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Argentina decide congelar os preços

Argentina decide congelar os preços para combater a inflação
Na nossa vizinhança, a inflação levou o país a adotar uma estratégia que já foi usada, sem sucesso, no Brasil na década de 1980.

Na nossa vizinhança, a inflação levou a Argentina a adotar uma estratégia que já foi usada, sem sucesso, no Brasil na década de 1980: o congelamento de preços. E olha que o governo de lá ainda é acusado de mascarar o aumento de preços.
Está no pão de cada dia um bom exemplo da alta de preços na Argentina. Em 2010, o quilo do pãozinho custava 8,30 pesos. Hoje, está a 14 pesos. Um aumento de mais de 68%.
O governo jura que a inflação do ano passado fechou em 10,8%. Consultorias independentes dizem que foi bem mais. Passou de 25%. Uma divergência que já levou o Fundo Monetário Internacional a cobrar da Argentina honestidade sobre seus índices econômicos, sob pena de não ter mais direito a créditos.
Em uma manobra de improviso para tentar segurar a inflação, o governo determinou o congelamento de preços nos supermercados e redes de eletrodomésticos até 1º de abril. Um acordo sem registro no papel e com direito a represália para quem não cumprir.
Economistas dizem que o efeito do congelamento é nulo, porque os preços já estavam altos e a raiz do problema continua crescendo: os gastos públicos e a emissão de moeda para cobrir essas despesas.
“Todos sabem que o controle de preços na Argentina nunca foi eficiente”, disse Pablo Micheli, da Confederação dos Trabalhadores.
Junto ao congelamento, veio também a ordem de suspender os anúncios de supermercados e lojas de eletrodomésticos, em jornais, rádio e televisão. A proibição atinge empresas como o grupo Clarín, que é alvo antigo do governo. Esse tipo de publicidade representa até 30% do faturamento das empresas de comunicação.
O mesmo governo que chegou a justificar que o congelamento dispensa promoção, hoje negou que a propaganda esteja suspensa. Mas os jornais não receberam anúncios de supermercados para publicar nas edições do fim de semana.
O consumidor lamenta: “Se não bota nos jornais, não vamos saber os preços, então o congelamento fica entre aspas.”

Comentários

  • 17 Comentários sorted by Votes Date Added
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Neuromancer disse: Argentina decide congelar os preços para combater a inflação

    E pela enésima vez, vai começar tudo de novo...
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • CameronCameron Membro
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Não me recordo o nome do autor: "O cúmulo da insanidade é esperar resultados diferentes tomando sempre as mesmas atitudes."
    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Cameron disse: Não me recordo o nome do autor: "O cúmulo da insanidade é esperar resultados diferentes tomando sempre as mesmas atitudes."[/red]

    Só me resta uma conclusão para com os argentinos: Todo castigo prá corno é pouco!


    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Acauan disse: E pela enésima vez, vai começar tudo de novo...

    É estranho isso , será que não aprendem com as experiências ?
    A nossa realidade é moldada pelo que acreditamos ou preferimos não acreditar.
    Eu quero a Verdade .
    A realidade é um conjunto de possibilidades que se concretizou dentro de um universo infinito de possibilidades.
    Pqp ! Eu já fui de esquerda !
    Click aqui :
    http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4pmpbh3H11qlvp0oo1_250.gif
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Não deu certo no Brasil com Sarney e Collor, não está dando certo na Venezuela, não vai dar certo na Argentina. E os sindicatos querendo aumento.

    Os jornais de hoje dizem que o povo da Venezuela correu às lojas e acabou com os estoques de eletrônicos porque o dólar foi valorizado pelo governo e os preços dos importados certamente vão disparar (e eles não têm mais indústria e não produzem mais nada).

    Post edited by Fernando_Silva on
  • Los hermanos são como o povo brasileiro: são burros feito uma porta. Nos anos 1910-30, dizia-se na Europa que a Argentina era o que a Suíça ficou sendo depois da II Guerra. Havia o bordão: "_Rico como um argentino". Sim, a Argentina era o país que tinha TUDO para dar certo. Sua ascendência, do qual muito se orgulham até hoje, era 100% europeia, já que houve uma estranha doença que matou todos os negros e os indígenas foram liquidados na Guerra da Independência e o pouco que restou, encurralados na Terra do Fogo, foram exterminados no início do século XX.
    Que deu de errado? Por que los hermanos não superaram de longe o Brasil, já que nós só tínhamos zelites corruptas para nos governar?
    Numa palavra: Perón.
    Foi ele que conseguiu o milagre de tudo dar errado na Argentina. Mas tal como os nossos grandes gênios intelectuais esquerdistas burros (com o perdão pelo pleonasmo), los hermanos ainda vivem a ideia politicamente correta do peronismo, ainda que seja um TOTAL fracasso econômico. Quer ver sair briga e morte entre los hermanos, basta juntar quem fale bem e quem fale mal do Perón.

