolução já estava ateu , só não assumia .
Ficava de zoação com o pessoal aqui , mas o fato é que já estava Ateu .
Hoje percebo isso .
Fernando_Silva disse:
Era um projeto muito ambicioso. Não apenas um fórum, mas um portal, com um acervo de textos próprios e traduzidos, transcrições de debates etc.
Nem sei se vocês aceitavam teístas por lá, mas eu realmente queria ter conhecido.
Um dos moderadores era protestante. Estudava teologia e formou-se pastor mais tarde.
Hoje percebo que quando entendi como se dá a evolução já estava ateu , só não assumia .
Respeito o seu ateísmo, e sempre será um caminho melhor que a crença. Mas permita-me fazer uma observação, repito, despretensiosa.
Eu devia ter uns 11 ou 12 anos quando folheei um exemplar de A Origem das Espécies. Fiquei fascinado! Darwin era o cara. Eu já não aceitava a versão bíblica, apesar de ser católico na época, e as teorias daquele sujeito sepultaram de vez minhas dúvidas.
Compreender a evolução das espécies é um bom antídoto para o criacionismo, mas não tem qualquer relação com a existência de Deus. Para mim, nunca teve.
Principalmente porque ser um deus não significa que vá criar alguma coisa; muito menos que vá ciar em particular os terrícolas.
Claro que não tem nada a ver crença em divindade(s) com Criacionismo refutado.
É por isso que o Rodrigo Constantino é sempre tão critico aos economistas da Unicamp.
Onde no espectro politico você se enquadra?
Os economistas de Campinas participaram de quase todos os planos econômicos fracassados no Brasil nas últimas 4 décadas. A rivalidade entre as escolas de economia no Brasil é forte e não muito saudável, mas ao menos rende boas piadas.
Naquele teste do Political Compass eu pontuo uns 6 pontos para a direita e uns dois para baixo.
Gorducho disse: Principalmente porque ser um deus não significa que vá criar alguma coisa; muito menos que vá ciar em particular os terrícolas.
Claro que não tem nada a ver crença em divindade(s) com Criacionismo refutado.
Mesmo porque há muitos mitos da criação diferentes.
Na verdade, mais que refutar os criacionismos, é preciso exigir dos que creem em cada um deles que provem suas afirmações, mas isto eles nunca tiveram como fazer. É artigo de fé, mais nada.
Sabendo disto, eles se limitam a procurar falhas na biologia evolucionista.
Compreender a evolução das espécies é um bom antídoto para o criacionismo, mas não tem qualquer relação com a existência de Deus. Para mim, nunca teve.
Bom na minha leitura a maneira como a evolução acontece depõe contra Deus . Lógico que o debate é filosófico e não científico e a evolução ou a ciência não vão definir esta questão .
Aceitar a evolução apenas empurra a intervenção de um suposto criador para um passado ainda mais remoto.
A cada centímetro que a ciência avança, esse criador é empurrado cada vez mais para trás e para longe, para as áreas que a ciência ainda não alcançou, mas não é possível descartá-lo.
Alguns terão fé no deus que imaginam, outros apenas vão ignorar a possibilidade por falta absoluta de evidências, ficando abertos a fatos que venham a surgir. E ainda outros, talvez tão religiosos quanto os que creem em um deus, afirmarão taxativamente sua inexistência.
Fernando disse: Aceitar a evolução apenas empurra a intervenção de um suposto criador para um passado ainda mais remoto.
Vc disse bem... A comprovação de uma intervenção fica complicada quando a cena da criação já não mais está centrada, mas antes fracionada em descendências e mais descendências...
O que nos resta é partir das migalhas que temos em nós mesmos... O sentido da existência não forma no vazio de uma vida. Faz antes sentido quando escutamos nosso intimo... Mas, isso, se soubermos onde procurar.
Faz antes sentido quando escutamos nosso intimo... Mas, isso, se soubermos onde procurar.
