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Questionando a realidade

A realidade pode ser mais estranha do que a ficção. Na ciência, os efeitos quânticos, que aparecem quando estudamos objetos muito pequenos, certamente são mais estranhos do que podemos imaginar. Um objeto pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, atravessar obstáculos, ter dois estados incompatíveis, como o gato de Schrödinger, morto e vivo ao mesmo tempo.

Mas como sabemos que esses efeitos de fato ocorrem? E por que não vemos isso normalmente? Qual a fronteira entre a realidade quântica, com seus efeitos bizarros, e a nossa realidade comum?

Essas respostas só podem ser dadas através de experimentos. Foi assim que ficou determinada a mais estranha das propriedades quânticas, que está por trás de todo esse mistério: a dualidade partícula-onda. Desde os atomistas gregos, costumamos visualizar a matéria como feita de partículas, objetos minúsculos e indivisíveis. O elétron, que gira em torno do núcleo atômico, é um exemplo popular. Mas em 1924, Louis de Broglie propôs algo inusitado: o elétron é também uma onda. E não só ele, como todas as outras partículas; as entidades fundamentais da matéria têm dupla identidade, a dualidade partícula-onda.

O estranho disso é que partículas e ondas têm propriedades muito diferentes: partícula são localizadas, ocupam pouco volume no espaço; ondas se espalham. Em 1927, Clinton Davisson e Lester Germer observaram a difração de elétrons ao passarem por um cristal de níquel, um efeito típico de ondas. A difração ocorre, por exemplo, quando ondas passam por duas fendas.

Imagine ondas de água passando por uma barragem com apenas duas portinholas, ou ondas de luz passando por uma parede com duas fendas. Elas interferem e criam um padrão de estrias claras e escuras num anteparo. Se repetíssemos o experimento atirando balas (partículas) através das fendas, elas iriam se amontoar no anteparo bem atrás das fendas: balas não interferem entre si, não sofrem difração.

No experimento de Davisson-Germer, o cristal de níquel fazia o papel da parede com fendas. Em 1989, Akira Tonomura, do Japão, conseguiu fazer o experimento de elétrons passando por fendas. Os resultados foram bizarros. Ele mostrou que um elétron, passando sozinho pelas fendas, interfere com ele mesmo: ou seja, o elétron se comporta como uma onda passando pelas duas fendas ao mesmo tempo!

O que ocorre com "partículas" maiores? Qual o limite de tamanho em que as características de onda são "perdidas"? Devido a incríveis avanços tecnológicos, experimentos de difração foram feitos com nêutrons, átomos, e até moléculas, centenas de vezes maiores do que átomos. Um exemplo é o experimento de Anton Zeilinger e seu grupo da Universidade de Viena, que em 1999 demonstrou a interferência de moléculas com 60 átomos de carbono, as "bolas de Bucky", que parecem bolas de futebol.

Quanto maior o objeto, mais sutil é sua interferência, que fica difícil de demonstrar. Imagine uma bola de futebol fazendo dois gols ao mesmo tempo. Isso ocorre no mundo quântico. A próxima etapa é tentar experimentos com vírus. O que ocorre quando seres (quase) vivos passam por duas fendas ao mesmo tempo? E seres vivos?

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/1217802-questionando-a-realidade.shtml
"Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

"A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
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Comentários

  • 34 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Inclusive existe um livro do Anton Zeilinger que eu li e recomendo:

    A Face Oculta da Natureza de Anton Zeilinger
    Editora Globo

    face-oculta-da-natureza_grd.jpg

    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

    "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Cientista1 disse: Mas como sabemos que esses efeitos de fato ocorrem? E por que não vemos isso normalmente? Qual a fronteira entre a realidade quântica, com seus efeitos bizarros, e a nossa realidade comum?

