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A teoria de Carl Marx prega que, somente eliminando os sistemas de classes sociais, poder-se-ia chegar a uma sociedade igualitária e justa, onde a riqueza produzida seria dividida igualitariamente por toda a população, através do oferecimento de educação, saúde, moradia e emprego, eliminando-se a livre iniciativa e o livre mercado para impedir a formação de novas classes sociais que substituiriam as classes sociais já eliminadas.
Todos os países que tentaram aplicar essas teorias ultrapassadas falharam unanimemente, e precisaram fazer ajustes apressados, que acabaram transformando esses países em ditaduras, que tiveram que gastar a maioria de seus recursos, em controles estatais para dominar, controlar e policiar o povo, impedindo e sufocando qualquer pensamento ou ação contrária ao “establishment” adotado.
Mas, se analisarmos mais profundamente, perceberemos que o dano ao desenvolvimento desses países, a criação de riquezas e ao seu povo, é muito mais profundo e até mesmo, antinatural.
Uma vez que se eliminam as classes sociais, nivelando todos os cidadãos em uma classe única dita proletária, elimina-se também a livre iniciativa, responsável pela criação de novas riquezas e novas ideias necessárias para o enriquecimento e desenvolvimento desta sociedade e da nação, impedindo o crescimento dos indivíduos, pois no comunismo, não é possível ser aplicado um sistema meritocrático, sistema esse, fundamental para a geração de novas riquezas estatais, novas tecnologias e novas ideias, que gerarão novos lucros ao país, lucro esse, que seria distribuído para a sociedade.
De fato, um sistema não meritocrático, gera apenas mediocridade, nivela-se a sociedade por baixo.
Tomemos por exemplo, dois profissionais aqui no Brasil, dois médicos:
Um deles, é um profissional altamente qualificado, dedica-se totalmente à sua profissão e ao seu desenvolvimento, para oferecer o melhor possível em sua área de atuação e está sempre reciclando o seu conhecimento.
Do outro lado, temos um profissional medíocre, que faz apenas o básico exigido pela sua profissão.
O Brasil utiliza, assim como todos os países onde existe a livre iniciativa e o livre mercado, um sistema meritocrático, para recompensar esse médico altamente especializado.
Ele recebe um salário bem maior, recebe méritos por suas pesquisas e consequentemente, desenvolve novas ideias, pois, ele é estimulado, através desses maiores ganhos, a se desenvolver cada vez mais e ser reconhecido como um inovador.
O profissional medíocre ganhará apenas o salário básico, e continuará assim até perceber que precisará melhorar enquanto profissional, para ganhar mais.
No regime comunista teorizado por Marx, o sistema meritocrático, não existe.
E não existe por um motivo muito simples, ao se adotar o sistema meritocrático, automaticamente se cria um sistema de classes, onde um indivíduo pode ganhar mais do que outro indivíduo, exercendo a mesma profissão.
Então, o que acontece no regime comunista, é que, se um profissional altamente gabaritado, ganha o mesmo que um profissional medíocre, esse profissional de excelência, por não obter maiores ganhos salariais por ser melhor que os outros médicos, acaba se nivelando ao profissional medíocre, poupa-se, e faz apenas o básico, e dessa forma, arruma outro emprego para trabalhar nas horas vagas, para aumentar o seu sustento.
No comunismo, o nível profissional nivela-se para baixo, em todas as profissões, a mediocridade profissional é a balizadora, e assim, mata-se a livre iniciativa, mata-se o surgimento de melhores profissionais, mata-se a criação de novas ideias, pois estas, não são reconhecidas e muito menos premiadas ou estimuladas, pois tais ações criariam novas classes sociais.
Façamos um balanço:
Qual país onde o comunismo foi instalado criou novas tecnologias, novos produtos, novos conhecimentos, que ajudaram ou melhoraram o desenvolvimento econômico e a criação de novas riquezas para o povo desse país?
A resposta é: nenhum.
E se não criaram tais coisas, não puderam criar novas riquezas para distribuir igualitariamente para seu povo, melhorando a condição financeira destes, pelo contrário, tais países apenas distribuem a pobreza igualitária.
O regime comunista gera um circulo vicioso, onde a economia não pode crescer, fica estática e perigosamente sujeita a um colapso, como vimos acontecer na União soviética, não gerando novas riquezas para melhorar a condição econômica de seus indivíduos.
