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Os EUA são, acima de tudo, um paradoxo gigantesco. É impressionante como um país que foi um dos pais do conceito moderno de democracia e liberdade de expressão tenha, ao mesmo tempo, desenvolvido um desejo irrefreável de se intrometer na vida alheia. E não é apenas agora, quando tudo que é revista e jornal começou a noticiar o fato, como se antes ele nunca tivesse existido. Os EUA gostam de se intrometer na vida dos outros desde que eles se tornaram um país independente. Antigamente, eles tinham espiões infiltrados, informantes, diplomatas e toda uma rede composta por de milhares de pessoas espalhadas por todos os lugares trazendo informações. Hoje, tudo isso é muito mais simples. Basta algumas centenas de processadores e um disco rígido megagigantesco instalados em um deserto do estado de Utah para fazer o serviço.
Li ontem (22 de agosto) um artigo nervoso na internet sobre como os atos da NSA (Agência nacional de segurança dos EUA) estão ficando cada vez mais agressivos, chegando ao ponto de serem categorizados como inconstitucionais e antidemocráticos. O autor da matéria, Josh Levy, chega a afirmar que os programas de vigilância instituídos pela NSA são “o mais grave ataque à liberdade de expressão já vista por nós”. Pois esse artigo me fez lembrar de uma matéria da revista Wired que eu havia lido há um tempo.
Exatamente há um ano e cinco meses atrás, a Wired já havia noticiado com detalhes os esforços da NSA em montar o maior e mais avançado centro de hackeamento de informação do mundo. Tudo, absolutamente tudo que se fala nos nossos telefones celulares, emails, fotos, posts e buscas na internet, e em qualquer outro meio eletrônico de comunicação é descriptografado, armazenado e transformado em dados que serão cruzados e analisados por um conjunto gigantesco de computadores hiper velozes, gerando informações imediatas de qualquer assunto sobre o qual o governo americano queira saber. A única coisa simples sobre esse lugar é o seu nome: Utah Data Center. Mas não se deixe enganar por isso. O Utah Data Center é a base mais avançada de vigilância eletrônica do planeta.
http://www.youtube.com/embed/0d5hci6tHv8
Ficou assustado? Pois pense bem. Na próxima vez que você quiser falar com os seus amigos sobre algo polêmico, ao invés de ir no Facebook, talvez seja melhor mandar uma carta.
http://contraversao.com/alguem-utah-lendo-post/
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Comentários
É por isto que eles estão contratando especialistas em Big Data para criar os algoritmos de filtragem necessários.
Desde a primeira reportagem sobre esse ‘escândalo’, considerei excessiva a importância que estavam dando ao caso. O governo americano não deve estar preocupado com uma troca de e-mails entre um homem casado e sua amante e nem seria possível ler, mesmo que por um exército de funcionários, todas as informações que são produzidas diariamente por milhões e milhões de usuários, através dos mais diversos meios eletrônicos.
O que esse sistema deve fazer é cruzar informações para, de acordo com determinado perfil considerado suspeito, isolar um grupo específico de usuários e, esses, receberiam atenção especial. O resto, o monumental volume de informações capturadas, ficaria soterrado pelos milhões de dados que chegam todos os dias e precisam receber igual tratamento. Um técnico da NSA até poderia se aproveitar do sistema à sua disposição para bisbilhotar a vida de alguém de seu interesse. Mas isso seria uma falha do técnico, um erro de procedimento, o que pode acontecer em qualquer outra situação, não necessariamente por conta da natureza dessa agência. Isso, claro, supondo que um centro de hackeamento desse porte não tenha protocolos de segurança tais que impeçam esse tipo de mau uso de seus recursos.
Não estou defendendo a violação de privacidade, apenas acho que o bicho não é tão feio quanto parece.
http://nsa.gov1.info/utah-data-center/
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Até onde eu sei é
Também sei disso
E também não tenho dúvidas disso.
O que não muda o fato de uma nação ter esse domínio e como já disse anteriormente ninguém é inocente de achar que outros tipos de informações não serão usadas.
Sendo que a primeira grande intromissão foi a invasão ao Sul, que nunca vi um só antiamericano criticar.
Claro, mas para os conspiracionistas anti americanos é o grande plano maléfico de dominação global.
― Winston Churchill