Clique AQUI para voltar ao forum NOVO!

Como vai, Forasteiro?!

Parece que você é novo por este pedaço. Se você quer se envolver, clique em algum destes botões!

Usuários nesta discussão

A História Da Violência.

CameronCameron Membro
Vivemos no tempo mais pacífico de toda a história humana?

http://www.ted.com/talks/lang/en/steven_pinker_on_the_myth_of_violence.html
Come with me if you wanna live.

Comentários

  • 9 Comentários sorted by Votes Date Added
  • esse site/canal TED tem videos muitos bons, qto a esse dou uma olhada qdo tiver tempo :D

  • Interessante.

    Lamentavelmente ele nao menciona ideias de economistas liberais desde Adam Smith, passando por Frederic Bastiat e chegando a Friedrich Hayek e Milton Friedman, que observaram a correlacao entre paz e livre mercado.

    Ha mesmo algo que o jornalista Thomas Friedman chamou de lei McDonald's de prevencao de conflitos: nunca houve guerra entre dois paises onde houvesse filais da rede de restaurantes fast-food em operacao.

    E claro que a correlacao parece ser mais no sentido da corporacao McDonald's escolher nacoes geopoliticamente estaveis para se instalar, mas enfim.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited setembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Hoje em dia, a guerra acontece às vezes. No passado, a guerra era normal.
    Para nós, é absurdo um país anexar outro. Até o passado recente, invadir e anexar era normal e glorioso.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u356220.shtml
    O mau selvagem

    O homem é originalmente bom; é a sociedade que o corrompe. Trata-se sem dúvida de uma das maiores bobagens já proferidas na história da humanidade. O problema não é tanto que o bom Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) tenha concebido mais essa idéia maluca, mas sim que pessoas importantes nos meios intelectuais tenham acreditado nela ao longo de mais de dois séculos. Pior, ainda há quem ache que o cidadão genebrino está certo.

    Não me considero um pessimista --muito pelo contrário, como se verá--, mas basta dar uma olhadela à nossa volta para chegar empiricamente à conclusão oposta: o homem é um bicho naturalmente ruim. Como ocorre com a maioria dos animais, coloca seus interesses acima de tudo e não hesita em usar a violência para impor sua, digamos, visão-de-mundo aos demais. Se há um rival no seu caminho para copular com uma fêmea, tende a aplicar a solução mais simples, que é eliminar fisicamente o comborço _desde que tenha, por suposto, os meios para tanto. O mesmo vale em relação a uma carniça de cabrito, uma framboesa madura ou qualquer outra iguaria pré-histórica.

    E não parece haver muitas dúvidas de que essa seja uma disposição natural. Para prová-lo, basta observar duas crianças brincando (especialmente se forem dois meninos). Elas se provocam continuamente. Muitas vezes, a sucessão de desafios atinge o ponto crítico e degenera em pancadaria. Garotos podem ser terrivelmente cruéis uns com os outros, para não dizer sádicos mesmo. Rousseu, é claro, não tinha como saber disso, pois entregou os cinco filhos que gerou para a adoção (pelo menos é o que diz), no que constitui evidência adicional da perversidade, senão humana, ao menos rousseauniana.

    Antes de prosseguir, peço que não me interpretem mal. Individualmente, somos todos capazes de atos de profundo e vil egoísmo, mas também de gestos daquilo que alguns chamariam de amor desinteressado. Acredito até que mesmo o pior facínora tenha tido seus momentos, talvez não de grandiosidade, mas de compaixão. No acumulado da espécie, entretanto, o balanço é negativo, como o atestam Auschwitz, os gulags, a Revolução Cultural e vários outros genocídios, passados, presentes e futuros.