    A sua realidade é igual a minha ?
    Cientista1 disse: , Louis de Broglie propôs algo inusitado: o elétron é também uma onda. E não só ele, como todas as outras partículas; as entidades fundamentais da matéria têm dupla identidade, a dualidade partícula-onda.
    penso que tudo seja energias em movimento, que o homem tenta visualizar através das suas convenções.
    Cientista1 disse: A Face Oculta da Natureza de Anton Zeilinger
    eu gostaria de entender a "Face oculta do ser".
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • CRIATURO disse: A sua realidade é igual a minha ?

    Não sei qual é a sua.
    CRIATURO disse: penso que tudo seja energias em movimento, que o homem tenta visualizar através das suas convenções.

    O que o homem faz é propor uma explicação lógica para a realidade, através de formulações matemáticas e experimentos físicas.
    CRIATURO disse: eu gostaria de entender a "Face oculta do ser"

    Eu também!
    "Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas." (Confúcio)

    "A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)

    "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

    "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
  • Cientista1 disse: Não sei qual é a sua.

    A realidade dele é um conjunto de lego que ele monta e desmonta a bel prazer.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • emmedradoemmedrado Membro
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Achei interessnte isso aqui, (mudando um poco a coisa) :

    O Sonho de Uma Borboleta
    Qual a definição de ficção, de sonho, de realidade? Como diferenciá-los?

    O antigo sábio chinês Chuang-Tsu sonhou certa vez que era uma borboleta. Quando acordou, Chuang-Tsu se perguntou se era um homem que tinha sonhado que era uma borboleta ou era uma borboleta que agora estava sonhando que era um homem.
    O filósofo René Descartes, por sua vez, achava que não podíamos confiar nem mesmo no que nos diziam os nossos sentidos, afinal, podia muito bem ser que eles nos enganassem o tempo todo.
    Mesmo quando sonhamos, acreditamos viver algo de real. Mas, existe algo que marque a diferença entre as sensações que experimentamos no sonho das que vivemos quando estamos acordados? “Quando penso com cuidado no assunto, não encontro uma única característica capaz de marcar a diferença entre o estado acordado e o sonho (...) Tanto eles se parecem, que fico completamente perplexo e não sei se estou sonhando neste momento”, escreveu Descartes.
    E estabelecendo este ponto como marco zero para sua reflexão, ele chegou à conclusão de que a única coisa sobre a qual podia ter certeza era a de que duvidava de tudo. Se ele duvidava, isto significava que ele pensava. E se ele pensava, isto significava que ele era um ser pensante. Ou como ele próprio dizia: “Cogito, ergo sun”.
    René, assim como Platão, passa, então, a considerar mais real a existência daquilo que percebemos com nossa razão do que aquilo que percebemos com nossos sentidos.
    O fato é que, por mais que procuremos a solução, por mais que alternemos o paradigma, deparamo-nos sempre com um grande paradoxo, o da incerteza.A constatação da real, bem como da existência de uma entidade superior ou da vida após a morte, resume-se à inconstância do mistério.Cabe a nós humanos, peças desse incrível e colossal maquinário que é o Universo, ter fé, ou não; dando asas à imaginação, ou talvez resguardando-se à luz da razão.
    Novalis, um jovem poeta do Romantismo, certa vez disse: “O mundo se transforma em sonho e o sonho se transforma em mundo.” Um contemporâneo seu, o inglês Coleridge, expressou assim o mesmo pensamento: “E se você dormisse? E se você sonhasse? E se, em seu sonho, você fosse ao Paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha? E se, ao despertar, você tivesse a flor entre as mãos? Ah, e então?”.
    Arconte
    http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/647837
    Post edited by emmedrado on
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
    http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
  • emmedradoemmedrado Membro
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    É muita pretensão nossa, seres humanos finitos e limitados, tentar definir a natureza do real, da realidade.Eu nem tento mais.
    Cheguei humildemente a conclusão de que o que nós achamos que é real é que nos é real.
    Quanto a realidade de outros nada podemos saber.
    Já houve um momento na vida em que pensei estar louco, eu me policiava em tudo que falava,para as pessoas não percebessem que eu era louco e me internassem num hospício.
    Em um outro momento eu pensava que era louco e que as pessoas escondiam isso de mim, para que eu não piorasse.
    Eu procurava nas coisas de meus pais alguma coisa que atestasse minha suposta loucura.
    Nesse tempo eu estava lendo algumas coisas de Nietzsche.
    Muita loucura rsrsrsrs.


