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Usuários nesta discussão

Até que enfim, vão limitar a velocidade da internet

JohnnyJohnny Membro
Mudança em projeto da lei da web deve reduzir velocidade de usuário
RENATA AGOSTINI
DE BRASÍLIA


As empresas de telefonia emplacaram um artigo na proposta de texto para o Marco Civil da Internet, projeto que define as regras para o uso da rede no país.

Governo quer exigir de empresas 4G no interior

A nova redação, à qual a Folha teve acesso, flexibiliza as restrições impostas à atuação das operadoras e permite que elas reduzam a velocidade de conexão oferecida aos usuários em alguns casos, o que era vedado até então pelo texto.

As teles ficarão autorizadas a oferecer pacotes com limite de acesso a dados e a reduzir a velocidade de navegação quando a franquia estabelecida no contrato for ultrapassada pelo usuário.

Esse tipo de pacote é comercializado hoje pelas operadoras, mas ficava proibido na versão anterior do texto em prol do princípio da "neutralidade da rede", jargão para definir que o acesso a todos os sites tem de ser feito na mesma velocidade.

Na prática, ele impede que as teles dificultem a conexão a determinado tipo de conteúdo de acordo com seus interesses comerciais, garantindo, assim, o livre acesso às informações na rede.

Segundo a Folha apurou, a modificação proposta tem como objetivo viabilizar a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados, onde chegou em 2011. O texto entrou na pauta de votação seis vezes, mas nunca foi aprovado.

Já há um consenso no governo de que o artigo não coloca em risco a neutralidade da rede, apenas abre espaço para que o limite de dados acessados seja estabelecido por contrato.

O relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), não se opõe à redação, mas as articulações políticas sobre o texto final ainda correm no Congresso.

Os pontos mais polêmicos no momento referem-se à possibilidade de guarda das informações dos usuários pelas teles e à exigência de armazenamento de dados pelos provedores no país. Ambos os temas ainda encontram resistência entre os parlamentares.

A inclusão do artigo foi comemorada com ressalvas pelas empresas de telefonia.

"É um avanço, mas não atende por completo o nosso pleito", diz Alex Castro, diretor de regulação do Sinditelbrasil, entidade que representa as teles.

As operadoras argumentam que precisam de maior autonomia para gerenciar a velocidade oferecida aos usuários, já que a demanda por capacidade de rede cresce a cada ano e são elas que têm de bancar a infraestrutura necessária para o acesso.

Novos avanços, porém, não devem ocorrer. A ideia do governo é que exceções à neutralidade da rede sejam incluídas só na regulamentação da lei e fiquem restritas a casos de emergência, como ataques à rede que comprometam a segurança nacional ou apoio a áreas que necessitem de reforço de conexão por causa de desastres naturais.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/07/1317569-mudanca-em-projeto-da-lei-da-web-pode-reduzir-velocidade-de-usuario.shtml

Comentários

  • 8 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Ainda bem que eu não tenho que bancar nada, a internet é de graça, a TV por assinatura é de graça, o telefone é de graça, gasolina é de graça.... Este país é uma graça...
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Faz sentido que as operadoras queiram limitar a velocidade depois de atingido o limite de download, mas é ilegal ajustar a velocidade conforme o tipo de download.
  • Johnny disse: As teles ficarão autorizadas a oferecer pacotes com limite de acesso a dados e a reduzir a velocidade de navegação quando a franquia estabelecida no contrato for ultrapassada pelo usuário.

    Onde está a novidade nisso? Quando eu fiz um contrato de internet em julho de 2009 isso já existia.

    Johnny disse: Já há um consenso no governo de que o artigo não coloca em risco a neutralidade da rede, apenas abre espaço para que o limite de dados acessados seja estabelecido por contrato.

    Novamente...isso já existia.

    Johnny disse: As operadoras argumentam que precisam de maior autonomia para gerenciar a velocidade oferecida aos usuários, já que a demanda por capacidade de rede cresce a cada ano e são elas que têm de bancar a infraestrutura necessária para o acesso.

    Deixa ver se entendi. Elas querem ter autonomia para decidir se eu posso acessar determinado site ou tipo de serviço? É isso mesmo?
  • NeuromancerNeuromancer Membro
    edited julho 2013 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: Faz sentido que as operadoras queiram limitar a velocidade depois de atingido o limite de download, mas é ilegal ajustar a velocidade conforme o tipo de download.

    Mas isso já existe desde há muito tempo na conexão 3G, qual é a grande novidade?
    Post edited by Neuromancer on
  • Por isso so assino 1 mega.
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • Johnny disse: a demanda por capacidade de rede cresce a cada ano e são elas que têm de bancar a infraestrutura necessária para o acesso.

    E para isso elas cobram o serviço do usuário. Ou estão querendo uma bolsa também?
  • burrico disse: E para isso elas cobram o serviço do usuário. Ou estão querendo uma bolsa também?

    Foi isso que eu tentei dizer. Imaginem se a moda pega e a companhia de energia resolve limitar os KWh por contrato. OU água. Se houver um contrato específico COM limite de download atrelado à velocidade, beleza, contrato é contrato. Mas, num país onde as teles garantem apenas 10% da velocidade, um serviço pífio e um preço exorbitante, acho que tem uns espertos aí ganhando muito em cima disso.

    E só para fechar, já foi aprovado

    http://tecnologia.terra.com.br/internet/projeto-do-marco-civil-muda-e-permite-reducao-de-velocidade-de-internet,e4ce321723020410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
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