    Nesse contexto algo sombrio, onde encontro razões para o otimismo que mencionei algumas linhas atrás? A boa notícia é que, apesar de nossa natureza maligna, estamos aprendendo a nos conter. Há cerca de um mês, o psicólogo evolucionista Steven Pinker publicou na revista norte-americana "The New Republic" o artigo intitulado "Uma História da Violência" (o texto pode ser acessado no site da Fundação Edge), no qual pincela evidências de que, considerada a série histórica, estamos nos comportando melhor. Este é um tema caro a Pinker, que também o aborda em seu livro "Tabula Rasa" (este disponível em português).

    Muito provavelmente por influência de Rousseau e alguns outros pensadores de esquerda, o "establishment" científico costumava ver as guerras do passado como menos mortíferas do que as modernas. Alguns pesquisadores chegaram a afirmar que os conflitos na Idade da Pedra eram apenas "simbólicos", e antropólogos "encontraram" povos que não "conheciam" a violência. Bobagem, é claro. Convicções podem facilmente nos cegar para a realidade.

    Novos dados e análises, produzidos por autores como Lawrence Keeley e Stephen LeBlanc, mostram que os homens se massacram desde sempre e que antes o faziam com muito mais afinco.

    Como bem observa Pinker, "na década de Darfur e do Iraque e logo após o século de Stálin, Hitler e Mao, afirmar que a violência está diminuindo pode parecer algo entre a alucinação e a obscenidade". E poderíamos muito bem acrescentar aqui um "na semana do massacre de Blacksburg". É evidente que, pelos números absolutos, o século 20 é, como o meu Corinthians, "o campeão dos campeões". Calcula-se que os conflitos deste período tenham matado algo em torno de 100 milhões de pessoas. Ocorre, entretanto, que os confrontos tribais do passado eram não apenas mais freqüentes que as guerras modernas como também matavam porcentagens muito maiores das respectivas populações. Se as taxas de morticínio verificadas entre os "bons selvagens" fossem aplicadas ao século 20, o saldo de óbitos excederia facilmente aos 2 bilhões.

    De resto, com a evolução dos meios de comunicação, hoje registramos e damos destaque a qualquer escaramuça entre vizinhos. Até dois séculos atrás, povos inteiros podiam ser eliminados numa razia e ninguém jamais tomaria conhecimento. Ou melhor, ninguém senão antropólogos do século 21. É graças ao trabalho de alguns deles que estamos aprendendo que os selvagens não eram tão bons assim.

    As cifras quase astronômicas do século 20 ao lado do bombardeio diário de notícias de guerra são o que basta para nos transmitir a falsa sensação de que estamos piorando em velocidades próximas às da luz.

    É claro que não é assim. Provas extras de que estamos nos saindo melhor incluem a virtual extinção da escravidão e do sacrifício humano. Também estão em baixa em praticamente todos os sistemas jurídicos do mundo a tortura e mutilações. A própria pena de morte, embora ainda esteja longe de acabar, já não é em nenhum lugar aplicada para delitos menores ou crimes de opinião, ao contrário do que ocorria até um passado recente. As próprias guerras deixaram de ser vistas como meio legítimo de conquista de território ou propriedade.

    Por que essas coisas estão acontecendo? Ninguém sabe ao certo, mas podemos pelo menos especular. Dá para, desde já, descartar mudanças naquilo que se convencionou chamar de natureza humana. Elas podem até estar ocorrendo, mas seus efeitos só seriam perceptíveis na escala das muitas dezenas de milhares de anos, não na de séculos. Parece mais fácil acreditar que outras propensões humanas, muito provavelmente de base biológica, estejam atuando para moderar nosso apetite pela barbárie. Eu mesmo já arrisquei alguns palpites nesse terreno na coluna "Cultura da violência", de 2003.