    A Dona Cristina lá está só reprisando pela enésima vez o mesmo filme que los hermanos não se cansam de assistir e de aplaudir... Até que a barriga comece a doer. Sacomé: o povo perdoa tudo aos tiranos, exceto as dores da fome.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited fevereiro 2013 Vote Up0Vote Down
    Perón distribuiu dinheiro sem se preocupar em investir para o futuro. Foi ótimo, mas, quando acabou o dinheiro, acabou a festa. E culpa, na cabeça dos peronistas, foi de quem veio depois dele e encontrou o país falido, não de quem o quebrou.

    Os petralhas estão fazendo a mesma coisa: distribuindo dinheiro para ganhar votos, seja na forma de Bolsa Isto e Bolsa Aquilo, seja na forma de reduções artificiais de preço. E a indústria vai murchando, os produtos chineses vão substituindo os nacionais, até que um dia o dinheiro também acabe aqui porque aqueles que trabalhavam para sustentar essas 'bondades' estarão falidos.

    É o caso da Petrobras, por exemplo. Ou da falta de infraestrutura para quem quer produzir: faltam estradas, ferrovias, portos, energia elétrica. Ou a falta de profissionais qualificados devido à transformação de escolas e universidades em centros de doutrinação.

    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    http://www.luizberto.com/deu-no-jornal/a-decada-perdida
    Quando veio a crise internacional, no final de 2008, sem capacidade gerencial e criatividade econômica, abriram o baú da História, procurando encontrar soluções do século 20 para questões do século 21. O velho Estado reapareceu e distribuiu prebendas aos seus favoritos, a sempre voraz burguesia de rapina, tão brasileira como a jabuticaba. Evidentemente que só poderia dar errado. Errado se pensarmos no futuro do País.

    Quando se esgotou o ciclo de crescimento mundial – como em tantas outras vezes nos últimos três séculos -, o governo ficou, como está até hoje, buscando desesperadamente algum caminho. Sem perder de vista, claro, a eleição de 2014, pois tudo gira em torno da permanência no poder por mais um longo tempo, como profetizou recentemente o sentenciado José Dirceu.


    Os bancos e as empresas estatais foram usados como instrumentos de política partidária, em correias de transmissão, para o que chamou o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, de “projeto criminoso de poder”, quando do julgamento do mensalão. Os cargos de direção foram loteados entre as diferentes tendências do Partido dos Trabalhadores (PT) e o restante foi entregue à saciedade dos partidos da base aliada no Congresso Nacional.

    O PT transformou o patrimônio nacional, construído durante décadas, em moeda para obter recursos partidários e pessoais, como ficou demonstrado em vários escândalos durante a década.

    [...]
    A década petista terminou. E nada melhor para ilustrar o fracasso do que o crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1%. Foi uma década perdida. Não para os petistas e seus acólitos, claro. Estes enriqueceram, buscaram algum refinamento material e até ficaram “chiques”, como a Rosemary Nóvoa de Noronha, sua melhor tradução. Mas o Brasil perdeu.

    Poderíamos ter avançado melhorando a gestão pública e enfrentado com eficiência os nossos velhos problemas sociais, aqueles que os marqueteiros exploram a cada dois anos nos períodos eleitorais. Quase nada foi feito – basta citar a tragédia do saneamento básico ou os milhões de analfabetos.

    Mas se estagnamos, outros países avançaram. E o Brasil continua a ser, como dizia Monteiro Lobato, “essa coisa inerme e enorme”.
  • O pior é que esta medida é mais antiga do que parece.

    Curiosidade: Qual foi a primeira vez na história em que um burocrata decidiu congelar os preços e quais foram as conseqüência.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    No jornal de hoje: já está faltando açúcar, óleo e farinha nos supermercados.
  • Fórmula mágica:

    Estimule o consumo subsidiando o crédito e abaixando a taxa de juros. Simultaneamente, estatize a economia e não se acanhe ao contrair dívidas astronômicas. Os juros estão baixos e o dinheiro dos empréstimos será usado para um crescimento além do possível.
    Quando for hora de pagar a dívida, não se preocupe, basta imprimir dinheiro como se não houvesse amanhã. Afinal de contas, é o devedor que imprime o dinheiro que paga.
    Oh, parece que o preço das coisas está aumentando.
    Não se preocupe, é fraudador do dinheiro que cria leis. Congele os preços.
    As mercadorias começam a faltar.
    É, agora só resta acusar a oposição de golpismo.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • “Argentinos e Argentinas”