    Post edited by emmedrado on
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
    http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
  • .
    .
    .
    Os seguintes físicos, professores e cosmólogos, contestam a teoria do Big Bang:

    Dr. Halton C. Arp, Andre Koch Assis, Geoffrey Burbidge, Margaret Burbidge, John Dobson, Professor Truls Hansen, Fred Hoyle, Eric Lerner, Martin Lopez-Corredoira, Kary B. Mullis, Jayant V. Narlikar, Jean-Claude Pecker, Anthony Peratt, Kristoffer Rypdal and Jack Sulentic.

    Abaixo, os vídeos onde eles apresentam suas contestações:





    O mundo só será feliz no dia em que enforcarmos o último político com as tripas do último líder religioso e cremarmos seus corpos, usando como combustível, seus podres livros sagrados!

    http://gilghamesh.blogspot.com/
  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down
    emmcri disse: Ou como ele próprio dizia: “Cogito, ergo sun”.

    penso logo existo ?
    eu digo o seguinte:" sinto logo existo" em outras palavras antes da consciência do ser eu, vem o sentimento do ser .
    penso que uma planta embora não raciocine ela é capaz de sentir-se viva.
    emmcri disse: Já houve um momento na vida em que pensei estar louco,

    e se voce estivesse com a razão ? isto provaria que os os loucos estão com a razão!

    emmcri disse: eu me policiava em tudo que falava,para as pessoas não percebessem que eu era louco e me internassem num hospício.

    pelo visto deu certo.
    emmcri disse: Em um outro momento eu pensava que era louco e que as pessoas escondiam isso de mim, para que eu não piorasse.

    faz sentido :
    "em terra de loucos aja como louco e eles te trataram como sendo normal"
    emmcri disse: Nesse tempo eu estava lendo algumas coisas de Nietzsche.

    sabia que suas idéias confusas tinha uma causa justa.


    brincadeira, Edson!
    loucura ou falta de razão é comum a todos os seres vivos em maior ou menor grau, existe sempre uma oscilação, pessoas extremamente racionais podem praticar atos totalmente irracionais, pois todos são passiveis de uma pertubação mental, passageira e infelizmente em alguns casos duradoura.
    eu costumo dizer que não consulto psicólogos para preservar a sanidade mental deles, ninguem merece, né ?
    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Loucos podem se socializar, normal.





    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • CRIATUROCRIATURO Membro
    edited janeiro 2013 Vote Up0Vote Down

    seja bem vindo, Percival!


    Post edited by CRIATURO on
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • E também podem floodar.
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • CRIATURO disse: penso logo existo ?
    eu digo o seguinte:" sinto logo existo" em outras palavras antes da consciência do ser eu, vem o sentimento do ser .
    É justamente isso que eu tenho a uns 9 anos como frase do meu msn
    "sinto logo existo".
    Legal comcordo 100%.

    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
    http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
  • Gilghamesh disse: Os seguintes físicos, professores e cosmólogos, contestam a teoria do Big Bang:

    Dr. Halton C. Arp, Andre Koch Assis, Geoffrey Burbidge, Margaret Burbidge, John Dobson, Professor Truls Hansen, Fred Hoyle, Eric Lerner, Martin Lopez-Corredoira, Kary B. Mullis, Jayant V. Narlikar, Jean-Claude Pecker, Anthony Peratt, Kristoffer Rypdal and Jack Sulentic.

