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Comentários
Segundo a pesquisa, para 49% da população, o papel de Stalin foi positivo, mesmo que 55% ache que sua era marcava o terror e a opressão. Não sei se é verídico.
Russo provavelmente é o povo mais esquisito do planeta.
Há relatos de sobreviventes do Gulag que após serem libertados se mostraram Stalinistas fanáticos e amaldiçoavam Kruschev por trair o legado do Guia Genial...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Alguma explicação para tal fenômeno?
Talvez um tipo de Síndrome de Estocolmo, só que coletiva.
De certo modo o totalitarismo sequestra toda uma sociedade e a mantém refém.
E a propaganda de massa construiu a imagem de Stalin como uma figura paternal, não é de se duvidar que muitos prisioneiros acreditassem que estavam lá contra os desejos do Ditador e não por ordens diretas dele.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Provável que seja só um preconceito bobo, mas eu adicionaria uma pitada da "peculiaridade" da psiquê social russa, com certa tendência masoquista.
Não é um preconceito bobo, é um fato histórico.
Ao contrário do que diz a propaganda comunista, a Rússia pré-revolução não era o inferno na Terra pintada por eles - a coisa ficou preta por causa da participação desastrada na Primeira Guerra Mundial, mas nas décadas anteriores o país vinha passando por um programa acelerado de industrialização, alfabetização e... desfeudalização.
E é aí que seu comentário está correto.
A cultura feudal russa recuou muito rapidamente nas cidades que se industrializaram, mas se manteve viva no campo, onde se concentrava a maioria da população.
Uma característica específica da cultura feudal no interior da Rússia é a influência da Religião Ortodoxa, que de certa forma estimulava os camponeses a se virem como crianças sob a proteção de um Pai Terrestre - o Czar, posto lá para protegê-los pelo Pai do Céu.
Há um que de infantilização no modo como os camponeses eram mantidos na sociedade russa e isto é evidente nas formas de tratamento, uma vez que os nobres se dirigiam aos servos por pronomes diminutivos que acentuavam sua subordinação. Aliás rebeliões houve no exército justamente porque os oficiais tratavam os soldados por estes pronomes depreciativos.
Esta mistura contraditória de uma sociedade que se modernizou muito rapidamente, mas manteve um pé na Idade Média ficou ainda mais confusa quando os Bolcheviques aboliram as duas referências hierarquicas que sustentavam a ordem social - o Czar e a Fé Ortodoxa.
É muito possível que este vácuo e confusão terminasse por direcionar a Stalin o desejo de segurança que não podiam mais buscar nas instituições antigas.
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No final de 1984, Winston Smith "amava o Grande irmão".
Lembro de ter lido num conto agrário de Tolstói e noutros de Dostoyevsky, em traduções brasileiras, os camponeses tratando os senhores por "paizinho" e "patrãozinho".