Então... divindades são criações do intimo de cada um a menos que embutidas na cabeça desde cedo. E comoem geral são embutidas, perde-se a referência pra captar o que seria produto da criatividade e dos medos individuais, e o que foi administradopor osmose forçada.
Comentários
Não sou bruxo mas esse efeito Bandwagon... não parece bruxaria?
Como disse, o título era exatamente este.
E que injustiça, eu era um doce de pessoa.
É como eu disse, o senhor teria que me conhecer para aplicar sua psicologia. Eu vasculho minha mente desde a infância mais remota. O que eu consegui ou deixei de conseguir nesse escrutínio não é um assunto pertinente para se tratar em um fórum de Internet. Entretanto, não posso cercear seu direito a ter uma opinião.
Você não é mais o mesmo, grande guerreiro. Aposentou a borduna.
http://www.megacurioso.com.br/ilusao-de-optica/36964-4-ilusoes-de-optica-capazes-de-baguncar-os-nossos-sentidos.htm
Obrigado!
Sim, aprendi sobre escola austríaca. Meu professor de História do Pensamento Econômico era Austríaco. Também vi Marx na mesma disciplina.
De maneira geral, as escolas de economia no Brasil se dividem entre ortodoxas e heterodoxas.
No primeiro ano os cursos de economia, sejam ortodoxos ou heterodoxos, são parecidos: aprende-se a formulação de Hicks da macroeconomia (modelo IS-LM), a teoria clássica da firma e do consumidor e cálculo em algum nível. Do segundo ano em diante as diferenças podem ser significativas.Os cursos ortodoxos vão dar ênfase em métodos quantitativos (se não me engano a FGV Rio chega a incluir fundamentos de Análise na reta na grade da graduação) e adotar uma abordagem neoclássica nas disciplinas básicas do curso. Várias faculdades incluem também um ciclo de disciplinas relacionadas a finanças. Já os cursos heterodoxos vão incluir menos disciplinas quantitativas e aumentar a carga das disciplinas de história e economia política. A abordagem utilizada para as matérias de economia varia bastante conforme o perfil do professor. Os Cepalinos, naturalmente, são influências importantes. Cursos heterodoxos em geral não tem carga horária obrigatória em cadeiras de finanças.
O maior centro irradiador do pensamento heterodoxo no Brasil é a Unicamp. Outros centros importantes são UFRJ e UFMG. Em geral, os departamentos de economia das universidades públicas tendem à heterodoxia.
Algumas exceções são a UNB, a USP, a UFC e a UFPel. Já as escolas ortodoxas mais importantes são a PUC-Rio e a FGV-Rio.
Fato curioso. Eu via o RV sempre nas minhas buscas. Cheguei a ler algumas discussões e pensei em participar, mas o fundo preto e o visual ruim que o fórum tinha na época me afastaram durante alguns anos.
Eu encontrei como lar e primeiro fórum do assunto o ateus.net
Ainda existe. Mas eles tentaram elitizar o fórum e baniram todos os teístas, decisão da qual se arrependerem depois, pois isso matou o fórum por um bom tempo.
Só vim pra cá quando fui chutado de lá e por falta de opção. (o clube cético ainda não existia).
Ha males que vem para o bem...
Não era não. Você sempre foi muito prático e pouco afeito e ficar de picuinhas, mas também sempre foi de uma certa dureza com os jovens ignorantes atraídos pelo fórum e que ousaram falar abobrinhas sobre politica e religião na sua presença.
Legal, no Brasil sempre me assusta a ideia de que esses cursos sejam muito tendenciosos e soneguem o pensamento austríaco por completo do alunos.
É por isso que o Rodrigo Constantino é sempre tão critico aos economistas da Unicamp.
Onde no espectro politico você se enquadra?
- Interessante, há um paralelo aí com as faculdades de Arquitetura e Urbanismo, existem os cursos que são mais voltados para o lado artístico e os que são mais ligados à engenharia, a Unb, onde estudei, é uma representante típica da Arquitetura artística, quase não há disciplinas técnicas no curso, e os alunos fogem delas como diabo da cruz, já na UFRJ os alunos saem com formação de engenheiro-arquiteto, pode ser que não seja mais assim, faz muuuuuuuito tempo que deixei o curso.