    Abaixo, os vídeos onde eles apresentam suas contestações:

    Giga meu caro você sabe que isso não quer dizer muita coisa.
    É um número insignificante perto dos que aceitam o Big Bang como uma teoria científica.
    Continuo achando que você está atacando uma teoria conforme ela esta na sua cabeça e não tal qua ela é.
    Conheço uma turma que faz isso e você sabe quem são.
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
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  • .
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    Estou com a nítida impressão de que estamos vivendo numa nova fase do: “Roma locuta, causa finita”, só que agora, na versão Ciência...
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    O mundo só será feliz no dia em que enforcarmos o último político com as tripas do último líder religioso e cremarmos seus corpos, usando como combustível, seus podres livros sagrados!

    http://gilghamesh.blogspot.com/
  • emmcri disse: É justamente isso que eu tenho a uns 9 anos como frase do meu msn
    "sinto logo existo".
    Legal comcordo 100%.

    beleza! você é o primeiro a concordar com isso, mas fica difícil conseguirmos a distinguir uma coisa da outra, talvez sentimento seja alguma forma de pensamento ou um principio de raciocínio.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • emmcri disse: O Sonho de Uma Borboleta
    Qual a definição de ficção, de sonho, de realidade? Como diferenciá-los?

    penso que a morte inicia-se como um sonho e aos poucos a lucidez da vida consciente vai retornando, então aquilo que nos parecia apenas um sonho desconexo volta a ser uma realidade consciente.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • emmcri disse: É justamente isso que eu tenho a uns 9 anos como frase do meu msn
    "sinto logo existo".
    Legal comcordo 100%.

    A questão é que se não houver algum nível de consciência (pensar) para definir o que se sente sequer se poderia elaborar a frase "sinto, logo existo". Assim, "penso, logo existo".
    Ainda que ter consciência não seja condição necessária para se existir.
    Aquilo que existe sem consciência, obviamente não sabe disso.
    O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
    '' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
  • existe níveis de consciência, o sentimento é o inicio dela, mas somente a partir da humana é que podemos conscientizar da nossa individualidade.
    como ensinou jesus" o homem não foi feito para o mundo e sim o mundo foi feito para o homem" entendo isso assim: a matéria não foi feita para dar existência a consciência, mas a consciência existe para dar formas a matéria.
    na minha visão não ha razão na matéria sem consciência.
    sinto logo existo!
    sem nenhuma consciência sem existências
  • Marcio disse: A questão é que se não houver algum nível de consciência (pensar) para definir o que se sente sequer se poderia elaborar a frase "sinto, logo existo". Assim, "penso, logo existo".
    Ainda que ter consciência não seja condição necessária para se existir.
    Aquilo que existe sem consciência, obviamente não sabe disso.

    O pensamento puro em simples.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Marcio disse: A questão é que se não houver algum nível de consciência (pensar) para definir o que se sente sequer se poderia elaborar a frase "sinto, logo existo". Assim, "penso, logo existo".
    Ainda que ter consciência não seja condição necessária para se existir.
    Aquilo que existe sem consciência, obviamente não sabe disso.

    Ok mas os sentimentos chegam antes que a razão.
    Uma criança recém nascida ´só tem sentimentos .
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    emmcri disse: O Sonho de Uma Borboleta
    Qual a definição de ficção, de sonho, de realidade? Como diferenciá-los?
    REALIDADE
    Publicado originalmente em 6/4/2003 00:13:27

    Por Acauan


    A realidade que percebemos é verdadeira ou uma ilusão criada por nossos sentidos?

    Esta talvez seja a primeira questão que um cético deva levantar. Se tudo que entendemos como real é o que nosso cérebro traduz dos impulsos nervosos emitidos por nossos órgãos sensoriais, então o que chamamos realidade pode não ser nada mais do que uma ilusão produzida por nossos olhos, ouvidos, tato, olfato e paladar.

    Esta possibilidade foi ilustrada pela conhecida fábula do sábio chinês, que após um sonho, ficou em dúvida pelo resto da vida, sobre se ele era um homem que sonhou que era uma borboleta, ou se era uma borboleta sonhando que era um homem.

