Argentina vai fiscalizar viagens de seus cidadãos ao exterior
Medida prevê que agências de turismo enviem ao governo declarações juramentadas com todos os passos dos argentinos fora do país
A criatividade do governo de Cristina Kirchner em encontrar táticas para fiscalizar e impedir a entrada e saída de recursos da Argentina chegou a um patamar assustador. Segundo resolução publicada nesta sexta-feira no Boletín Oficial (similar argentino do Diário Oficial do União), as agências de turismo terão de apresentar ao governo uma ficha detalhada de todos os argentinos que viajam ao exterior. As declarações deverão ser juramentadas em cartório antes de serem enviadas ao órgão de controle de fluxo de capitais argentino, a AFIP (Administración Federal de Ingresos Públicos).
De acordo com o jornal argentino Clarín, as agências deverão informar ao governo os detalhes da passagem, hotéis, duração da viagem e até mesmo o valor que cada turista gastará durante sua viagem. A medida vale para agências e operadoras turísticas que atuam na Argentina. Após o envio da declaração, a medida prevê que caberá à AFIP decidir se permitirá ou não a compra de dólares para pagar a viagem.
A medida deverá entrar em vigor no dia 5 de novembro, segundo informação adiantada pelo jornal El Cronista. O objetivo do governo argentino é estancar a saída de dólares que tem ocorrido por meio do turismo - e que já soma 5,5 bilhões de dólares em 2012.
Os argentinos continuam sem poder comprar dólares livremente. Para comprar passagens, estadias em hotéis ou qualquer tipo de passeio em moeda estrangeira, é preciso autorização do Banco Central argentino.
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/argentina-vai-fiscalizar-viagens-de-seus-cidadaos-ao-exterior
O ENCOSTO
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Comentários
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Recentemente, a conjunção dessas duas características criou uma situação insólita. Na Argentina de hoje, há cerca de dez cotações diferentes para o dólar, cujo valor pode variar mais de 100%. Há o dólar oficial — mas, para a maioria, ele é quase uma ficção. Os produtores de soja têm o próprio câmbio.
Quem compra uma casa paga o valor correspondente a uma cotação própria do setor imobiliário. Há até o que se convencionou chamar de “dólar cassino”. Funciona assim: os argentinos vão às casas de jogos do Uruguai e do Paraguai para comprar fichas pagas em pesos argentinos e imediatamente trocá-las por dólares, tudo sem sair do cassino.
Com isso, os “jogadores” pagam 5,51 pesos por dólar, cotação bem inferior à praticada nas casas de câmbio de Buenos Aires, atualmente em 6,36 pesos. O sonho de todos é conseguir a moeda americana pelo valor oficial — 4,67 pesos. Mas ela vale apenas para quem vai sair do país.
A transação ocorre apenas dois dias antes do embarque, mediante a apresentação da passagem aérea. A quantidade é determinada pelo funcionário da Receita Federal argentina com base no tempo de viagem e, segundo alguns, no seu humor nesse dia.
Fuga de capitais
A multiplicidade de cotações cresce à medida que o governo cria mais restrições no mercado de câmbio, resultado da escassez de dólares no país. Desde 2007, quando Cristina sucedeu seu marido, Néstor (morto em 2010), na Presidência, cerca de 70 bilhões de dólares deixaram o país, com os investidores assustados com seus delírios populistas.
Muito dinheiro saiu e quase nada entrou. A Argentina, prestes a perder o posto de segunda maior economia da América do Sul para a Colômbia, é apenas o quinto destino a receber recursos internacionais na região. As reservas em dólares são de 47 bilhões, um terço do considerado ideal ante os compromissos externos — e isso num momento de liquidez abundante no mercado internacional.
Já que o dinheiro não vem, a escolha de Cristina é tentar impedir que ele saia. Seu governo ergueu mais barreiras protecionistas (cerca de 200) para encarecer as importações e dificultou a venda de dólares. Em agosto, por exemplo, a Receita criou um imposto de 15% sobre as operações internacionais com cartão de crédito
À medida que aumentam as dificuldades, cresce também o envio de divisas para o exterior. Mesmo antes das restrições, estima-se que os argentinos tivessem 400 bilhões de dólares aplicados fora — o equivalente a todas as riquezas geradas ao ano.
Cristina, claro, nega que haja o que a mídia argentina classifica de cepo cambiario, ou “prisão cambial”, numa tradução livre. “Acabei de ver muitos argentinos em Las Vegas e aqui mesmo na Universidade Harvard. Não me parece que haja falta de dólares”, disse ela no final de setembro, durante uma palestra em Cambridge, nos Estados Unidos.
Dias antes, a presidente já havia ignorado o ultimato de Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional. O FMI pede que a Argentina coloque em ordem até dezembro as estatísticas oficiais, descaradamente manipuladas pelo governo. As estimativas oficiais indicam uma inflação de 9% ao ano — ante os 25% calculados por institutos independentes.
A escalada inflacionária é um dos motivos que impedem Cristina de fazer o que nove entre dez argentinos apostam que acabará acontecendo: a desvalorização do peso. “O governo sabe que uma desvalorização reduziria o poder de compra da população”, diz Abel Viglione, economista da Fundação de Investigações Econômicas Latino-Americanas.
“E isso derrubaria ainda mais a popularidade de Cristina.” Na história econômica, a população de um país recorre à moeda de outro somente quando perde a confiança na sua própria. “Essa política de controle cambial foi tentada no passado e já provou que não dá certo”, diz Alberto Ramos, economista-chefe do banco Goldman Sachs para a América Latina. Em certo sentido, a história da Argentina parece sempre se repetir.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Aprender com o passado e a história, para não cometer os mesmos erros de novo é coisa de burgues. Progressista bom faz a mesma merda que nunca deu certo de novo, de novo e de novo, cheio de boas intenções e pensamento positivo, tem certeza que dessa vez vai dar certo!
