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Governo Maduro expropria lojas

Governo Maduro expropria lojas na Venezuela e vende produtos quase de graça

Incapaz de lidar com a crise econômica no país, o presidente venezuelano, Nicolas Maduro decidiu adotar medidas extremas e populistas para combater o que ele identificou como uma "guerra econômica" travada por sua oposição, ordenando que tropas do governo tomasse a força uma rede de lojas de eletrônicos, que estaria alterando os preços e taxas regulados pelo governo.

Daka, a maior cadeia de eletrônicos da Venezuela, foi ocupada pelo Exército, que confiscou todos os itens para depois vendê-los a "preços justos". "Nada deve permanecer nas prateleiras!", dizia a ordem presidencial.

O que alguns chamaram de "saque patrocinado pelo governo" trouxe milhares de venezuelanos que esperaram para comprar produtos com descontos que variavam de 60 a 90%. Várias lojas foram tomadas pela força, o que levou à intervenção da polícia nacional.

A Daka foi só o começo, no domingo, várias outras lojas de eletrônicos em Caracas tiveram o mesmo destino, e essas lojas não serão as únicas:

- "Esta é apenas a ponta do iceberg do que estamos planejando fazer com a burguesia", disse Maduro em um discurso na televisão. De acordo com o jornal espanhol El País, os proprietários da Daka e da JVG, outra grande rede, foram presos.

O governo acusou os donos das lojas de aumentar artificialmente os preços, criando assim uma "inflação induzida", identificada como a principal arma na "guerra econômica" contra seu governo. O Banco Central da Venezuela informou nesta quinta-feira que os preços subiram 5% em outubro, para uma inflação anual galopante de 54%.

Mas a coisa não para por aí, em um país onde falta até papel higiênico pela escassez do setor fabril, o governo se mostra totalmente perdido e alheio à real situação, regulando, por exemplo, os preços da carne no varejo com um valor menor que o praticado pelos fornecedores.

O regime de Nicolás Maduro parece estar brincando com fogo ao estimular a população a invadir lojas que vendam produtos eletrodomésticos a altos preços, com um discurso bem mais incendiário do usual, que ontem, segunda-feira, mantinha vigente o espectro dos saques ao longo do país.

Centenas de comércios fecharam suas portas em diferentes pontos da nação com o temor de que fossem saqueados, ao mesmo tempo em que registraram incidentes desse tipo em várias cidades:

- "Os eventos dos últimos dias são expressões de um cenário de decomposição social e de incerteza que está sendo estimulado pelo discurso desesperado de Maduro", comentou o assessor político venezuelano Rafael Revilla em Miami.

É um discurso desesperado porque conquanto pode em teoria ser usado para gerar créditos políticos populistas, ao mesmo tempo poderia terminar sendo uma jogada muito perigosa em relação a atual crise político-social do país, disse.

A opinião de Rafael é que este discurso de Maduro poderia ser utilizado como justificativa para que o povo começasse a saquear, já que o próprio governo propiciou este tipo de coisas com seu discurso.

Se isso tudo já não fosse o bastante para demonstrar as atitudes de um doidivana, o presidente venezuelano ordenou o bloqueio de sites da Internet, por informar sobre a cotação do dólar paralelo, que segundo ele orquestram uma campanha silenciosa contra seu governo ao difundir valores falsos da moeda nacional.

- "Não vamos permitir que debochem das medidas que tomamos", ameaçou o presidente, ao mesmo tempo que sustentou que "vamos tocar todos os setores".
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Comentários

  • 32 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Quero ver o que ele fará quando não sobrar ninguém para saquear.
    Come with me if you wanna live.
  • Que os bolivarianos, ops!, venezuelanos aproveitem o saque dos eletrônicos agora, assim como o das outras lojas, bares, restaurantes, etc e tal. Quando o seu Maduro ficar sabendo que as lojas estatizadas não têm condições de comprar produtos a 100000 bolívares para vendê-los a 10 bolívares, aí ou vai chorar sobre o túmulo do Chávez ou vai pedir, pelo amor de Deus, que os burgueses aceitem de volta as suas lojas pois o governo se declara incompetente para administrá-las.