Os teoristas marxistas, então, ficam criando desculpas, acusando, por exemplo, que a falta de geração de riquezas, é culpa de embargos, como acontece em Cuba, mas levianamente esquecem-se de mencionar, que vários países negociam com Cuba, mas, como Cuba não produz quase nada, não pode oferecer produtos competitivos, para gerar riqueza e distribui-la para seu povo e se não produz riqueza, só pode distribuir pobreza.
Vale ainda lembrar, que o sistema meritocrático é algo natural, ao observarmos o comportamento das espécies, percebemos que este sistema existe naturalmente, pois os melhores caçadores ficam com a melhor parte da caça, os melhores coletores ficam com a melhor parte da coleta, o indivíduo que tem mais vigor, escolhe as melhores fêmeas para procriar, os indivíduos mais inteligentes, recebem proteção do grupo, e assim por diante, estes indivíduos são estimulados a tornarem-se cada vez melhores, forçando os indivíduos medíocres a melhorarem em igual proporção, para sobreviverem e desta forma, melhorar as condições desse grupo como um todo, frente à natureza.
Nesse sentido, o comunismo fracassa vergonhosamente, pois tenta instalar um sistema não natural, tenta modificar a natureza do homem e a própria evolução, mudanças impossíveis de obter resultado e que apenas prejudica o grupo, em vez de melhorar as condições deste, pois privilegia a mediocridade e a mediocridade leva à pobreza e a extinção do grupo.
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Comentários
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Os russos iniciaram a corrida espacial, porque foram os primeiros a capturar fábricas de V2 e técnicos e engenheiros alemães envolvidos na pesquisa espacial nazista.
O mig-21, foi cópia do projeto alemão cujas fábricas e projetistas, foram capturados no início da invasão ao território alemão.
Não criaram nada.
Aliás, a única coisa que os soviéticos criaram, foi a ak-47, e mais nada. e a única coisa que o inventor dela ganhou, foi uma medalha sem valor e um tapinha nas costas...
E se não criam nada, não geram riqueza.
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A questão, Sybok, é a seguinte:
Em um sistema comunista, o inventor de algo, não detém a sua patente, pois a patente passa a pertencer ao estado.
Com isso, diminui o interesse das pessoas em criar algo, ou novas tecnologias, passa-se então, a se fazer adaptações, geralmente mal feitas, da criações de outros.
Não é a produção a verdadeira geradora de riqueza, a verdadeira riqueza é gerada por idéias, que irão gerar lucro através de sua produção em massa e dos royalties que o inventor receberá por sua criação, fazendo com que ele seja estimulado a criar novas idéias e estimulando outras pessoas a ter idéias novas que gerarão mais lucro para o país.
Isso se aplica em todas as áreas.
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Isto é parcialmente verdadeiro Gilgha, lembrando que os americanos capturaram e cooptaram o próprio Von Braun e mesmo assim ficaram atrás dos russos por um tempo na corrida espacial. Passaram à frente porque Kennedy transformou a corrida em ponto de honra para a America e direcionou para a peleja recursos acima dos sonhos das limitadas possibilidades econômicas dos soviéticos.
Por falar em soviéticos, a questão é justamente diferenciar soviéticos de russos.
Os russos foram protagonistas decisivos nas Ciências e Artes do Ocidente, de Mendeleev a Tolstoi, o que evidencia a criatividade daquele povo.
Já os soviéticos só eram bons numa coisa, direcionar todas as pontencialidades daquele vasto império para a corrida armamentista, da qual a corrida espacial era um subproduto.
Os vermelhos sabiam fazer estações espaciais, mas não sabiam fazer um automóvel que prestasse e nem quero imaginar o que deveria ser um televisor russo.
Comunismo é isto.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Nos EUA qualquer aparelhinho, insignificante até em termos de valor estratégico ou militar, tem alguma coisa da tecnologia militar ou espacial na sua cadeia de desenvolvimento. Na União Soviética, o que é destinado aos militares e aos astronautas era TOTALMENTE SEPARADO do que era destinado ao povão.
Assim o americano podia contar em seu carro com alguma tecnologia que melhorava o conforto, o desempenho, etc e tal que teve sua origem lá na NASA. Já o pobre cidadão soviético que dirigia o Lada, só podia contar com mais do mesmo, pois os engenheiros que lidavam com a produção do carrinho-sucata, não tinham nem incentivos, nem ideias para desenvolver melhor a coisa. Aliás, ter ideias num país totalitário não costuma fazer bem à saúde...
