Como vimos nesta postagem:
http://pos-darwinista.blogspot.com.br/2012/05/voce-nem-vai-acreditar-no-que-acreditam.html, a posição de consenso entre os evolucionistas é que a evolução é um fato, cada pedacinho dela, assim como a gravidade, a esfericidade da Terra e o heliocentrismo são fatos. Mas a evidência científica não mostra a evolução como sendo um fato, então o que está acontecendo? Por exemplo, os evolucionistas recorrem ao registro fóssil, mas os fósseis revelam que as espécies existiram no passado, não como elas chegaram lá. Adaptações mínimas são sugeridas nos fósseis, mas a mudança evolucionária de grande escala deve ser inferida de ter ocorrido entre fósseis de espécies diferentes. Na verdade, o registro fóssil revela explosões de diversidade e novas formas surgindo abruptamente.
Os evolucionistas também recorrem à anatomia comparativa. Mas, novamente, esses exemplos não nos dizem como as espécies surgiram. A semelhança entre as espécies não implica uma relação evolucionária. Na verdade, a anatomia comparativa comumente revela padrões contraditórios. Espécies distantes compartilham dos mesmos designs, e espécies irmãs mostram designs muito diferentes.
Os evolucionistas também recorrem à adaptação de pequena escala que podemos observar. Mas não sabemos se essas adaptações geralmente se acumulam para criar a mudança de grande escala que a evolução exige que ocorra. Na verdade, até os evolucionistas têm concordado que isso é muito duvidoso, e que algum outro mecanismo desconhecido se faz necessário. De fato, essas adaptações são produzidas como consequência de estruturas moleculares complicadas, e de mecanismos cujas origens a evolução não explica.
Há evidência a favor da evolução? Certamente, há bastante evidência a favor da evolução. Mas existem problemas significativos com a evolução. Há bastante evidência a favor da evolução, assim como há bastante evidência a favor do geocentrismo. Mas a ciência não se revelou boa para as duas teorias.
Assim, a evidência a favor da evolução segue este padrão geral: até no seu melhor, ela não prova a evolução como sendo um fato. E, além disso, a evidência revela problemas substanciais com a evolução.
Então como podem os evolucionistas proclamar a evolução como sendo um fato, com tanto fervor? Parece haver um descompasso gritante entre a evidência e as afirmações de verdade dos evolucionistas. A resposta é que os evolucionistas usam o raciocínio contrastante. A evolução não é afirmada como sendo um fato baseado em quão bem ela se encaixa na evidência, mas, antes, quão pobremente a alternativa se encaixa na evidência. A evolução é provada ser um fato pelo processo de eliminação.
Por exemplo, os evolucionistas explicam que os designs da natureza aparentemente inúteis ou prejudiciais não fazem sentido, a não ser à luz da evolução. Tais designs prejudiciais não são, na verdade, preditos pela evolução. Eles são probabilidade baixa em evolução, mas esses designs prejudiciais são pelo menos entendidos considerando-se a falta de planejamento da evolução. Os designs podem ser de probabilidade baixa, mas não de todo impossíveis.
Mas, se as espécies foram planejadas inteligentemente, então esses designs inúteis e prejudiciais não fazem nenhum sentido. Assim, podemos dizer que a evolução é provada não por evidências positivas, mas por evidências negativas. E, na verdade, quanto pior for a evidência, melhor para a evolução, porque tais evidências negativas são muito piores para a alternativa.
Na verdade, não existem demonstrações do fato da evolução que não apelem para tal raciocínio contrastante. Os evolucionistas têm um grande número de provas a favor do fato da evolução, mas eles sempre trazem alguma forma desse raciocínio contrastante. Eis como o filósofo Eliott Sober explica o raciocínio contrastante:
“Este ultimo resultado fornece um lembrete de quão importante é o quadro contrastante para avaliar a evidência. Parece ofender o senso comum dizer que E é a evidência mais forte a favor da hipótese da ancestralidade comum, quanto menor for o valor de [a probabilidade de E considerando-se a hipótese da ancestralidade comum]. Isso parece equivalente dizer que a evidência apoia melhor a hipótese quanto mais milagrosa fosse a evidência se a hipótese fosse verdadeira. Entramos em um mundo a la Lewis Carroll, onde para baixo é para cima? Não, o ponto é que, nos modelos que temos examinado, a proporção [a probabilidade de E considerando-se a hipótese da ancestralidade comum dividida pela probabilidade de E considerando-se a hipótese da ancestralidade separada] sobe enquanto [a probabilidade de E considerando-se a hipótese de ancestralidade comum] desce. ... Quando as verossimilhanças das duas hipóteses estão ligadas dessa maneira, é um ponto a favor da hipótese da ancestralidade comum que diz ser a evidência muito improvável” (Evidence and Evolution, p. 314).
