O Preço da maldade.
O mal é inerente à espécie humana e como tal, é natural.
O ser humano ao tentar racionalizar sobre o mal, não o aceitando como natural, o classifica sem sucesso, como antinatural.
A grande maioria das pessoas ao não ter sucesso em racionalizá-lo a contento como antinatural, apela então, para classifica-lo como sobrenatural, na tentativa de jogar a culpabilidade de sua própria natureza, em algo além de sua capacidade e poder.
Todos são maus, o que diferencia um de outro, é o grau da maldade que cada um possui.
Alguns tentam conviver com sua maldade, tentando controla-la racionalmente, tornando-a a menos danosa possível, muitas vezes com sucesso e muitas vezes fracassando.
Outros, no entanto, buscam justificativas para continuarem sendo maus, aceitam sua própria maldade, apelando para ideologias ou religiões.
E é aí que mora o perigo.
As religiões messiânicas, ao afirmar que basta você aceitar seus respectivos deuses, como salvadores e assim redimir todos os seus pecados, dá aval para que certos tipos de pessoas continuem sendo más.
Essas pessoas, não buscam a religião para tentarem tornarem-se boas, pelo contrário, buscam a religião, para continuarem sendo más, afinal, é barato pedir perdão a um deus inexistente, basta pagar o dízimo, ir ao templo uma vez por semana e pronto, você está salvo dos males e pecados cometidos até aquele dia, e livre, leve e solto, para cometer novos outros males, basta depois, se arrepender, pagar o dízimo e pronto.
Esse tipo de pessoas acha barato pagar o dízimo, afinal o dízimo é o justo preço a pagar para serem perdoadas e continuarem sendo más.
Esse tipo de atitude se encontra também nas diversas ideologias políticas que proliferam pelo mundo, basta vestir a camisa, pagar a sua contribuição e pronto, você está apto a continuar sendo mau, pois esse mal é direcionado em benefício à ideologia, a um “bem” maior para a humanidade...
E, se você está se achando indignado quando eu, afirmo que somos todos maus, pergunte-se se você é bom, mas lembre-se, afirmar que se é bom, precisa apresentar uma comparação, ou seja, é bom em relação a quem?
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O mundo só será feliz no dia em que enforcarmos o último político com as tripas do último líder religioso e cremarmos seus corpos, usando como combustível, seus podres livros sagrados!
http://gilghamesh.blogspot.com/
Comentários
Quanto a afirmação de que somos todos maus é polêmica, se somos todos maus como os conceitos morais evoluíram ao longo do tempo?
Em um passado não tão distante quanto gostaríamos, uma etnia invadir as terras de outras etnias, exterminar sua população e tomar o território escravizando eventuais sobreviventes era visto como um evento glorioso, hoje, algo dessa natureza é reprovado pela maioria da população mundial e considerado uma crise humanitária.
O mesmo não poderia ser dito em relação ao mal?
Mal em relação ao quê?
Nascemos em um ambiente aonde os seres vivos travam uma batalha insana e sem sentido pela vida, um lugar aonde a dor, o sofrimento e a morte espreitam como vultos na escuridão, e desse cenário desolador algumas pessoas emergindo das profundezas da selvageria almejam algo além da pura maldade, ousam imaginar um mundo melhor, e tentam construir valores, regras e ambientes mais desejáveis que os impostos pelo destino.
Se levar em conta todo o cenário e desafios essas pessoas conseguiram um resultado que pode ser descrito como extraordinário.
A maldade é natural, a bondade é humana, mas só para aqueles que ousam desafiar a sua própria natureza.
Este é o pensamento que Rousseau defende, concordo em partes acredito que o meio pode influenciar, mas não determinar o ser, pois uma parte dele é nata.
como exemplo temos Moisés, mas atualmente os EUA também invade e escraviza economicamente.
penso que maldade seja uma ação que provoque algum tipo de desconforto no outro, e bondade algum tipo de prazer, sendo assim todos naturalmente possuem essa capacidade nata e são as experiências e afinidades resultantes delas que determinam a tendencia do ser mau ou ser bom.
sem nenhuma consciência sem existências