Diz uma lenda por aí, que os americanos fizeram um fio de arame tão fino, o mais fino que a sua tecnologia podia produzir. Tanto assim, que só podia ser visto em microscópio eletrônico. E, todo ufanos, mandaram uma amostra dele lá para a União Soviética pra mostrar o quanto os americanos eram bons. Logo depois os soviéticos devolveram o mesmo arame com um furo bem no meio... Alguém sabe se há algo de verdadeiro nessa história?
Ouvi outra versão desta mesma história só que envolvendo americanos e japoneses.
Provavelmente é só lenda.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
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Sybok, recomendo, a leitura do seguinte texto:
http://ethosproject.blogspot.com.br/2012/05/teologia-do-social.html
http://gilghamesh.blogspot.com/
http://www.ordemlivre.org/2012/04/uma-critica-feirante-ao-marxismo/
- “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
- “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
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Dois...:)
http://gilghamesh.blogspot.com/
― Winston Churchill
01
NOV
Existe um mito popular amplamente conhecido acerca da alegação de que os capitalistas têm direito à compensação, tal como à mais-valia produzida pelo trabalho alheio, simplesmente pelo fato deles assumirem “riscos” ou pelo fato de que eles detêm as ideias originais para a produção de bens de consumo. Um segundo mito diz que nós não podemos questionar o capitalismo, uma vez que sem ele nosso estilo de vida contemporâneo não seria algo possível. Estas ideias não são exclusividade de libertários radicais ou seguidores da Escola Austríaca, pelo contrário, são ideias aceitas inclusive por pessoas que reconhecem que há muitos problemas inerentes ao sistema capitalista.
A teoria do “Risco do Empreendimento”
Em primeiro lugar, consideremos a questão do “risco”. Quem assume mais riscos, o proletário ou o capitalista? O capitalista é alguém que possui recursos capitais, pelo menos o bastante para investir em projetos de indústria ou comércio. É disso que nós falamos quando discutimos o fato dos capitalistas assumirem riscos — eles investem seus fundos em algum empreendimento industrial ou comercial com a esperança de obter um bom retorno para seus investimentos. O que acontece quando um capitalista assume um risco e perde? Na maioria das vezes ele não perderá tudo, a menos que tenha sido muito insensato na administração de seu dinheiro e desleixado em seus investimentos. E mesmo que isso ocorra, o que de tão ruim poderia acontecer? Resposta: ele precisaria trabalhar por seu sustento, como todas as outras pessoas. Mas que terrível destino!
Agora, pensemos no outro lado; vamos analisar o risco assumido por um trabalhador. O trabalhador é forçado a uma situação de vida ou morte, uma vez que o proletariado não possui meios de subsistência senão sua própria força de trabalho. Ele, o trabalhador, é forçado, pela necessidade, a trabalhar para o capitalista sob as suas condições, afim de que receba o dinheiro necessário ao seu sustento. Assim sendo, o trabalhador muitas vezes é forçado a pôr em risco sua saúde física e mental trabalhando por longas horas sob condições extremamente perigosas, tais como a exposição a fluidos e gases tóxicos, maquinaria pesada, ruídos, etc.
Não fosse o bastante, o trabalhador também está assumindo um risco quando coloca seu destino nas mãos da empresa em que trabalha na esperança de que ela não lhe dê as costas e descarte-o. Isto tem um efeito especialmente devastador em tempos de crise, quando o desemprego grassa a nível nacional. Os trabalhadores muitas vezes são obrigados a mudar de residência e abrir mãos de suas vidas para poder achar um emprego decente. Quando eles são descartados logo após sua mudança, todos os seus planos vão por água abaixo. O capitalista, em forte contraste, corre o risco de, na pior das hipóteses, ser reduzido à condição do trabalhador. O trabalhador, obviamente, corre riscos muito maiores. Não obstante, sua compensação é infinitamente menor que a do capitalista, fato que refuta a argumentação de que o “risco” é o que confere a alguém o direito à riqueza.
O capital, em um sistema capitalista, é geralmente acumulado através da mais-valia, isto é, da exploração da força de trabalho dos trabalhadores. Aliás, o que dizer daqueles capitalistas que fazem investimentos seguros, procurando sempre por investimentos que garantirão retornos lucrativos? Deveriam eles ser penalizados ou taxados por empreenderem investimentos que não lhes oferecem risco algum? Mas, por outro lado, como tais investimentos poderiam ser arriscados, uma vez que os capitalistas mais ricos podem sempre confiar nos governos que controlam, que irão prontamente socorrê-los caso eles falhem? Tais bancos e empresas não assumiram risco algum ao investirem seu capital, uma vez que o governo prontamente os compensará — à custa do trabalhador contribuinte, é claro — por sua eventual falha.