    Gente, tive uma colega da USP que é Venezuelana e se deu bem aqui no Brasil e, não soube mais dela, mas acho que se casou com um brasileiro, colega meu também. É bom que o tenha feito e se mudado para a universidade de Manaus, pois a coisa vai ficar preta, isto é, muito mais preta, e não vai demorar...
  • Cameron escreveu: »
    Quero ver o que ele fará quando não sobrar ninguém para saquear.
    Tenho medo de pensar no que ele fará.
  • CameronCameron Membro
    edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Tenho medo de pensar no que ele fará.

    Esse tipo de crise serve também para revelar os valores das pessoas, como tem gente safada querendo se aproveitar da situação, o fato de um roubo estar sendo patrocinado pelo governo não faz com que deixe de ser um roubo, as pessoas que realizaram esses saques ou essas compras feitas sob coerção merecem o lixo de governo que tem.

    Quanta diferença dos japoneses, no meio daquele terremoto de escala 9 as pessoas que encontravam objetos de valor nos escombros entregavam para a polícia para que fossem devolvidos aos seus legítimos donos.

    Como é ruim para uma nação quando ela é cheia de "espertos".
    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Ninguém mais vai se arriscar a abrir um comércio nessas condições. E não adianta o governo abrir lojas estatais, pois terá que importar tudo e já está devendo fortunas a vários países, como o Brasil.
    Se bem que a Dilma andou dando financiamentos do BNDES para a Venezuela:
    http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2013/06/bndes-financia-mais-um-calote-da.html
    http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2012/01/hugo-chavez-agradece-dilma-pela.html
  • O regime de Nicolás Maduro parece estar brincando com fogo ao estimular a população a invadir lojas que vendam produtos eletrodomésticos a altos preços, com um discurso bem mais incendiário do usual, que ontem, segunda-feira, mantinha vigente o espectro dos saques ao longo do país.
    Não entendo uma coisa. Se o governo não concorda com os preços praticados pelo comércio venezuelano por que ele simplesmente não criou um concorrente que vendesse os mesmos itens a preços menores?, ainda que esse concorrente fosse estatal. Tomar a mercadoria à força é estupidez e vai ter consequências desastrosas para a confiança de qualquer um que pense em praticar o comércio no país.
  • CameronCameron Membro
    edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    Não entendo uma coisa. Se o governo não concorda com os preços praticados pelo comércio venezuelano por que ele simplesmente não criou um concorrente que vendesse os mesmos itens a preços menores?
    Pelo mesmo motivo que um marginal desgraçado coloca um revolver na cara de gente inocente e rouba seus pertences, para ele é muito mais fácil do que trabalhar e produzir.

    A diferença nesse caso é que, ao menos por enquanto, ele dispõe das forças armadas.
    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Interessante como esfriou o entusiasmo dos petistas brasileiros em defender o Chavismo...
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Acauan escreveu: »
    Interessante como esfriou o entusiasmo dos petistas brasileiros em defender o Chavismo...

    Vi comentarios culpando os comerciantes por praticarem "precos abusivos" e o governo agindo a favor do povo ao nao permitir que as mercadorias fiquem mofando nos estoques. Ja nem sei quando e piada e quando e verdadeiro. Para esse povo, imprimir moeda nao gera inflacao. Para a turma da negacao da realidade, basta impedir que o povo saiba o verdadeiro valor da moeda, que esta tudo bem: http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/governo-venezuelano-tira-do-ar-sites-que-informam-valor-de-dolar-paralelo.html
    Esse idiota querendo reter informacao na era da internet.

    Lembrei do:


    Nunca funcionou antes e nao vai funcionar agora.

