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A crise dos mísseis cubanos - Fidel ia explodir New York e outras cidades

Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
Fidel ficou furioso e saiu quebrando tudo quando os russos levaram os mísseis nucleares embora. Ele pretendia bombardear os EUA.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=470513&ch=n
Os mísseis cubanos

Rodrigo Constantino, O Globo

“Não consigo entender o ponto de vista deles. É um maldito mistério para mim. Não conheço a União Soviética o suficiente.” Estas foram as palavras de JFK há exatos 50 anos, no dia 16 de outubro de 1962, quando soube dos mísseis que os soviéticos enviaram para Cuba.

Aqueles foram os dias mais tensos da Guerra Fria. Uma versão hollywoodiana pintou os irmãos Kennedy como heróis corajosos que impediram a grande desgraça. O que pouca gente sabe é o papel de Fidel Castro no episódio, e a profunda incompetência das autoridades americanas durante os acontecimentos.

O presidente americano, em 11 de setembro daquele ano, decidiu restringir os vôos do U-2 para inspeções na ilha caribenha. Quatro dias depois, os primeiros mísseis soviéticos chegaram ao porto de Mariel, em Cuba. A CIA rejeitou categoricamente a possibilidade de que os soviéticos estivessem instalando áreas nucleares no país.

Em “Legado de cinzas”, Tim Weiner relata as peripécias da agência de espionagem americana. As transcrições das reuniões sobre a crise dos mísseis só foram divulgadas 40 anos depois. Por todo esse período, “o mundo acreditou que somente a calma determinação do presidente Kennedy e o firme compromisso de seu irmão com uma solução pacífica haviam salvado a nação de uma guerra nuclear”.

Na verdade, JFK cedeu às chantagens soviéticas e aceitou retirar os mísseis americanos da Turquia, exigindo segredo total sobre o acordo, pois sabia que seria humilhante torná-lo público. Outra parte do trato foi aceitar jamais invadir Cuba. Era o fim do sonho de libertação do povo cubano, escravizado até hoje.

Kruschev chegou a escrever que seria ridículo entrar em guerra por causa de Cuba. A guerra era impensável para o líder soviético. A superioridade nuclear dos americanos era gigantesca na época: 5 mil ogivas contra 300 dos soviéticos. Kruschev usou Cuba como instrumento para negociar a retirada dos mísseis da Turquia, e JFK, perplexo, caiu no blefe. Mas nem todos blefavam...

Conforme relata Humberto Fontova em “Fidel: o tirano mais amado do mundo”, o ditador cubano teria ”enlouquecido” após Kruschev retirar os mísseis de Cuba. Fidel “chutou paredes e quebrou vidros, janelas e espelhos”.


Seu comparsa Che Guevara revelava o motivo da fúria: “Se os mísseis permanecessem, nós os teríamos utilizado contra o coração dos Estados Unidos, incluindo Nova York. Não devemos jamais estabelecer uma coexistência pacífica. Nessa luta até a morte de dois sistemas, devemos conquistar a vitória definitiva. Devemos andar pelo caminho da libertação, mesmo que isso custe milhões de vidas”.

Se Kruschev encarava Cuba como moeda de barganha diplomática, Fidel e Che, por outro lado, levavam muito a sério a ideia de mandar Nova York pelos ares, sonho patológico de muito antiamericano concretizado por Bin Laden em setembro de 2001.

Ironia das ironias, muitos “pacifistas” gostam de estampar a foto de Che em suas camisetas. Os Estados Unidos costumam ser o alvo predileto desses ativistas, enquanto o regime iraniano, cujo líder autoritário propaga abertamente seu desejo de “varrer Israel do mapa”, segue tranquilamente seu avanço rumo ao poderio nuclear.

Certos idealistas realmente chocam pelo quanto de violência estão dispostos a aceitar como meio para seu “nobre” fim. O recém-falecido Eric Hobsbawm, por exemplo, respondeu “sim” ao canadense Michael Ignatieff, quando este perguntou se 20 milhões de mortes seriam justificáveis caso a utopia comunista tivesse sido criada.

