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Ele mesmo tenta se colocar ao lado “da base” ao fazer uma revelação surpreendente: diz que não queria assinar a Carta ao Povo Brasileiro em 2002, na qual se comprometia a manter contratos e a controlar a inflação e os gastos públicos, porque “ela dizia coisas que eu não queria falar, mas hoje eu reconheço que ela foi extremamente importante.".
Quem acreditava que aquele pronunciamento representava uma reação de Lula aos radicais de seu partido, fica sabendo agora que o que Lula pensa, e continua pensando, não tem nada a ver com o que fez nos primeiros anos de seu governo, e que serviu de base para o seu sucesso, junto com os programas assistencialistas.
A partir da saída de Antonio Palocci do governo e, sobretudo, da crise de 2008, Lula sentiu-se à vontade para governar como queria, e seus desmandos, se por um lado conseguiram eleger sua sucessora, deixaram-lhe uma herança maldita que até hoje emperra seu governo. Como Dilma pensa pela mesma cartilha, no entanto, vai tratando de ampliar os erros, em vez de tentar saná-los.
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A partir daí, o pragmatismo político dominou todas as ações do governo, a ponto de levar Lula a fazer acordos e a subir em palanques de políticos estigmatizados por acusações diversas, como Paulo Maluf e o ex-presidente Fernando Collor.
A evidência de que acordos como esses foram feitos até mesmo depois que Lula deixou a presidência, como o apoio de Maluf a Haddad na Prefeitura de São Paulo, colocam sob suspeição a afirmação de Lula de que, procurado, negou apoio ao falecido senador Antonio Carlos Magalhães para a presidência do Senado afirmando que, perante sua consciência, não poderia apoiar “Toninho Malvadeza”. Certamente havia outros motivos para Lula não apoiar o Malvadeza, e esses nada tinham a ver com a ética na política.
Tanto que na entrevista Lula insiste em que o mensalão foi apenas “um tropeço”.
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