    Outra da Venezuela na mesma semana, prisao de jornalista:
    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,jornalista-americano-e-detido-na-venezuela-ao-fazer-materia-sobre-crise-,1094907,0.htm
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Não entendo uma coisa. Se o governo não concorda com os preços praticados pelo comércio venezuelano por que ele simplesmente não criou um concorrente que vendesse os mesmos itens a preços menores?

    Ele precisa canalizar a insatisfação para algum ente. Se assume o comércio, como já disseram antes, ele bem sabe que não vai ter como manter os preços.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited novembro 2013 Vote Up0Vote Down
    É proibido ter lucro.
    Maduro agora mira nos preços de carros, celulares e tablets

    O presidente venezuelano Nicolás Maduro não está satisfeito em perseguir somente os donos e gerentes de estabelecimentos que comercializam aparelhos eletrodomésticos. O mandatário afirmou nesta terça-feira que exercerá uma ferrenha fiscalização para reduzir os preços de carros, celulares, notebooks e tablets vendidos no país. Segundo Maduro, os empresários que obtêm lucros com a venda desses produtos estão contribuindo para a “guerra econômica” que, no discurso da propaganda bolivariana, é protagonizada pela oposição e pelo “inimigo externo”.

    “Os celulares também vão para baixo, porque eles estavam sendo vendidos a preços exorbitantes. Com isso, ratifico a minha vontade total de vencer a guerra econômica contra nossa pátria”, disse Maduro. O mandatário também comentou sobre as recentes ocupações militares em lojas de eletrodomésticos. Segundo o presidente venezuelano, uma das empresas vendia um refrigerador a 854 mil bolívares, quando o seu preço deveria ser calculado em 40 mil bolívares. “Com esse preço, a Venezuela construiria três apartamentos de setenta metros quadrados”, acrescentou, de acordo com o jornal El Nacional.

    Os delírios de Maduro, no entanto, já começaram a prejudicar a imagem do país perante os investidores. Receosos com a real possibilidade de empresas iniciarem uma debandada para fora do país, os políticos de oposição se manifestaram nesta terça-feira. O líder do movimento contrário a Maduro, Henrique Capriles, alertou o governo de que “a paciência tem um limite”. “Nós não desejamos um golpe de estado ao país. Agora, o governo parece estar buscando outros tipos de saídas para o país que ninguém as conhece, somente eles as conhecem”, afirmou.

    “A produção nacional foi reduzida a níveis nunca antes vistos. Somos um país dependente das importações. Hoje, a Venezuela é o país do mercado negro”, acrescentou Capriles. O mercado ilícito ao qual o líder opositor se refere cresceu com o ferrenho controle cambial imposto pelo caudilho Hugo Chávez desde 2003. O dólar no país é cotado oficialmente a 6,30 bolívares, valor que no câmbio paralelo é superado em mais de oito vezes. Analistas avaliam que a deterioração da economia venezuelana se deve justamente à falta de dólares em um país que depende em larga escala das importações.

    A ofensiva do governo de Maduro ao livre-comércio, iniciada na semana passada, resultou até agora na detenção de 28 pessoas e emissão de outras dez ordens de prisão, afirmou a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz. Segundo ela, a ação foi "contra donos e gerentes das empresas e não contra trabalhadores". Em outra manobra para se mostrar implacável com os supostos inimigos da "Revolução Bolivariana", o presidente da Venezuela anunciou na segunda-feira a criação de uma procuradoria e de tribunais especiais para "atender em tempo real" os casos de "usura" cometidos pelos empresários, qualificados pelo próprio mandatário de "parasitas da burguesia", "bandidos” e “ladrões".

    http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/maduro-agora-mira-os-precos-de-carros-celulares-e-tablets
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    A empresa para de produzir porque o governo não lhe paga há meses e tem os equipamentos confiscados.
    Venezuela confisca duas plataformas de petróleo

    "Foi como um ladrão entrando na nossa casa, pedindo as chaves do cofre", diz diretor da empresa confiscada

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    O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (Leo Ramirez/AFP)

    A Venezuela desapropriou duas plataformas de petróleo pertencentes a uma unidade da empresa americana Superior Energy Services depois de a companhia fechá-las porque a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) está meses atrasada em seus pagamentos. "Foi como um ladrão entrando na nossa casa, pedindo as chaves do cofre e esperando que você o ajudasse a levá-lo embora", afirmou Jesus Centeno, gerente das operações locais da Superior na cidade de Anaco. "O argumento deles era de que nós estávamos praticamente sabotando a produção nacional", disse.

