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Comentários
http://globotv.globo.com/rede-globo/na-moral/v/ateu-sottomaior-explica-crescimento-dos-evangelicos-mas-silas-reage/2730883/
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
― Winston Churchill
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Ele saiu atacando e se ferrou.
Eu usaria outra tatica, colocando os 3 religiosos ali para se pegarem entre si. Começaria questionando o silas malacheia com coisas do tipo: Se eu sou um prefeito e sou macumbeiro, tenho o direito de decretar e colocar uma estatua de pai preto sentado ao lado do professor dentro de cada sala de aula da rede municipal.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Teve um outro em que um crente "sem religião" concordou: "Sim, religião é veneno!"
Sottomaior não tem nenhum carisma ou empatia com o público.
E também não tem muita percepção estratégica.
Deveria ficar nos bastidores e designar alguém bom de vídeo para ser a cara da organização.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Tá aí um erro estratégico imenso.
Todo mundo sabe que os religiosos tem esta resposta padrão quando acusam a religião de ter promovido morticínios ao longo da História.
Neste tipo de debate televisivo, que nem debate é, apenas exposição e marketing, é suicídio permitir que o adversário o refute com uma resposta pronta e curta, que exige uma tréplica longa e complexa. É erguer a bola pro outro time cortar.
A única resposta correta para a questão é que qualquer fanatismo de massas pode levar à violência em massa, seja este fanatismo de que inspiração for, o que torna inútil citar o ponto como estratégia de ataque.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Tá aí, talvez seja mais uma explicação pro completo fracasso da ATEA se a compararmos com outras ONGs que supostamente defendem minorias.
Sottomaior é conhecido pela cara-de-Monalisa.
Corretíssimo, Sal, como sempre.
É moda nestes tristes tempos se confundir, honestamente ou não, fazer parte de uma minoria com fazer parte de uma minoria discriminada.
Todo mundo que funda uma ONG para defender interesses de grupo pega carona no Movimento dos Direitos Civis, se iguala na condição de oprimidos aos negros do Sul dos Estados Unidos nos anos 50 e exige ser tratado como se fosse um rev. dr. Martin Luther King, tanto no que se refere à legitimidade de sua causa, quanto à autoridade da representação.
Aí eu lembro que os negros do Sul dos Estados Unidos eram uma comunidade obviamente identificada, SEGREGADA POR LEI e sob ameaça constante de violência mortal por parte de grupos terroristas com ramificações em todas as esferas do poder público, do judiciário aos governos estaduais.
Neste lugar e época, se um casal formado por um negro e uma branca conversasse em público e decidisse ir tomar um Sunday na sorveteria da esquina, tal ato seria suficiente para que o negro fosse espancado ou morto, enquanto a mulher seria reduzida à uma pária social, repudiada e desprezada por toda sua comunidade.
Perguntas:
- Isto ocorre com os ateus?
De jeito nenhum.
Ateus podem ter qualquer emprego para os qual estiverem qualificados, circular por onde bem entenderem, se relacionar com quem preferirem etc, etc, etc...
Por quais cargas d'água então, se fala tanto em "perseguição aos ateus" e sobre a necessidade de "conscientizar a sociedade" sobre a "intolerância" com este grupo?
Simplesmente porque as Pesquisas A ou B, feito por Sei Lá Quem Sei Lá Como disseram que ateus são o grupo mais odiado.
E aí temos uma característica reveladora dos critérios atuais de formação de opinião.
Você não vê em lugar nenhum ateu sofrendo qualquer tipo de violência por ser ateu, não vê em lugar nenhum qualquer discriminação séria contra os ateus, mas acredita piamente que ateus são os mais odiados porque uma pesquisa disse isto, mesmo que contrariando toda sua experiência pessoal sobre o assunto.
Este é o ponto em que chega alguém e diz "Diga que é ateu em uma entrevista de candidatura a um emprego com um empresário evangélico prá ver o que acontece".
Primeiro eu pergunto, "você já teve emprego negado por ser ateu?". A resposta geralmente algo do tipo "eu não, mas o conhecido de um amigo meu já", como as respostas dos caras que acreditam em Lobisomens e discos voadores.
A única vez em que alguém me perguntou minha religião em uma entrevista e eu respondi que não era religioso ouvi em resposta uma declaração de alívio, porque o entrevistador considerava problemático misturar ambiente de trabalho e proselitismo, o que já lhe causara problemas antes.
Outros não religiosos devem ter suas próprias experiências, mas pela minha representativa amostragem, não me consta que os ateus, como grupo, chafurdem no desemprego em massa ou sofram as injustiças de carreiras não realizadas por conta de suas crenças ou falta delas. Exceções existem prá quase tudo.
Daí, por que o chororô?
Porque ateus tem o direito de fazer o chororô que quiserem, democracias funcionam assim, tanto quanto os religiosos tem o direito democrático de concluir que os ateus estão chorando de barriga cheia.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Hoje eu já acho que existe uma equivalência entre vida boa e chororô, já que quando melhor está a vida, mais o cidadão tende a exigir melhorias. Durante o século XIX, quase ninguém reclamava por direitos trabalhistas, mesmo as condições de trabalho sendo bem piores que as atuais. Imigrantes que quebram tudo na Europa não protestavam contra as condições de vida de seus países de origem, que eram bem piores. Nenhum gay arma barraco em teocracias mussulmanas pelos seus direitos civis.
Interessante dizer isso, porque no último debate antes deste sobre laicismo, o tema foi legalização de drogas, que contou com o ex-presidente FHC, a atriz Fernanda Montenegro e o cantor Marcelo D2. Não é preciso saber muito sobre cada uma das figuras para concluir que todos tinham a mesmíssima opinião sobre o tema, opinião esta que também é reiterada pelo apresentador Pedro Bial e qualquer músico convidado que tenha dado palpite ou dos jovens moderninhos da platéia.
Assisti uma encenação semelhante na faculdade (Católica) certa vez. O que me deixou mais triste (e até desesperado) não foi o monopólio do debate, mas quando questionei pro cara ao meu lado, que não conhecia e nunca mais o vi, se ele havia reparado na unanimidade de opiniões dos debatedores, ele me respondeu: "agora que você comentou, é verdade". Fiquei imaginando quantos desatentos podem nem mesmo ter reparado que nunca houve debate algum.
Com certeza.
― Winston Churchill