“O capitalismo lhe deu tudo!”
Em discussões acerca do tema capitalismo, ouve-se frequentemente um tipo de argumento que reduz o discurso anticapitalista e antiimperialista ao nível de simples lamentação: “Você reclama tanto do capitalismo, mas é graças ao capitalismo que você tem um computador, uma televisão, roupas…” e assim por diante.
Tal alegação implica essencialmente na afirmação segundo a qual nós não temos direito nenhum de assumirmos posições anticapitalistas porque é o capitalismo que, alegadamente, nos proporciona um melhor padrão de vida. Há, porém, muitas falhas nessa argumentação. Em primeiro lugar está o fato de que o capitalismo não proporciona um estilo de vida confortável para a imensa maioria da população mundial. Mais da metade da população do mundo — cerca de 3 bilhões de pessoas — sobrevive atualmente com rendas inferiores a dez dólares ao dia. Poderíamos nós dizer a um negro sul-africano que ele não tem o direito de reclamar do sistema segregacionista do Apartheid simplesmente pelo fato do sofrimento dos negros ter sido infinitamente maior durante a escravidão? Sim, a escravidão foi incomparavelmente pior que o Apartheid — assim como o feudalismo é incomparavelmente pior do que o capitalismo —, mas isso não significa que a sociedade sul-africana esteja acima das críticas e da condenação moral por parte de qualquer pessoa bem-pensante. Assim, o uso desta mesma lógica pode também implicar que, simplesmente por causa das inúmeras invenções que datam da época do feudalismo — invenções das quais nós continuamos a fazer uso ainda hoje —, nós não devemos criticar o sistema feudal composto por servos, reis, senhores e o clero.
Podemos também levar em consideração que, na maioria dos países outrora socialistas, o padrão de vida caiu, muitas vezes dramaticamente, com duríssimas consequências para a maior parte das populações locais. É fácil observar as cidades contemporâneas do Leste Europeu e notar as pessoas portando caros telefones celulares, os cyber-cafés, as boates e restaurantes modernos e concluir que se trata de uma melhora em relação às sociedades socialistas que lá outrora existiram. Entretanto, sejamos honestos, muitas destas inovações, que fazem com que a vida nestas sociedades seja pelo menos um mínimo suportável — tais como seus lindos celulares — não existiam nem mesmo nas sociedades capitalistas mais avançadas à época dos últimos suspiros da URSS e do Bloco Oriental — e, ainda assim, poderiam existir mesmo que tais países continuassem a seguir o modo de produção socialista ainda hoje. Estes países agora importam muitas mercadorias de luxo e bens de consumo que estão fora do alcance da imensa maioria da população, seja a nível doméstico ou mundial.
Na Moscou dos dias de hoje, as pessoas trabalham em jornadas de trabalho extenuantes apenas para obterem um minúsculo pedaço do bolo capitalista, ao ponto que muitas pessoas não são capazes de reservar tempo nem mesmo para o lazer. Em contraste, o governo socialista soviético — mesmo os governos corruptos e revisionistas de Khrushchev e Gorbatchov — fez questão de assegurar que os trabalhadores tivessem pleno acesso ao emprego assalariado, bem como ao lazer e à cultura e proporcionou aos trabalhadores os meios para que desenvolvessem seus vários talentos. Quando se observam os aspectos negativos da restauração capitalista, tais como a queda brusca na taxa de natalidade, aumento da mortalidade infantil, privatização e deterioração dos serviços públicos, emigração em massa, corrupção, dependência química, narcotráfico, queda na expectativa de vida, violência étnica e racial, exploração sexual, tráfico humano e um frágil sistema de previdência social, fica claro que ainda que se diga que os países capitalistas do ocidente tenham um padrão de vida mais alto comparado ao padrão de vida do antigo e extinto Bloco Socialista, o padrão de vida destes países orientais é, hoje em dia, para a esmagadora maioria, incomparavelmente pior.
Pior de tal maneira, que um sem número de artigos provenientes de fontes conservadoras e insuspeitas de paixões comunistas, tais como The Wall Street Journal, The Economist, The Dayly Telegraph e a AFP publicam pesquisas recentes que indicam um crescente descontentamento com o capitalismo por parte de uma significativa maioria da população e um número cada vez maior de pessoas que dizem que a vida sob o socialismo era muito melhor em praticamente todos os aspectos. Assim sendo, dizer que “o capitalismo hoje em dia nos proporciona um mundo melhor para viver” é uma desfaçatez, uma vez que este proporciona um padrão de vida desumano para a maior parte das pessoas vivendo sob seu jugo.