    O confisco ocorreu na quinta-feira, após um juiz do estado de Anzoátegui, acompanhado de quatro integrantes da polícia local e da guarda nacional, entrar em uma área da Superior e ordenar que a empresa cedesse o controle de duas plataformas especializadas para uma subsidiária da PDVSA.

    A estatal justificou a expropriação dos equipamentos dizendo que eles são essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar social do país sul-americano, de acordo com a ordem judicial. Funcionários da companhia foram instruídos a deixar as plataformas e entrar em caminhões para serem levados a "poços importantes" em outras regiões, de acordo com o documento.

    Nem o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nem qualquer autoridade do governo comentou publicamente o confisco das duas plataformas. Um porta-voz da PDVSA em Caracas não quis se pronunciar e disse que não estava ciente do caso.

    As empresas de petróleo estão receosas em trabalhar com a PDVSA, que vem acumulando grandes dívidas com prestadores de serviços dos quais depende para desenvolver as maiores reservas provadas de petróleo do mundo. A Superior é uma empresa de serviços de petróleo com mais de 14 mil funcionários em todo o mundo e 4,5 bilhões de dólares (10,1 bilhões de reais) em receita anual.

    http://veja.abril.com.br/noticia/economia/venezuela-confisca-duas-plataformas-de-petroleo
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador

    PDVSA em ruínas
    O petróleo, extraído quase inteiramente pela PDVSA, a Petrobras da Venezuela, é responsável por 50% das receitas do governo venezuelano. Além do prejuízo de uma economia não diversificada, Chávez demitiu em 2003 40% dos funcionários da companhia após uma greve geral e os substituiu por aliados. A partir daí, as metas de investimento não foram cumpridas e a produção estagnou.

    O plano de investimentos da PDVSA divulgado em 2007 previa a produção de 6 milhões de barris por dia este ano, mas entrega menos da metade. A exploração de petróleo caiu de 3,2 milhões de barris diários (em 1998) para 2,4 milhões (dado de 2012). O caudilho foi beneficiado, no entanto, pelo aumento do preço do produto e usou a fortuna para financiar programas assistencialistas e comprar aliados na América Latina.
    O presidente Nicolás Maduro deu continuidade às 'misiones', como são conhecidos os programas assistencialistas. O desafio será mantê-los e ainda investir na petrolífera e aumentar a produção.

    Desmonte das instituições
    Em 1999, Chávez aprovou uma nova Constituição que eliminou o Senado e estendeu seu mandato para seis anos, além de conseguir uma lei que lhe permitia governar por decreto. A concentração de poderes promovida pelo caudilho, no entanto, não se restringiu ao Legislativo. O Judiciário foi tomado por juízes alinhados ao chavismo. A cúpula das Forças Armadas também demonstrou lealdade ao coronel logo depois de anunciada sua morte, quando as tropas foram colocadas nas ruas com o objetivo declarado de "manter a ordem". "Vida longa, Chávez. Vida longa, revolução", bradou o ministro da Defesa, Diego Alfredo Molero Bellavia. A oposição em várias oportunidades pediu a obediência à Constituição.

    A imprensa também não escapou do controle imposto por Chávez. Em 2007, o governo não renovou a concessão do maior canal de televisão venezuelano, a RCTV. A Globovisión, única emissora que ainda mantinha uma linha crítica ao governo, também foi vendida.

