Parece que você é novo por este pedaço. Se você quer se envolver, clique em algum destes botões!
Direitos reservados de acordo com cada publicação, 2001 ~ 2014, Fórum Religião é Veneno.
As opiniões expressas e o conteúdo publicado neste fórum por seus usuários são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores e não representam as opiniões dos administradores e moderadores do "Religião é Veneno".
Desenvolvido e mantido pela Administração e Moderação.
Comentários
Brasil é imenso, apesar de todas as diferenças, as quais não estou apto a discernir, existe algo que os une a todos. O que vos une?
São Paulo e seu povo sofrem o mesmo tipo de difamação na rede.
O roteiro das fofocagens antipaulistas é sempre o mesmo:
- Se um bad boy filhilho de papai escoltado por sua turma ataca um suposto homossexual na av. Paulista, então os quarenta milhões de paulistas são homofóbicos;
- Se uma menina idiota escreve impropérios contra nordestinos na Internet, então os quarenta milhões de paulistas são xenófobos;
-Se um grupelho de fracassados mantém um site ou uma comunidade virtual no qual exacerbam regionalismos caipiras, então os quarenta milhões de paulistas são separatistas;
- Prá não falar das acusações de racismo contra os quarenta milhões de paulistas, para as quais nem desculpa esfarrapada há.
É fácil encontrar a origem destas difamações.
Esquerdistas cheios de ódio contra o povo que resiste em entregar-lhes o Palácio dos Bandeirantes, a última jóia que falta em sua coroa política.
Queria que mais paulistas lessem o que militantes do PT escrevem sobre nosso Estado.
Seria interessante se algum dia alguém contasse quantos migrantes e imigrantes vieram para São Paulo e quantos voltaram para suas terras por terem sofrido aqui algum tipo de discriminação insuportável. Até onde sei, o placar está vários milhões a zero.
Queria também que explicassem como a prefeitura da capital desta terra tão amaldiçoadamente discriminatória teve um prefeito negro ainda nos anos quarenta (experiência inédita para Salvador, a mais afro das capitais brasileiras), sendo que entre os últimos que passaram pela cadeira constam uma mulher nordestina, uma sexóloga, um negro carioca, o filho de um feirante e um cara que a campanha do PT insinuou que era viado.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
O fato de D. João VI ter vindo com a corte para o Brasil na época de Napoleão, ao contrário da corte espanhola, evitou o vácuo de poder que causou a fragmentação do lado espanhol.
Isto não impediu uma série de movimentos separatistas devidamente sufocados pelo Duque de Caxias, principalmente, mas, de modo geral, o país se manteve inteiro.
Não deixa de ser interessante quando se considera que ninguém veio para cá com a intenção de fundar um país, ao contrário do pessoal do Mayflower, nos EUA. Recebemos os indesejados da Europa, os exilados, fugitivos da lei ou da Inquisição, degredados, aventureiros em busca de ouro e pedras preciosas. Homens, em sua maioria, o que levou à miscigenação com as nativas e depois com as africanas desde o início.
Pouco a pouco, entretanto, fomos nos reconhecendo como um país.
Toca as pedras dos castelos e da mais aparente insignificante das ruínas. Onde sei que os ancestrais lutaram para que existíssemos.
Embora considere toda a ancestralidade anterior importante, o marco especial é 1143, ano em que a vontade de um homem criou Portugal. Visitar pequenos lugares considerados insignificantes, onde este homem foi semeando a ideia de um povo, é para mim muito importante.
Sempre me entristeceu a versão brasileira da colonização. conheço pouco, o suficiente creio para dizer que tem uma parcela de verdade. O problema é realçarem esta parcela negativa quando comparam com os ingleses. Os ingleses deportavam a escumalha para o novo mundo. Não foram apenas os bonitinhos...
A colonização do Brasil foi uma tarefa quase sobre-humana. O custo de uma colonização e o sucesso das feitorias africanas e da asia atrasaram a colonização numa primeira fase. Os índios também destruíam as tentativas de instalação. Para piorar, Portugal entrou numa crise politica que causou a perda de soberania em 1580. Na época perdeu quase todas as suas possessões. Acredito que é nesta época que nasce a alma do povo brasileiro. Quando os colonos combateram os invasores, especialmente, holandeses, deu origem ao Brasil.
Os séculos seguintes acabam sendo uma luta para confirmar esta vontade de defender a terra onde se instalaram. Os povos indígenas, aliados dos colonos nestas guerras aprofundaram esta alma do povo brasileiro multi-étnico, mas de cultura unica. Por vezes confunde-se particularidades locais com diferenças culturais. O Brasil, uma nação vasta, parece bem mais unificado que um minuscula Bélgica, onde nem um governo conseguem eleger.
