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Ministro Joaquim Barbosa é o alvo do Partido da Imprensa Governista (PIG) por condenar os petralhas

Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/09/10/joaquim-o-alvo-por-ricardo-noblat-464588.asp

Joaquim é o alvo

Ricardo Noblat

O Partido da Imprensa Governista (PIG) começou a descer o pau no ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão.

O PIG é parente da imprensa chapa branca que sobrevive da caridade oficial. Basicamente, é o conjunto de blogs, sites e portais que serve ao governo e aos partidos que o apoiam.

Trata-se de mais um aspecto da herança pesada deixada por Lula para Dilma, por mais que ela negue.

Por que Joaquim virou alvo de malhação?

Porque o desempenho dele até aqui desagrada ao PT. Porque ele deve a Lula sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal (STF) e, no entanto, atua com a independência que se espera de todo juiz.

Registre-se por dever de ofício: ele e outros ministros indicados por Lula e Dilma. Nem todos.

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Naturalmente, o PIG está impedido de expor com clareza as razões de sua revolta contra Joaquim. Seria insensato fazê-lo.

Correria o risco de perder seus poucos leitores tamanho é o prestígio de Joaquim nas chamadas redes sociais. Ali ele virou uma espécie de anjo vingador. Um anjo preto, zangado, irritadiço e sempre à beira de um ataque de nervos.

Sem audiência, para quê sustentar o PIG? Só para que continuasse a disseminar intrigas durante períodos eleitorais? Para que funcionasse como laboratório onde se testam palavras de ordem? Ou para que seguisse defendendo aliados do governo?

Collor, Sarney, Renan - toda essa gente conta com a ajuda do PIG quando se lhe apertam os calos. Sem utilidade, adeus patrocínio!

O PIG argumenta que Joaquim está sendo muito rigoroso com os réus do mensalão. Como se rigor fosse um exagero e a condescendência o mais aconselhável.

Não ria: membro mais afoito e mais bem remunerado do PIG comparou Joaquim a inquisidores da Idade Média que torturaram e mataram. Seria o nosso Torquemada!

No fim do século XV, na Espanha, o dominicano Tomás de Torquemada, promovido a inquisidor-geral pelo papa Inocêncio VIII, recomendava parafusos nos polegares dos heréticos enquanto rezava contrito e baixinho pela salvação de suas almas.

Se Joaquim procede como ele, o STF virou o endereço nobre e espaçoso dos novos inquisidores.

Sim, porque Joaquim não julga sozinho.

Na última segunda-feira, por exemplo, ele condenou Ayanna Tenório, uma das diretoras do Banco Rural, o financiador de parte do mensalão. E aí?

Aí que Ayanna acabou absolvida por 9 votos contra um. Ninguém no STF é voto de cabresto de ninguém. Um homem, um voto.

De resto, as decisões do STF no processo do mensalão estão sendo tomadas por larga maioria de votos. É isso, e apenas isso o que está tornando possível até agora o próprio julgamento. O julgamento mais longo e complexo da história da Corte Suprema. Que não tem data para terminar. E que não se sabe como terminará.

Em dezembro de 2005, quando ficou pronto o relatório da CPI dos Correios que apurou o esquema do mensalão, Lula se recusou a lê-lo. Disse que só lhe interessava a palavra final da Justiça.

Depois se antecipou à Justiça e decretou que o mensalão não passara de uma farsa. Delúbio Soares preferiu chamá-lo de futura "piada de salão".

Joaquim Torquemada e sua equipe de torturadores concluíram que de farsa o mensalão nada teve. Assim como também nada teve de engraçado.

A prática de corrupção entre nós não cessará com a condenação dos réus do mensalão. A impunidade, talvez, a depender da força da bordoada que acabe levando.
Post edited by Fernando_Silva on

Comentários

  • 3 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-pt-rasga-a-fantasia-negro-filho-da-mae-negro-traidor-negro-que-nao-carrega-bandeira-negro-vira-casaca-negro-ingrato-negro-negro/
    O PT rasga a fantasia: “Negro filho da mãe! Negro traidor! Negro que não carrega bandeira! Negro vira-casaca! Negro ingrato! Negro negro!”

    A questão sempre rondou as más consciências, era enunciada de modo oblíquo, falada nos cantos, nos becos, nas bocas, nas tocas — como diria o sambista… Era sugerida, mas jamais pronunciada. Ontem, finalmente, o ainda deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, rasgou a fantasia e o verbo, revelou o que realmente pensa o PT, deixou aflorar seu [do partido] racismo asqueroso e primitivo. Inconformado com a atuação do ministro Joaquim Barbosa, que assumiu nesta quinta a presidência do STF, Cunha mandou ver: “[Barbosa] Chegou [ao Supremo] porque era compromisso nosso, do PT e do Lula, de reparar um pedaço da injustiça histórica com os negros”.
    [...]
    Lula, o PT e os petistas esperavam um negro grato, de joelhos, beijando a mãos dos nhonhôs. Queriam um Joaquim Barbosa doce como uma negro forro, que se desfizesse em amabilidades com o seu ex-senhor e se sentisse feliz por ter sido um dos escolhidos da senzala para receber o galardão da liberdade. Em vez disso, o que se tem, na visão dos petistas, é um negro ingrato, que decidiu olhar a lei, não quem o nomeou; que decidiu se ater aos crimes cometidos pelos réus, não à cor de sua própria pele; que decidiu seguir as regras do estado democrático e de direito, não o projeto de poder de um partido.
    [...]
    Achincalhe da Justiça
    João Paulo disse aquela enormidade numa “plenária” feita em Osasco para satanizar o STF e declarar a inocência dos mensaleiros, a que compareceram José Dirceu e José Genoino. Rui Falcão, presidente do PT, e os deputados Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara, e Arlindo Chinaglia (SP), líder do governo na Casa, faltaram.

    Dirceu pregou abertamente o confronto com o Supremo. Mais do que isso: segundo entendi, quer o tribunal submetido a júri popular, à moda maoísta: segundo ele, o PT deve ir às ruas para “fazer o julgamento do julgamento”. Huuummm… Quanto mais trela lhe dá o jornalismo que lhe serve de porta-voz, mais valente ele fica. Daqui a pouco, o Marcola e o Fernandinho Beira-Mar também proporão formas de luta contra o Judiciário.

    Dirceu deixou claro que não aceita as decisões da Justiça de seu país. Conclamou: “É preciso ir as ruas, discutir, debater o que esta acontecendo. Não aceitamos. Estamos revoltados e indignados e somos vítimas de um julgamento injusto”. É evidente que o homem ultrapassou a linha da crítica e do direito a manifestações. Está pregando abertamente a resistência a uma decisão da Justiça. E isso, como sabem, é crime!

    Por Reinaldo Azevedo
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    PT..., PT..., militância..., militância...
    Nada como um dia após o outro.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
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