Desmatamento na Amazônia dá sinais de voltar a crescer
http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/01/24/desmatamento-na-amazonia-da-sinais-de-voltar-a-crescer.htm
Após anos de avanços do Brasil no combate ao desmatamento da Amazônia, o problema parece estar voltando a se agravar, refletindo a expansão de fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e construtores para áreas antes inexploradas, segundo dados compilados pelo governo e por pesquisadores independentes.
O Imazon, instituição brasileira que monitora o desmatamento por meio de imagens de satélite, disse em um recente relatório que a destruição da maior floresta tropical do mundo subiu em dezembro pelo quarto mês consecutivo.
Nos últimos cinco meses de 2012, o Imazon detectou a eliminação de 1.288 quilômetros quadrados de matas, mais do que o dobro da área devastada no mesmo período de 2011.
Dados preliminares da agência espacial brasileira, que faz suas próprias estimativas mensais, também sugerem um aumento no desmatamento entre agosto e outubro, último mês com dados divulgados.
Pesquisadores e autoridades dizem que são necessários mais dados para confirmar que está em curso uma reversão completa da tendência de redução verificada nos últimos anos. Entre outras variáveis, nuvens na atual época chuvosa complicam a obtenção de imagens.
Dados adicionais também podem esclarecer se novos clarões na cobertura florestal são resultado de queimadas e derrubadas deliberadas, ou uma degradação natural.
Se o desmatamento continuar crescendo, será a confirmação dos temores manifestados por cientistas e ecologistas de que as mudanças nas políticas ambientais brasileiras, a contínua penetração de forças econômicas na floresta e os projetos governamentais de infraestrutura estão revertendo os avanços na proteção a uma região que concentra cerca de 12 por cento da água doce do planeta, que é uma abundante fonte de oxigênio e onde vive um número incontável de espécies vegetais e animais.
"O contexto está maduro para que a destruição se intensifique", disse o diretor-executivo da conhecida ONG Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia, Paulo Moutinho. "Está claro que os níveis podem facilmente continuar a crescer."
As autoridades recomendam cautela, observando que há uma tendência de longo prazo contra o desmatamento. "É cedo demais para soar o alarme", disse Francisco Oliveira, diretor de políticas contra o desmatamento do Ministério do Meio Ambiente. "Um quadro mais completo vai emergir quando as nuvens tiverem ido embora."
Muitos fatores causam o desmatamento
Madeireiros e garimpeiros há muito tempo exploram as madeiras nobres e as jazidas numa selva que tem o tamanho da Europa Ocidental. Nas últimas décadas, o Brasil se tornou uma potência agrícola, e os sojicultores, pecuaristas e outros produtores cada vez abrem mais espaço para suas lavouras.
E há também o atual ímpeto de explorar o potencial hidrelétrico da Amazônia, um processo que críticos dizem atrair muita gente para uma área que, do contrário, continuaria intacta.
Monitorar o desmatamento é um desafio científico que combina os dados satelitais e a fiscalização no terreno.
O governo brasileiro e cientistas do Imazon, instituição que tem sede em Belém e recebe financiamento privado, obtém indícios preliminares a partir das imagens de satélite.
Dados mais conclusivos demoram mais para serem compilados e dependem de recursos visuais de alta resolução, que são mais lentos, e de pesquisas de campo realizadas por cientistas e inspetores ambientais.
O governo divulga uma cifra anual em julho, quando a região está mais seca e a vista aérea fica mais clara.
Os dados mostraram que o desmatamento, até julho de 2012, havia caído a níveis recordes durante quatro anos consecutivos, em grande parte graças a uma fiscalização ambiental mais rígida.
Uma disparada em 2007, quando a alta no preço dos produtos agrícolas desencadeou uma procura por áreas cultiváveis, foi contida depois que o governo impôs multas mais pesadas e bloqueou o crédito para os desmatadores.
Em resposta, madeireiros passaram a agir de forma mais concentrada em áreas menores para burlar a vigilância dos satélites.