    A linha de explicação que me parece mais convincente é aquela pela qual estamos equipados não apenas com meios de matar nossos semelhantes mas também com instrumental para colaborar com eles. Num contexto de anarquia, no qual o pressuposto é o de que todos tentarão a todo instante tomar o que é meu, a lógica recomenda que eu me antecipe a esses ataques, lançando-me contra meus vizinhos antes que eles o façam. Se, por outro lado, eu consigo estabelecer com meus próximo uma política de cessação mútua de hostilidades, nós podemos facilmente evoluir para uma situação de cooperação. Aqui, cada um de meus vizinhos deixa de ser uma ameaça para tornar-se aliado potencial na hora de construir um açude ou criar um sistema de defesa contra outras tribos. Redes cooperativas são tão eficientes que atingem muito rapidamente o ponto de fixação.

    Ao que parece, cada vez mais grupamentos humanos estão conseguindo passar da barbárie para um estado de relativa organização social. Um bom indicativo disso seria a constante queda das taxas de criminalidade nos países desenvolvidos. Para que possamos viver sem tanto medo, concordamos todos em abrir mão do direito de atacar primeiro em favor de uma autoridade maior --o Estado--, que passa a ser o único autorizado a usar da violência de forma legítima. Hobbes, e não Rousseau, estava certo. Esse raciocínio começa aos poucos a valer não apenas no âmbito dos indivíduos como também dos Estados. Neste caso, entretanto, não há um poder neutro que faça as vezes de Estado dos Estados. Não obstante, vai se desenvolvendo uma espécie de sensibilidade da comunidade internacional, que, quando gravemente ultrajada, até despacha uma espécie de polícia internacional que são as tropas que atuam sob auspícios da ONU.

    A prosseguir a tendência atual, dentro de mais alguns séculos, pessoas e países estariam tão acostumados com o novo "modus operandi" das sociedades que poderíamos cogitar de reduzir drasticamente o tamanho de nossas polícias e exércitos. Eliminar essas instituições, contudo, parece um sonho impossível, pois sempre haverá alguns (pessoas e países) dispostos a romper o acordo de convivência pacífica. É preciso ter meios de reagir a eles, ou a situação de anarquia poderá facilmente reinstalar-se.

    Seria importante, como quer Pinker, tentar descobrir com mais detalhe o que fizemos de certo ao longo dos últimos séculos para reduzir a violência. Saber exatamente o que está acontecendo seria uma forma de nos conhecermos melhor, além de aumentar nossa capacidade de preservar a paz. Seja como for, podemos desde já descartar a idéia rousseauniana de que é a sociedade quem corrompe o homem. As evidências disponíveis apontam exatamente o contrário: é a civilização que está conseguindo tornar o homem um bicho menos ruim.

    Hélio Schwartsman, 42, é editorialista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • NightWalkerNightWalker Membro
    edited setembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: Para que possamos viver sem tanto medo, concordamos todos em abrir mão do direito de atacar primeiro em favor de uma autoridade maior --o Estado--, que passa a ser o único autorizado a usar da violência de forma legítima.
    Essa frase me assusta imensamente, enquanto não acredito em "direito de atacar primeiro", só acredito em direito de reagir, defender ou contra-atacar, não concordo de forma alguma com ter no estado único autorizado a "usar violência de forma legítima".

    O estado é sempre corrupto, o poder por si só corrompe, entregue ao estado todo o poder de empregar violência e automaticamente ele não terá mais nada a temer podendo fazer o que quiser com seu povo, sempre, mas sempre mesmo irão existir aqueles que autorizados pelo estado irão cometer os atos mais atrozes com a desculpa de ser "seu trabalho", os agentes do estado embuidos com seu poder agirão sem moral, sem ética, sem piedade ou justiça, como cães, obedecem cegamente a quem coloca comida em suas tigelas. E isso tudo ocorre pela própria natureza humana, exatamente como é citado no começo do texto.

    O problema não foi resolvido, continua havendo a violência desenfreada, ela só foi concedida toda a um único e poderoso grupo de machos alfa, mais nada.

    Diga-se de passagem também todas as sociedades comunistas, responsáveis pelas maiores carnificinas do planeta (incluindo ai o nazismo e facismo), fizeram exatamente isso, todo o poder ao estado, o resultado, todos conhecemos.