- “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
Nem a ditadura brasileira fez isto. Apenas limitou a 1000 dólares o valor que era possível levar.
O sistema educacional deles dá de dez a zero no nosso, principalmente no ensino básico;
Buenos Aires tem mais livrarias por quarteirão do que a minha cidade tem por..., bem... do que a minha cidade tem e me dói admitir isto;
A Argentina já teve uma das maiores rendas per capita do mundo.
E...
Aquele país só faz merda.
Mais que o Brasil.
Aliás, muito mais que o Brasil.
Aos trancos e barrancos, desde o início do século XX o Brasil faz ir prá frente, enquanto a Argentina só faz ir para trás.
Que diabos ocorre naquela terra e que diabos precisamos fazer para que não ocorra aqui?
Eles, pelo menos, já foram ricos.
Se a doença pega, vamos direto da ascenção para a decadência antes de conhecer o apogeu.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O que a Argentina tem de errado é uma sequência infeliz de populismo e demagogia da pior espécie.
Quando estive lá uma coisa que me chamou muito a atenção, foi a idolatria ao porco comunista Che Guevara, tudo bem que o cara era argentino e tal, mas em toda banca de revista tem algo dele, em certas livrarias tem um "cantinho" só pra ele.
Livros não são sinonimo de conhecimento, sabedoria ou boa cultura, se o povo só ler lixo esquerdista utópico, é obvio que não vai deixar de ser burro.
Esquerdista não entende nada de economia, esquerdista é geralmente, um fracassado invejoso que acredita ter o direito de roubar qualquer coisa que os outros tenha com a "nobre" desculpa de ajudar os pobres.
O (não)querosaber é um grande exemplo disso, vem aqui postar seus textinhos achando que está defendendo os pobres e oprimidos, acredita mesmo que suas idéias socialistas, baseadas em boa vontade e pensamento positivo, vão realmente resolver os problemas do mundo, quando você desmente ele é como falar com uma porta, primeiro porque ele não tem capacidade de pensar sozinho, segundo porque não tem capacidade pra entender nada do que foi respondido para ele. Não tem capacidade nem para entender os textos que ele mesmo posta, dai a razão de escrever muito pouco de punho próprio e só papagaiar o que os outros postam, ele lê, sem entender e vem correndo aqui todo alegrinho achando que finalmente agora ele vai provar algo para nós. Patético!
- “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
Na mesma semana, Cuba anunciou menos restrições para aqueles que desejam viajar para fora do país.
Tem sempre um MAS quando se fala de Cuba.
Não podem sair do país os dissidentes, os que mais gostariam de sair, nem profissionais necessários para manter a ilha presidio funcionando.
Além disso mesmo o cubano comum vai ter dificuldades de sair, a maioria não tem dinheiro para pagar uma passagem de avião. Para sair do pais é preciso ir para algum lugar e portanto obter visto desse lugar, será que os outros paises vão emitir vistos para os cubanos sabendo que há grande chance deles não voltarem para seu país de origem, se tornando imigrantes ilegais?
No mais ainda parece mais fácil para o cubano tentar chegar a Miami de barco improvisado, se pisar em terra, recebe asilo e vai se juntar a grande comunidade cubana já presente naquele estado.
Talvez isso nem seja um ato de bondade, coisa que dúvido que ditador comunista saiba o que é, talvez o objetivo disso seja exatamente ter mais gente fora mandando recursos para dentro da ilha, os moradores de Miami enviam muitos dólares para seus parentes em Cuba o que evita uma miséria ainda maior na ilha.
Enquanto Cuba tiver ditador e continuar a sufocar as vozes dissidentes, não vai haver nenhuma mudança significativa na ilha.
- “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
Menos restrições para quem já tiver o passaporte. O controle continua, só que agora escondido na emissão do documento.
A maior parte da literatura de massa é lixo em qualquer lugar do mundo, vide Cinquenta Tons de Cinza.
Mas o caso da Argentina não é tão simples.
Se entrar em qualquer livraria portenha e procurar uma biografia do General Belgrano vai achar várias.
Entre em uma livraria brasileira e procure uma biografia do Duque de Caxias...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Uma coisa que me chamou a atenção em Buenos Aires foi a quantidade de estudantes na rua, aprendendo sobre determinado personagem da História argentina sob a estátua do próprio. E a capital portenha é abarrotada destas estátuas.
Os argentinos mantém um culto cívico aos próceres, estimulado desde a infância. O tipo de coisa que não faria mal algum se imitada aqui.
Claro que argentino exagera.
Carlos Gardel e Evita Perón, que de próceres não tinham nada, também são alvo de um culto mais esquisito do que cívico por lá.
Mesmo assim, acho que em comparação a nós, o saldo ainda é positivo prá eles no quesito.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Pois é... Um momento constrangedor em uma das estadas por lá foi quando um brasileiro... tinha que ser... se pôs a fazer piadas sobre o vício do Maradona, achando que os argentinos iriam rir.
Fiquei muito, mas muito preocupado mesmo quando passamos pelo cemitério onde estão enterrados os soldados mortos na Guerra das Malvinas, temendo que tivesse sobrado verve ao nosso Falstaff Tupiniquim para fazer gracinhas sobre aquilo também.
Se tivesse feito, o pau ia comer feio.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!