Se analisarmos o argumento segundo o qual nós deveríamos ser gratos ao capitalismo por ter produzido todos os bens dos quais fazemos uso hoje, veremos que tal argumento também é ilógico, uma vez que o capitalismo tem sido o sistema dominante por mais de dois séculos e, por esta razão, teve tempo de se desenvolver, diferentemente dos primeiros estados socialistas. A alegação de que não podemos criticar o capitalismo pelo fato de hoje em dia dependermos dele é como atacar o capitalismo de uma perspectiva feudalista, alegando que o capitalismo não poderia ter sido capaz de quaisquer proezas sem o advento do feudalismo. Como podem os partidários do capitalismo cantar louvores ao “dinamismo” e à “inovação” capitalista, uma vez que grande parte de tal inovação é baseada em tecnologias ancestrais, datadas de séculos — e, em alguns casos, até milênios — desenvolvidas por sociedades que existiram muito antes do desenvolvimento da economia baseada na propriedade privada dos meios de produção? Estaria o capitalismo em dívida com a teocracia do Califado Islâmico, no âmbito do qual foi feita uma enorme quantidade de invenções e descobertas cientificas?
A natureza de classe e origem desses argumentos
Tais mitos persistem como lendas urbanas. Esses mitos são, muitas vezes, produtos de diversas usinas de ideias e organizações de direita, que permeiam os livros, a televisão e os programas de rádio com seus pontífices das letras, cujo trabalho é tentar convencer os homens e mulheres da classe trabalhadora a alinharem-se com a burguesia ao invés de perseguir seus próprios interesses enquanto classe.
Devido ao fato de que há uma contradição inerente à existência destas duas classes — no âmbito da qual o que beneficia uma classe vem à custa da outra —, os liberais têm pouca ou nenhuma escolha senão recorrer a argumentos parvos em favor de seu sistema excludente e socialmente estratificado. Não é de se estranhar que algumas figuras acadêmicas de direita parecem preferir manter seu foco em discursos superficiais, criando estatísticas e falsificações históricas e comumente utilizando-se de apelos emocionais — reservando atenção especial para o medo.
Conclusão
A alegação de que um capitalista tem o direito de lucrar sobre o trabalho alheio simplesmente pelo fato dele assumir um suposto “risco” simplesmente não resiste a uma análise. Desta forma, a direita hoje em dia parece muito mais interessada em convencer nossos irmãos trabalhadores de que eles estão sob o risco de uma “ditadura marxista” nas mãos de “petralhas”, de serem roubados de seus postos de trabalho por migrantes nordestinos, de que seu direito à religião e à propriedade está em risco, entre outras coisas absurdas. Nós devemos, obviamente, atacar e expor tais mentiras, uma vez que se nós atacarmos os sustentáculos desses mitos, que são utilizados como uma ferramenta ideológica para justificar o capitalismo aos olhos do trabalhador, poderemos auxiliar na edificação de uma consciência de classe entre nossos companheiros trabalhadores. Uma vez que a consciência de classe se torna forte o bastante e a classe trabalhadora está completamente consciente de seus interesses enquanto classe, nem mesmo as lamúrias, a agitação e as conspirações de um milhão de Olavos de Carvalho serão capazes de desviar a classe trabalhadora de seu caminho rumo a um verdadeiro movimento de massa.
http://iglusubversivo.wordpress.com/2012/11/01/augusto-mazdaki-refutacao-a-duas-falacias-da-propaganda-burguesa/
- A de que os capitalistas já são ricos desde o começo. Esse argumento falha pois não leva em consideração que a imensa maioria das empresas fracassa, mas nós nunca ficamos sabendo, de modo que ficamos com a impressão equivocada baseada apenas nos exemplos de sucesso...
Continua...
Depois, faz uma comparação esdrúxula entre uma crítica socialista ao capitalismo e uma suposta crítica pré-capitalista ao feudalismo. Só tem um problema: Nós sabemos, por experiência, que o capitalismo é superior ao socialismo e ao feudalismo. Sem contar que o feudalismo não foi substituido pelo capitalismo por um processo revolucionário de engenharia social, mas pela própria evolução material da sociedade.
E eu tinha dito 3, mais tem mais um: Quando se faz uma comparação com os países capitalistas de hoje com os antigos países comunistas de hoje, há uma comparação completamente despropositada, pois temos de um lado países que se desenvolveram por séculos sob uma economia de mercado contra peíses que só passaram a experimentar este sistema durante as últimas 3 décadas, e que ainda estão sob muitos aspectos sujeitos à antiga situação, haja vista que os processos de privatização, por exemplo, foram altamente direcionados para beneficiar os "amigos do rei", e o estado ainda permanece no controle de diversos setores. Uma comparação muito mais honesta seria entre países que são capitalistas hoje com países que são comunistas hoje. E nessa comparação o capitalismo mais uma vez sai na frente.