    Acredito que na realidade a violência diminui e muito quando em vez de tentar obter algo pela força, se faz isso negociando, resguardados todos os valores morais e éticos, ou seja CAPITALISMO, não o capitalismo selvagem e louco, mas meramente a troca voluntária de bens e serviços.

    Também acredito que o estado deve ser mantido sempre, mas absolutamene sempre, em xeque!

    A segunda emenda da constituição americana é exatamente sobre isso, quem a escreveu sabia o que estava fazendo e o porque estava fazendo:
    A well regulated militia being necessary to the security of a free state, the right of the people to keep and bear arms shall not be infringed.

    Aproveito para compartilhar um texto que explica melhor:
    03/09/2012 - “A ARMA É CIVILIZAÇÃO” Major L. Caudill Corpo de Fuzileiros dos EUA
    Veículo: Agência Viva Brasil / Veiculação: On-line
    link do veículo: www.movimentovivabrasil.com.br

    Major L. Caudill - Corpo de Fuzileiros dos EUA (aposentado)

    Tradução de Ricardo Jung (Colaborador do MVB)

    As pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela razão e pela força. Se você quer que eu faça algo para você, você tem a opção de me CONVENCER VIA ARGUMENTOS ou me obrigar a me submeter à sua vontade pela FORÇA. Todas as interações humanas recaem em uma dessas duas categorias, SEM EXCEÇÕES. Razão ou força, só isso. Em uma sociedade realmente moral e civilizada, as pessoas somente interagem pela PERSUASÃO. A força não tem lugar como método válido de interação social e a única coisa que remove a força da equação é uma arma de fogo (de uso pessoal), por mais paradoxal que isso possa parecer.

    Quando eu porto uma arma, você não pode lidar comigo pela força. Você precisa usar a Razão para tentar me persuadir, porque eu possuo uma maneira de anular suas ameaças ou uso da Força

    A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma mulher de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg, um aposentado de 75 anos e um marginal de 19, e um único indivíduo contra um carro cheio de bêbados com bastões de baseball.

    A arma de fogo remove a disparidade de força física, tamanho ou número entre atacantes em potencial e alguém se defendendo. Há muitas pessoas que consideram a arma de fogo como a causa do desequilíbrio de forças. São essas pessoas que pensam que seríamos mais civilizados se todas as armas de fogo fossem removidas da sociedade, porque uma arma de fogo deixaria o trabalho de um assaltante (armado) mais fácil. Isso, obviamente, somente é verdade se a maioria das vítimas em potencial do assaltante estiver desarmada, seja por opção, seja em virtude de leis – isso não tem validade alguma se a maioria das potenciais vítimas estiver armada.

    Quem advoga pelo banimento das armas de fogo opta automaticamente pelo governo do Jovem, do Forte e dos em maior número, e isso é o exato oposto de uma sociedade civilizada. Um marginal, mesmo armado, só consegue ser bem sucedido em uma sociedade onde o Estado lhe garantiu o monopólio da força.

    Há também o argumento de que as armas de fogo transformam em letais confrontos que de outra maneira apenas resultariam em ferimentos. Esse argumento é falacioso sob diversos aspectos. Sem armas envolvidas, os confrontos são sempre vencidos pelos fisicamente superiores, infligindo ferimentos seríssimos sobre os vencidos.

    Quem pensa que os punhos, bastões, porretes e pedras não constituem força letal, estão assistindo muita TV, onde as pessoas são espancadas e sofrem no máximo um pequeno corte no lábio. O fato de que as armas aumentam a letalidade dos confrontos só funciona em favor do defensor mais fraco, não do atacante mais forte. Se ambos estão armados, o campo está nivelado.

