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Vou confessar que nunca fui muito adepta da Crunchyroll, principalmente porque na veze que tentei ver no meu computador ficava passando em loop infinito aquela propaganda do piriri do Floratil e eu acho aquilo muito perturbador. Mas depois que colocaram o app do serviço no Wii U, minha vida mudou e agora até estou fazendo algo que eu odeio e que é ver animes. No entanto, minha alegria pode acabar logo, e nem é porque a merda da bateria do Wii U acaba mais rápido que o meu salário: a Ancine está querendo aplicar nos serviços de streaming as mesmas regras da TV paga. O que esperar disso? Claro que uma bosta.
Para que você entenda: a TV paga, que sempre primou pela exibição de programas mal-legendados e por reprises infinitas do filme do Homem-Aranha, teve que se reformular e todos os canais foram obrigados a colocar conteúdo nacional. A intenção de estimular a produção nacional é ótima, mas no fim acabou que os canais a cabo compraram pacotes de filmes brasileiros manjadíssimos e reprisam eternamente no lugar do Homem-Aranha.
Enfim, com o aumento de assinantes na Netflix, claro que a Ancine inventou de querer se enfiar lá para aplicar as mesmas regras e tornar o “mercado mais justo”. Ou seja, podemos imaginar que eles vão obrigar serviços de streaming a colocar uma porcentagem de conteúdo nacional. Coincidentemente, hoje também saiu uma notícia no O Globo sobre a queda das assinaturas de TV paga e o anúncio da primeira série brasileira original na Netflix.
“Mas e o que eu tenho a ver com isso, Maracutaia? Eu só vejo One Piece e Soul of Gold na Crunchyroll!”
Então, lembra da lei que obrigava a colocar produtos nacionais em todos os canais? Ela complicou a vida de alguns como canais especializados em filmes clássicos (o TCM). O foco do canal é exibir filmes americanos anteriores à década de 70, como enfiar conteúdo nacional? Bem, o canal foi sendo desfigurado e hoje em dia passa até filme do Selton Mello.
Isso é o que imagino que pode acontecer com a Crunchyroll. Além do serviço ser sediado no Brasil, eles vão precisar colocar “animes brasileiros” pra cumprir uma cota. E como isso existe tanto quanto a noção da JBC de parar com anúncios em 2015, só temos duas saídas possíveis: ou o serviço vai embora do país ou enche a grade com vários desenhos nacionais apenas para ficar em dia com a regra da Ancine. Ou você acha que agora o anime do Holy Avenger vai vingar?
Só tenho uma dúvida sincera: beleza, na TV paga a gente é meio que obrigado a ver o que os canais passam… mas no caso do streaming quem é que vai me obrigar a ver conteúdo brasileiro?
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Comentários
Sugiro a criação de uma Estatal.
Onde houver fé, levarei a dúvida!
Ainda não, estou a caçar algum streaming olho de vidro para isto. Só tenho sorte em achar animes e desenhos.
― Winston Churchill
― Winston Churchill