Esses argumentos e conclusões evolucionários são muito poderosos. Parece que o argumento do evolucionista é convincente. As espécies devem ter surgido espontaneamente via mecanismos evolucionários. Mas, em tudo isso, tem uma pegadinha.
A ciência não pode saber todas as explicações alternativas para a origem das espécies. Quando os evolucionistas concluem que a evolução é um fato via processo de eliminação, eles estão fazendo uma pressuposição sutil, mas não uma pressuposição científica crucial – a de que eles sabem todas as explicações alternativas.
Assim, todos esses argumentos evolucionários poderosos a favor do fato da evolução não são científicos. Em outras palavras, a evolução tem argumentos extremamente poderosos e convincentes, mas o custo de construir tal caso poderoso é que a ideia não é científica.
Sem essas provas poderosas, a evolução ficaria exposta aos muitos problemas e contradições científicas. A ideia de que o mundo, e tudo da biologia, surgiu espontaneamente é, de uma perspectiva estritamente científica, extremamente improvável. Mas a evolução é blindada de tais problemas pelas suas poderosas provas não científicas.
Esse aspecto não científico da evolução é imenso e seria difícil subestimá-lo. Ele tem alterado dramaticamente a própria percepção de ciência e de sua evidência. Considerando-se o fato da evolução, toda a biologia é interpretada de acordo com essa ideia. Os muitos problemas científicos com a evolução se tornam “problemas de pesquisas” mais amigáveis. E a teoria se torna imune ao ceticismo científico.
(Cornelius Hunter, via Desafiando a Nomenklatura Científica)
*O livro Evolution for Dummies (Evolução Para Idiotas) pode ser comprado na Amazon Books ou na Livraria Cultura.
Caro Colega
Comentários
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À venda nas boas livrarias ou em sebos!
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Onde houver fé, levarei a dúvida!
― Winston Churchill
Argumento falacioso. A evolução é a melhor explicação encontrada para os fatos observados.
Se surgirem evidência em contrário, ela terá que ser, ou expandida ou substituída, mas isto ainda não aconteceu.
O blá-blá-blá acima não mostra nenhum fato contraditório, apenas repete "isto seria muito difícil de acontecer".
Este é o verdadeiro "Evolução para idiotas":
Ele defende a evolução, ao contrário do que a babaquice acima dá a entender:
http://www.amazon.com/Evolution-Dummies-Greg-Krukonis-PhD/dp/0470117737
Menos complexo..................>Mais complexo
Maior probabilidade.............>Menor probabilidade
Mais apto.......................>Menos apto
O mais complexo tem menor sucesso reprodutivo, consome maior energia, é MENOS ADAPTADO,tem maior quantidade de informação...
Outrossim, tentando entender a Seleção Natural, leio o seguinte no livro Biologia, Ciência Única, de Ernst Mayr, p. 149, Companhia das Letras, 2005,
"Em face das persistentes controvérsias, a partir de 1859, em torno da seleção natural, pareceria muito útil começar com uma definição concisa de seleção, mas isso não pode ser feito, devido aos debates quanto à natureza desse processo. Em 1963, defini seleção natural como "sucesso reprodutivo diferencial" não aleatório. E, mesmo hoje em dia, essa ainda é uma formulação válida, mas ela enfatiza o resultado do processo e não tanto seu mecanismo".
Ernst Mayr é um dos biólogos que participaram da síntese evolutiva.
A pergunta é QUAL É O MAIOR SUCESSO REPRODUTIVO? E o corolário- COMO ESPÉCIES DE MENOR SUCESSO REPRODUTIVO SURGIRAM?
Dawkins o Gene Egoísta
Voltando ao caldo primitivo, este deve ter sido povoado por variedades de moléculas, estáveis no
sentido de que ou as moléculas individuais duravam um longo tempo, ou replicavam-se rapidamente, ou
então replicavam-se de maneira precisa. Tendências evolutivas em direção a esses três tipos de
estabilidade ocorreram no seguinte sentido: se você tivesse amostrado o caldo em duas épocas diferentes,
a última amostra conteria uma proporção maior de variedades com alta
longevidade/fecundidade/fidelidade de cópia. Isto é essencialmente o que um biólogo entende por
evolução quando está falando de criaturas vivas e o mecanismo é o mesmo – seleção natural.
um novo nível de estabilidade mais alto, ou uma nova maneira de reduzir a estabilidade dos rivais, era
automaticamente preservada e multiplicada. O processo de melhoramento era cumulativo. As maneiras de
aumentar a estabilidade e de diminuir aquela dos rivais tornaram-se mais elaboradas e mais eficientes.
O Dawkins é totalmente nonsense...
