Nos EUA, cura pela fé faz pentecostais liderarem mortalidade infantil

Fernando_Silva

http://www.paulopes.com.br/2011/09/nos-eua-cura-pela-fe-faz-pentecostais.html

Nos EUA, cura pela fé faz pentecostais liderarem mortalidade infantil

Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade infantil é maior entre os fiéis de igrejas pentecostais e a causa mais provável disso é que, nessas famílias, ocorre com maior frequência a busca da cura pela fé, em detrimento dos recursos da medicina.

Essa é a conclusão de John Bartowski, que, juntamente com colegas da Universidade de San Antonio, fez um estudo sobre as taxas de mortalidade infantil tomando como referência as religiões dos pais.



Ao examinar registros de óbitos infantis de 1.900 cidades, o pesquisador verificou que os devotos de crenças fundamentalistas estão em segundo lugar no ranking das maiores taxas. Em seguida vêm os evangélicos tradicionais, os protestantes e, por último, os católicos.

Na avaliação de Bartowski, a baixa taxa de mortalidade infantil dos católicos se deve ao fato de que, entre eles, se dá mais prioridade aos cuidados pré e pós-natal em relação às pessoas de outras crenças.

O estudo contatou, também, que os Estados Unidos apresentam a maior taxa de mortalidade infantil entre as nações mais ricas. O país é o mais religioso desse grupo.

Com informação da pesquisa de John Bartowski.
http://www.mdpi.com/2077-1444/2/3/264/pdf

Acauan

Suspeito prá dedéu este estudo.
É esperado que nos Estados Unidos a mortalidade infantil seja maior entre os negros e latinos do que entre os brancos, por questões puramente econômicas.
Também é esperado que os índices sejam maiores entre grupos com menor escolaridade ou que habitem regiões com saneamento básico deficiente (que devem existir, mesmo nos Estados Unidos).

Agora associar mortalidade infantil ao pentecostalismo por conta da crença deles em milagres me parece forçar a barra além do limite. E olha que eu tô longe de morrer de amores por esta turma.

Mesmo no Brasil, onde Macedos e Valdemiros exibem seus milagres de baciadas em seus picadeiros-púlpitos televisivos, o que mais se vê naqueles testemunhos grotescos é gente exibindo atestados médicos para provar que foram curados da espinhela caída ou coisa que o valha. Ou seja, mesmo esta gente que está no rodapé da cadeia alimentar intelectual acredita que sangue de Jesus tem poder (ou coisa que o valha), mas não deixa de ir ao SUS por conta disto.
Duvido que na America seja muito diferente.

Reid

Nas informações da pesquisa diz q eh um estudo pré-liminar, e pela documentação não parece estar tão errado, mas pode ser que eu esteja sobre isso :)

The_Doctor

Pode até ser que existam algumas pessoas que caiam nesse conto do vigario religioso e algumas mortes ou outras sequelas possam ocorrer, mas é como o Acauan disse...esse estudo é suspeito e merece melhor investigação.

Fernando_Silva

http://www.paulopes.com.br/2011/09/justica-dos-eua-condena-casal-que-orou.html

Justiça dos EUA condena casal que orou em vez de levar filho ao médico

A Justiça de Oregon City, no Estado de Oregon (EUA), condenou ontem (29) por homicídio Dale e Shannon Hickman, ambos com 26 anos, por não ter levado seu filho recém-nascido a um hospital, preferindo orar para que ele se curasse. A sentença será anunciada até o final de outubro. Até lá, eles permanecerão em liberdade.

Ambos são da Seguidores de Cristo, que é uma igreja cujos fiéis têm um histórico de rejeitar a medicina porque acreditam na cura pela fé. Cinco outros devotos já foram condenados pelo mesmo motivo.



Casal é da igreja Seguidores de Cristo

O MP (Ministério Público) acusou os dois de homicídio porque oraram e passaram óleo ungido em Davi, o filho que nasceu com problemas respiratórios por ter infecção bacteriana e pulmões subdesenvolvidos.

Shannon não procurou ter um acompanhamento pré-natal porque essa seria a orientação da igreja. Ela teve o parto na casa de uma parente dois meses antes do previsto.

Shannon disse ter pensado em ligar para a emergência, mas o seu marido pediu que não o fizesse porque ele “estava rezando”. Para o MP, contudo, o casal sempre achou que o filho seria curado pela fé em Jesus.

Médicos ouvidos pela Justiça afirmaram que, se Davi tivesse tido atendimento médico, a chance de sobrevivência seria de 99%.

Mark Cogan, advogado de defesa, disse não haver evidências de que o bebê seria salvo se tivesse sido socorrido por médicos. Disse que os seus clientes são vítimas de perseguição religiosa.

Shannon afirmou que não se sente culpada porque a morte de seu filho decorreu da “vontade de Deus”.

Para homicídio, a pena em Oregon é de no mínimo seis anos de prisão. Mas como existe uma atenuante para casos envolvendo crenças religiosas, o casal deverá ficar preso por 18 meses no máximo, além de pagar multa de US$ 250 mil (R$ 464 mil).

Mig29

Irritado. Mais friamente, tentando convencer-me que a liberdade das pessoas permite-lhes crer que a vontade Deus ditou a morte do filho, não a negligência parental.