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Comentários
Isso soou como se você estivesse perguntando: "Tirando os 7 gols da Alemanha como foi o desempenho do Brasil na semifinal na opinião de vocês?"
Não!
Maluf construiu para si uma imagem de grande administrador, mas isto ocorreu porque ele era muito, mas muito bom de conversa.
O slogan "Maluf faz" pegou, e poucos se perguntavam "faz o que, exatamente?".
Quando se perguntavam, a resposta era sempre algumas grandes obras de infra-estrutura, como grandes rodovias, só que poucos checavam que a participação de Maluf na construção da Imigrantes e da Bandeirantes foi como secretário dos transportes do governo Laudo Natel e grandes obras de infra-estrutura eram o fundamento do programa desenvolvimentista do regime militar, que incentivava e financiava tais iniciativas nos estados. Com ou sem Maluf estas rodovias teriam sido construídas do mesmo jeito.
Maluf também construiu o mito de que no tempo dele havia segurança e ROTA na rua. Mentira. São Paulo é muito mais segura hoje do que no tempo dele, basta checar o Mapa da Violência e as taxas de homicídios por 100.000 habitantes e sua evolução histórica recente. Aliás, o Estado e Capital de São Paulo estão hoje com os menores índices, comparados aos seus pares no Brasil.
Ainda sobre segurança, a Polícia Militar de São Paulo vivia em estado de penúria no governo Maluf. A melhor coisa que os policiais tinham para enfrentar quadrilhas armadas era a folclórica "Baratinha". Fuscas sem qualquer equipamento policial qualificado, que fazia a alegria dos bandidos que de posse de carros roubados potentes, sabiam que era impossível serem alcançados pelos cacarecos que a PM dispunha.
Nos governos seguintes a polícia militar recebeu veículos Chevrolet Opala equipados e o jogo começou a virar.
Maluf não era de todo ruim. Sabia como ninguém humilhar jornalistas de esquerda que o desafiavam como em certa vez, em uma revolta na Casa de Detenção o repórter perguntou se "as más condições carcerárias não seriam a causa da rebelião". Maluf, com a cara de pau que Deus lhe deu, respondeu tranquilamente "aqueles bandidos vivem muito bem, aliás, vivem muito melhor que as viúvas e órfãos que deixaram no mundo". O tal repórter poderia ter ido dormir sem essa e parar por aí, mas insistiu e tascou "o senhor concordaria em ir negociar com os revoltosos?" Maluf - "estes assassinos já mataram dez pessoas desde que a rebelião começou. Se você quiser, te dou uma procuração e você vai lá negociar com eles em meu nome". Resposta, silêncio.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Em uma eleição para governador, quando às vésperas Maluf fez um discurso emocionado, lamentando ter ficado conhecido como candidato competente, por sempre competir e nunca ganhar uma eleição.
Ele representou com tanta verve, que eu fiquei emocionado e com vontade de votar nele. A vontade passou rapidinho, mas ficou claro que o cara era um perigo quando botavam uma câmera na frente dele.
Noutra, em uma propaganda de seu partido, sei lá qual a esta altura, já que o partido do Maluf é o que mais muda de nome e sigla, ele fez algo inédito entre políticos brasileiros. Exibiu para o Brasil todo ver toda sua fortuna pessoal e o patrimônio de sua família. Citou por exemplo, que o Morro do Maluf, no Guarujá, não tinha este nome por acaso.
Concluiu com uma das maiores espertezas do marketing político brasileiro, afirmando com a maior cara lavada "Estão vendo, eu não preciso roubar!".
A frase é ótima porque absolutamente verdadeira. De fato, Maluf não precisava roubar. Se roubava era porque queria, não porque precisava.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Slogan de Maluf: "Eu nego" : )