MAIS COMPLEXO NUNCA VAI SER MAIS ESTÁVEL...
natural de Darwin satisfaz porque mostra-nos uma maneira pela qual a simplicidade poder-se-ia
transformar em complexidade, como átomos desordenados poderiam se agrupar em padrões cada vez mais
complexos, até que terminassem por fabricar pessoas. Darwin fornece uma solução, a única plausível até
agora sugerida, para o problema profundo de nossa existência. Tentarei explicar a grande teoria de
maneira mais geral do que é costume, começando com a época antes que a própria evolução começasse.
A "sobrevivência do mais apto" de Darwin, na realidade, é um caso especial de uma lei mais geral
da sobrevivência do estável. O universo está povoado por coisas estáveis.
E qual é o mais estável chefe Dawkins dos IDIOTAS evolucionistas...?????????????? Por que cargas d'água algo vai sair DO MAIS ESTÁVEL PARA O MAIS INSTÁVEL, DO MAIOR SUCESSO REPRODUTIVO PARA O MENOR SUCESSO REPRODUTIVO???????????????????????????
Se surgirem evidência em contrário, ela terá que ser, ou expandida ou substituída, mas isto ainda não aconteceu.
O blá-blá-blá acima não mostra nenhum fato contraditório, apenas repete "isto seria muito difícil de acontecer". - por Fernando Silva
Meu caro, hás de convir que as incertezas ainda são grandes, e dizer que a explicação melhor para os "fatos" se baseia no evolucionismo não é bem o caminho, apensar de muitos nobres da ciência dizerem isso. Sim, "nobres da ciência" e não a ciência propriamente dita. A ciência diz que a teoria da evolução não é um modelo científico sólido. A mídia como sempre colabora para esse clima de euforia darwinista propagado por voces. É um verdadeiro louvor ao Darwinius. É como foi dito no recente post que fiz inda pouco, que Diversificação étnica humana e variações entre cães e tentilhões, por exemplo, isso sim são fatos e permanecem na categoria da diversificação de baixo nível (ou “microevolução”). Humanos e macacos provindo de hipotéticos ancestrais comuns (ou mesmo toda a biodiversidade atual tendo origem num ser unicelular desconhecido que teria vivido bilhões de anos atrás), isso é mera especulação hipotética oriunda da mentalidade naturalista, ou seja, é filosofia sem amparo científico (empírico). Quem está por dentro das discussões intramuros sabe que a teoria da evolução não se trata de um “modelo científico sólido”. Darwinistas honestos têm reconhecido isso. Mas o pessoal do seu time parece fanático demais por Darwin para admitir isso. Mais pesquisas devem ser realizadas antes de se permitir que o "sonho" interfira nas conclusões, como foi o caso de tempos atrás descobrir um suposto "elo perdido", que na verdade não disse nada e não se concluiu nada de concreto. Mas a torcida é grande. Continuamos então aguardando os desdobramentos dessa descoberta.
Não sei se admiro ou me irrito com sua insistência de década e tanto nos mesmos pontos.
Mas é fato que após tanto tempo, já poderia ter acrescentado um pouco de conteúdo ao seu discurso.
Prá não dizerem que o Índio Velho é preconceituoso, vou ajudá-lo um pouco.
1. Não faz o menor sentido questionar se um modelo científico é "sólido" ou não sem explicitar qual o paradigma científico adotado;
2. O paradigma científico predominante atualmente é o Popperiano, o que não impede que o modelo receba críticas válidas e que modelos alternativos sejam tão consistentes quanto;
3. Dentro do paradigma Popperiano, uma teoria científica cumpre seu papel quando estabelece modelos simples que codificam as observações que fazemos e permitem previsões sobre os fenômenos observados;
4. Também pelo modelo Popperiano, as teorias científicas devem ser falseáveis, pois SEGUNDO ESTE PARADIGMA, NÃO PODEM SER PROVADOS VERDADEIROS, mantendo-se válidos enquanto não falseados;
5. A Teoria da Evolução pela Seleção Natural é um modelo simples que codifica as observações sobre as diferenciações entre as espécies;
6. A Teoria da Evolução pela Seleção Natural permite fazer previsões sobre os fenômenos observados;
7. A Teoria da Evolução pela Seleção Natural é falseável;
8. A Teoria da Evolução pela Seleção Natural NÃO foi falseada até hoje.
Logo, a A Teoria da Evolução pela Seleção Natural é um modelo científico "sólido" pelo paradigma Popperiano.
QED
Ou seja, após todo este tempo é teimosia pura insistir na picuinha do "a Evolução não é científica porque o dr. Fulano de Tal achou um pelo naquele ovo".
Identifique o paradigma científico, apresente os requisitos do paradigma e demonstre quais requisitos confirmam sua tese.
Ou não...
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Deveria ser óbvio, mas, dadas as circunstâncias, é bom lembrar que hipóteses envolvendo entidades mitológicas não têm lugar neste fórum.