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Nos EUA, cristãos conservadores se divorciam mais que ateus
Os cristãos conservadores, sobretudo eles, pregam a importância da religião para manter unida a família, mas nos Estados Unidos se divorciam mais que os ateus, de acordo com pesquisa feita pela organização evangélica Barna Researh Group.
Na média, esses cristãos divorciam-se na proporção de 27% e os ateus, 21%. Para lideranças cristãs, o resultado foi tão inesperado, que, se a pesquisa não tivesse sido feita por uma entidade religiosa, eles provavelmente duvidariam de sua seriedade.
A pesquisa constatou que as maiores taxas de divórcio, acima da média nacional, ocorrem no chamado Cinturão da Bíblia, composto pelos Estados de Tennessee, Arkansas, Alabama e Oklahoma.
George Barna, o responsável pela pesquisa e cristão conservador, anunciou esse resultado com constrangimento. Disse que gostaria “muito” de informar que as famílias cristãs vivem em concordância, mas isso não foi possível.
Ele disse que o desafio agora das igrejas é analisar por que a fé tem, nesses casos, separado os casais em vez de fortalecê-los.
A taxa de divórcios entre os católicos e luteranos – classificados como religiosos moderados – é igual a dos ateus (21%). Os batistas apresentaram a taxa de 29%. Em seguida vêm os protestantes tradicionais (25%), os protestantes independentes (24%) e os mórmons (24%).
Seria interessante confrontar a taxa de divórcios dos cristãos conservadores com as separações de casais homossexuais, os quais, de acordo com lideranças religiosas, não constituem uma “verdadeira família”. Esse dado, contudo, a Barna não levantou.
O que também chama a atenção na pesquisa é que os hispanos, tidos como muito religiosos, estão indo menos às missas e cultos em relação aos brancos e negros, na comparação dos dados de 1999 com os de 2011. A queda foi de 54% para 33%.
Entre os hispanos, a taxa dos adultos que acreditam que os princípios da Bíblia estão corretos caiu de 62% para 32%. Também foi significativa, entre eles, a queda daqueles que acreditam ser importante compartilhar sua crença com outros. Antes, era de 48% e agora, 18%.
Dos três grupos, os negros são os que mais têm sido constantes na frequência dominical às igrejas.
Considerando brancos, negros e hispanos, a frequência semanal às igrejas caiu de 48% para 39%. O hábito de ler a Bíblia teve queda de 42% para 37%.
A proporção de brancos adultos que se afirmam ser “sem igreja” subiu de 25% para 40%.
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Comentários
Extrair conclusões de estatísticas desse tipo costuma ser uma tarefa mais complexa do que algumas pessoas pensam.
Isso porque as vezes a variável isolada não é a única diferença significativa entre os grupos comparados. Nessa apresentação superficial dos resultados alguns aspectos relevantes parecem ter sido ignorados:
- A proporção de casamentos entre as diferentes populações.
- A composição étnica, etária e sócio-econômica das diferentes populações religiosas e as taxas de divórcio nesses segmentos, independente de religiões específicas.
Por exemplo, se ateus forem predominantemente euro-descendentes de classe média que se casaram em torno dos 30 anos, é preciso verificar como a taxa de divórcio entre euro-descendentes de classe média e que se casaram em torno dos 30 anos varia entre os ateus e os evangélicos do grupo.
Caso contrário as comparações serão realizadas entre maçãs e laranjas, e relações de causalidade serão invertidas.
Casais gays americanos costumam ser de classe média alta, pois puderam arcar com os custos de se deslocar para os estados onde o casamento gay foi temporariamente permitido a fim de realizar a cerimônia.
O mesmo tipo de conclusão estatística poderia dizer então que o hábito de dar a bunda aumenta a sua renda familiar (o que não é verdade para a maioria das profissões).
HAHAHAHA, excelente!
Por isto , que muitos que desconhecem a ciência da estatística, afirmam e reafirmam que ela é apenas uma forma de contar grandes mentiras através de números, ou é a arte de manipular através destes, e afins. Creio que isto vale apenas a má estatística, a incompetente, a duvidosa, subretudo aquela usada para embasar as ciências humanas, com suas teses mirabolantes a la Rousseau, que praticamente dizem que nós somos meros sobprodutos da sociedade, e que você está vendo aqui... esta sociedade com suas influências maléficas que me levou a dar a bunda, ou qualquer desparate que o valha. O que penso é que ou eles seguem o modus operandi cristão de explicar o universo, que é "Temos a conclusão" agora "conseguiremos as provas" ou há uma muita WEED na interpretação destes dados.
Esta estatística só vem reafirmar aquilo em quê eu já acreditava. Nem eles se suportam.
Estão se tornando ateus na prática. Dizem acreditar, mas vivem como se não acreditassem.
Redução de proselitismo??
Se eles tiraram conclusões apressadas e incorretas, pelo menos não se pode falar em manipulação.
Mesmo sem dados suficientes para fazer esta previsão, acredito que eu não conseguiria me relacionar com uma crente por muito tempo. As diferenças iriam se tornar insustentáveis e o desgaste da relação se acentuaria muito além do que se poderia imputar à simples rotina. Porém, o que nos parece chato é, para eles, um atributo desejável. Um crente espera do outro exatamente esse comportamento que você identifica como insuportável. Salvo engano, a causa do insucesso da relação não deve estar aí.
[2] ja cheguei a ver umas pessoas assim, realmente é o inferno na Terra...
Sim, se um dos cônjuges não for crente, ou for um crente no famoso estilo “católico-não-praticante”, o comportamento do outro se traduzirá por um grande incômodo, resultando, possivelmente, em separação. Mas eu falava de um casal crente, onde ambos estão igualmente engajados na fé e nos serviços devocionais. Pelo pouco que pude observar, esse comportamento é desejado entre eles e já vi casos em que a ameaça de separação existia por motivos opostos ao que estamos tratando. O marido ou esposa demonstrava insatisfação com o distanciamento e pouca importância dada à religião por seu(sua) parceiro(a). Eles procuram construir um núcleo familiar dentro dos valores em que acreditam e, pensando bem, é o que todo mundo faz, certo?
Para quem não está na mesma "frequência" que eles, é realmente insuportável.
Pois é, nem sempre essas conclusões são propositalmente maquiadas.
Trata-se de ignorância mesmo. Muitos dos pesquisadores esquerdistas que ficam fazendo suas estatísticas sobre desigualdades raciais, sexuais e econômicas não estão cometendo fraudes deliberadas mas são apenas sendo os bona fide idiotas que são.
Esse caso parece ser uma nova instância do mesmo tipo de erro.