Lula e Dilma assumem ódio à imprensa livre

Fernando_Silva

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-02-21/lula-aponta-imprensa-como-verdadeira-oposicao-ao-pt.html

http://www.tribunadabahia.com.br/2013/02/21/lula-aponta-imprensa-como-verdadeira-oposicao-ao-pt

PERIGO À VISTA: LULA APONTA IMPRENSA COMO "VERDADEIRA OPOSIÇÃO" AO PT. E, PELA PRIMEIRA VEZ, DILMA ADERIU ÀS CRÍTICAS À IMPRENSA

JORNALISTAS FORAM AGREDIDOS POR MILITANTES NA FESTA DO PT!

Na festa do partido, ex-presidente fez diversas críticas à mídia e disparou comentários irônicos contra jornalistas; a cada menção, a plateia gritava: "cadeia nacional para o PIG"

Ao lançar extra oficialmente a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, ontem, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou a grande imprensa como principal adversário do PT nas eleições de 2014. Pela primeira vez, Dilma aderiu às críticas à imprensa.



Diante de cerca de mil militantes petistas, LULA VERBALIZOU PUBLICAMENTE aquilo que já era dito a boca pequena no PT desde a condenação pelo Supremo Tribunal Federal de líderes históricos como José Dirceu e José Genoino.

“Na ausência de partidos de oposição, um setor da imprensa faz oposição”, afirmou Lula nesta quarta-feira no evento que marcou os 10 anos do partido no governo federal.

Ao longo de meia hora de discurso, Lula fez diversas críticas à imprensa e disparou comentários irônicos contra jornalistas. CADA MENÇÃO À MIDIA ERA COMEMORADA PELA PLATÉIA AOS GRITOS DE "CADEIA NACIONAL PARA O PIG". (O termo PIG, abreviação de Partido da Imprensa Golpista, foi cunhado pelo deputado Fernando Ferro (PT-CE) no auge das denúncias do mensalão).

Lula intercalou críticas à imprensa com a desqualificação dos partidos de oposição, em especial o PSDB, dizendo que os adversários não têm discurso nem proposta, estão inquietos, nervosos e desorientados . O ex-presidente chegou a dizer que os partidos políticos (menos o PT) estão enfraquecidos, causando constrangimento entre os dirigentes de 10 legendas aliadas que prestigiaram o evento.

Enquanto Lula falava, PETISTAS OFENDIAM JORNALISTAS QUE COBRIAM O EVENTO. UMA MILITANTE EXALTADA, ATRAVESSOU O SALÃO PARA HOSTILIZAR A COLUNISTA POLÍTICA DE UM CANAL DE TELEVISÃO. Pouco antes a repórter Daniela Lima, da Folha de S. Paulo, FOI AGREDIDA verbalmente e LEVOU UM CHUTE DE UM MILITANTE PETISTA. Assustados, alguns petistas pediam que os jornalistas evitassem provocações dos militantes mais exaltados.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a REGULAÇÃO DA MÍDIA É UMA TAREFA "INADIÁVEL" DO PARTIDO.

A presidente Dilma Rousseff, QUE ATÉ ONTEM se mostrava refratária às tentativas DE CONTROLE DA IMPRENSA, pela primeira vez ADERIU ÀS CRÍTICAS, embora em um tom bem mais leve do que o de Lula.

“Eu respeito e defendo o direito de expressão alheia mas não posso me calar diante disso”, afirmou Dilma, antes de fazer uma série de críticas à cobertura do programa Brasil Sem Miséria . "É preciso ter mais seriedade, mais responsabilidade no manejo de informações que repercutem na vida das pessoas", completou a presidente.

Ao ouvir o comentário da presidente, Falcão, UM DOS PRINCIPAIS DEFENSORES DO CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA, abriu um largo sorriso. Apesar da crítica, Dilma não incluiu (AINDA?) a regulamentação da imprensa entre as prioridades de seu governo.

No dia 1º de janeiro, durante a posse do prefeito Fernando Haddad , Falcão afirmou que os verdadeiros adversários do PT estão fora dos partidos políticos e VOLTOU A DEFENDER O CONTROLE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO! (FIQUEM ALERTA PARA O PERIGO)

Questionado ontem sobre a fala de Lula, Falcão disse que o presidente se referia a uma declaração da superintendente da Folha de S. Paulo, Judith Brito, feita em 2010.