    Se definirmos “Realidade” como a soma de tudo que verdadeiramente existe, podemos dizer que todos os seres humanos vivenciam pelo menos dois tipos de realidade:

    - intrínseca: referente aos seus pensamentos, emoções e sensações individuais e;

    - extrínseca: referente às interações de cada indivíduo com as outras pessoas e demais elementos do universo exterior a si mesmo.

    Podemos ter razoável certeza sobre nossa realidade intrínseca. Negá-la seria o mesmo que negar nossa própria existência, o que seria absurdo.

    E a realidade extrínseca? Como estar certo de que o que chamamos de “real” não está sujeito à mesma dúvida do sábio chinês?

    Esta questão pode ser abordada de mais de uma forma. Uma delas é perguntar, se tudo o que percebemos não é a realidade, então é o quê?

    A hipótese de que tudo que percebemos do universo exterior a nos mesmos é uma ilusão é pouco sustentável.
    Uma ilusão é uma falsa realidade criada pela mente ou implantada nela.

    Poderia nossa mente criar tudo aquilo que chamamos realidade?

    A resposta é muito possivelmente não. Se considerarmos tudo o que vivenciamos num único dia, notaremos uma infinitude de variáveis sendo interpretadas por nossos cérebros. Cores, sons, palavras, idéias, atos, variáveis físicas, emoções...
    Estes estímulos não se manifestam isoladamente, mas interagem entre si, escolhendo entre infinitas combinações possíveis, que podem resultar em infinitos resultados, obedecendo a múltiplos padrões.

    O ponto é que estamos falando de uma única percepção individual. Todas esta magnitude de variáveis se refere a uma só consciência.
    Só que nosso mundo é povoado por bilhões de consciência individuais, ou seja, este universo gigantesco de probabilidades interagindo entre si, que se aplicam a um único individuo, tem que ser potencializado por um número de dez algarismos.

    Resumindo: A realidade é grande demais para ser criada pela mente.

    A conclusão a se tirar sobre a dúvida do sábio chinês é que talvez ele não fosse tão sábio assim. Se prestarmos atenção em nossos sonhos, perceberemos que eles se desenvolvem em um universo muito mais pobre que o universo real. Aqueles que conseguem lembrar o que sonham, experimentem qualquer dia contar a quantidade de pessoas, coisas ou eventos com que se sonhou. Mesmo nos momentos oníricos mais delirantes, perceberemos que as cenas se manifestam num ambiente limitado em detalhes, e mesmo este número reduzido de eventos dificilmente consegue interagir coerentemente entre si.
    Tanto isto é certo que ao acordarmos no meio de um sonho, não precisamos mais do que alguns segundos para identificá-lo como tal. Um rápido repasse das lembranças nos leva a alguma evidência inequívoca de que aquilo não era real.

    Assim, a realidade não é apenas grande demais para ser criada pela mente. Ela é grande demais também para ser recriada pela mente.

    Se a mente não possui tal capacidade, algo externo poderia criar uma ilusão e imputa-la em nos, de forma que a percebessemos como Realidade?

    Este é o tema do filme Matrix, onde imagens virtuais são imputadas diretamente nos circuitos cerebrais dos humanos, que aprisionados numa antiutopia futurista imaginam que suas vidas se desenrolam dentro das rotinas normais.
    O filme Matrix já foi citado neste fórum pelo participante Menasheh como exemplo da interpretação cabalística da realidade.

    Uma questão relevante em Matrix é que o roteiro NÃO nega a existência da Realidade. Tanto é que as ilusões imputadas são REPRODUÇÕES de um mundo real pré-existente.
    Apesar disto, persiste a questão: Seria possível que a Realidade que percebemos fosse uma ilusão imputada por uma entidade externa?

    Para nos concentrar na análise desta possibilidade, vamos esquecer por enquanto as perguntas quem, como e por que faria tal coisa.