    Criminalidade alta
    A criminalidade disparou na Venezuela ao longo dos 14 anos de governo Chávez. Em 1999, quando se elegeu, o país registrava cerca de 6.000 mortes por ano, a uma taxa de 25 por 100.000 habitantes, maior que a do Iraque e semelhante à do Brasil, que já é considerada elevada. Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Violência (OVV), em 2011, foram cometidos 20.000 assassinatos do país, em um índice de 67 homicídios por 100.000 habitantes. Em 2012, a organização registrou 21.672 homicídios, ou 73 a cada 100.000 habitantes.

    O Ministro de Interior e Justiça divulgou a ocorrência de 16.072 homicídios no país em 2012, contra 14.092 registrados em 2011, um aumento de 14%. Com isso, a taxa de homicídios passou de 48 para 54 a cada 100.000 habitantes. Os números de outro órgão oficial são diferentes. Dados do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas, citados pelo jornal El Universal, apontam 21.600 assassinatos em 2012, contra 18.850 em 2011.

    Inflação galopante
    A economia venezuelana tem um histórico de inflação alta, desde antes de Chávez chegar ao poder. Contudo, a gastança pública aliada a uma política expansionista e estatizante fez com que a alta dos preços atingisse níveis absurdos. Segundo o FMI, a inflação anual venezuelana fechou 2012 a 26,3%. Para 2013, a projeção é que o índice fique em torno dos 50%. Os números poderiam ser muito piores se não fosse o controle de preços exercido pelo governo. No entanto, essa regulação afetou a produção e levou a escassez de alimentos básicos como leite, carne e até papel higiênico. A desvalorização de mais de 30% da moeda, que entrou em vigor em fevereiro, fez com que alguns preços duplicassem.

    Crise elétrica
    Entre o final de 2009 e início de 2010, a Venezuela sofreu uma crise no setor elétrico, agravada pela estiagem que reduziu drasticamente os níveis dos rios que alimentam as hidrelétricas. Preocupado em ajudar financeiramente os aliados latino-americanos, o governo Chávez deixou de investir em novas usinas. E as companhias do setor elétrico, sob a praga da gestão chavista, tiveram queda na produção por falta de manutenção, corrupção e aumento escandaloso do número de funcionários. A crise foi tão grave que paralisou vários setores da economia e obrigou o governo a declarar estado de emergência no país.

    Para contornar a situação, Chávez propôs o "banho socialista" de três minutos, pediu para os venezuelanos usarem lanternas para ir ao banheiro no meio da madrugada e exortou as grandes empresas a gerar sua própria eletricidade. Em 2012, Chávez reconheceu que a Venezuela ainda sofria com problemas elétricos, mas disse que, se não tivesse chegado ao poder em 1999, o país se iluminaria com lanternas e cozinharia com lenha.
    O fato é que ainda hoje apagões são registrados em todo o país. O discurso de Nicolás Maduro agora é colocar a culpa nos "inimigos da pátria", que estariam sabotando o sistema de energia.

    Exportação do bolivarianismo
    Boa parte dos recursos do petróleo venezuelano foi usada por Chávez para comprar aliados na região e ampliar o alcance de sua 'revolução bolivariana'. O maior beneficiário é Cuba, cuja mesada vinda dos cofres venezuelanos equivale a 22% do PIB - a ilha foi o destino do coronel ao longo de todo o tratamento contra o câncer e a oposição venezuelana denuncia a interferência dos irmãos Castro na política do país. Chávez também abasteceu o caixa de campanha de candidatos presidenciais populistas na América Latina e Central, como Cristina Kirchner, na Argentina, Evo Morales, na Bolívia, e Daniel Ortega, na Nicarágua.

    Endividamento estatal
    Durante a era Chávez, o endividamento do governo subiu de 37% para 51% do PIB. A dívida pública externa oficial está em 107 bilhões de dólares, sem contar a dívida da PDVSA com fornecedores e sócios e os débitos do governo com empresas expropriadas. No total, a conta deve chegar a 140 bilhões de dólares, um grande desafio ao próximo presidente venezuelano, seja de que lado ele estiver.

    http://veja.abril.com.br/noticia/economia/venezuela-confisca-duas-plataformas-de-petroleo
  • Pronto, ja nao da mais pra diferenciar Venezuela de Cuba.