Agora, cientistas e ambientalistas alertam que os violadores estão sendo incentivados pelas mudanças legais, por uma nova alta nos preços globais dos produtos agrícolas e pelo impulso de colonos para desenvolver atividades econômicas ao redor das barragens de hidrelétricas e de outros grandes projetos industriais e de infraestrutura.
"Vocês vão ver logo logo um aumento no desmatamento", disse à Reuters na semana passada a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, ativista histórica da preservação da Amazônia.
Ela e outros críticos têm atacado o governo da presidente Dilma Rousseff, cujos esforços para reavivar o crescimento econômico incluem reformas que, segundo ambientalistas, podem causar mais destruição. Dilma, por sua vez, diz que suas políticas são necessárias e ambientalmente sustentáveis.
Entre outras alterações regulatórias, o Brasil concedeu no fim de 2011 mais poder a autoridades locais para fiscalizar as leis ambientais, e esse processo levou ao fechamento de vários postos federais de fiscalização florestal, os quais muitas vezes, especialmente na vasta e remota Amazônia, representavam o único obstáculo para os desmatadores.
No ano passado, uma reforma do Código Florestal alterou os tipos de matas que devem ser preservadas ao redor de qualquer atividade. Embora o novo código continue teoricamente rigoroso nas regras de preservação, críticos dizem que a fiscalização será difícil por causa da transferência de atribuições a autoridades locais.
Oliveira, do Ministério do Meio Ambiente, disse que o governo federal ainda tem condições de reagir rapidamente. Em vez de usar bases fixas, explicou ele, novas unidades de agentes ambientais criadas nos últimos meses podem ser mobilizadas quando for necessário, tornando-as "mais ágeis" quando desmatadores agem em áreas menores. "Nossos métodos e estratégias estão evoluindo", disse ele.
No entanto, os cientistas temem que os danos estão acontecendo sob os próprios olhos do governo. Hidrelétricas construídas pelo governo, estradas e minas estão acelerando a reversão, dizem eles, porque garantem acesso a áreas antes isoladas da Amazônia.
"Você tem todos esses fatores se unindo para tornar muito mais fácil o acesso à floresta", disse o pesquisador do Imazon Paulo Barreto. Os números recentes dispararam de forma tão rápida, acrescentou ele, "que será difícil que as cifras anuais caiam."
Comentários
Eu vejo muita falta de interesse para importante questão.
O que não é só deste governo mas de governos passados também.
Eu quero a Verdade .
A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
Pqp ! Eu já fui de esquerda !
Click aqui :
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sem nenhuma consciência sem existências
Até certa conta, ainda bem.
Nós, Índios, sabemos que a natureza só é boazinha com a gente depois de dominada.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
sem nenhuma consciência sem existências
Que nada.
Éramos tremendos predadores. Só não fizemos pior porque não tinhamos muita tecnologia.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Todos nós somos predadores e causadores dos estragos na natureza, independente de sermos índios, africanos, europeus, etc.
"A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem suas caudas mais que suas línguas." (autor desconhecido)
"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)
"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade." (Albert Einstein)
Bons tempos em que comíamos antropólogos, não do jeito que alguns gostam.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Eu sempre pensei em índios como se fossem crianças completamente inocentes.
Tive um contato com um Grupo de evangelização chamado Azas do Brasil que me tirou esta visão ingênua.
Acaum você saberia me dizer por que fato os Índios são tão mais atrasados tecnologicamente que outros povos?
Você já escreveu alguma coisa a respeito ?
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Eu li o tópico, muito bom.
Certamente
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Penso que o País poderia receber um "indenização" e abrir a amazônia para exploração científica e um melhor policiamento contra o desmatamento,sendo ela um patrimônio mundial.
Do jeito que está acho que será devastada em breve tempo
Eu quero a Verdade .
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que beleza, não ? Estavam no natural caminho da evolução intelectual humana, bom todo homem civilizado ja foi um dia primitivo e muitos ainda continuam sendo.
he...he...he...he..he
Evolui o intelecto em detrimento da moral humana
sem nenhuma consciência sem existências
― Winston Churchill