Em reuniões para diagnosticar os motivos que levaram à condenação de petistas no julgamento do mensalão, dirigentes apontaram a pressão da imprensa como principal motivo para o resultado do julgamento. Alguns dos manifestantes que PEDIAM CADEIA PARA JORNALISTAS, eram os mesmos que defendiam a inocência dos petistas condenados pelo Supremo.

Fernando_Silva

Já pensou a gente ter que aturar reportagens 'interessantíssimas' como essa do "Granma", de página inteira, sobre a carta de José Marti à irmã dele?



Além das piadinhas do Bestalhão e artigos enormes descrevendo as maravilhosas realizações do governo?

rfrigotto

Não querendo defender o lado de Lula/Dilma, claro, mas a imprensa brasileira é muito sensacionalista, chega a dar nojo.

Percival

rfrigotto disse: Não querendo defender o lado de Lula/Dilma, claro, mas a imprensa brasileira é muito sensacionalista, chega a dar nojo.

Dois dois lados, o pior é isso.

Fernando_Silva

rfrigotto disse: Não querendo defender o lado de Lula/Dilma, claro, mas a imprensa brasileira é muito sensacionalista, chega a dar nojo.

A imprensa, em todo o mundo, é sensacionalista. Mais vale uma imprensa sensacionalista que uma imprensa que só diz o que o governo manda.

Cientista1

rfrigotto disse: Não querendo defender o lado de Lula/Dilma, claro, mas a imprensa brasileira é muito sensacionalista, chega a dar nojo.

Fernando_Silva disse: A imprensa, em todo o mundo, é sensacionalista. Mais vale uma imprensa sensacionalista que uma imprensa que só diz o que o governo manda.

Não se pode confiar em ninguém atualmente. Para se buscar uma informação ou opinião, é preciso ler vários artigos do mesmo tema.

Fernando_Silva

Cientista1 disse:
Não se pode confiar em ninguém atualmente. Para se buscar uma informação ou opinião, é preciso ler vários artigos do mesmo tema.

1. Nunca se pôde confiar nos outros.
2. Hoje, mais do que nunca, temos acesso a muitas opiniões diferentes sobre o mesmo assunto.

É, talvez fosse mais simples quando só tínhamos acesso a uma opinião e o assunto estava encerrado...

Acauan

Basta ler o que escrevem os propagandistas partidários do PT e organizações satélites para ter a evidência de uma estratégia orquestrada contra a imprensa livre.

Todos repetem, ad nauseam, a mesma lista de acusações que tenta dar credibilidade pública ao chavão ideológico da imprensa golpista.

Basta identificar algumas características do discurso militante contra imprensa para que sua verdadeira natureza e objetivos se evidencie:

1. Compare a acusação de que "seis famílias controlam a mídia no Brasil" com "os judeus controlam a mídia na Alemanha" e tirem suas próprias conclusões sobre os desdobramentos possíveis;

2. Na era da Internet, falar em monopólio da mídia é ridículo, mesmo se usassem o termo correto que seria oligopólio;

3. Antes de janeiro de 2003 o PT não condenava oficialmente a "mídia", exceto manifestações pontuais - como o slogan militante de diretório acadêmico "Fora Rede Globo". Pelo contrário, era na mídia que a militância petista desovava os dossiês comprometedores contra seus adversários políticos na época (e aliados hoje).
O ódio do PT à imprensa livre só assume sua verdadeira cara depois do escândalo do Mensalão;

4. Outra razão de ser do ódio petista à imprensa livre são números. A Revista Veja tem tiragem de 1.200.000 exemplares, enquanto a Carta Capital se segura nos 75.000 com a ajuda dos patrocínios federais.
Vox populi, vox dei...
Mas práquela corja, a voz do povo só interessa quando serve aos interesses dela, quando os contraria o povo se torna um bando de idiotas manipulados pela mídia;

5. Liberdade de Imprensa e Imprensa Livre são instituições situadas conceitualmente acima das empresas, organizações e indivíduos que atuam sob sua proteção, mas nem adianta explicar isto prá bitolado ideológico;

6. A corja quer o poder total, prá isto tem que controlar as organizações capazes de promover mobilizações de massa: os partidos políticos, sindicatos e organizações de classe e imprensa livre. Dois já tão no bolso. Também precisam neutralizar ideologicamente as forças armadas e as igrejas, instituições poderosas e tradicionalmente conservadoras;

7. O cinismo dos propagandistas de esquerda é tal que juram de pé juntos que não querem censura no Brasil. Dizem isto os mesmo que vão fazer arruaça contra a existência de um blog de oposição ao regime cubano. Se não toleram sequer um blog de oposição lá, por quais cargas d'água acreditar que não instalarão a censura aqui assim que se sentirem com poder suficiente prá isto?

