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Argentina da importante passo rumo ao totalitarismo

29/10/2013 - 14:13

Argentina
Suprema Corte da Argentina declara que Lei de Mídia é constitucional
Juízes deram aval para legislação que enfraquece o principal grupo de comunicação e a imprensa independente do país

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A presidente argentina Cristina Kirchner. Governo conquistou vitória na Suprema Corte (Alejandro Pagni/AFP)

A Suprema Corte da Argentina declarou nesta terça-feira a constitucionalidade de quatro artigos da Lei de Mídia que eram contestados pelo grupo de comunicação Clarín, um dos principais atingidos pelas medidas que visam enfraquecer a imprensa livre do país. Agora, com a validade de todos os artigos, a lei será aplicada na totalidade. Segundo o jornal La Nación, a decisão da corte foi aprovada por seis votos a favor e um contra.

Leia também: Governo Kirchner vê fuga de votos, mas mantém Congresso

As regras da lei, que havia sido aprovada em 2009, devem obrigar 21 grupos de mídia a vender parte de suas concessões e propriedades. Oficialmente, o governo afirma que a lei vai evitar a “concentração no setor”, mas a medida, segundo a oposição e as empresas, é mais uma etapa do projeto de perpetuação de poder do kirchnerismo e um duro golpe na liberdade de imprensa, fundamental à manutenção da democracia.

O argumento dos juízes para endossar a aprovação foi, em primeiro lugar, que a lei "é constitucional porque é proveniente do Congresso, cuja conveniência e oportunidade não são matéria de análise dos juízes". Os magistrados, ainda segundo o diário La Nación, sublinharam que a decisão "trata de fortalecer uma democracia deliberativa, em que todos possam, em igualdade de condições, expressar suas opiniões e que não se podem admitir vozes predominantes".

Nos últimos anos, o grupo Clarín vinha travando uma guerra de recursos nos tribunais contra o governo para barrar alguns artigos da lei. A lei chegou a ter o aval da Justiça na primeira instância, mas o Clarín recorreu e, após passar por vários tribunais, conseguiu levar o caso para a Suprema Corte. A Lei de Mídia fixa para os meios de comunicação privados um máximo de 35% do mercado no mercado de televisão aberta e 35% de assinantes de televisão a cabo, 10 licenças de rádio, 24 de televisão a cabo e uma de televisão por satélite.

Com a aprovação do artigo que limita o número de licenças para serviços de televisão, de rádio e de TV a cabo, o jornal El País estima que 21 grupos deverão se desfazer de 330 concessões legalmente obtidas. Dessa forma, só o grupo Clarín terá de vender ou transferir mais de 150 licenças. Entre os outros 20 grupos, estão a espanhola Telefónica, a americana DirectTV e o também espanhol grupo Prisa.

As vozes críticas, como a deputada opositora recentemente reeleita Elisa Carrió, afirmam que a lei foi feita sob medida para punir o Clarín pelas reportagens críticas ao governo. Segundo Elisa, a Lei de Mídia tem o claro objetivo de manipular o conteúdo da imprensa. A deputada tinha enviado uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) para alertar sobre supostas pressões feitas pelo governo sobre os juízes com o fim de obter uma sentença favorável à lei.

Artigos – Os artigos 41, 45, 48 e 161 haviam sido questionados pelo Grupo Clarin. Dois deles, 45 e 161, são respectivamente referentes à concentração de ativos de mídia e às concessões. O Grupo questionou a restrição à acumulação de licenças de transmissão via cabo e ar, a quebra de um direito adquirido e a obrigação de desistir de suas licenças antes do vencimento do prazo original, como estabeleciam os contratos. No caso específico do artigo 161, a votação da Suprema Corte foi apertada, com quatro votos favoráveis e três contra.

A decisão representa uma vitória do governo de Cristina Kirchner dois dias depois da derrota parcial nas eleições legislativas, na quais o governo se manteve como primeira força nacional mas perdeu mais de 20% de votos em relação ao pleito de 2011.

(Com Estadão Conteúdo)

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/suprema-corte-da-argentina
Veja
"In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon

Comentários

  • 5 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Apatico escreveu: »
    29/10/2013 - 14:13O argumento dos juízes para endossar a aprovação foi, em primeiro lugar, que a lei "é constitucional porque é proveniente do Congresso, cuja conveniência e oportunidade não são matéria de análise dos juízes".
    Puxa, eu na minha ingenuidade achando que uma lei é constitucional porque obedece à constituição. Vivendo e aprendendo!

  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Podemos até considerar justo não deixar que um único grupo de mídia forme um cartel e impeça que outros grupos tenham jornais ou emissoras, mas o que está acontecendo na Argentina é casuísmo para silenciar a oposição.
    Ainda por cima, a lei não está sendo aplicada à mídia "a favor", que está acumulando concessões de forma ilegal segundo essa mesma lei.
  • http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,controle-da-lei-de-midia-a-imprensa-argentina-e-seletivo,1092798,0.htm
    Exatamente, Fernando. O caso e de uma leviandade de saltar os olhos.

    O Telefee, canal de maior audiencia, saira ganhando. Nao ha um cartel do Clarin. O que ha e o desejo totalitario desta maldita esquerda latino-americana de silenciar qualquer voz de discordancia. A lei foi minuciosamente pensada nisso.

    Esta tambem e a maior queixa da militancia sobre o PT. Todo petralha reclama que Lula e Dilma nao tiveram peito de "lidar" com a midia golpista ate agora. Estejamos atentos.

    E que Mona, Allah, Shiva ou Jesus nos proteja.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Isso e culpa da Adoracao ao Acaso. No Ocidente Moderno, tudo e uma grande coincidencia, tudo e um grande acaso! O simples fato de estarmos aqui nao passa de um mero acaso. Nossos objetivos? Apenas resultados do movimento aleatorio das particulas...

    Nao ha midia de oposicao em Cuba.
    Chavez fecha o maior canal de TV na Venezuela.
    Presidentes de Argentina e Equador tentam copiar em seus dominios.
    Militancia do PT nao se envergonha de admitir que quer fazer a mesma coisa por estas bandas.

    Mas tudo nao passa de uma incrivel coincidencia! Se voce alega que ha alguma relacao entre esses acontecimentos, voce e paranoico e teorico da conspiracao!
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
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