Não custa lembrar que a pomba foi eternizada como símbolo da paz por um cartaz impresso com uma litografia de Picasso para um congresso patrocinado pelos assassinos de Moscou. O pintor foi vencedor por duas vezes do Prêmio Lênin da Paz. Lênin, que deliberadamente usou a guerra civil e a fome como armas para sua consolidação do poder, e que declarou: “Enquanto não aplicarmos o terror sobre os especuladores — uma bala na cabeça, imediatamente — não chegaremos a lugar algum!”

O pior é que, apesar de tudo, ainda tem quem defenda o socialismo. Nelson Rodrigues foi direto ao ponto: “Quem é a favor do mundo socialista, da Rússia, ou da China, ou de Cuba, é também a favor do Estado Assassino.”

Com isso em mente, é alvissareira a condenação pelo STF de José Dirceu, “soldado” treinado em Cuba que liderou o maior ataque à democracia da nossa história.

Pela reação dos petistas, fica claro que o ranço autoritário, inspirado no nefasto modelo cubano, ainda sobrevive neles. Os brasileiros agradecem ao STF por renovar as esperanças em um país melhor.

Rodrigo Constantino é economista
Post edited by Fernando_Silva on

Comentários

  • 3 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Outra parte do trato foi aceitar jamais invadir Cuba. Era o fim do sonho de libertação do povo cubano, escravizado até hoje.

    Que pena.

    Se não houvesse tantas vidas em jogo, teria sido bom o ataque de Fidel contra os EUA. Assim os americanos varreriam Castro e seus aliados da face da Terra.


    Ironia das ironias, muitos “pacifistas” gostam de estampar a foto de Che em suas camisetas.

    Ter cérebro nunca foi um pré-requisito para ser um pacifista.

    Com isso em mente, é alvissareira a condenação pelo STF de José Dirceu, “soldado” treinado em Cuba que liderou o maior ataque à democracia da nossa história.

    Felizmente o autor colocou "soldado", entre aspas. Eu vejo honra em um soldado. A escória comunista, nacional ou importada, não merece essa distinção.

  • NightWalkerNightWalker Membro
    edited outubro 2012 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: Seu comparsa Che Guevara revelava o motivo da fúria: “Se os mísseis permanecessem, nós os teríamos utilizado contra o coração dos Estados Unidos, incluindo Nova York. Não devemos jamais estabelecer uma coexistência pacífica. Nessa luta até a morte de dois sistemas, devemos conquistar a vitória definitiva. Devemos andar pelo caminho da libertação, mesmo que isso custe milhões de vidas”.
    che_at_un.jpg
    Che nas Nações Unidas em... Nova York!!! Discrusando e sendo aplaudido pelos milhares de idiotas a quem ele queria matar.

    O New York Times é outro, um jornaleco de merda que vivia puxando o saco de Fidel e Che e viraria cinzas se dependesse deles.

    Nova York é uma cidade, até onde percebo, de via esquerdista, o que só prova que esquerdista é tudo otário, ingênuo e ignorante mesmo, pois nunca deixam de bajular e apoiar o assassino que está prestes a executa-lo.
    Ayyavazhi disse: Ter cérebro nunca foi um pré-requisito para ser um pacifista.
    Acredito que seja exatamente o contrário, NÃO TER cérebro é pré-requisito para ser pacifista!

    Ser pacifico é uma coisa, ser pacifista é outra. O pacifista é aquele que é tão frouxo, tão covarde, tão idealista ao extremo, que ele assiste sua própria familia ser morta e violentada e não faz nada para impedir pois "violência gera mais violência".
    Post edited by NightWalker on
    - Quem deseja me desarmar são os que querem me fazer mal e tem medo que eu possa me defender.

    - “É isto que dá ao comunismo seu peculiar caráter fanático. Tem sido observado que se trata de uma religião secular (ou de uma fé?) que tem seu céu e seu inferno, seus eleitos e seus malditos, seus livros sagrados e os ungidos que podem interpretá-los. De qualquer maneira, o comunismo é um remanescente das seitas religiosas da Idade Média”. Carew Hunt (A Guide to Communist Jargon).
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