    E o PT emprestando dinheiro do contribuinte brasileiro pra esse cara. Mais facil receber dinheiro de um viciado em crack e em jogo. De onde nao tem, nao se tira.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Cameron escreveu: »
    Tenho medo de pensar no que ele fará.

    Esse tipo de crise serve também para revelar os valores das pessoas, como tem gente safada querendo se aproveitar da situação, o fato de um roubo estar sendo patrocinado pelo governo não faz com que deixe de ser um roubo, as pessoas que realizaram esses saques ou essas compras feitas sob coerção merecem o lixo de governo que tem.


    Nunca foi tão verdade a máxima "cada povo tem o governo que merece" quanto agora.



    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    E a Venezuela torna-se o exemplo de "como não fazer".

    Pelas próximas eras Menestréis Liberais cantarão trovas sobre Chavez e Maduro contando como eles provaram que tudo que defendiam só podia dar merda.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Um país cuja prioridade ainda é fazer o Plano Cruzado dar certo tem um sério problema de posicionamento Geográfico e Temporal.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • Infelizmente uma parcela expressiva da população humana não aprende com os erros e experiências passadas, se aprendessem um traste como Hugo Chavez e seu capacho não teriam como fazer o estrago que fizeram.
    Come with me if you wanna live.
  • Acauan escreveu: »
    E a Venezuela torna-se o exemplo de "como não fazer".

    Pelas próximas eras Menestréis Liberais cantarão trovas sobre Chavez e Maduro contando como eles provaram que tudo que defendiam só podia dar merda. Um país cuja prioridade ainda é fazer o Plano Cruzado dar certo tem um sério problema de posicionamento Geográfico e Temporal.

    Ironico e que quanto pior esta a situacao, pior costumam ser as decisoes das pessoas, deixando-se levar por qualquer discurso demagogico. Acredita em alguma luz no fim do tunel na Venezuela ou o que resta agora e permanecer assim, como aquela ilha...?

    Caso a inflacao dispare no Brasil (liberais ja estao prevendo isso por conta da politica petista), acredita que o governo PT pode tomar as mesmas decisoes de Maduro (ou Sarney)?

    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Cameron escreveu: »
    Infelizmente uma parcela expressiva da população humana não aprende com os erros e experiências passadas, se aprendessem um traste como Hugo Chavez e seu capacho não teriam como fazer o estrago que fizeram.
    O povo teutonico parece ter um diferencial nesta questao. Alemaes passaram por hiperinflacao na primeira metade do seculo XX, e depois disso se tornaram o povo mais austero da Europa no sentido monetario. O Euro foi criado justamente para acabar com o conservadorismo do Bundesbank. A populacao alema rejeitou em peso o projeto do Euro. Nao houve consulta popular, diferente do que haviam prometido, porque as pesquisas apontavam tremenda rejeicao. Foi usado apenas a chantagem da segunda guerra: "Precisamos ceder para a paz. Nossa moeda ameaca toda Europa (como diabos?)." Na Suica hoje se tem deflacao.

    Japoneses tambem aprenderam a licao.

    Ja latinos devem ter um gostinho especial por papel desde a antiguidade. Espanha, Italia e Portugal sonham em poder inflacionar a moeda para sair da crise. Fora todos os exemplos catastroficos da America Latina no final do seculo passado, incluindo o Brasil. Um tio me contou que certa vez no Peru, encheu uma mesa de dinheiro pra poder pagar um cafezinho.
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • Um texto comparando os resultados de Islandia e Irlanda: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1731