Abraços,
Hoje percebo que quando entendi como se dá a evolução já estava ateu , só não assumia .
Ficava de zoação com o pessoal aqui , mas o fato é que já estava Ateu .
Hoje percebo isso .
Rv desconverte quaquer um rsrsrsrs
Que fique claro que esta não é nossa intenção.
Não fazemos proselitismo, apenas expomos ideias e cada qual encontre aquelas com as quais concorda.
O Alenônimo foi cuidar do Ateus do Brasil, recém-fundado, e uma turma assumiu o CC.
Respeito o seu ateísmo, e sempre será um caminho melhor que a crença. Mas permita-me fazer uma observação, repito, despretensiosa.
Eu devia ter uns 11 ou 12 anos quando folheei um exemplar de A Origem das Espécies. Fiquei fascinado! Darwin era o cara. Eu já não aceitava a versão bíblica, apesar de ser católico na época, e as teorias daquele sujeito sepultaram de vez minhas dúvidas.
Compreender a evolução das espécies é um bom antídoto para o criacionismo, mas não tem qualquer relação com a existência de Deus. Para mim, nunca teve.
Claro que não tem nada a ver crença em divindade(s) com Criacionismo refutado.
Os economistas de Campinas participaram de quase todos os planos econômicos fracassados no Brasil nas últimas 4 décadas. A rivalidade entre as escolas de economia no Brasil é forte e não muito saudável, mas ao menos rende boas piadas.
Naquele teste do Political Compass eu pontuo uns 6 pontos para a direita e uns dois para baixo.
Na verdade, mais que refutar os criacionismos, é preciso exigir dos que creem em cada um deles que provem suas afirmações, mas isto eles nunca tiveram como fazer. É artigo de fé, mais nada.
Sabendo disto, eles se limitam a procurar falhas na biologia evolucionista.
Bom na minha leitura a maneira como a evolução acontece depõe contra Deus . Lógico que o debate é filosófico e não científico e a evolução ou a ciência não vão definir esta questão .
E também o fato que esse não era o único forum Ateísta que participei .
Frequentava outros .
Claro que não, Edson. Comprovar a evolução depõe contra nossas projeções e expectativas do que seria um Deus.
Mas não estou tentando, com isso, mandá-lo para o lado negro da força. Continue ateu, é melhor do que ser crente.
Comprovar a evolução depõe contra <del>[del]nossas projeções e expectativas do que seria um[/del]</del> Deus.
Não tem o del...
Depõe contra a definição escolástica de D•us, usada pelas bandeiras abraâmicas.
E o que define deus não são exatamente nossas projeções e expectativas? "Deus" é um eufemismo para apreensão da Realidade.
A cada centímetro que a ciência avança, esse criador é empurrado cada vez mais para trás e para longe, para as áreas que a ciência ainda não alcançou, mas não é possível descartá-lo.
Alguns terão fé no deus que imaginam, outros apenas vão ignorar a possibilidade por falta absoluta de evidências, ficando abertos a fatos que venham a surgir. E ainda outros, talvez tão religiosos quanto os que creem em um deus, afirmarão taxativamente sua inexistência.
Vc disse bem... A comprovação de uma intervenção fica complicada quando a cena da criação já não mais está centrada, mas antes fracionada em descendências e mais descendências...
O que nos resta é partir das migalhas que temos em nós mesmos... O sentido da existência não forma no vazio de uma vida. Faz antes sentido quando escutamos nosso intimo... Mas, isso, se soubermos onde procurar.
[fraternos]
Então... divindades são criações do intimo de cada um a menos que embutidas na cabeça desde cedo. E comoem geral são embutidas, perde-se a referência pra captar o que seria produto da criatividade e dos medos individuais, e o que foi administradopor osmose forçada.