    A arma de fogo é o único instrumento que é igualmente letais nas mãos de um octogenário quanto de um halterofilista. Elas simplesmente não funcionariam como equalizador de Forças se não fossem igualmente letais e facilmente empregáveis.

    Quando eu porto uma arma, eu não o faço porque estou procurando encrenca, mas por que espero ser deixado em paz. A arma na minha cintura significa que eu não posso ser Forçado, somente persuadido. Eu não porto porque tenho medo, mas porque ela me permite não ter medo. Ela não limita as ações daqueles que iriam interagir comigo pela razão, somente daqueles que pretenderiam fazê-lo pela força. Ela remove a força da equação... E é por isso que portar uma arma é um ato civilizado.

    Major L. Caudill USMC

    Então, a maior civilização é onde todos os cidadãos estão igualmente armados e só podem ser persuadidos, nunca forçados

    Os criminosos devem temer a lei e o estado deve temer seu povo!
    Post edited by NightWalker on
    - Quem deseja me desarmar são os que querem me fazer mal e tem medo que eu possa me defender.

    - “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
  • CameronCameron Membro
    edited setembro 2012 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: Seria importante, como quer Pinker, tentar descobrir com mais detalhe o que fizemos de certo ao longo dos últimos séculos para reduzir a violência. Saber exatamente o que está acontecendo seria uma forma de nos conhecermos melhor, além de aumentar nossa capacidade de preservar a paz.
    Eu simpatizo com a teoria que diz sobre mútua aniquilação, EUA e URSS durante um período razoavelmente longo tiveram meios de acabar um com o outro, motivos não faltavam, políticos, estratégicos, ideológicos e territoriais, no entanto, a capacidade do outro de utilizar armas nucleares faria com que o custo da destruição do inimigo fosse tão alto que nenhum dos dois estaria disposto a arriscar.

    É uma teoria um pouco estranha mas de uma ironia que só o paradoxo humano é capaz, segundo ela só atingimos a paz quando chegamos no ápice da capacidade para a guerra.


    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Cameron disse: É uma teoria um pouco estranha mas de uma ironia que só o paradoxo humano é capaz, segundo ela só atingimos a paz quando chegamos no ápice da capacidade para a guerra.

    Só funciona quando os dois lados são racionais, como no caso de EUA e URSS. Não funciona no caso de fundamentalistas religiosos dispostos a morrer por suas superstições.
  • Cameron disse: Eu simpatizo com a teoria que diz sobre mútua aniquilação
    Também sou dessa teoria!

    Supondo casos entre entidades com plena sanidade mental, atacar tem um custo, quando esse custo se torna muito alto, simplesmente deixa de valer a pena. Exemplo claro, você como um criminoso, avalia o custo entre atacar uma velhinha saindo do INSS ou tentar assaltar um quartel do exercito onde o vigia carrega um FAL. É obvio que você ataca a velhinha.

    Ninguém ataca ninguém quando o risco de ser ferido ou morto é muito grande. Isso não é nem exclusivo da raça humana, pelo contrário esse parece ser um mecanismo criado pela própria evolução! Vários animais só atacam quando tem certeza da vitória ou pelo menos um chance grande de vitória, as presas jovens ou mais fracas são sempre as preferidas. A razão é simples quem ataca indiscriminadamente acaba morrendo e não se reproduz.

    Estando ambos os oponentes em nível de igualdade, atacar se torna muito arriscado, desincentivando a agressão. A agressão acaba ocorrendo somente em caso de extrema necessidade e durante o confronto percebendo o risco, a chance é que sejam interrompidas as hostilidades de ambos os lados.
    - Quem deseja me desarmar são os que querem me fazer mal e tem medo que eu possa me defender.

    - “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
  • Cameron disse: É uma teoria um pouco estranha mas de uma ironia que só o paradoxo humano é capaz, segundo ela só atingimos a paz quando chegamos no ápice da capacidade para a guerra.

    Si vis pacem, para bellum.



Entre ou Registre-se para fazer um comentário.