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Como vai, Forasteiro?!

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Optatividade, Proteção estatal apenas para quem quer.


- Seria um princípio de liberalização de relações de trabalho, no ato da contratação, o empregado poderia optar por descontar ou não INSS e também poderia optar que instituição administraria seu FGTS.

- Dessa forma cada um decidiria por aposentadoria privada ou poupar por conta própria e ainda por cima decidiria quem administraria seu FGTS com opção de trocar quando quisesse, por outro que pagasse mais rendimentos.

- Quem quisesse continuar recolhendo para o estado deixaria tudo como está.

Abraços,

Comentários

  • 10 Comentários sorted by Votes Date Added
  • sybok disse: Exato, poderia ser feito assim, mas dai o governo não poderia por a mão na grana, então jamais veremos político defendendo isso. A ideia no entanto é ótima, se fossemos uma nação civilizada...

    - É bem por aí caro sybok, depois que se começa a pagar compulsoriamente imposto de renda e INSS nas alturas, e ainda tem que complementar aposentadoria por fora com fundos de previdência privados, e, além disso, pagar plano de saúde porque hospital público é uma bosta e escola particular, porque a pública também é uma bosta, é que a gente entende porque assim seria melhor.

    - Desse jeito que eu sugeri haveria uma transição lenta e gradual dos fundos para a iniciativa privada.

    Abraços,

  • Seria a falência do FGTS pois esse rende menos do que qualquer fundo de previdência privado.
    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • SpiderSpider Membro
    edited maio 2015 Vote Up0Vote Down
    ENCOSTO disse: Seria a falência do FGTS pois esse rende menos do que qualquer fundo de previdência privado.

    - Não necessariamente, muitos prefeririam a segurança de deixar a grana com o estado, afinal é um investimento a muito longo prazo, além disso, o governo poderia aumentar as taxas, e/ou oferecer benefícios.

    Abraços,
    Post edited by Spider on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    edited maio 2015 Vote Up0Vote Down
    A melhor forma de entender o sistema do INSS é através de um exemplo. Para isto, vamos considerar um trabalhador que recebe R$ 2.000,00 por mês.

    Este trabalhador terá descontado de sua folha de pagamento o valor de R$ 166,01 (111,93 + 54,08, referente às alíquotas de 8% e 9% respectivamente). Além disto, a empresa terá que desembolsar mais R$ 240,00 (12% do salário do trabalhador). Totalizando R$ 406,01 ao INSS.

    Agora, para simplificar os cálculos, suponha que este trabalhador tenha recebido este salário de R$ 2.000,00 durante toda a sua vida e contribuído sobre este montante ao INSS durante 35 anos (ou 420 meses), garantindo assim a sua aposentadoria em valor integral. Lembrando que, para as mulheres, este período cai para 30 anos (ou 360 meses).

    Ao final destes longos anos, este trabalhador terá direito a receber um salário de R$ 2.000,00 que, posteriormente, será corrigido monetariamente até o dia de sua morte.
    [...]
    Se estes valores fossem aplicados mensalmente na poupança, que é um dos piores investimentos que existe, chegaríamos a um valor final de R$ 771.647,33 (caso esteja com alguma dúvida a respeito deste cálculo, utilize a Calculadora do Cidadão, disponível no site do Banco Central - veja exemplo ao lado).

    Ou seja, este trabalhador receberia (somente de juros da poupança) um valor mensal de mais de R$ 4.600,00! O que é mais do que o dobro do que o governo iria pagar.
    [...]
    Além disto, este mesmo trabalhador teria disponível em sua conta um saldo de R$ 771.647,33! Que poderia ser deixado de herança para os filhos, ou torrar como quiser em seus últimos anos de vida.
    [...]
    Vale ressaltar que eu fui bastante conservador e utilizei, como exemplo de investimento, a poupança, que está rendendo míseros 0,60% ao mês! Porém, se este trabalhador tivesse colocado seu dinheiro em algum título público, ou mesmo em alguns fundos de investimento de renda fixa (de baixo risco), conseguiria rendimentos muito melhores que a poupança, na faixa de 0,90% ao mês.

    Neste caso, ao invés de R$ 771.647,33, o trabalhador teria em sua conta R$ 1.915.470,99 (pois é... viva o milagre dos juros compostos). O que poderia lhe render mensalmente R$ 17.239,23 em juros.
    http://www.canaldootario.com.br/blog/inss/

    Faltou mencionar duas coisas:

    1. O Fator Previdenciário faz com que quem se aposenta com 35 anos de trabalho só receba em torno de 80% do valor previsto. Para receber 100%, é preciso trabalhar vários anos a mais.