P.S. Dicas sobre livros de historia brasileira no formato ebook seria muito bem recebidas.
Este pensamento veio-me à mente, ao ler o Acauan, um paulista a falar de cidade/região de todos.
Precisamente, muitas vezes as criticas contra o funcionamento da sociedade, nasce de um desejo interior de que esta seja à imagem de quem profere a critica. Existe uma intolerância para com manifestações de patriotismo diferentes das emitidas pelo critico como adequadas.
Podemos desejar, apelar às pessoas para que atuem de determinado modo, mas aceitar a recusa destes a seguirem o apelo.
Tem nações europeias com monumentos majestosos a vitorias de batalhas, cuja a guerra foi perdida.
Mais do que vencer, tem guerras que pela importância que tiveram para o destino de todos, sempre devem ser lembradas.
Afinal de contas, a unidade do Brasil fez-se dessas batalhas. Fernando falou do Duque de caxias, personagem a ser lembrado pelo povo de todo o Brasil, inclusive das regiões que terão tido intenções separatistas.
Certo, mas os peregrinos do Mayflower se auto deportaram. Foi um pedaço da sociedade inglesa, com homens, mulheres, crianças e sua cultura que se mudou de uma única vez. Além disto, ao contrário dos primeiros a se estabelecer no Brasil, tinham a intenção de ficar e não apenas esperar por uma chance de voltar.
Um dos problemas é que quase nada do que os portugueses sabiam fazer bem na Europa se aplicava a uma terra tropical. Os animais morreram, as culturas não cresceram. Levou tempo até que eles se adaptarem.
Por outro lado, isto tornou sem efeito a linha do Tratado de Tordesilhas. Quando Portugal recuperou a independência, a fronteira já tinha andado bastante para oeste e continuou andando, ainda mais quando a parte espanhola se tornou terra de ninguém.
Um parente holandês visitou o Brasil do Oiapoque ao Chuí e se espantou com a uniformidade da língua, enquanto que, no seu país, o dialeto muda a cada 20km, às vezes.
Não saberia lhe dizer onde encontrar, mas recomendo "1808" e "1822", de Laurentino Gomes, que tratam, respectivamente, da chegada da família real ao Brasil e da independência.
"Casa Grande & Senzala", de Gilberto Freyre, é mais um tratado sociológico que histórico, e alguns o criticam, mas é uma obra clássica sobre a formação da sociedade brasileira. O prefácio está aqui:
http://bvgf.fgf.org.br/portugues/obra/livros/pref_brasil/casagrande.htm
Este é um dos vícios da visão histórica brasileira.
Raramente se lembra por aqui que Portugal foi a primeira nação européia a estabelecer um modelo de colonização bem sucedido em terras tropicais, missão na qual, até então, franceses, ingleses, holandeses e espanhóis fracassaram miseravelmente, terminando por desistir e concentrar-se nas regiões temperadas de suas possessões. Só mais de século após o sucesso da empreitada portuguesa nos trópicos é que as demais potências se aventuraram de novo nestas latitudes.
Também há um certo exagero depreciativo quanto à qualidade dos homens que constituíam as primeiras levas de colonizadores que aportaram aqui.
Migrar para uma região tórrida, selvagem e hostil para lá construir toda uma infra-estrutura civil e militar, defendê-la dos invasores, explorar terras inóspitas enfrentando o clima, a geografia, a escassez e as doenças tropicais, tudo isto sob as ordens de um rei do outro lado do oceano exigia disposições e lealdades para além da esperada de criminosos desterrados.
Parece haver uma certa confusão entre a experiência brasileira e a australiana, lembrando a origem da Austrália como colônia penal, para onde o rei da Inglaterra enviava os condenados que queria o mais distante possível dele, o que não impediu a Austrália de se tornar um país bem sucedido em todos os sentidos.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Casa Grande & Senzala segue sendo a obra básica para compreender o Brasil.
Como toda obra é sujeita a críticas, mas as rejeições mais ferozes ao livro se dão por motivos ideológicos - a turma de sempre - e não científicos.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Caxias é outra vítima dos revisionismos históricos de motivação ideológica, que nos anos setenta atacaram os personagens símbolo do então vigente regime militar.
Independente disto, a grandeza do personagem pode ser exemplificada no fato que os mesmos sublevados que Caxias venceu e rendeu formaram as principais tropas que lutaram sob seu comando contra os agressores paraguaios e não apenas combateram com bravura e lealdade, como devotavam extrema admiração e respeito ao seu comandante, cujo caráter foi capaz de transformar oponentes de ontem em irmãos de armas sob e pela mesma bandeira.
Nós, Indios.
Lutar com Bravura, morrer com Honra!
Isto explica muita coisa ...
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Total de Mensagens:
8609 + aquelas que tenho agora. ):-))