    POR MAGNO KARL · 07/02/2013 ·
    BIZARRICES, BLOG, ECONOMIA, POLÍTICA, RELAÇÕES INTERNACIONAIS ·


    sarney-presidente-de-novo.jpg

    Não tenho tantas lembranças assim dos anos 1980. Lembro que o programa da Xuxa era diário. Lembro que às vezes eu ficava horas acordado para ver o Mike Tyson acabar com uma luta em 15 segundos. Lembro que um amigo meu jogou a sua camisa do Flamengo no lixo, depois que Sorato fez o gol que deu o bi-campeonato brasileiro ao Vasco. Lembro que 89 minha mãe foi Lula e meu avô Collor. Lembro também que estávamos sempre cortando zeros, carimbando cédulas, renomeando a moeda…

    Mas a sensação que ficou em mim como típica daqueles anos é que o presidente Sarney parecia estar diariamente em cadeia nacional de televisão. Havia sempre algo a anunciar. Um pacote, uma ação urgente do governo, um novo plano econômico, uma tabela, um congelamento. ”Brasileiros e brasileiras”, eu repetia para as visitas na sala, imitando o bordão do presidente.

    Infelizmente o revival daqueles anos não ficou restrito aos shows de Silvinho Blau-Blau e ao poder político do ex-presidente Sarney – que emprestou seu apoio a todos os seus sucessores eleitos, exceto Collor. As políticas equivocadas adotadas naquela época parecem estar sempre nos rondando, como Escorts conversíveis vermelhos que se recusam a descansar.

    No ano passado, a Inflraero tentou controlar os preços cobrados nas lanchonetes dos aeroportos, e determinou um valor “justo” a ser cobrado por uma porção de pão de queijo (R$ 3.00) ou por um café (R$ 1.60). Também tivemos frentistas sendo presos em São Paulo, depois que seus postos, depois de uma paralização de caminhoneiros, aumentaram os preços “abusivamente”.

    Para não ficar para trás no cenário sul-americano, a presidente da Argentina vem se esforçando para trazer ao seu país um pouco das políticas dos anos 1980 que você ainda não encontra no Brasil. Depois de entrar sucessivamente em polêmicas sobre as Ilhas Malvinas Falkland, Cristina Kirchner determinou o congelamento dos preços nos supermercados por 60 dias.
    Os supermercados argentinos, que incluem grandes redes internacionais como a francesa Carrefour e a americana Walmart, se comprometeram a congelar os preços dos produtos a pedido da Secretaria de Comércio Interior. O ministro Guillermo Moreno ameaçou quem não cumprisse a ordem com punições. O acordo entre o governo e a associação dos supermercados do país vai até 1° de abril. Juan Vasco Martinez, presidente da Associação de Supermercados Unidos, confirmou que “todos os produtos dos supermercados” continuarão com os mesmos preços de 1º de fevereiro.

    A política de criação de mercados negros parece ir bem nos nossos vizinhos. Depois da criação de um próspero mercado negro de dólares, a presidente Kirchner agora se dedica em diversificar os produtos em oferta nas transações extra-oficiais.

    Em um país cuja inflação anual varia entre 10 e 30%, dependendo de quem a mede, a impossibilidade de cobrar pelos produtos algo parecido com os seus custos reais, fará com que os comerciantes comecem a trabalhar com prateleiras vazias. O governo sabe disso e precisa ameaçar os comerciantes com punições.



    “Estou fechando em nome de José Sarney. O nosso presidente e o presidente da Nova República. Está fechado em nome do povo!”

    Fiscais de Kirchner, ao supermercado! Uni-vos! E preparem-se para o ágio.

    FONTE: http://www.ordemlivre.org/2013/02/argentinos-e-argentinas/
    OrdemLivre
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Apatico disse: O acordo entre o governo e a associação dos supermercados do país vai até 1° de abril.

    Tinha que ser no 1° de Abril... :)
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Apatico disse: “Estou fechando em nome de José Sarney. O nosso presidente e o presidente da Nova República. Está fechado em nome do povo!”

    Fiscais de Kirchner, ao supermercado! Uni-vos! E preparem-se para o ágio.
    Daqui a pouco, quando faltar carne, vai ter fiscal procurando bois no pasto, como aconteceu no Brasil de Sarney. Vai ter produtos relançados em embalagens diferentes ("Novo!") para justificar o aumento de preço.


  • A Argentina é uma bomba relógio. Tenho medo do que poderá acontecer com o nosso bananão aqui quando eles quebrarem novamente.

    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Já está acontecendo. O resto do mundo está discutindo acordos comerciais, mas só poucos países da América Latina, como Chile e México, estão participando. O Brasil continua se agarrando à Venezuela e Argentina. O Brasil, que esteve um curto período sob os holofotes, está voltando à obscuridade.

    Aliás, manchete de hoje: "Petrobras terá prejuízo até 2020".
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