Clique AQUI para voltar ao forum NOVO!

Como vai, Forasteiro?!

Parece que você é novo por este pedaço. Se você quer se envolver, clique em algum destes botões!

Usuários nesta discussão

Sindicato dos professores recusa investimento privado no ensino público porque "vai criar uma elite"

O dinheiro é da iniciativa privada e se destina a dar ensino bilíngue a alunos das escolas públicas aprovados em um exame de seleção.
O SEPE é contra porque rejeita a meritocracia e acha que isto vai criar uma elite. Até parece que alunos que, aos 12 anos, não sabem ler nem fazer as 4 operações vão aproveitar alguma coisa...
Professores contra a educação: o socialismo no ensino público

Rodrigo Constantino - 20/02/2014

Fui hoje cedo à reunião com os pais na escola da minha filha, uma das mais fortes aqui no Rio. Escuto o diretor enaltecer a meritocracia. Afinal, trata-se de uma escola puxada, conhecida por sua cobrança bastante rígida.

Enquanto aguardava o começo da reunião, li a matéria no jornal O GLOBO sobre um sistema de parceria que leva até cursos bilíngues para os alunos da rede de ensino estadual. Ótimo, pensei. Mas qual não foi minha surpresa ao saber que o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) condenava a iniciativa!

Para o Sepe, este tipo de medida cria uma “elite” dentro do ensino público, e isso é inadmissível. Pior: pode levar a uma espécie de privatização do ensino, pois as entidades privadas que fazem as parcerias acabam tendo alguma voz interna, e isso ameaça o feudo dos professores sindicalizados. Eis o que diz o coordenador do Sepe, Alex Trentino:

A consequência é que são criadas escolas pretensamente de elite, melhores que as outras, com mais investimento, o que é exatamente o contrário do conceito de uma educação que deveria ser igual para todos. Brigamos para que se invista nas escolas que são mais carentes. E por mais que se diga que a iniciativa privada não faça a gestão da escola, sempre há interferência.

A coordenadora do Dupla Escola, que adotou a parceria, Maria Aparecida Pombo Freitas, rebate:

Das vagas que oferecemos, 90% são reservadas para alunos da própria rede pública. E o fato de haver um processo de seleção não deixa de ser uma preparação para o que aquele jovem vai encontrar mais à frente, em exames como o Enem.

Pois é. O mundo é meritocrático, ainda bem! Mas o que dizer de professores que combatem a meritocracia? Ao pegar o carro para vir ao escritório, escuto na CBN propaganda justamente do Sepe, que realizará protestos hoje na Cinelândia. O motivo da passeata, logo o primeiro oferecido? Combater a meritocracia!

Que país louco é esse? Como podemos ter esperança no futuro da nação quando os próprios professores do sindicato são os primeiros a condenar a meritocracia? Isso é a ditadura da mediocridade! A visão igualitária marxista transportada para dentro das salas de aula (valeu, Paulo Freire!). É quase um crime!

Dez em cada dez pessoas mencionam a educação como a solução para nossos males. Mas esquecem de perguntar: qual educação? Jogar mais recurso público neste modelo atual, dominado por sindicatos com esta mentalidade, é a receita certa… do fracasso!

Pela lógica “igualitária” dessa gente, Oxford, Harvard e Yale jamais existiriam, pois seriam “elitistas” demais e, afinal, nem todos podem estudar lá. Ou seja, em nome da igualdade plena, acabamos com uma “mediocracia”: todos iguais nivelados por baixo. Isso só pode ser a idealização da inveja dos piores.

Como disse Thomas Sowell, muito frequentemente o ingrediente chave para o aumento explosivo do ressentimento está na ascensão de uma “intelligentsia” preocupada com comparações invejosas em vez de o bem-estar geral.

Sowell lembra que é impossível ensinar a todos no mesmo ritmo, a menos que tal ritmo seja reduzido para acomodar o menor denominador comum. É isso que o Sepe deseja para nosso ensino? Que, em nome da igualdade, a melhor escola e os melhores alunos tenham de ser sacrificados até alcançarem o mesmo nível dos piores?

Levando esta “lógica” adiante, para o país como um todo, então as (raras) boas escolas públicas no Rio e em São Paulo seriam injustas, uma vez que há escolas no interior do Piauí que jamais terão o mesmo desempenho. O que o Sepe está esperando para condená-las em nome da igualdade?

Confesso que é um dos maiores sentimentos de tristeza que tenho, viver em um país onde professores abertamente condenam a meritocracia. Meu desejo é que essa turma fosse toda para Cuba (eu até ajudo na passagem só de ida), e deixasse por aqui os melhores professores, aqueles que não temem a concorrência entre eles mesmos e entre alunos e escolas.

Só quer abolir a livre concorrência quem odeia o sucesso alheio. E, no processo, ao dar asas à inveja, o grande sacrificado é o próprio aluno, impedido de dar o melhor de si para não “ofender” os demais. Uma cultura dessas não pode parir um país desenvolvido. Jamais!

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/professores-contra-a-educacao-o-socialismo-no-ensino-publico/

Comentários

Entre ou Registre-se para fazer um comentário.