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Humanas Deveriam Ser Ignoradas Em Prol Das Exatas?

CameronCameron Membro
http://www.updateordie.com/2015/09/22/australia-tira-geografia-e-historia-das-escolas-em-favor-de-aulas-de-programacao/

Pessoalmente ainda não tenho uma opinião formada sobre o assunto mas de uma coisa eu tenho certeza, preferia que tivessem me ensinado, nem que fosse uma introdução, Informática do que Estudos Sociais.
Post edited by Cameron on
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Comentários

  • 8 Comentários sorted by Votes Date Added
  • Tem gente até hoje que comenta o absurdo que foi tirar o latim dos currículos escolares. Minha geração foi educada sem essa disciplina e eu não sinto falta. Certamente faz falta mas eu não a sinto. kkk

    O ENCOSTO
    Onde houver fé, levarei a dúvida!
  • Em tese sou a favor de Filosofia + digamos "Estudos Sociais". Sou do tempo da OSPB e Educação Moral e Cívica. Tivemos um excelente professor tanto no II° quanto depois (outro claro) na facul - o cara tinha morado no UK e fazia comparações entre instituições, significado a Rainha, &c.; a cadeira daquelas obrigatórias no básico que nada interessam ao ingressando, ficou interessantíssima e útil.
    Mas como está cá, com o professorado com as mentes doutrinariamente lavadas pelos comunistas, só serviria p/doutrinação ideológica tipo Cuba.
    Então assim não.
  • Fernando_SilvaFernando_Silva Administrador, Moderador
    História do Brasil e do mundo são coisas básicas e não podem faltar no currículo.
    Claro que, no Brasil, são apresentadas do ponto de vista da esquerda.

    Não sei se Geografia faz parte de humanas, mas é fundamental.

    Ética e Pensamento Crítico também seriam importantes se ensinados de forma isenta.
  • O tigre asiático high tech Singapura se tornou o primeiro país do mundo a exigir que todos os seus alunos passem por um programa de Aprendizado Social e Emocional. A análise estatística mostra que o autocontrole na infância é um indicador mais forte do que o QI ou a classe social da família de origem para o sucesso na vida adulta (sucesso financeiro, saúde e ausência de registros criminais). Ver Foco (Editora Objetiva) de Daniel Goleman.
  • Uma coisa que deveria ser ensinada é raciocínio lógico até pra entender a matemática.

    Eu quando fazia informática via muita gente (eu incluso) com dificuldade de aprendizado porque programação exige muito de lógica.
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

  • AcauanAcauan Administrador, Moderador
    Excluir Humanidades do currículo escolar é condenar uma nação à ignorância.
    Agora falo de Humanidades, não deste pastiche ideológico que ensinam nas escolas brasileiras.
    Acauan dos Tupis
    Nós, Indios.
    Lutar com Bravura, morrer com Honra!
  • No Japão também querem tirar as ciências humanas do currículo:
    Dizem por aí que o Japão, a nação samurai, quer acabar com as ciências humanas. Será? Não acho a ideia toda má, se levarmos em conta alguns dos absurdos que abundam nas ciências humanas.

    Vejamos algumas pérolas: "A humanidade não se divide em homem e mulher", "o corpo não existe, é apenas uma representação social", "tudo é ideologia, menos Marx e Foucault, esses são para valer", "as leis de mercado não são naturais, são inventadas pelos opressores", "governo que gasta mais do que ganha não quebra".

    Nestes dois últimos casos, você diz isso até que tenha de gastar seu suado dinheirinho ou demitir sua empregada para cortar gastos, ou que alguém queira tomar sua vaga na universidade em que você prega essas bobagens para os coitados dos alunos.

    E o que dizer do conceito (?) de "cissexual" para substituir "heterossexual"? Alguém, por favor, acorda essas pessoas e diz para eles pararem de inventar termos ridículos que servem apenas para teses que ninguém vai ler e para seus 15 amigos?!

    Autores como Thomas Sowell, em livros como "Os Intelectuais e a Sociedade", traduzido pela editora É Realizações, têm falado desses delírios. Os intelectuais (os "ungidos", como fala Sowell) acham que entendem o mundo melhor do que as pessoas que o sustentam há milênios. De dentro de seus gabinetes, como dizia Edmund Burke (1729-97), em pleno século 18, produzem suas "teorias de gabinetes" achando que sabem de tudo.

    Só alguém que delira diz absurdos como os de que a humanidade não está dividida em homem e mulher, mesmo que gêneros minoritários habitem entre nós com todo o direito de assim o ser.

    Ou que o corpo seja uma representação social, mesmo que dimensões culturais façam parte de nossa percepção dos corpos. Será que, mesmo diante de um câncer, esses gênios do nada dirão que o "corpo é uma representação social"? Qual seria a "representação social" de um câncer? Opressão celular?

    A proposta samurai se ancoraria na ideia de que as ciências humanas há muito tempo não nos ajudam em muita coisa. Sociólogos como Norbert Elias (1897-1990) já temiam pelas ciências sociais e sua irrelevância, já que não nos ajudam em nada para evitar problemas reais.

    Outro detalhe que parece sustentar a proposta samurai é a queda vertiginosa na fertilidade das mulheres japonesas: parece que as meninas de lá, como todas as meninas de países ricos, não querem mais ser mães. Querem o sucesso profissional. Esse tema é importante porque impacta diretamente, entre outras coisas, o mercado da educação, coisa que por aqui também já sentimos. Faltam jovens para preencher as vagas das escolas e das faculdades.

    O foco mesmo da proposta samurai, no entanto, seria a inutilidade das ciências humanas para os seres humanos. O máximo, não? Temo que a culpa seja nossa.

    Transformamo-nos em seres alienados, que acreditam que as bobagens que se fala em aula e em teses descrevem a vida das pessoas. Talvez a melhor forma de descrever aquilo no que se transformou as ciências humanas seja mesmo "masturbação". Aquele tipo de coisa que parece dar prazer, mas que, na realidade, é prova da incapacidade de gozar "em" alguém real.

    As ciências humanas se tornaram incapazes de dialogar com a realidade. Criaram um "mundinho bobo de teses emancipatórias" a serviço da masturbação intelectual. Afirmam que tudo é "construção social", mesmo que uma pedra lhes caia sobre a cabeça todo dia. O nome disso é surto psicótico. Há um surto correndo solto em muitos departamentos de ciências humanas. Para começar, como tratamento, proporia dar um tempo no gozo com Marx, Foucault e Piketty.

    Há décadas se detona a família em salas de aula. Detona-se o homem, seus afetos e inseguranças, ensina-se às mulheres que os homens são seus inimigos.

    Christopher Lasch (1932-94) acertou em cheio quando identificou nesse "ódio ao sexo oposto" uma incapacidade típica da cultura do narcisismo. Narcisistas são pessoas incapazes de se arriscar na vida. Preferem lamber suas próprias imagens no espelho.

    Quem sabe a espada samurai nos ajude a recobrar a consciência de nosso ridículo. Já passou da hora.

    http://avaranda.blogspot.com.br/2015/09/samurais-x-ciencias-humanas-luiz-felipe.html
    “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor.”
    ― Winston Churchill

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