8. E acreditar no que o PT diz sobre "democratização da mídia"(mais cinismo) não significar censura é como acreditar nos argumentos da raposa para ser eleita guardiã do galinheiro;

9. Já disse, mas não custa repetir, Corja!

10. Ah é..., E que Monã nos proteja!

Cientista1

Fernando_Silva disse: 1. Nunca se pôde confiar nos outros.
2. Hoje, mais do que nunca, temos acesso a muitas opiniões diferentes sobre o mesmo assunto.

É, talvez fosse mais simples quando só tínhamos acesso a uma opinião e o assunto estava encerrado...

Pode crer. Antes a complexidade estava longe do alcance humano....

Percival

Ler e analisar os dois lados: é o único jeito.

Moisés

Acauan disse: 6. A corja quer o poder total, prá isto tem que controlar as organizações capazes de promover mobilizações de massa: os partidos políticos, sindicatos e organizações de classe e imprensa livre. Dois já tão no bolso. Também precisam neutralizar ideologicamente as forças armadas e as igrejas, instituições poderosas e tradicionalmente conservadoras;

Acauan, quanto às igrejas, apesar delas serem conservadoras nas questões morais ou outros valores ligados à religiosidade, não vejo o mesmo na questão política. Pelo menos a IURD no caso do Lula, na inauguração da Record News (pra dizer a verdade, não sei se isso significa muita coisa).

Você acha que as forças armadas podem um dia serem mobilizadas? Pelo pouco que vejo, apesar de tudo, as forças armadas se mantem conservadoras. E pelo pouco que sei, se um dia houver alguma tentativa de golpe, as forças armadas são imprescindíveis para tomar o poder ou para abafar a tentativa, ou seja, as forças armadas é a instituição que determinará o rumo do golpe.

burrico

Tempos atrás a Net estava com propaganda de assinatura da Carta Capital.

Fernando_Silva

Acauan disse: Dizem isto os mesmo que vão fazer arruaça contra a existência de um blog de oposição ao regime cubano.

Alguns dias atrás, os mesmos trogloditas ofenderam o jornalista Merval Pereira, que fora cobrir a inauguração de um museu no Rio:

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/baderneiros-contra-a-modernizacao-do-rio-fazem-manifestacao-e-aproveitam-para-insultar-o-jornalista-merval-pereira/

Curiosamente, os manifestantes são contra a MP dos Portos, com a qual Dilma pretende acabar com o monopólio dos portuários que prejudica o país há décadas.

Acauan

Moises disse: Acauan, quanto às igrejas, apesar delas serem conservadoras nas questões morais ou outros valores ligados à religiosidade, não vejo o mesmo na questão política. Pelo menos a IURD no caso do Lula, na inauguração da Record News (pra dizer a verdade, não sei se isso significa muita coisa).

A IURD não é uma Igreja. É uma associação mafiosa que se esconde atrás da proteção à liberdade de culto. Uma evidência disto é que Edir Macedo defendeu publicamente a legalização do aborto, obviamente na contramão das diretrizes cristãs sobre o tema. Dentre outros tantos exemplos possíveis.

Moises disse: Você acha que as forças armadas podem um dia serem mobilizadas?

Sempre podem. Claro que não será o tipo de mobilização que se viu em 1964, quando a realidade brasileira e mundial eram muito diferentes da atual, mas é da natureza das forças armadas estarem atentas às ameaças à segurança nacional, sendo que o que é entendido pelos militares como ameaça varia conforme as circunstâncias históricas.

Moises disse: Pelo pouco que vejo, apesar de tudo, as forças armadas se mantem conservadoras.

Forças armadas são sempre conservadoras. Os valores militares são fundados no patriotismo, nacionalismo e civismo.

Moises disse: E pelo pouco que sei, se um dia houver alguma tentativa de golpe, as forças armadas são imprescindíveis para tomar o poder ou para abafar a tentativa, ou seja, as forças armadas é a instituição que determinará o rumo do golpe.

