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Petrobras - Gabrielli, Barbassa e Mantega serão investigados pelo Ministério Público

Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
http://www.alertatotal.net/2013/02/gabrielli-barbassa-e-mantega-serao.html
Gabrielli, Barbassa e Mantega serão investigados pelo MPF por inchaços em contratos da Petrobrás

Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net


Exclusivo – O Ministério Público Federal abrirá uma investigação contra José Sérgio Gabrielli por indícios concretos de superfaturamentos na maioria dos contratos firmados durante a presidência dele na Petrobrás. Os inchaços contratuais seriam as verdadeiras causas do aumento de prejuízos, perda de eficiência produtiva e consequente queda nos lucros da estatal de economia mista – que perde cada vez mais valor de mercado.

Os maiores alvos de superfaturamento que o MPF vai investigar são os contratos para refinaria Abreu e Lima (Rnest/PE), para o Comperj de Itaboraí, e para os questionáveis projetos de refinarias premium no Ceará e Maranhão. Também entram na investigação a lesiva compra de uma refinaria tecnologicamente ultrapassada em Pasadena (Texas, EUA) e o escândalo Gemini - uma sociedade por meio da qual o governo brasileiro entregou o cartório de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma transnacional dos EUA). Estima-se que os rombos na Petrobrás cheguem a R$ 10 bilhões.

Já é certo que Gabrielli terá de responder judicialmente junto com aquele que é considerado o homem mais poderoso da Petrobrás: o diretor financeiro da empresa, Almir Guilherme Barbassa, que também acumula a função de presidente do braço internacional da companhia, a PFICo (Petrobras International Finance Co). Esta empresa é uma das grandes caixas-pretas no sistema Petrobrás.

Barbassa é o negociador, com grandes bancos internacionais, de “empréstimos” diários para salvar o caixa da empresa de uma quebra. Por isso, além de gerenciar os grandes contratos da empresa e definir a política de pagamentos (que anda em estágio de atrasos), ele tem tanto poder. Além de Gabrielli e Barbassa, também pode sobrar para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que é presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

A incomPTência (ou gestão temerária) de Gabrielli, herança maldita para a atual presidente Maria das Graças Foster, se agravou com os problemas conjunturais e políticos: alta do dólar, aumento das importações de combustíveis com a cotação internacional do petróleo altíssima e a longa defasagem nos preços da gasolina e do diesel – forçada pelo governo, acionista majoritário – para conter a inflação.

Luiz Inácio Lula da Silva terá de fazer muito malabarismo para escapar de um problemão tão ou mais grave que o Mensalão II e o Rosegate: a incompetência de Gabrielli de um de seus homens de confiança na gestão da estatal de economia mista. Lula agora tem tudo para também ser responsabilizado por mal uso político da Petrobrás, principalmente com a marketagem em torno do pré-sal (cuja exploração efetiva ainda vai demorar décadas para se mostrar economicamente viável).

Lula é o grande culpado pelo caos na Petrobrás. Engraçado que os petistas sempre lembram o fato verdadeiro de que Fernando Henrique Cardoso desejava privatizar a empresa, mudando até seu nome para Petrobrax (sendo que o xis ainda nada tinha a ver com Eike Batista). Agora, os mesmos petistas deveriam ter a coragem e honestidade de assumir que promoveram, nos oito anos de Lula, uma privataria na empresa, com contratos superfaturados – geralmente o meio para se distribuir dividendos em mensalões muito maiores que aquele julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Problemas baianos

Não é apenas na Petrobrás que Gabrielli ficará enrolado.

No governo do Estado da Bahia, no qual é Secretário Estadual de Planejamento, Gabrielli terá de rodar a baiana para justificar como contratou a consultoria norte-americana McKinsey, pela bagatela de R$ 40 milhões, sem licitação.

Gabrielli alega que “contratou a melhor do mundo” para realizar estudos de viabilidade do projeto de implantação da tão sonhada ponte Salvador-Itaparica.

Medidas drásticas na Petrobrás

Amiga e pessoa da inteira confiança da Presidenta Dilma Rousseff, Maria das Graças Foster será obrigada a tomar medidas drásticas e urgentes para conter a sangria na Petrobrás.