Vamos ver se entendi o que esse trecho diz. Básicamente, destaco no texto ainda, que um capitalista ao perder tudo, se tornaria no máximo UM MEMBRO DO PROLETÁRIADO!
Logo depois:
Então básicamente o risco do capitalista é o de ser forçado a "uma situação de vida ou morte, uma vez que o capitalista agora não mais possui meios de subsistência senão sua própria força de trabalho. Ele, o ex-capitalista, é forçado, pela necessidade, a trabalhar para os outros capitalistas sob as suas condições, afim de que receba o dinheiro necessário ao seu sustento. Assim sendo, o ex-capitalista muitas vezes é forçado a pôr em risco sua saúde física e mental trabalhando por longas horas sob condições extremamente perigosas, tais como a exposição a fluidos e gases tóxicos, maquinaria pesada, ruídos, etc."
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Parabéns para o imbecil que escreveu isso, nada como refutar a si mesmo!
Assumir esse risco não é nada?
Então por que diabos os proletários não abrem seus próprios negócios e param de trabalhar para os monstros burgueses?
O mais engraçado é que esses mesmos vagabundos incapazes de coerência em meia dúzia de linhas, quando vão perder seus empregos pois o negócio vai fechar já que o burgues não consegue mante-lo, são os mesmos que vão ficar chorando, fazendo protestos e outras palhaçadas!
Não gosta do burgues, devia ficar feliz que ele tá falindo, mais um proletáriado para sua causa! Perder o emprego, ele e seus amigos proletários, deveria ser detalhe, nada importante, já que vai ajudar a causa, socialista/comunista.
Querosaber, pare de se envergonhar. (Se bem que dúvido que se envergonhe, já que não entendeu nada e tá achando que todas as respostas a ele, são só "conversa de burgues")
- “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
Qualquer teoria, estrategia, tatica, esquema, rotina ou plano, do mais simples conceito ao mais elaborado modelo, funciona ou falha na medida em que ele atinge os objetivos principais daqueles que os colocaram em pratica.
Isso pode parecer meio obvio, mas a falta de atencao ao obvio induz a erros de analise muito comuns. Se uma coisa nao serve a um objetivo bem definido, por exemplo, nao podemos falar nem que ela e um esquema, e nem que ela "fracassa".
E a maneira como o esquema abstrato produzira o resultado pratico depende de circunstancias que nem sempre sao completamente compreendidas ou controlaveis da posicao daqueles que aplicam esse esquema.
Por exemplo, o sucesso de uma receita de bolo depende de coisas circunstanciais como a qualidade de ingredientes e o funcionamento dos instrumentos culinarios usados.
Muitas vezes um esquema funciona, mas por razoes desconhecidas, especulativas ou mal-compreendidas.
Varios tratamentos medicos e terapeuticos, e o proprio efeito placebo sao exemplos.
E quando um determinado esquema e complexo e envolve varios participantes, nem todos precisam necessariamente entender para que o "grande esquema" serve. Basta que eles entendam o que eles devem fazer nos sub-esquemas dos quais eles participam, e como isso vai lhes beneficiar na pratica.
Por exemplo, a secretaria de um grande banco de investimento nao precisa entender o "grande esquema" daquele banco assim como sua situacao na complicada industria financeira. Basta ela entender que se ela cumprir suas funcoes simples e limitadas de maneira profissional, ela vai garantir o seu emprego e o seu salario.
Essa e a unica coisa que ela precisa saber.
E o mesmo vale para o trader, para o sales, para o analista de sistemas, para o estragista, para o vice-presidente, e ate para o CEO. E claro que o CEO tem, num certo sentido, uma ideia mais geral e ampla do "grande-esquema" daquele banco, mas ele nao conhece nem deveria conhecer cada uma das operacoes e sub-esquemas internos. Sua funcao e identificar e modificar certos padroes gerais de performance desses sub-esquemas, de maneira a aumentar o retorno sobre investimento dos acionistas do banco.
Ou seja, quando o "grande esquema" se torna complexo demais, ele se transforma gradualmente em uma colecao mais ou menos coerente de sub-esquemas que servem a interesses diversos.