Golpes de Estado são, no geral, apenas exercícios de força bruta, principalmente quando a iniciativa do golpe parte dos quartéis liderada pela hierarquia instituída.

O grande problema é a estratégia revolucionária por trás do golpe de estado.

Como as forças armadas são - como visto - conservadoras, a ação revolucionária precisa corrompê-las ou cooptá-las.

Mais uma vez pode se usar dos exemplos da revolução bolchevista de 1917 - corrupção das forças armadas - e da ascenção dos nazistas em 1933 - cooptação.

Os bolcheviques sabiam muito bem que as lideranças militares da Rússia não podiam ser cooptadas ideologicamente. Eram oficiais pertencentes ou ligados à aristocracia, radicalmente aversos ao discurso comunista. Lênin optou pela infiltração subversiva que disseminando a propaganda política entre os soldados, cabos e sargentos corrompeu a hierarquia e disciplina das armas - sua base de sustentação - o que deu aos bolcheviques o comando de unidades estratégicas do exército e da marinha, o suficiente para sustentar o golpe de Outubro. Como esta cooptação não foi total, a Rússia caiu na Guerra Civil. Aliás, esta tática da infiltração subversiva nas forças armadas foi decisiva na decisão dos generais brasileiros de derrubar Jango, uma vez que aquela anta apoiou motins militares, coisa que o Alto Comando, versado em Guerra Revolucionária, entendeu como a gota d'água.

No caso de Hitler a realidade das forças armadas alemãs tinham em comum com as da Rússia de 1917 o fato de serem comandadas pela aristocracia prussiana, desafetos históricos dos socialistas.
Ao invés de confrontar os líderes militares, Hitler promoveu sua revolução trazendo-os para seu lado, primeiro exibindo os comunistas como os grandes inimigos da Alemanha - coisa fácil de se fazer, pois o internacionalismo comunista fere diretamente o nacionalismo institucional do Exército.
Depois o futuro führer promoveu uma manobra ousada e astuta, destruindo o poder de Rhöm e de suas SA - uma ralé de arruaceiros uniformizados que eram odiados pelo comando do exército e promovendo a ascenção das SS, cujos oficiais recrutados nas classes educadas alemãs eram mais toleráveis aos militares tradicionais, um erro de julgamento que custaria uma fração irrecuperável da honra da Wehrmacht.

O resto todo mundo sabe.
Hitler conquistou o poder por meios institucionais sob grande apoio popular, exigiu o juramento de lealdade dos comandantes militares que não enxergaram a revolução em andamento ou se enxergaram não se dispuseram contra ela pois para todos os efeitos as leis alemãs estavam sendo respeitadas.

Nos dois casos, deu no que deu...

Moisés

Esperamos que sempre ocorre aprendizado com os erros do passado. Sem contar que, acredito, aqueles momentos eram épocas diferentes que propiciaram aquelas situações e que ocorreram e serviram de lição para nunca mais acontecer.

De qualquer maneira, temos que ficar vigilante com os acontecimentos.

Acauan

Moises disse: Esperamos que sempre ocorre aprendizado com os erros do passado. Sem contar que, acredito, aqueles momentos eram épocas diferentes que propiciaram aquelas situações e que ocorreram e serviram de lição para nunca mais acontecer.

De qualquer maneira, temos que ficar vigilante com os acontecimentos.

Repetir erros é a triste História da América Latina.
Vide a Argentina.

E não estamos tão melhor que eles.

Neuromancer

Acauan disse: Uma evidência disto é que Edir Macedo defendeu publicamente a legalização do aborto, obviamente na contramão das diretrizes cristãs sobre o tema.

O que me fez cair o queixo. Se eu próprio não tivesse visto o vídeo no youtube não acreditaria.

Fernando_Silva

João Barone, baterista dos Paralamas, disse no Twitter:
- A "presidenta" pede que carreguem nas tintas da Comissão da Verdade. Podia se preocupar é com a seca no Nordeste e outros problemas maiores.

Resposta de Zé de Abreu, ator petelho:
- Baterista é tão importante numa banda que os Beatles trocaram. E não mudou nada.

Igualzinho a certos ‘argumentos’ que recebo no Facebook:

- Ferreira Gullar criticou o PT: "O que esse cara entende de política para dar palpite?"

- Nelson Motta criticou o PT: "Esse cara não passa de um produtor fracassado".



http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2013/04/01/a-coluna-de-hoje-491740.asp