A maioria dos fornecedores será imediatamente cortada, ficando apenas aqueles essenciais para a segurança da produção.

Os contratos de exploração, além de revistos, serão cortados pela metade, de imediato.

Nova Política de Pessoal

A Petrobrás vai criar um plano de inventivo para a aposentadoria imediata de empregados com mais de 55 anos de idade – o que deve gerar impacto sobre o fundo de pensão Petros – um dos maiores investidores do capimunismo brasileiro.

Funcionários terceirizados serão mandados embora, em sua maioria, só ficando os essenciais para a segurança produtiva.

Os empregados aprovados em concurso desde 2005 serão “readequados” em suas funções.

E o que vai gerar mais chiadeira: ganhos e dividendos para empregados ficam cortados para os anos de 2013 e 2014, até que a situação financeira e produtiva da companhia retorne à normalidade.

Nova Política de dividendos

Os investidores ficaram ontem mais PTs da vida com a Petrobrás, que anunciou ontem que só vai pagar dividendos de R$ 0,46 por ação ordinária e de R$ 0,97 por ação preferencial.

A distribuição igualitária foi detonada porque a empresa precisa economizar até 3,7 bilhões em dividendos de curto prazo.

Tudo porque o caixa está no limite, nos próximos meses, com elevado endividamento de curto prazo.

Defasagem da gasolina

Como de costume, Graça Foster informou que pediu ao Ministério da Fazenda autorização para novos reajustes nos preços dos combustíveis.

Na novelinha de sempre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, alegou que esta não é a melhor hora...

Na Petrobrás, a informação é de que a gasolina deveria estar sendo vendida na faixa de R$ 4,50 o litro, para que a empresa estivesse operando dentro da realidade de mercado.

Grandes perdas


Na área de Produção, a Petrobrás perdeu R$ 7 bilhões em poços secos, em 2012, e a estimativa é de nova perda de R$ 6 bilhões, em 2013.

Na área de abastecimento registrou perdas de R$ 22,9 bilhões em 2012, com a alta de 102% das importações de gasolina e de 16% do diesel em 2012.

Por isso, ainda pode ser considerado milagroso o lucro de R$ 20,1 bilhões no ano passado, mesmo sendo uma queda de 36% em relação ao ano anterior.

Sinceridade

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, foi sincera ao prever que “2013 será um ano mais difícil que 2012, que já foi extremamente difícil”.

Graça garantiu que a Petrobrás vai manter o mesmo patamar de produção em 2013, com a variação de 2% para cima e para baixo.

Graça avisou ontem que a empresa vai buscar convergência de preços, essencial para a companhia atingir seus objetivos.

Bomba texana

Como o Alerta Total antecipou em 17 de dezembro do ano passado, Investidores estrangeiros e brasileiros da Petrobrás vão interpelar judicialmente, nos Estados Unidos, a Presidenta Dilma Rousseff, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a atual e o ex-presidentes da Petrobrás, Maria das Graças Foster e José Sérgio Gabrielli, além do diretor financeiro da empresa, Almir Guilherme Barbassa, e Nestor Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora.

Todos terão de explicar o que está por trás da lesiva compra de uma refinaria tecnologicamente ultrapassada, em Pasadena (Texas, EUA), um exemplo hediondo de “privataria petralha” que deve gerar um prejuízo de até US$ 1 bilhão à estatal de economia mista e seus acionistas.

O escândalo gerencial, que é alvo de uma auditoria no Tribunal de Contas da União, vai se transformar em um procedimento investigatório pelo Ministério Público Federal.

Bronca da Dilma

A negociata foi fechada em 2006 na gestão de Gabrielli, quando a então chefe da Casa Civil de Lula da Silva, Dilma Rousseff, presidia o Conselho de Administração da Petrobrás.

Na época, Dilma teria sido contra a operação feita por Gabrielli, mas a reclamação dela de nada adiantou, já que o presidente da empresa era (e continua sendo) homem de super-confiança do chefão Lula.

O caso Pasadena foi um dos motivos que fez Dilma, quando assumiu o Planalto, substituir Gabrielli por Graça Foster – que agora tem bilhões de pepinos para resolver.
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