E ninguem mais aplica, entende ou se serve do "grande esquema", a nao ser indiretamente, atraves de sub-esquemas conectados atraves dele.
E o "grande esquema" se torna uma especie de entidade com vida propria. Ele existe enquanto ele garantir um ambiente no qual uma parte consequente dos seus sub-esquemas internos funcionem de maneira interativa e eficiente, sempre do ponto de vista daqueles responsaveis por garantir esses funcionamentos.
E o "grande esquema" colapsa quando sub-esquemas vitais para a sua manutencao perdem a utilidade para aqueles responsaveis em mante-los funcionando.
A coisa e um pouco mais complicada.
A nocao de sucesso e fracasso e escassamente aplicavel a uma ideologia complexa como o "comunismo".
Por exemplo, num dado contexto, "comunismo" pode se referir as teorias e visoes abstratas sobre historia, politica e economia, avancadas por Marx, Engels e seus seguidores academicos.
Essas teorias promoveram grande comocao, reconhecimento, atencao e polemica nos meios academicos.
E grande parte daquilo que intelectuais buscam com suas teorias e exatamente isso: popularidade intelectual.
Dentro dessa perspectiva de intencao e resultado, a teoria de Marx foi bem sucedida.
Ele criou uma teoria cujos componentes explicativos possuiam uma certa qualidade esticamente atraente a outros intelectuais da epoca, e que, ao menos num primeiro momento, parecia fornecer um metodo para um entendimento objetivo e verdadeiro da realidade.
Mais tarde varios problemas com respeito a pressuposta qualidade objetiva e acuracia desse metodo foram levantados, sobretudo por academicos melhor educados em ciencias economicas. Eugen von Bohm-Bawerk, por exemplo, produziu uma extensiva analise dos conteudos de Das Kapital, que e considerada entre economistas atuais como refutacao definitiva.
Mas nesse ponto, teorias derivadas da analise historico-economico marxista ja encontravam-se solidamente encasteladas em varias ciencias sociais, e sobretudo em varios partidos e organizacoes politicas ativistas.
E essa e mais ou menos a realidade ate os dias de hoje.
A medida da qualidade e precisao objetiva de uma teoria enquanto descricao da realidade e um problema epistemologico especialmente dificil em ciencias sociais.
E versoes do marxismo, com suas nocoes e conceitos vagos, pode sobreviver nesse meio, adaptando-se sempre que necessario.
Ha um claro interesse desses intelectuais em preservar essa cultura academica marxista, ja que foi nela que eles se formaram e e nela que eles sabem operar e se distinguir enquanto intelectuais. Isso e tipico de conhecimentos obscurantistas.
Mas aos poucos o marxismos vai se descaracterizando, na medida em que se torna clara sua inadequacao explicativa e preditiva para os fenomenos da realidade. Meu palpite e que a popularizacao de um conhecimento economico basico tende, no longo prazo, a exterminar ou pelo menos marginalizar essa cultura. Como ocorre com todo tipo de culto obscurantista.
Mas o processo e lento e esta longe de ser concluido na maioria dessas ciencias sociais.
No curto prazo de uma carreira, pode ser uma estrategia profissional perfeitamente sensata para um dado intelectual de se inserir nessa visao marxista relativamente dominante.
Essa popularidade crescente de ideias marxistas criou uma serie de oportunidades para que legioes de organizacoes politicas, tanto clandestinas quanto pertencentes a um establishment, procurassem emprega-las em seus esquemas de poder.
E "comunismo" e tambem o nome geral dado a essas estrategias politicas postas em pratica.
Aqui tambem e dificil falar de fracasso e sucesso num sentido abstrato e geral.
Na pratica, e bastante raro que uma estrategia complexa, seja ela militar, politica, comercial ou mesmo uma determinada abordagem teorica para um problema abstrato, se desenvolva exatamente como na visao idealizada por seu arquiteto.
Em geral as decisoes sao tomadas numa sequencia conforme os resultados praticos intermediarios se produzem.
Nem todos esses resultados e cenarios intermediarios sao previsiveis e adaptacoes taticas e estrategicas costumam ser necessarias.
Mesmo a estrategia global pode ser revisitada se os objetivos primarios se mostrarem inatingiveis, ou melhor acessiveis atraves de outros metodos.
Um enxadrista nao consegue ver todo o jogo, mas apenas algumas jogadas na frente. A partir dai ele tem apenas uma ideia geral da forma como as pecas estarao distribuidas e das possibilidades abertas.
Dentro dessa perspectiva realista, e possivel dizer que certas estrategias se desenvolveram de maneira bem sucedida.