    Nao tem muito a ver com o topico, mas ajuda a entender porque a inflacao e tao sedutora. Os primeiros dados a serem analisados sao favoraveis, mesmo que a realidade seja outra. E como uma mulher gostosa e aidetica. A primeira coisa que a gente olha e a bunda, nao o risco de infeccao...
    "In any case, what westeners call civilization, the others would call barbarity, because it is precisely lacking in the essential, that is to say a principle of a higher order." - René Guénon
  • "Pronto, ja nao da mais pra diferenciar Venezuela de Cuba."
    Falta sim. Em Cuba, o povo ainda pode usar o Gramma para limpar a bunda. Na Venezuela, Maduro ainda não teve criatividade para fazer um jornal de divulgação do Socialismo do Século XXI...
  • Governo venezuelano prende mais de cem empresários por 'manipulação de preços'

    O governo da Venezuela prendeu mais de cem empresários em uma operação contra a suposta manipulação de preços em centenas de lojas e empresas desde o fim de semana, disse o presidente Nicolas Maduro nesta quinta-feira.

    "Eles são bárbaros, esses parasitas capitalistas!", disse Maduro. "Temos mais de cem burgueses atrás das grades no momento."

    O sucessor de Hugo Chávez também disse que seu governo está preparando uma lei para limitar entre 15% e 30% os lucros das empresas venezuelanas.

    As autoridades dizem que empresas sem escrúpulos elevaram preços de eletroeletrônicos e outros bens em mais de 1.000%. Críticos dizem que as políticas econômicas socialistas fracassadas e o acesso restrito à moeda estrangeira estão por trás da inflação galopante da Venezuela.

    "A Goodyear tem que baixar seus preços ainda mais, 15% não é suficiente, os inspetores têm de ir lá imediatamente", disse Maduro em discurso, enviando funcionários para verificar as operações locais da fabricante de pneus norte-americana.

    Desde o fim de semana, soldados e inspetores entraram em 1.400 lojas, tomaram as operações de uma empresa de eletrônicos e de uma fabricante de baterias.

    A decisão mais ousada de Maduro desde que tomou posse em abril é uma reminiscência do estilo de governo de Chávez, que nacionalizou algumas áreas da economia do país-membro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) durante os 14 anos de seu governo.

    http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/11/1372094-governo-venezuelano-prende-mais-de-cem-empresarios-por-manipulacao-de-precos.shtml
  • "Pronto, ja nao da mais pra diferenciar Venezuela de Cuba."
    Falta sim. Em Cuba, o povo ainda pode usar o Gramma para limpar a bunda. Na Venezuela, Maduro ainda não teve criatividade para fazer um jornal de divulgação do Socialismo do Século XXI...
  • Governo venezuelano prende mais de cem empresários por 'manipulação de preços'

    O governo da Venezuela prendeu mais de cem empresários em uma operação contra a suposta manipulação de preços em centenas de lojas e empresas desde o fim de semana, disse o presidente Nicolas Maduro nesta quinta-feira.

    "Eles são bárbaros, esses parasitas capitalistas!", disse Maduro. "Temos mais de cem burgueses atrás das grades no momento."

    O sucessor de Hugo Chávez também disse que seu governo está preparando uma lei para limitar entre 15% e 30% os lucros das empresas venezuelanas.

    As autoridades dizem que empresas sem escrúpulos elevaram preços de eletroeletrônicos e outros bens em mais de 1.000%. Críticos dizem que as políticas econômicas socialistas fracassadas e o acesso restrito à moeda estrangeira estão por trás da inflação galopante da Venezuela.

    "A Goodyear tem que baixar seus preços ainda mais, 15% não é suficiente, os inspetores têm de ir lá imediatamente", disse Maduro em discurso, enviando funcionários para verificar as operações locais da fabricante de pneus norte-americana.

    Desde o fim de semana, soldados e inspetores entraram em 1.400 lojas, tomaram as operações de uma empresa de eletrônicos e de uma fabricante de baterias.

    A decisão mais ousada de Maduro desde que tomou posse em abril é uma reminiscência do estilo de governo de Chávez, que nacionalizou algumas áreas da economia do país-membro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) durante os 14 anos de seu governo.

    http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/11/1372094-governo-venezuelano-prende-mais-de-cem-empresarios-por-manipulacao-de-precos.shtml
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