    Aparentemente, nossa única ponte para com a realidade são os impulsos sensoriais nervosos, de natureza eletroquímica. Se algo exterior pudesse simular com exatidão tais impulsos, nossos cérebros não teriam como diferenciar a ilusão da Realidade.

    A primeira falha nesta hipótese vem do fato que nossa percepção da realidade não é sensorial mas racional. Os estímulos nervosos nada representariam se nossos cérebros não montassem os quebra-cabeças representados pelos impulsos eletro-químicos, formando os padrões inteligíveis que reconhecemos.

    Por si só isto não representaria muita coisa. Os cérebros dos animais também estabelecem padrões a partir de suas entradas sensoriais.

    A diferença reside em nossa capacidade de abstração, nossa habilidade mental de identificar o real sem a interferência dos sentidos. Um exemplo disto é a matemática – sabemos que 2 + 2 = 4, e mais, sabemos que 2 + 2 TEM QUE SER igual a 4 SEMPRE. Qualquer percepção sensorial que contrarie esta regra será imediatamente identificada como FALSA.

    Ou seja, a Realidade tem uma assinatura única, que não pode ser falsificada. E mais, os seres humanos possuem a capacidade de reconhecer esta assinatura, mesmo que com dificuldade e erros de interpretação.

    Uma outra brecha no conceito de falsa realidade, no estilo Matrix, é a pesquisa científica. Uma falsa realidade pode enganar nossos sentidos, mas como enganar experimentos? As pistas de que algo não é o que parece terminariam por surgir inevitavelmente, seja uma bactéria que não se comporta como deveria ou uma estrela encontrada onde não poderia estar.

    Assim como a matemática, as leis da física não são produto de nossos sentidos e portanto não podem ser influenciados por eles. Uma falsa realidade sensorial não produzirá uma realidade cientificamente constatável.

    E por último, mas não menos importante, temos a intuição. Nossa capacidade de concluir acertadamente quanto a eventos sobre os quais não temos dados suficientes para análise. Nossos instintos e outros recursos não lógicos nos dão respostas que não sabemos bem de onde vieram.

    Para quem achar o parágrafo acima um tanto místico, sugiro que se lembre da última vez em que se sentiu “desconfiado” de alguma coisa. Desconfiança é sempre produto de uma intuição, a percepção de uma possibilidade sobre a qual não há indícios.

    Uma realidade absolutamente falsa ofereceria muitas oportunidades para se intuir e desconfiar.

    Concluindo, penso que nossa percepção da realidade pode ser limitada e de muitas formas distorcida, mesmo sim, a realidade é grande demais para ficar oculta e somos seres curiosos demais para não encontrá-la.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Uma coisa que acontece comigo é criar memórias.
    Algumas vezes eu sei que foram criadas, mas tem algumas coisas que acho difícil ter acontecido mas a minha memória/percepção diz que aconteceu.
    Até hoje tenho eventos da minha vida que não sei se aconteceram ou não.
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    emmcri disse: Uma coisa que acontece comigo é criar memórias.
    Algumas vezes eu sei que foram criadas, mas tem algumas coisas que acho difícil ter acontecido mas a minha memória/percepção diz que aconteceu.
    Até hoje tenho eventos da minha vida que não sei se aconteceram ou não.

    Isto é comum a partir de certa idade.
    Há literatura científica a respeito, basta pesquisar.


    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Acauan disse: Concluindo, penso que nossa percepção da realidade pode ser limitada e de muitas formas distorcida, mesmo sim, a realidade é grande demais para ficar oculta e somos seres curiosos demais para não encontrá-la.

    Perfeito.

    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Acauan disse: Isto é comum a partir de certa idade.
    Há literatura científica a respeito, basta pesquisar.

    Nunca ouvi falar de tal fato.
    Vou pesquisar , quanto a idade isso acontece desde que tinha 18 anos.
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
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