A estrategia totalitaria leninista posta em pratica pelos bolcheviques na Russia por exemplo. E claro que diversas circunstancias fora do controle das organizacoes bolcheviques favoreceram esse sucesso, mas e preciso reconhecer o talento e oportunismo de Vladmir Illych Ulianov e seus gangsters.
Varios elementos dessa estrategia seriam copiados e adaptados por organizacoes similares operando no mundo todo.
Algumas eventualmente sendo bem sucedidas, como as chefiadas por Mussolini e Hitler. Outras sendo destruidas e humilhadas, como as faccoes comunistas republicanas na guerra civil espanhola.
Outras ainda usaram de taticas diferentes, como o warlordismo campesino de Mao. Outros lideres de guerrilhas so descobriram sua verdadeira orientacao ideologica depois de tomar o poder, como Fidel Castro e uma cacetada de ditadores idiossincraticos na Africa pos-colonial, segundo interesses circunstanciais criados pelo contexto geo-estrategico maior da Guerra Fria na epoca.
Mas a sobreviencia da grande maioria dessas organizacoes comunistas internacionais acabou dependendo da adaptacao de objetivos e do abandono de mecanismos revolucionarios totalitarios a la Lenin.
Na maioria das nacoes democraticas estaveis, esse processo de adaptacao fez com que algumas dessas organizacoes se atrofiassem em residuos partidarios de extrema-esquerda ou direita, ou fossem absorvidas como satelites politicos de outras organizacoes de esquerda menos radicais e mais adaptadas a outros tipos de esquemas de poder.
Mas e a maneira como essas diferentes organizacoes politicas usam a "teoria marxista", na pratica, que e interessante.
Conforme voce apontou, existem os objetivos concretos da organizacao politica.
Estes sao a aquisicao e consolidacao do poder efetivo que ela controla.
E existem os objetivos retoricos da organizacao politica.
Estes consistem nas impressoes e imagens publicas que essas organizacoes pretendem passar sobre suas intencoes.
Visoes de justica social e outras teorias e sensibilidades intelectuais costuamam ser mais uteis para as estrategias de propaganda do que para as demais decisoes praticas que a organizacao precisa tomar.
Outro ponto interessante e sao os "objetivos de poder" em si, da parte dos individuos engajados nessas organizacoes.
Embora exista uma correlacao obvia entre a detencao de poder por certos individuos e as condicoes de luxo e conforto nas quais eles vivem, e errado dizer que o seu objetivo ao conquistar o poder sao as amenidades e regalias de uma vida materialmente abundante.
Isso e falso.
E verdade que o poder faz com que muitos desses ditadores exibam comportamentos de consumo material e condutas sexuais extravagantes.
Mas e errado acreditar que eles buscavam o poder apenas com esses objetivos de luxuria em mente.
Para a maioria desses lideres politicos, concentrar poder e uma obsessao em si, e nao um meio para uma vida melhor.
Poucos correriam os enormes riscos e privacoes de uma vida dedicada ao ativismo politico radical apenas pelos beneficios materiais potenciais. Isso pode ate ser verdade para politicos carreiristas dentro de maquinas partidarias estabelecidas, mas esta longe de ser verdade para pioneiros da violencia politica como Stalin, Mao ou Castro.
Esse tipo de gente escolhe mergulhar de cabeca num vazio, e isso em geral exige um certo tipo de personalidade menos simplista.
Muitos desses mesmo apos a tomada de poder, mantinham condutas morais relativamente asceticas. Adolf Hitler e o melhor exemplo. E o prazer e objetivo de um Che Guevara era ser um lider guerrilheiro, uma "efetiva, seletiva e fria maquina de matar".
Algo parecido e valido para grandes fortunas adquiridas no mercado.
O lento e complexo processo de aquisicao de capital e algo extremamente exaustivo para alguem interessado apenas em usufruir de luxo material.
Ele exige extrema dedicacao e tenacidade.
E preciso desenvolver um gosto pelo jogo em si e nao somente pelos resultados incertos do jogo.
Muitos bilionarios vivem cotidianos relativamente humildes, como Warren Buffett.
Mas e claro que no momento em que alguem se torna bilionario, ou um ditador extremamente poderoso, e certos luxos se tornam alternativas possiveis, e natural que eles sucumbam a certas tentacoes.
Porem para manter suas posicoes de proeminencia, e necessario um enorme esforco e stress cotidiano, que em geral consomem sua vitalidade muito mais rapido do que qualquer amenidade ou conforto material poderia repor.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-gastos-extravagantes-de-kim-jong-ii