    2. Aposentadorias com valor acima do salário mínimo não recebem correção integral e vão encolhendo ao longo dos anos até atingir um salário mínimo.
    Post edited by Fernando_Silva on
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    Spider disse: - Não necessariamente, muitos prefeririam a segurança de deixar a grana com o estado, afinal é um investimento a muito longo prazo, além disso, o governo poderia aumentar as taxas, e/ou oferecer benefícios.
    O problema é que muita gente, talvez a maioria, não tem a disciplina necessária para guardar uma parte do salário todo mês durante 35 anos sem nunca tirar nada.

    Sem essa poupança forçada do FGTS e INSS, vão acabar velhos e sem dinheiro.
  • Fernando_Silva disse: O problema é que muita gente, talvez a maioria, não tem a disciplina necessária para guardar uma parte do salário todo mês durante 35 anos sem nunca tirar nada.

    Sem essa poupança forçada do FGTS e INSS, vão acabar velhos e sem dinheiro.

    - Exatamente! - As pessoas poderiam apenas poder optar entre fundos privados e estatais, e ter a possibilidade de migrar a grana no momento que quisesse para quem oferecesse mais segurança ou mais rendimentos.

    Abraços,
  • CameronCameron Membro
    edited maio 2015 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: O problema é que muita gente, talvez a maioria, não tem a disciplina necessária para guardar uma parte do salário todo mês durante 35 anos sem nunca tirar nada.

    Sem essa poupança forçada do FGTS e INSS, vão acabar velhos e sem dinheiro.
    E nesse caso pagarão pelos seus erros, o que qualquer pessoa adulta com direitos para tomar decisões deveria estar sujeita, muito pior do que isso são pessoas disciplinadas sendo punidas e seus recursos compulsoriamente tomados para pagar as aposentadorias milionárias do setor público de "servidores" que se aposentam antes dos 40 anos.

    A ideia de que as pessoas devem ser protegidas delas mesmas e as decisões sobre suas vidas devem ser tomadas por um grupo de burocratas me é repugnante.

    Post edited by Cameron on
    Come with me if you wanna live.
  • Cameron disse: E nesse caso pagarão pelos seus erros, o que qualquer pessoa adulta com direitos para tomar decisões deveria estar sujeita, muito pior do que isso são pessoas disciplinadas sendo punidas e seus recursos compulsoriamente tomados para pagar as aposentadorias milionárias do setor público de "servidores" que se aposentam antes dos 40 anos.

    A ideia de que as pessoas devem ser protegidas delas mesmas e as decisões sobre suas vidas devem ser tomadas por um grupo de burocratas me é repugnante.

    - Esse discurso é cheio de razão e lógica, mas é pouco prático, a verdade que que isso depende de um aculturamento que não vem da noite pro dia, é prudente primeiramente dar a possibilidade de optar, não sejamos revolucionários.

    Abraços,
  • HuxleyHuxley Membro
    edited maio 2015 Vote Up0Vote Down
    Fernando_Silva disse: O problema é que muita gente, talvez a maioria, não tem a disciplina necessária para guardar uma parte do salário todo mês durante 35 anos sem nunca tirar nada.

    Sem essa poupança forçada do FGTS e INSS, vão acabar velhos e sem dinheiro.

    Existem os serviços de débito automático que fazem um desconto automático no saldo bancário na data desejada pelo cliente. No meu banco, por exemplo, existe um serviço de poupança programada. Mesmo que isso não existisse, ainda assim seria possível criar um mecanismo de poupança forçada que só seria desativado quando alguém solicitasse isso formalmente. Em ambos os casos, o único problema é que a atual situação do déficit público no Brasil não permite abrir mão da receita do INSS sem que haja corte drástico correspondente no gasto público ou que se crie outro imposto para compensar. Todavia, não existe desculpa suficiente para não poupar, mesmo os mais pobres. Mesmo no Chile, onde a previdência foi privatizada, quando a poupança acumulada pela previdência privada não é suficiente para um determinado mínimo de renda, o Estado complementa a renda por meio do orçamento da assistência social. Isso evita que os pobres nada poupem para si e que a classe média se beneficie de um esquema "Robin Wood às avessas" de um sistema de previdência por repartição que oferece aposentadoria integral ou quase integral.
    Post edited by Huxley on
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